Que o ano que entra prometa muito mais serenidade do que o que passa. Que seja mais leve, mais amável e, quem sabe, também fugaz. Que o ano que entra prometa botecagens, viagens e amores, para todo mundo. Para mim, especialmente as viagens.
:]
sábado, dezembro 31, 2005
sexta-feira, dezembro 30, 2005
quarta-feira, dezembro 28, 2005
Mas me diz quem é que entende essa loucura de estar e não estar, de ser e não ser, de viver e não acreditar?
Me explica que sensação é essa boa, de dormir com a tevê ligada, e acordar sem qualquer pessoa para desligá-la!?
Me explica, vai, me explica! Quem é essa que aparece no espelho que sorri demais da conta e não é mais pura olheira?
Me diz que som bom é esse, esse samba que me diz liberdade?
Me explica que sensação é essa boa, de dormir com a tevê ligada, e acordar sem qualquer pessoa para desligá-la!?
Me explica, vai, me explica! Quem é essa que aparece no espelho que sorri demais da conta e não é mais pura olheira?
Me diz que som bom é esse, esse samba que me diz liberdade?
segunda-feira, dezembro 26, 2005
quarta-feira, dezembro 21, 2005
domingo, dezembro 18, 2005
- Por que solidão, Isolda? Logo você, que nunca está sozinha...
- Porque os segundos se arrastam e eu penso mais no passado do que consigo levar. Eu olho para trás e não vejo mais a névoa. Enxergo a gama de possibilidades perdidas e a qualidade dos amores, palavras, gestos, que deixei. Me deixo encontrar num bordel todas as noites, e, me parece, me engano pela manhã lendo poemas de Cecília. Solidão? Queria mesmo era ser você ou Izolita, que são pura solidão. Porque nem para isso sirvo. Não grito, não corro, não derramo lágrimas. Não me perco, nem reclamo. Me encontro nos braços de quaisquer e no braço do amor intelectual. No fim, acho que queria mesmo era não só dividir fatos, como anda sendo minha vida com Marcelo. Creio que queira dividir felicidades e afetos. Minhas felicidades estão distantes das dele. Minha felicidade, muitas vezes, é só dirigir para casa quando ele tem ataques de cálculo renal. A dele seria ver o mundo outro, e me ver quem não sou. Sabe, Janaína, eu sou alguém inexlicável, embora sempre me considerem clareza. Meu nome é justiça, mas eu não faço juz ao meu nome. Eu deveria, ao menos hoje, ser solidão e gritar meu pranto.
- Isolda, você está gritando seu pranto. E, a meu ver, é justa. Por ser sincera.
- Porque os segundos se arrastam e eu penso mais no passado do que consigo levar. Eu olho para trás e não vejo mais a névoa. Enxergo a gama de possibilidades perdidas e a qualidade dos amores, palavras, gestos, que deixei. Me deixo encontrar num bordel todas as noites, e, me parece, me engano pela manhã lendo poemas de Cecília. Solidão? Queria mesmo era ser você ou Izolita, que são pura solidão. Porque nem para isso sirvo. Não grito, não corro, não derramo lágrimas. Não me perco, nem reclamo. Me encontro nos braços de quaisquer e no braço do amor intelectual. No fim, acho que queria mesmo era não só dividir fatos, como anda sendo minha vida com Marcelo. Creio que queira dividir felicidades e afetos. Minhas felicidades estão distantes das dele. Minha felicidade, muitas vezes, é só dirigir para casa quando ele tem ataques de cálculo renal. A dele seria ver o mundo outro, e me ver quem não sou. Sabe, Janaína, eu sou alguém inexlicável, embora sempre me considerem clareza. Meu nome é justiça, mas eu não faço juz ao meu nome. Eu deveria, ao menos hoje, ser solidão e gritar meu pranto.
- Isolda, você está gritando seu pranto. E, a meu ver, é justa. Por ser sincera.