quarta-feira, julho 28, 2021
Sobre suicídio
O mar revolto toma a praia. Os raios e os trovões indicam que a tempestade ainda está por vir. Os ventos balançam os coqueiros e eles quase quebram. Quase. O quase é a chave: quase quebram, quase há alagamento, quase somos atingidos pela descarga de energia do mundo.
O mar revolto toma o peito e não há como vomitar a água salgada que inunda os pulmões. Deixar levar, deixar-se ir. Deixar que a sua existência se mescle a existência do mundo para que o quase igualmente deixe de existir.
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