Eu só queria um pedaço de papel jogado por baixo da minha porta, dizendo "eu te amo, Izis", e sorrir enquanto me troco para ver o céu lá fora, cinza, como eu gosto. Dia frio.
Eu só queria ser alguma coisa, alguém para mim, alguém pra ele, alguém que me sentisse menos usada por mim mesma. Ver "As Horas" e chorar porque não aguento ver que eu sou a única corvarde desse mundo.
Queria escutar minhas próprias palavras cruéis, mas eu me escondo nos meus próprios escombros de palavras perdidas. E me sento em frente ao sol terrível, que quase não aparece, e me vejo no espelho, e sou pura olheira, porque não dormi pensando em milhares de coisas que não se apagam e que não se estendem e que não duram mais do que um segundo. Porque se
"amanhã será um novo dia
igual ao de ontem,
o mesmo de hoje",
digo que não! Hoje eu estou em estado de ressaca moral! Ontem era uma pessoa feliz.
Saber que não lembra de mim, que eu não me lembro de mim, e que o toque do telefone nunca foi pra mim, nunca será.
Queria um beijo, único assim. Um bom dia! Por que você não me fala bom dia? Por que não responde à minha agonia?
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