segunda-feira, fevereiro 27, 2006

gosto. e gosto de gostar.

sexta-feira, fevereiro 24, 2006

eu, em agosto:

[In]evitar

O inevitável
é se apaixonar pela
distância.

[Fria.
É o que desperta
a vontade.]
É que seus olhos são tão claros, que quando vêm à minha mente, enxergo a dor e a felicidade. É tudo tão claro, que vejo o emaranhado de significados que dá ao mundo. e sinto, hipnotizada pelos versos, que qualquer chamego seria dos mais profundos. Não conseguiria esconder dessa luminosidade meus menores defeitos.

É que seus olhos são tão claros que transparecem a fragilidade de uma taça de cristal - eu não posso tocar, por ser dotada de mãos tão desastradas.


[e, como disse há muito, é ruim não saber fazer dedicatórias]
"eu sei, é um doce te amar;
o amargo é querer-te para mim"

quarta-feira, fevereiro 22, 2006

na voz de pedro luis:

me deixe hipnotizado pra acabar de vez com essa disritmia... vem logo, vem curar seu nego que chegou de porre, lá da boemia.

domingo, fevereiro 19, 2006

Sabe, querido,
quando meu dia pára e eu fico quieta, às vezes, eu tomo meu banho sem pressa, para o tempo não passar e eu poder olhar e olhar e olhar par ao céu sem nuvens dessa cidade.
E, quando o meu dia pára e eu posso me esquecer do mundo, tudo que eu escuto é uma música bonita no fundo - mas eu sei, ah! eu sei, que a música não existe. I hate to say it, but i love you so... E ressoa, ressoa, ressoa. E eu cantarolo junto, porque não há frase que seja mais verdadeira essa.
Acontece, meu bem, que quando o meu dia pára e todas as flores se abrem para mim, a única coisa que vem à cabeça é essa música inventada e a memória incrível da beirada do lago. Pois, eu olhava para frente no dia de chuva e você me dizia "são estes os olhos mais lindos". Eu sorria e o lago parecia menos sujo e o dia menos cruel quando estava perto.

É aí que eu penso que nunca me dei ao trabalho de deixar de gostar, embora nunca tenha me dado o trabalho de falar.



Quaisquer coisas parecidas são pura e nada mais que meras coincidências.

quinta-feira, fevereiro 16, 2006

[i hate to say it
but i love you so]

quinta-feira, fevereiro 02, 2006

:

Elas

O irônico é que
nem o gozo,
ou o prazer,
nem as bochechas róseas,
ou as pernas quentes,
fazem delas o que
querem.

Enganam
nos prazeres vis,
a falta.

quarta-feira, fevereiro 01, 2006

Quem você tenta enganar com esse sorriso pequeno e essa maquiagem, meu bem?

Tudo o que há de ser visto, aparece: olheiras escuras, olhos fundos e pele mal cuidada.
Tudo o que há apra ser visto, transparece: estômago fraco e peito apertado.


Quem você acha que engana nesse seu egoísmo, ao dizer não haver ninguém para amar?
Em você, não há nada a esconder: essa sua ânsia de amor ressalta suas veias do braço, e você chora escondido à noite, eu sei.