Sentou de novo naquele meio-fio, sem remorsos de não ter mais laços inúteis com quem não quer e rezou.
Rezou não pra deuses, deusas, mas pra que ela aparecesse de novo, só mais um dia. Segurou as mãos dentro do casaco azul, listrado, estranho... nunca costumava usar blusas azuis, muito menos listradas.
Chorou po lembrar daquele semblante arrastando-a pela pista de dança, seca por uma dose de tequila. Chorou por beijá-la e nunca mais poder sentí-la. Chorou por não tê-la e não querer prendê-la.
Chorou por não amar e não poder ter. Chorou por amar e não querer ter.
Pegou as mágoas que teimavam em não se afogar na garrafa de vinho e as chamou de podres, porque ninguém gosta de sofrer, mas ela queria! Se chamou de louca
E gritou pra todo mundo ouvir que amava e não queria ter mais ninguém,
Nem se entregar.
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