segunda-feira, outubro 23, 2006

2 e 5 dias.
[existe felicidade maior que teu colo numa noite de chuva?]
sonho com o dia em que sua imagem não será fantasma em minha vida. porque, quando eu penso no que se foi, não consigo ver onde as coisas se afundaram. enxergo, com clareza, que eu mudei e você mudou e o mundo mudou. mas, eu sei, eu sei, que somos nada mais que nós mesmos(as).

terça-feira, outubro 17, 2006

[é no extravazar do meu peito que me aconchego.]
Se as pessoas têm medo do acaso,
eu mergulho neste abismo.



[ou]


se as pessoas têm medo do abismo,
eu - pelo contrário - pulo direto neste acaso.

terça-feira, outubro 10, 2006

Depois eu arrumo esses links e arquivos.
izolita se cala.
passa a mão nos cabelos sujos e olha a roupa amarrotada, há muito no corpo suado: transpira o medo de se libertar de um mundo no qual o aperto na garganta e a angústia do estômago são os únicos sentimentos que a fazem sentir-se viva.




izolita se cala. as lágrimas não escorrem pela face formada por ossos aparentes e olhos fundos - não há leitos para elas nestas maçãs pálidas. izolita se cala e passa a mão pelos cabelos sujos e nota a roupa amarrotada. há muito não chora. entretanto, a voz lhe falta.
eu sou ácida, porque acidez não se desconecta da emoção.








[as palavras são farpas afiadas que entram debaixo das unhas e fazem relembrar a angústia de ser humana.]
a vida toda desacreditei. desacreditei nas coisas mais parcas, nas idéias mais pequeninas. desacreditei nos rostos e falas, nas dores e nas lágrimas. desacreditei [e desacredito], pois é na descrença que mantenho a fé.




toda minha vida não fui de calar ou me sujeitar. mas, tudo isso... é incapacidade de acreditar em algo, ou alguém, que não seja este grito que me corrói no silêncio.

segunda-feira, outubro 02, 2006

leland. em tradução livre.

E foi aí que eu notei que as lágrimas não poderiam fazer com que alguém morto vivesse novamente. Há algo mais para se aprender sobre as lágrimas, elas não podem fazer alguém que não te ama mais, te amar de novo. Acontece o mesmo com as preces. Eu me pergunto o quanto as pessoas gastam de suas vidas chorando e rezando a Deus. Se você me perguntar, o demônio faz mais sentido que Deus. Eu posso, ao menos, ver porque as pessoas gostariam de tê-lo por perto. É bom ter alguém para poder culpar pelas coisas ruins que fazem. Talvez, Deus esteja lá porque as pessoas têm medo das coisas más que fazem. Elas vêem que Deus e o Diabo estão sempre jogando esse joguinho rei-da-guerra. E elas nunca sabem de qual lado vão ficar. Acho que essa idéia de jogo explica como algumas vezes, mesmo quando as pessoas tentam fazer algo bom, acaba acontecendo algo ruim.


[united.states.of.leland]