vou caminhando em direção à janela
olho o vento que traz respingos de chuva
tomo a brisa que ainda me atinge como um gole de vinho
me inclino no parapeito
ponho minhas mãos pra fora
sinto a liberdade de quem voa
me bato com as amarrras presas
me jogo de alma
o corpo não obedece
me seguram com força
me socam até eu esquecer
que existem parapeitos
e que eles são feitos para irmos.
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