terça-feira, outubro 10, 2006

izolita se cala.
passa a mão nos cabelos sujos e olha a roupa amarrotada, há muito no corpo suado: transpira o medo de se libertar de um mundo no qual o aperto na garganta e a angústia do estômago são os únicos sentimentos que a fazem sentir-se viva.




izolita se cala. as lágrimas não escorrem pela face formada por ossos aparentes e olhos fundos - não há leitos para elas nestas maçãs pálidas. izolita se cala e passa a mão pelos cabelos sujos e nota a roupa amarrotada. há muito não chora. entretanto, a voz lhe falta.

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