quarta-feira, junho 30, 2004
sexta-feira, junho 25, 2004
quarta-feira, junho 23, 2004
terça-feira, junho 22, 2004
Eu cansei de saber o que é a existência.
Eu só queria mergulhar cada dia mais fundo na loucura. Porque eu estou cansada de sentidos.
De procurar sentidos, de criar sentidos. De formular porque temos que viver ou porque deveríamos morrer.
Eu nasci para loucura, não para ciência.
Para poesia. Não para Academia.
Eu cansei de buscar o sentido da existência.
Eu só queria mergulhar cada dia mais fundo na loucura. Porque eu estou cansada de sentidos.
De procurar sentidos, de criar sentidos. De formular porque temos que viver ou porque deveríamos morrer.
Eu nasci para loucura, não para ciência.
Para poesia. Não para Academia.
Eu cansei de buscar o sentido da existência.
segunda-feira, junho 21, 2004
domingo, junho 20, 2004
sábado, junho 19, 2004
segunda-feira, junho 14, 2004
Você,
desculpe-me pela demora em escrever. Ultimamente não ando muito boa com as palavras. Elas custam a sair.
Eu queria lhe falar de flores, mas vou acabar falando de esportes. E você vai me responder que não prestou atenção ao gol, e jogar na minha cara que eu só lembro das coisas mais inúteis.
Eu queria lhe falar de flores, e de sonhos, mas vou acabar falando de choro, e você vai retrucar um 'você não devia reclamar tanto assim', e eu vou ter vontade de sentar no seu colo, que já não existe mais para mim.
Eu queria lhe falar de flores, sonhos e de frustrações no meio do caminho. Mas eu me zomabria, e diria que 'no meio do caminho tinha uma pedra'.
Aí eu resolvi que não devo falar de nada. Pois não sei o nome das flores que vi hoje bme perto à rodoviária, e nem vou ficar divagando sobre a ilusão que é ter sonhos, e nem vou falar de frustrações que eu sequer sei quais são.
Eu poderia lhe falar sobre as peças brancas de mármore que eu vi movimentando, e pessoas vermelhas cobertas de terra que esperam, desesperadamente, pelas chuvas em tempos de seca, e eu poderia falar de agonia, de desamparo e de tristeza.
Mas o que eu queria mesmo era falar de felicidade e de escolha. Queria mesmo era colher as boas lágrimas da dor alheia que escorrem pelas fendas abertas em meu rosto. Queria te dizer, assim, como nos velhos tempos, que nós não vamos sucumbir. Que iremos permanecer. Queria fantasiar sobre o sempre, e crer que aguento todos os meus limites. Queria dizer que eu gostaria de parar de ser outros e ser, um dia, eu mesma.
O que eu queria falar mesmo é que não estou afetada pelas lágrimas alheias, e que não mais acordo às duas da manhã com vontade de gritar para todo o mundo ouvir minha voz.
Eu queria mesmo era lhe contar um monte de mentiras e fingir que minha vida é uma verdade.
desculpe-me pela demora em escrever. Ultimamente não ando muito boa com as palavras. Elas custam a sair.
Eu queria lhe falar de flores, mas vou acabar falando de esportes. E você vai me responder que não prestou atenção ao gol, e jogar na minha cara que eu só lembro das coisas mais inúteis.
Eu queria lhe falar de flores, e de sonhos, mas vou acabar falando de choro, e você vai retrucar um 'você não devia reclamar tanto assim', e eu vou ter vontade de sentar no seu colo, que já não existe mais para mim.
Eu queria lhe falar de flores, sonhos e de frustrações no meio do caminho. Mas eu me zomabria, e diria que 'no meio do caminho tinha uma pedra'.
Aí eu resolvi que não devo falar de nada. Pois não sei o nome das flores que vi hoje bme perto à rodoviária, e nem vou ficar divagando sobre a ilusão que é ter sonhos, e nem vou falar de frustrações que eu sequer sei quais são.
Eu poderia lhe falar sobre as peças brancas de mármore que eu vi movimentando, e pessoas vermelhas cobertas de terra que esperam, desesperadamente, pelas chuvas em tempos de seca, e eu poderia falar de agonia, de desamparo e de tristeza.
Mas o que eu queria mesmo era falar de felicidade e de escolha. Queria mesmo era colher as boas lágrimas da dor alheia que escorrem pelas fendas abertas em meu rosto. Queria te dizer, assim, como nos velhos tempos, que nós não vamos sucumbir. Que iremos permanecer. Queria fantasiar sobre o sempre, e crer que aguento todos os meus limites. Queria dizer que eu gostaria de parar de ser outros e ser, um dia, eu mesma.
O que eu queria falar mesmo é que não estou afetada pelas lágrimas alheias, e que não mais acordo às duas da manhã com vontade de gritar para todo o mundo ouvir minha voz.
Eu queria mesmo era lhe contar um monte de mentiras e fingir que minha vida é uma verdade.
domingo, junho 13, 2004
A vida não se mantém por um sonho. Nem por dois. Nem por mil. A vida não se vive porque tem-se sonhos. A gente se mantém vivo porque temos, todos, grandes ilusões. A imagem do que o mundo pode ser, a idéia de que pode haver um dia melhor do que hoje, embora todos os dias mantenham-se piores do que os ontens...
A vida. A gente vive porque somos um bando de mentirosos. Um bando de infelizes. i-n-f-e-l-i-z-e-s. A gente até chora.
Nós até choramos.
A vida não é feita de sonhos. A gente é que vive pensando que sonhamos. O sonho sempre pode tornar-se realidade.
A vida não se mantém por nada. E o mais triste é que sequer pode-se escolher quando acabar com ela.
Dar um soco bem no nariz da vida e ver se ela revida. Porque ela vive dando porrada e ninguém faz nada.
A vida só morre para quem quer viver. Para quem não quer viver, a vida é sempre longa. A vida estende-se por um fio e vai acumulando doenças. Até que uma hora, quem vive não aguenta esperar mais um minuto, mais um grito, mais um choro.
E morre. Assim mesmo, sem paixão, só dor. Sem sonho, só solidão.
A vida mantém-se para quem não quer viver. Para quem quer e sabe que não tem vida - nem sonho - resta gravar fitas de despedida e segurar lágrimas nos olhos para que tenha algum sentido dizer que se é feliz.
Alguém me disse que a felicidade é para os ignorantes. Mas deve ser mais do que isso. Tem que ser mais do que isso.
Talvez... a felicidade seja uma crença. Como a vida.
A vida. A gente vive porque somos um bando de mentirosos. Um bando de infelizes. i-n-f-e-l-i-z-e-s. A gente até chora.
Nós até choramos.
A vida não é feita de sonhos. A gente é que vive pensando que sonhamos. O sonho sempre pode tornar-se realidade.
A vida não se mantém por nada. E o mais triste é que sequer pode-se escolher quando acabar com ela.
Dar um soco bem no nariz da vida e ver se ela revida. Porque ela vive dando porrada e ninguém faz nada.
A vida só morre para quem quer viver. Para quem não quer viver, a vida é sempre longa. A vida estende-se por um fio e vai acumulando doenças. Até que uma hora, quem vive não aguenta esperar mais um minuto, mais um grito, mais um choro.
E morre. Assim mesmo, sem paixão, só dor. Sem sonho, só solidão.
A vida mantém-se para quem não quer viver. Para quem quer e sabe que não tem vida - nem sonho - resta gravar fitas de despedida e segurar lágrimas nos olhos para que tenha algum sentido dizer que se é feliz.
Alguém me disse que a felicidade é para os ignorantes. Mas deve ser mais do que isso. Tem que ser mais do que isso.
Talvez... a felicidade seja uma crença. Como a vida.
quarta-feira, junho 09, 2004
Roubado, descaradamente, de lá.
"Não quero viver num mundo que só eu ouço quebrar
Para os outros, silêncio.
Sempre, só silêncio.
Enquanto eu quebro janelas e caráteres
E enfio os pedaços de vidro nos ouvidos
Para poder parar de escutar"
"Não quero viver num mundo que só eu ouço quebrar
Para os outros, silêncio.
Sempre, só silêncio.
Enquanto eu quebro janelas e caráteres
E enfio os pedaços de vidro nos ouvidos
Para poder parar de escutar"
segunda-feira, junho 07, 2004
domingo, junho 06, 2004
sobre o suicídio
Gritei.
Já não era como se
os ecos retornassem.
Gritei,
vi lágrimas
e sonhei com sangue prateado
escorrendo por aí.
Gritei
E todas as pessoas
Voltaram-se para mim.
Gritei
e as palavras rebatiam
nas paredes
e dissipavam-se pelos ares
voavam através das janelas
e chegavam aos mais distantes lugares.
Sorri.
A dor se foi.
As lágrimas escorreram
o peito quebrantou-se
em mil pedaços
infímos.
Os sentimentos desgrudaram
e eu, de repente,
tornei-me livre.
Gritei,
e era como se eu fosse ouvido.
Gritei.
Já não era como se
os ecos retornassem.
Gritei,
vi lágrimas
e sonhei com sangue prateado
escorrendo por aí.
Gritei
E todas as pessoas
Voltaram-se para mim.
Gritei
e as palavras rebatiam
nas paredes
e dissipavam-se pelos ares
voavam através das janelas
e chegavam aos mais distantes lugares.
Sorri.
A dor se foi.
As lágrimas escorreram
o peito quebrantou-se
em mil pedaços
infímos.
Os sentimentos desgrudaram
e eu, de repente,
tornei-me livre.
Gritei,
e era como se eu fosse ouvido.
quinta-feira, junho 03, 2004
O que sobrou da beleza e da riqueza? - pergunta desesperado, o homem que já não sabia ao certo se havia mundo.
Não sei! - respondia o outro, certo, de que havia tudo.
Mas e o não saber? Se tudo é certeza, como há não saber? - retrucava o garoto nervoso que nunca pensou amor.
Não sei, porra! - defendia-se aquele que se acostumou.
O que sobrou do mundo, se não há mais luz, nem noite, e se não reparo nas estrelas, e não sinto mais dor? O que restou de nós, se não trocamos mais olhares e pregamos as certezas, e nunca mais nos apaixonamos repetidamente, por várias pessoas? O que sobrou de mim, se eu me olho no espelho, e só vejo o reflexo do passado?
É tudo assim, certinho.
Mas vocês não sabem nada.
Não sei! - respondia o outro, certo, de que havia tudo.
Mas e o não saber? Se tudo é certeza, como há não saber? - retrucava o garoto nervoso que nunca pensou amor.
Não sei, porra! - defendia-se aquele que se acostumou.
O que sobrou do mundo, se não há mais luz, nem noite, e se não reparo nas estrelas, e não sinto mais dor? O que restou de nós, se não trocamos mais olhares e pregamos as certezas, e nunca mais nos apaixonamos repetidamente, por várias pessoas? O que sobrou de mim, se eu me olho no espelho, e só vejo o reflexo do passado?
É tudo assim, certinho.
Mas vocês não sabem nada.