Sozinha em casa, Janaína senta em frente aos seus cadernos e procura um poema antigo qualquer. Revira suas anotações, receitas, cadernos do segundo grau, desenhos mal feitos... revira papéis velhos e encontra exatamente o que queria. Em um papel pequeno, escrito em letras redondas, Janaína se encontra: Eu sou uma grande ilusão de mim mesma.
E é com iso, escrito várias vezes em um papel amarelado de café, que Janaína decide decorar seu quarto. É com a constatação de sua solidão imensa que Janaína vai dormir.
- Um café expresso, por favor. - diria ela, se estivesse em uma lanchonete qualquer.
Satisfaz-se com uma caneca de coca-cola. Deita em sua cama fria. Fecha os olhos. E torce para não acordar.
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