Trancou a menina no porão, sorriu, trocou o vestido pra que o pai visse um mais bonito. Mas quando ouviu os gritos, e sua cabeça começou a estourar de dor, não aguentou.
Deixou a menina mais fraca sair, e se trancou no escuro, onde é mais fácil dormir.
Não chamou mais a outra pra brincar, não recheou a mente da outra com músicas doces ou suaves. Só precisou das ilusões deixada pela chorona, junto aos espelhos quebrados que sobraram da briga consigo mesma antes de sair.
Sair nem sempre é uma boa, escutou. Era o pai imaginário de uma criatura que tinha vida.
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