para minhas manias
Queria um tempinho para respirar o ar puro de uma manhã sem dono. E saber que ninguém mais vai falar homem, enquanto significam humanidade. Parar de roer unha, se estou nervosa. Parar de tirar o esmalte para depois poder roer a unha quando estou sem nada para fazer. Queria uma pausa no tempo para ficar lendo uma frase boa e decorá-la, já que a memória não ajuda quando mais preciso dela. E um abraço nesse frio... beber menos quando já estiver cansada. Ler mais, o tempo todo! e ser mais eu, quando eu quiser. Controlar minhas vontades, para depois não me arrepender. Não me arrepender, porque sei, se sei!, que o arrependimento não traz momentos de volta. Escrever cartas, dar telefonemas, não apagar nomes do meu icq, nem dos meus contatos no e-mail. Ficar menos no invisível. Começar a aparecer.. para mim, para o mundo. Não ter vergonha de todas as minhas palavras ruins, de todos meus sentimentos viscerais. Não ter vergonha de mim. Sentir saudade e tentar matá-la com a mesma vontade que mato mosquitos de banheiro. Ter saudade e não fugir dela, como cão fugindo da cruz. Ser menos cruel quando odeio. Odiar menos por tão pouco. Criar mais amigos, descriar inimigos. Aprender. Aprender. Aprender. Não deixar para trás sonhos que ainda não se transformaram em possíveis. Não desistir assim, tão fácil, de viver. Sentir solidão. Sentir. Mas não me entregar sem lutar... não por mais de dois dias.
Não desejar Feliz Natal, se não estiver com vontade. Não desejar Feliz Ano Novo, se de novo, terá só um número.
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