Se as almas existissem, e tivessem nomes - dizia nos dias tristes - seriam substantivos-adjetivos. Não importa se não existe essa definição na gramática, seriam assim e ponto. Os nomes sairiam combinados com acada alma e pessoa, com cada ser.
Felicidade, tristeza, frieza, agilidade... Todos esses nomes, sentimentos, ainda substantivos, e não qualidade de almas, seriam os delas.
Mas - contestei eu - por quê dar nome às almas?
É mania, respondia.
E todos os dias tristes era a mesma estória. Pro franceses, almas em italiano; pros italianos, almas em alemão; pros brasileiros alma em português mesmo, talvez; pros ingleses, alma em espanho. E assim ia, todo dia.
Andei pensando - certo dia falou.
O que - perguntei sme interesse.
Se almas existissem e você tivesse uma, ela se chamaria dor.
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