Parou na primeira esquina, olhou os vidros encardidos pelo tempo sem serem limpas.
Pensou nos meninos lindos que já tinha visto, naquele mesmo lugar. Olhando para ela lá de cima. Pareceu deja vù.
"Sentir a vida toda passar pela frente dos olhos não é privilégio de quem está pra morrer", pensou consigo mesma. "Deja vùs parecem bem experiências de quase morte".
Fitou o corpo nu acenando como se a conhecesse. A vontade de entrar, sentar no colchão velho, tomar um gole de conhaque, quase foi ao topo. Mas ficou. Só fitou. Reparou em todos os erros das suas pinturas quase-rupestres que decoravam as paredes daquele apartamento dolorido nas lembranças. Mesmo que as paredes fossem invisíveis daquela distância.
Engraçado como as lembranças fazem do resto nada, coisas fáceis de se imaginar. Viu cada centímetro do apê. Reviu todos os momentos felizes, tristes, loucos que passou ali.
"Quem me dera viver de novo. Agora já escolhi fugir de mim".
As escolhas tão tristes dentro de uma tristeza bela acabaram com sonhos incoerentes dentro de um mundo tão perfeccionista.
Já se foi a época de ser ela mesma.
segunda-feira, março 31, 2003
domingo, março 30, 2003
quinta-feira, março 27, 2003
sábado, março 22, 2003
quinta-feira, março 20, 2003
quarta-feira, março 19, 2003
terça-feira, março 18, 2003
segunda-feira, março 17, 2003
domingo, março 16, 2003
quarta-feira, março 12, 2003
terça-feira, março 11, 2003
O comentário do Arthur me irritou.
Portanto, me desculpe se eu for grossa, mas iremos aos fatos.
- O Distrito Federal quase não recebe verba pra eventos culturais. Inclusive, até a rádio Cultura foi reformulada e virou rádio de música sertaneja. A única coisa que resta é o Cult 22.
- Quantos eventos culturais, baratos e de acesso abrangente se vê no Distrito Federal? Poucos. Alguns promovidos com muito esforço, mas depois dos cortes pra construção das obras faraônicas do nosso querido governador, Roriz, estamos zerados de shows de qualidade, teatro bom e barato (alguns poucos dos Melhores do Mundo, mas não são tão baratos assim), algumas exposições, muitas no Centro Cultural Banco do Brasil (que é longe e eu não tenho carro. não existem ônibus pra lá).
- Convenhamos, o preço do cinema é absurdo. No Cinemark custa 13 reais o ingresso da inteira.6,50 a meia nos finais de semana. O Cinemark é longe da minha casa e 6,50 é preço alto pra ver filme. Alugar um filme não tá mais barato que isso: 4,50 a fita.
- Boates. Só maiores de 18. Eu tenho 17, ainda. Boates boas... ainda tou pra ver uma que dure. Talvez o Gate's. Não posso entrar, só entrei uma vez. Boates baratas, não existem. Mãe legal pra me deixar sair assim, só em outra vida. Al´guém pra me levar pra um lugar longe e caro, ainda tá pra existir.
No fim, tou cansada desta história. Esta cidade é o caos. Nada funciona. Saúde, educação, lazer e desporto estão no último patamar de recebimento de investimentos do governo. Só quem não olha pro lado que não enxerga.
Portanto, me desculpe se eu for grossa, mas iremos aos fatos.
- O Distrito Federal quase não recebe verba pra eventos culturais. Inclusive, até a rádio Cultura foi reformulada e virou rádio de música sertaneja. A única coisa que resta é o Cult 22.
- Quantos eventos culturais, baratos e de acesso abrangente se vê no Distrito Federal? Poucos. Alguns promovidos com muito esforço, mas depois dos cortes pra construção das obras faraônicas do nosso querido governador, Roriz, estamos zerados de shows de qualidade, teatro bom e barato (alguns poucos dos Melhores do Mundo, mas não são tão baratos assim), algumas exposições, muitas no Centro Cultural Banco do Brasil (que é longe e eu não tenho carro. não existem ônibus pra lá).
- Convenhamos, o preço do cinema é absurdo. No Cinemark custa 13 reais o ingresso da inteira.6,50 a meia nos finais de semana. O Cinemark é longe da minha casa e 6,50 é preço alto pra ver filme. Alugar um filme não tá mais barato que isso: 4,50 a fita.
- Boates. Só maiores de 18. Eu tenho 17, ainda. Boates boas... ainda tou pra ver uma que dure. Talvez o Gate's. Não posso entrar, só entrei uma vez. Boates baratas, não existem. Mãe legal pra me deixar sair assim, só em outra vida. Al´guém pra me levar pra um lugar longe e caro, ainda tá pra existir.
No fim, tou cansada desta história. Esta cidade é o caos. Nada funciona. Saúde, educação, lazer e desporto estão no último patamar de recebimento de investimentos do governo. Só quem não olha pro lado que não enxerga.
domingo, março 09, 2003
Agora eu entendo porque meninos matam índios nas paradas de ônibus, porque adolescents batem em garçons na Bahia, porque queimam quartos de hotel na Bahia, porque estamos em sexto lugar noi ranking de violência do país, porque existem muitas, muitas gangues que marcam para brigar no shopping.
Essa cidade é o poço do tédio, sem atrativos culturais, sem vida. Esta cidade me dá nos nervos.
As únicas coisas pra fazer são cinema e bares. E nem bares decentes existem.
Não tem música, não tem arte, não tem nada. Só tem bebida cara, lugares que não podemos entrar.
Eu estou de saco cheio daqui. Acho que vou enterrar minha cabeça ali no asfalto.
antes que alguém me pergunte: não, eu não acho legal o que os adolescentezinhos babacas fizeram com o índio, com o garçom e com o hotel. foi força de expressão pra que vocês entendam minha angústia de morar aqui.
Essa cidade é o poço do tédio, sem atrativos culturais, sem vida. Esta cidade me dá nos nervos.
As únicas coisas pra fazer são cinema e bares. E nem bares decentes existem.
Não tem música, não tem arte, não tem nada. Só tem bebida cara, lugares que não podemos entrar.
Eu estou de saco cheio daqui. Acho que vou enterrar minha cabeça ali no asfalto.
antes que alguém me pergunte: não, eu não acho legal o que os adolescentezinhos babacas fizeram com o índio, com o garçom e com o hotel. foi força de expressão pra que vocês entendam minha angústia de morar aqui.
quinta-feira, março 06, 2003
De repente os vazios se cruzam no caminho dos sem destino traçado
E cambaleiam tristes, calados
Na rua sem gente, ou nada.
Divagam sobre teorias bobas criadas à luz de drogas ilícitas
Que nunca vão a lugar nenhum.
De repente, as almas se cruzam
Em tédios entrelaçáveis se movem
Sem algos pra fazer
Se batem sem rumo
e choram.
E cambaleiam tristes, calados
Na rua sem gente, ou nada.
Divagam sobre teorias bobas criadas à luz de drogas ilícitas
Que nunca vão a lugar nenhum.
De repente, as almas se cruzam
Em tédios entrelaçáveis se movem
Sem algos pra fazer
Se batem sem rumo
e choram.
quarta-feira, março 05, 2003
terça-feira, março 04, 2003
sábado, março 01, 2003
Sing a sad song
In a lonely place
Try to put a word in for me
It's been so long
Since I found this place
You better put in two or three
We as people, are just walking 'round
Our heads are firmly fixed in the ground
What we don't see
Well it can't be real
What we don't touch we cannot feel
Where we're living in this town
The sun is coming up and it's going down
But it's all just the same at the end of the day
And we cheat and we lie
Nobody says it's wrong
So we don't ask why
Cause it's all just the same at the end of the day
We're throwing it all away
We're throwing it all away
We're throwing it all away at the end of the day
If you need it
Something I can give
I know I'd help you if I can
If your honest and you say that you did
You know that I would give you my hand
Or a sad song
In a lonely place
I'll try to put a word in for you
Need a shoulder? well if that's the case
You know there's nothing I wouldn't do
Where we're living in this town
The sun is coming up and it's going down
But it's all just the same at the end of the day
When we cheat and we lie
Nobody says it's wrong
So we don't ask why
Cause it's all just the same at the end of the day
Don't throw it all away
Don't throw it all away
Don't throw it all away
Don't throw it all away
Throwing it all away
Throwing it all away
Throwing it all away
Throwing it all away
Throwing it all away
You're throwing it all away at the end of the day
In a lonely place
Try to put a word in for me
It's been so long
Since I found this place
You better put in two or three
We as people, are just walking 'round
Our heads are firmly fixed in the ground
What we don't see
Well it can't be real
What we don't touch we cannot feel
Where we're living in this town
The sun is coming up and it's going down
But it's all just the same at the end of the day
And we cheat and we lie
Nobody says it's wrong
So we don't ask why
Cause it's all just the same at the end of the day
We're throwing it all away
We're throwing it all away
We're throwing it all away at the end of the day
If you need it
Something I can give
I know I'd help you if I can
If your honest and you say that you did
You know that I would give you my hand
Or a sad song
In a lonely place
I'll try to put a word in for you
Need a shoulder? well if that's the case
You know there's nothing I wouldn't do
Where we're living in this town
The sun is coming up and it's going down
But it's all just the same at the end of the day
When we cheat and we lie
Nobody says it's wrong
So we don't ask why
Cause it's all just the same at the end of the day
Don't throw it all away
Don't throw it all away
Don't throw it all away
Don't throw it all away
Throwing it all away
Throwing it all away
Throwing it all away
Throwing it all away
Throwing it all away
You're throwing it all away at the end of the day