sexta-feira, março 31, 2006

O que é fato
e o que é fardo?

quinta-feira, março 30, 2006

Por que solidão? - repetia Izolita, incessantemente.


E, ao fundo, o violão parecia sussurrar que é a falta de samba que faz isso, que deixa assim.
A insustentável vontade de não estar

É não querer seu colo. Por pura inveja. É saber que meu choro não tem culpa, e o de ninguém deveria ter. Não é culpa de ninguém, a dor. Esta, que perpassa fina pelos dentes, aparece assim, de repente. É a parte boa que deve contar da noite, nunca a parte ruim. Não é culpa, meu bem. É a 'insustentável leveza' de me ter como eu quero e não me conformar a vontade de não estar.
É o gole amargo de mim mesma que tenho que engolir todas as noites, depois dos copos de cerveja.
Não existe culpa, meu bem, se a dor que me afaga é um aperto no peito que não está firmada em alguém.

Meu coração aperta-se e não há pessoa por quem ele bate, além de mim mesma. E é vontade da independência, e ao mesmo tempo, a locura para que haja amor, a confusão do ser.

Essa vontade de não estar e não ser, sufoca.
A dor dói fina.
Perpassa entre os dentes.
Que exista.
Como gostar se não há pessoa?


E, ainda, sequer existe dedicatória?

domingo, março 12, 2006

sábado, março 11, 2006

A vida é assim, refletiu Isolda: quanto mais tenta-se dar um fim à injustiça, é dobrando a esquina que com ela se esbarrará.

segunda-feira, março 06, 2006

Lois lembra, perplexa, de Cole Porter.

Mais cruel é que a música é um tanto feliz, mas ela segura a cabeça do namorado, retirada bruscamente de seu corpo.

E Lois chora.

sábado, março 04, 2006

Brasília é dee um nublado desolador.
Escorre de
meus dedos
o infinito azul:
de suas

lágrimas.


[e forma-se
a poça de tristeza
no chão de terra
récem-batida]