O que sobrou da beleza e da riqueza? - pergunta desesperado, o homem que já não sabia ao certo se havia mundo.
Não sei! - respondia o outro, certo, de que havia tudo.
Mas e o não saber? Se tudo é certeza, como há não saber? - retrucava o garoto nervoso que nunca pensou amor.
Não sei, porra! - defendia-se aquele que se acostumou.
O que sobrou do mundo, se não há mais luz, nem noite, e se não reparo nas estrelas, e não sinto mais dor? O que restou de nós, se não trocamos mais olhares e pregamos as certezas, e nunca mais nos apaixonamos repetidamente, por várias pessoas? O que sobrou de mim, se eu me olho no espelho, e só vejo o reflexo do passado?
É tudo assim, certinho.
Mas vocês não sabem nada.
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