Da Época:
ÉPOCA – Se é natural ao ser humano buscar a felicidade, onde está o erro?
Bruckner – O erro é esquecer que ninguém pode dizer o que o outro deve procurar, muito menos coletivamente. É perigoso achar que a existência só tem validade se a pessoa encontrar a felicidade. Essa é apenas uma das possibilidades na vida. Há várias outras, como a paixão e a liberdade. Recuso a noção de felicidade como objetivo maior da humanidade.
ÉPOCA – As pessoas felizes são menos interessantes?
Bruckner – Ninguém é feliz ou infeliz o tempo todo. A vida não se divide entre essas duas polaridades. Muito mais importante que a felicidade é a liberdade, a capacidade de enfrentar problemas. A felicidade é um valor secundário, e é bom enfatizar isso para que não se sintam culpadas as pessoas que não chegam a ser felizes.
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