Este blog acabou. Terminou. Fechou. Foi tragado por um buraco negro (que nem minha cabeça dolorida).
Este blog acabou!
sábado, março 19, 2005
sexta-feira, março 18, 2005
quarta-feira, março 16, 2005
terça-feira, março 15, 2005
segunda-feira, março 14, 2005
Hoje, só as palavras alheias são suficientes para dizer o que sinto. Não preciso de lágrimas, ou de um porto seguro. Não preciso de uma cama macia, nem dos braços da eternidade. Hoje, quem faz a eternidade sou eu! E a agonia? Ah!, a agonia... ela persiste. Mas por outras coisas... nada de amor mal amado, de dor por medo, de medo por dor. Nada de agonia por prisões imaginárias... Agonia? Mais do que angústia. Hoje, as palavras alheias são suficientes para recorrer... Não preciso dizer nada, não preciso ver nada. Só sinto. Sinto, sinto, sinto. Como diria Moska: poderia se chamar silêncio, porque a minha dor é calada e meu desejo é mudo.
Hoje, não preciso de gritos. Nada ecoa no recinto quebrantado de meu espírito torpe. Nada ecoa no recinto das minhas paredes desmoronadas. Porque eu me recuso a me prender.
Hoje, não preciso de gritos. Nada ecoa no recinto quebrantado de meu espírito torpe. Nada ecoa no recinto das minhas paredes desmoronadas. Porque eu me recuso a me prender.
Desventura
Cecília Meireles
Tu és como o orsto das rosas:
diferente em cada pétala.
Onde estava teu perfume? Ninguém soube.
Teu lábio sorriu para todos os ventos
e o mundo inteiro ficou feliz.
Eu, só eu, encontrei a gota de orvalho que te alimentava,
como um segredo que cai do sonho.
Depois, abri as mãos, - e perdeu-se.
Agora, creio que vou morrer.
Cecília Meireles
Tu és como o orsto das rosas:
diferente em cada pétala.
Onde estava teu perfume? Ninguém soube.
Teu lábio sorriu para todos os ventos
e o mundo inteiro ficou feliz.
Eu, só eu, encontrei a gota de orvalho que te alimentava,
como um segredo que cai do sonho.
Depois, abri as mãos, - e perdeu-se.
Agora, creio que vou morrer.
quinta-feira, março 10, 2005
quarta-feira, março 09, 2005
terça-feira, março 08, 2005
(respiro os ares de nossa construção coontínua...)
e te vejo no espelho, segurando meus ombos, com seu abraço
E me enlaço, me encaixo no seu colo
E me perco!
Perdida?
No labirinto da liberdade!
Abro as janelas
de meu peito
(e de minha casa)
assim como as portas
e qualquer pequeno buraco
para deixar os ventos de nós dois entrarem
E espadirem-se por todos os cantos!
Abro as janelas
e portas
e portões
de meus seios
Para que possa deitar-se;
e pelo tempo que for
descansarmos do mundo.
e te vejo no espelho, segurando meus ombos, com seu abraço
E me enlaço, me encaixo no seu colo
E me perco!
Perdida?
No labirinto da liberdade!
Abro as janelas
de meu peito
(e de minha casa)
assim como as portas
e qualquer pequeno buraco
para deixar os ventos de nós dois entrarem
E espadirem-se por todos os cantos!
Abro as janelas
e portas
e portões
de meus seios
Para que possa deitar-se;
e pelo tempo que for
descansarmos do mundo.
No Janela Sobre os Poemas
Sobre as dores, falsidades, ilusões e chateações
O ato de trair
é a falta de chão,
quando da crença
em nossas próprias
crenças.
O ato de trair
é deixar de ser
o que sou
por um outro qualquer.
é sentir-me acuada
com meus próprios pensamentos.
Para falar de amor,
digo 'eu te amo.'
Para falar de dor
não tenho mais palavras.
Transbordo!
O rosto,
há muito virou mar
de lágrimas
salgadas!
Para falar de dor
É ver-se açoitada
nas costas
pela inveja
se não, ciúme.
O ato de trair
É jorrar sangue
Por quem se esconde
E permanece
e fala
e falta
mas não conhece.
Sobre as falsidades?
Sobre a punhalada no peito.
Sobre as dores, falsidades, ilusões e chateações
O ato de trair
é a falta de chão,
quando da crença
em nossas próprias
crenças.
O ato de trair
é deixar de ser
o que sou
por um outro qualquer.
é sentir-me acuada
com meus próprios pensamentos.
Para falar de amor,
digo 'eu te amo.'
Para falar de dor
não tenho mais palavras.
Transbordo!
O rosto,
há muito virou mar
de lágrimas
salgadas!
Para falar de dor
É ver-se açoitada
nas costas
pela inveja
se não, ciúme.
O ato de trair
É jorrar sangue
Por quem se esconde
E permanece
e fala
e falta
mas não conhece.
Sobre as falsidades?
Sobre a punhalada no peito.
domingo, março 06, 2005
Diálogo sobre o amor
Encoste o seu ombro no meu
E entenda
Que meu amor
não é o mesmo do teu.
Encosto meu rosto
em seu peito
E sei,
que meu amor
nunca será o mesmo do teu
Não me cobre assim
Desse jeito, enfim
Qualquer coisa que seja
maior do que o que tenho
no coração: ritmo.
Não desejo fantasias,
meu bem,
O compartilhar das dores
não é pedir mais que a dança
Encoste seu ombro no meu,
meu amor
E chore todas as suas lágrimas
Desafogue o aperto do peito
Reerga o foco de sua vista
Passe os dias frios comigo
E deixe que eu seco suas lágrimas
nos dias quentes (se quiser, regados à cerveja)
Esqueça as más-línguas
E seja você mesmo.
Beije meus lábios de leve
E me acorde com um suspiro
Beije meus lábios com força
E segure minhas pernas
com suas pernas
ao dormir.
Leve-me como um sonho bom
Que eu torço para que nenhum de nós
acorde!
Encoste o seu ombro no meu
E entenda
Que meu amor
não é o mesmo do teu.
Encosto meu rosto
em seu peito
E sei,
que meu amor
nunca será o mesmo do teu
Não me cobre assim
Desse jeito, enfim
Qualquer coisa que seja
maior do que o que tenho
no coração: ritmo.
Não desejo fantasias,
meu bem,
O compartilhar das dores
não é pedir mais que a dança
Encoste seu ombro no meu,
meu amor
E chore todas as suas lágrimas
Desafogue o aperto do peito
Reerga o foco de sua vista
Passe os dias frios comigo
E deixe que eu seco suas lágrimas
nos dias quentes (se quiser, regados à cerveja)
Esqueça as más-línguas
E seja você mesmo.
Beije meus lábios de leve
E me acorde com um suspiro
Beije meus lábios com força
E segure minhas pernas
com suas pernas
ao dormir.
Leve-me como um sonho bom
Que eu torço para que nenhum de nós
acorde!