quinta-feira, setembro 22, 2005
O que me dói mesmo, meu bem é que meu amor é sempre incondicional. Eu smpre fico sem comer, embora sinta fome. Eu sempre fico com olheiras imensas, pois não consigo dormir. Minha vida sempre é feita de releituras mórbidas sobre as vidas que vivi. Sempre são as noites vendo árvores roxas e vinhos gostosos à beira do lago que povoam meu peito. São sempre as mensagens inexistentes, os emails maleducados, os carinhos desfeitos... são sempre as memórias de doze horas de viagem atrás do amor que refazem minha perspectiva de vida. Eu vivo de uma passado, meu amor. Um passado futuro que se transforma em tristeza. Bruma, passado, neblima, releitura. Escorrer pelo chão e nunca se refazer. Chorar lágrimas vazias quando sequer lembro de você. O que dói é sempre ser incondicional. É ser festival de cinema. É ser expulsa de sua casa. É ter um emprego e não te contar. É olhar meus poemas antigos e não poder te falar. O que me dóin não é você não esatr aqui. Nunca foi. O que dói é eu ser pretérito imperfeito. No máximo, futuro do pretérito. É eu ser Sâo Paulo, Brasília, Belo Horizinonte ou Bélgica. É eu querer ser parte da parede cinza, é eu querer dar certo. Valer a pena. Quer entender o que sinto? É eu sentir falta do escuro. É eu acordar de madrugada e te ver. Pequeno, encolhido. É eu olhar para o lado, e te ver batucar em si mesmo. O que dói? nâo é o amor em si. É a incondicionalidade do meu amor. É eu morrer a cada amor. É eu morrer por você me menos de uma semana. É eu morrer por mim mesma. O que dói é não ter nada pra te odiar. O que dói é te entender. É você me entender. É eu ser ela. É eu ser ninguém. O que dói é a manhã mais bonita estar cravada na minha mente quando o que eu mais queria era ter dormido uma boa noite de sono. O que dói é seu abraço estar impregnado em mim. é 2 rights make 1 wrong. E olha qeu músicas instrumentais nem são boas. Dói não achar melhor chorar.Dói as conversas intermináveis. Dói o deitar no colo. O beijo esperado. Dói a memória. Eu sou pura memória. Eu ser eu, dói. Dói morrer toda vez. Dói você não me ver, não me olhar, não sorrir. Dói não se importar. Dói eu me importar. Dói, dói, dói. Dói não ser você, aqui, a comentar a cerveja, a sinuca, o trabalho, a vida. Dói você não secar as lágrimas que formam esses leitos profundos em minha face. Dói eu não poder chorar nso seus ombros. Dói eu não poder dividir minha dor. Minha falta. Dói, sabe? Dói! Mas quem disse que você quer saber?
3 comentários:
Lindo, querida.
:/
Estou deixando as palavras ecoarem na sala...
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