Bonito, bem bonito.
segunda-feira, abril 16, 2007
eu tenho tristezas que não sei gritar, falar, esgoelar, mostrar pro mundo. não sei dizer o que se passa dentro e não sei explicar o que acontece fora. posso dizer: eu tremo, sinto embrulho no estômago, tenho pontadas no peito e a garganta fecha. entretanto, não sei explicar (e nem compreender) tais coisas.
assim como tomo decisões que não consigo evitar, seja porque não consigo olhar para a dor encarnada, seja porque não consigo pensar em mim como dor, não tenho como externalizar essa angústia que me corrói em algumas noites da minha vida.
uma pessoa me diria que ao ler isso aqui ficaria preocupado, mas lembraria que tenho licença poética para escrever o que quiser - já que é um blog e eu não sou uma pessoa pública. o que eu digo é que dor eu sinto o tempo inteiro, não é necessária preocupação. o que me dá agonia na angústia é que eu pouco sei dizer sobre o que é. deve ser algum tipo de náusea que eu deixei aos pedaços nos livros e nunca consegui juntá-los nas minhas cordas vocais para dar-lhes voz!
[nous pouvons danser ensemble. nous pouvons faire quelques choses. pouvons nous?]
assim como tomo decisões que não consigo evitar, seja porque não consigo olhar para a dor encarnada, seja porque não consigo pensar em mim como dor, não tenho como externalizar essa angústia que me corrói em algumas noites da minha vida.
uma pessoa me diria que ao ler isso aqui ficaria preocupado, mas lembraria que tenho licença poética para escrever o que quiser - já que é um blog e eu não sou uma pessoa pública. o que eu digo é que dor eu sinto o tempo inteiro, não é necessária preocupação. o que me dá agonia na angústia é que eu pouco sei dizer sobre o que é. deve ser algum tipo de náusea que eu deixei aos pedaços nos livros e nunca consegui juntá-los nas minhas cordas vocais para dar-lhes voz!
[nous pouvons danser ensemble. nous pouvons faire quelques choses. pouvons nous?]