sexta-feira, dezembro 31, 2004
Diante das mentes brilhantes
A minha,
é mera busca de sentido.
Diantede toda a loucura
Pareço, em vão
Lucidez.
Sou ilusão
Um sonho apaixonado
Uma angústia
que persiste.
Porque eu sou lágrima,
engasgada
Apartada.
Eu sou dor
Chorada
Em prantos
Contidos.
Sou a busca incessante
da aceitação.
Excluída da vontade
de viver.
A minha,
é mera busca de sentido.
Diantede toda a loucura
Pareço, em vão
Lucidez.
Sou ilusão
Um sonho apaixonado
Uma angústia
que persiste.
Porque eu sou lágrima,
engasgada
Apartada.
Eu sou dor
Chorada
Em prantos
Contidos.
Sou a busca incessante
da aceitação.
Excluída da vontade
de viver.
porque meus sonhos,
maltratados pela vida
escorrem por
entre meus dedos.
porque meus sonhos
e minhas loucuras
e minhas mãos vazias
se quebram, como Cecília,
e a cor que me transborda
não é azul
é vermelho.
porque eu sou
i shall be released
mas não sou forte o bastante.
as garras me cortam
e eu,
respiro fundo
seco meu suor
soluço alto.
grito até a voz ter fim
maltratados pela vida
escorrem por
entre meus dedos.
porque meus sonhos
e minhas loucuras
e minhas mãos vazias
se quebram, como Cecília,
e a cor que me transborda
não é azul
é vermelho.
porque eu sou
i shall be released
mas não sou forte o bastante.
as garras me cortam
e eu,
respiro fundo
seco meu suor
soluço alto.
grito até a voz ter fim
quinta-feira, dezembro 30, 2004
quarta-feira, dezembro 29, 2004
nada. minha vida é clothes of sand.
Who has dressed you in strange clothes of sand
Who has taken you far from my land
Who has said that my sayings were wrong
And who will say that I stayed much too long?
Clothes of sand have covered yor face
Given you meaning but taken my place
So make your way on down to the sea
Something has taken you so far from me.
Does it now seem worth all the colour of skies
To see the earth through painted eyes
To look through panes of shaded glass
See the stains of winter's grass.
Can you now return to from where you came
Try to burn your changing name
Or with silver spoons and coloured light
Will you worship moons in winter's night.
Clothes of sand have covered your face
Given you meaning but taken my place
So make your way on down to the sea
Something has taken you so far from me.
terça-feira, dezembro 28, 2004
hoje, sou grandes monólogos
esperando por conversa.
hoje,
sou vários versos
sem resposta.
sou várias amarguras
embora, sorrisos.
sou dores.
sou pranto,
sou planta.
hoje
sou monólogo. sou diálogo
sou eu, contra mim.
hoje, sou mais que ontem.
mas antes de ontem
era mais que eu.
hoje,
sou dispersa
desperta.
sou luxúria.
só que sou santa.
hoje, sou monólogo
controverso.
esperando por conversa.
hoje,
sou vários versos
sem resposta.
sou várias amarguras
embora, sorrisos.
sou dores.
sou pranto,
sou planta.
hoje
sou monólogo. sou diálogo
sou eu, contra mim.
hoje, sou mais que ontem.
mas antes de ontem
era mais que eu.
hoje,
sou dispersa
desperta.
sou luxúria.
só que sou santa.
hoje, sou monólogo
controverso.
segunda-feira, dezembro 27, 2004
Vinho
Cecília Meireles
A taça foi brilhante e rara,
mas o vinho de que bebi
com os meus olhos postos em ti,
era de total amargura.
Desde essa hora antiga e preclara,
insensivelmente desci
e em meu pensamento senti
o desgosto de ser criatura.
Eu sou de essência etérea e clara:
no entanto, desde que te vi,
como que desapareci...
Rondo triste à minha procura.
A taça foi brilhante e rara;
mas, com certeza enlouqueci.
E desse vinho que bebi
se originou minha loucura.
Cecília Meireles
A taça foi brilhante e rara,
mas o vinho de que bebi
com os meus olhos postos em ti,
era de total amargura.
Desde essa hora antiga e preclara,
insensivelmente desci
e em meu pensamento senti
o desgosto de ser criatura.
Eu sou de essência etérea e clara:
no entanto, desde que te vi,
como que desapareci...
Rondo triste à minha procura.
A taça foi brilhante e rara;
mas, com certeza enlouqueci.
E desse vinho que bebi
se originou minha loucura.
conversa ou monólogo?
pois
sou a angústia presa na
garganta
vontade de chorar no seu colo
mas sou pranto
entalado na boca
do estômago.
*
a minha mania de culpa
não é cristã.
é choro ao ver um choro
é dor,
diante do desconhecido.
de não saber o que fazer.
*
o meu choro
se divide em vários prantos.
calados,
sufocados no travesseiro.
meu pranto
é incontido!
assim como meu desejo
é de posse
embora nunca seja possuída.
pois
sou a angústia presa na
garganta
vontade de chorar no seu colo
mas sou pranto
entalado na boca
do estômago.
*
a minha mania de culpa
não é cristã.
é choro ao ver um choro
é dor,
diante do desconhecido.
de não saber o que fazer.
*
o meu choro
se divide em vários prantos.
calados,
sufocados no travesseiro.
meu pranto
é incontido!
assim como meu desejo
é de posse
embora nunca seja possuída.
segunda-feira, dezembro 13, 2004
domingo, dezembro 12, 2004
sábado, dezembro 11, 2004
terça-feira, dezembro 07, 2004
'nothing will get us down'
*bem que eu queria acreditar. bem que eu queria ser assim, a pessoa com mais fé. pensar no duplo, e não na realidade. imaginar o alheio, não o agora. bem que eu queria não me importar. sair do ar. não sentir culpa, não sentir desgosto. bem que eu queria, agora, sentir amor. mas meus sentimentos, apartados, não reinam no mesmo tempo. templo. só sinto cansaço. cansaço de mim mesma, cansaço de outros mesmos.*
*bem que eu queria acreditar. bem que eu queria ser assim, a pessoa com mais fé. pensar no duplo, e não na realidade. imaginar o alheio, não o agora. bem que eu queria não me importar. sair do ar. não sentir culpa, não sentir desgosto. bem que eu queria, agora, sentir amor. mas meus sentimentos, apartados, não reinam no mesmo tempo. templo. só sinto cansaço. cansaço de mim mesma, cansaço de outros mesmos.*
segunda-feira, dezembro 06, 2004
(parênteses)
eu ando achando que sou completamente louca
que deveria ter largado tudo pro ar e vendido poesia
que devia pegar esse dinheiro que tenho e ir pra pqp
mas não ficar aqui, perdendo meu tempo com esse curso que só me imbeciliza
pois é. se eu não fosse tão cheia de amarras, tão medrosa, largava todo esse chororô
todo esse marasmo cerebral
eu ando achando que sou completamente louca
que deveria ter largado tudo pro ar e vendido poesia
que devia pegar esse dinheiro que tenho e ir pra pqp
mas não ficar aqui, perdendo meu tempo com esse curso que só me imbeciliza
pois é. se eu não fosse tão cheia de amarras, tão medrosa, largava todo esse chororô
todo esse marasmo cerebral
domingo, dezembro 05, 2004
sexta-feira, dezembro 03, 2004
quarta-feira, dezembro 01, 2004
domingo, novembro 28, 2004
"Who knows the answers? Who do you trust?
I can't event separate love from lust.
Maybe I’ll move back home and pay off my loans,
working nine to five answering phones.
Don't make me live for my friday nights,
drinking eight pints and getting in fights.
I don't want to get up, just let me lie in,
leave me alone, I'm a twenty something.
Maybe I'll just fall in love that could solve it all,
philosophers say that that’s enough,
there surely must be more."
jamie cullum
I can't event separate love from lust.
Maybe I’ll move back home and pay off my loans,
working nine to five answering phones.
Don't make me live for my friday nights,
drinking eight pints and getting in fights.
I don't want to get up, just let me lie in,
leave me alone, I'm a twenty something.
Maybe I'll just fall in love that could solve it all,
philosophers say that that’s enough,
there surely must be more."
jamie cullum
quarta-feira, novembro 24, 2004
When the day is done
Down to the earth then sinks the sun
Along with everything that was lost and won
When the day is done
When the day is up
Hope so much your race will all be run
Then you find you jump the gun
Have to go back where you began
When the day is done
When the night is cold
Some get by but some get old
Just to show that life's not made of gold
When the night is cold
When the bird has flown
You got no one to call your own
You got no place to call your home
When the bird has flown
When the game's been fought
You speed the ball across the court
Lost so much sooner than you would have thought
Now the game's been fought
When the party is through
It seems so very sad for you
Didn't do the things you meant to do
Now there's no time to start a new
Now the party's through
The day is done
Down to earth then sinks the sun
Along with everything that was lost and won
When the day is done
norah jones
Down to the earth then sinks the sun
Along with everything that was lost and won
When the day is done
When the day is up
Hope so much your race will all be run
Then you find you jump the gun
Have to go back where you began
When the day is done
When the night is cold
Some get by but some get old
Just to show that life's not made of gold
When the night is cold
When the bird has flown
You got no one to call your own
You got no place to call your home
When the bird has flown
When the game's been fought
You speed the ball across the court
Lost so much sooner than you would have thought
Now the game's been fought
When the party is through
It seems so very sad for you
Didn't do the things you meant to do
Now there's no time to start a new
Now the party's through
The day is done
Down to earth then sinks the sun
Along with everything that was lost and won
When the day is done
norah jones
e então,
é nesse caminho tortuoso,
que caio, e me escondo
em um buraco.
e é nesse caminho
repleto de espinhos
que caio.
e me machuco.
e vejo que ainda tenho sangue.
e esqueço todos os jogos
só que não há mais tempo para parar.
pois é nesse caminho
cheio de pedras
e rancores
que me perco. me perco.
e quebro meus dedos dos pés, de tanto andar e não chegar. e meus sonhos são carregados pelo vento e são colocados no alto, onde eu não os possa alcaçar.
é nesse caminho tortuoso,
que caio, e me escondo
em um buraco.
e é nesse caminho
repleto de espinhos
que caio.
e me machuco.
e vejo que ainda tenho sangue.
e esqueço todos os jogos
só que não há mais tempo para parar.
pois é nesse caminho
cheio de pedras
e rancores
que me perco. me perco.
e quebro meus dedos dos pés, de tanto andar e não chegar. e meus sonhos são carregados pelo vento e são colocados no alto, onde eu não os possa alcaçar.
quinta-feira, novembro 18, 2004
E ela, sem calma, prendeu a respiração para ver se alguma coisa acontecia de menos estúpido.
Esperou, que com um ato mórbido, seu coração voltasse a bater mais rápido, que a agonia fosse embora, que o sol se escondesse, que o corpo ficasse menos tenso. Esperou que, por meio de um ato estranho, fosse capaz de controlar seu choro e seu riso, sua dor, e sua lágrima. Sua resistência, e sua impaciência.
Prendeu a respiração, sem calma, em busca de si mesma. Porque a mão não parava de tremer e mexer e escrever palavras sem sentido. E os sons não faziam sentido. E a vida não fazia sentido. E a morte também não!
E, nos poucos segundos que conseguiu ficar sem ar, pensou que um, ou dois, copos de qualquer bebida quente fosse capaz de aliviar aquele desespero.
Saiu. Para dizer que se não importa para ela, não importa pra mais ninguém.
Esperou, que com um ato mórbido, seu coração voltasse a bater mais rápido, que a agonia fosse embora, que o sol se escondesse, que o corpo ficasse menos tenso. Esperou que, por meio de um ato estranho, fosse capaz de controlar seu choro e seu riso, sua dor, e sua lágrima. Sua resistência, e sua impaciência.
Prendeu a respiração, sem calma, em busca de si mesma. Porque a mão não parava de tremer e mexer e escrever palavras sem sentido. E os sons não faziam sentido. E a vida não fazia sentido. E a morte também não!
E, nos poucos segundos que conseguiu ficar sem ar, pensou que um, ou dois, copos de qualquer bebida quente fosse capaz de aliviar aquele desespero.
Saiu. Para dizer que se não importa para ela, não importa pra mais ninguém.
terça-feira, novembro 16, 2004
sábado, novembro 13, 2004
segunda-feira, novembro 08, 2004
Free :: Donavon Frankenreiter
...There's nothing in between
What we are, what we see
There's nothing in between
What we are, what we see, what we are
We are just
On a life boat sailin' home
With our drunken hearts and our tired bones
Well I just take one last look around
Yeah an' every place feels like a familiar town ...
...There's nothing in between
What we are, what we see
There's nothing in between
What we are, what we see, what we are
We are just
On a life boat sailin' home
With our drunken hearts and our tired bones
Well I just take one last look around
Yeah an' every place feels like a familiar town ...
e então penso no destino de nós todos, que não se entrelaçam, mas não se apartam. choro minha dor de ser sozinha, única no mundo, e sem amparo. choro minhas lágrimas tolas. e procuro o incasável, o inatingível, a utopia. busco minha libertação.
e transbordo, porque extravaso. porque busco a raíz, a liberdade. tansbordo porque sou eu mesma, e não gosto dos limites.
e transbordo, porque extravaso. porque busco a raíz, a liberdade. tansbordo porque sou eu mesma, e não gosto dos limites.
domingo, novembro 07, 2004
terça-feira, novembro 02, 2004
sábado, outubro 30, 2004
segunda-feira, outubro 25, 2004
domingo, outubro 24, 2004
e acordo pensanndo em seus olhos
e deito pensando no passado.
pois não estamos a mais de um passo
do abismo.
porque não estamos a mais de
um passo
do fundo.
e acordo pensando no seu beijo
e seu toque
e choro porque não recordo
meu nome.
pois estamos a um dia do fim
do mundo.
a um passo do fim
da solidão.
e deito pensando no passado.
pois não estamos a mais de um passo
do abismo.
porque não estamos a mais de
um passo
do fundo.
e acordo pensando no seu beijo
e seu toque
e choro porque não recordo
meu nome.
pois estamos a um dia do fim
do mundo.
a um passo do fim
da solidão.
sábado, outubro 23, 2004
sexta-feira, outubro 22, 2004
segunda-feira, outubro 18, 2004
"queria lembrar das coisas exatamente como foram naquele dia engraçado."
Se sou memórias
apagadas
com o passado.
Se sou dor após dor
cartas marcadas.
Se sou vidas
Caladas.
Se sou um pote de amores
vazios.
Calores
frios.
Se escondo-me em você
E vivo você.
Se me perco em mim
E já não sei se sou.
meu bem, quem é que sou sem seus braços? quem é que sou sem seus beijos, de relance, em dias tristes? quem é que sou, se sou mentiras, e memórias parcas?
Se sou memórias
apagadas
com o passado.
Se sou dor após dor
cartas marcadas.
Se sou vidas
Caladas.
Se sou um pote de amores
vazios.
Calores
frios.
Se escondo-me em você
E vivo você.
Se me perco em mim
E já não sei se sou.
meu bem, quem é que sou sem seus braços? quem é que sou sem seus beijos, de relance, em dias tristes? quem é que sou, se sou mentiras, e memórias parcas?
domingo, outubro 17, 2004
*i was just digging my grave. baby. some, more, minutes of agony.
`cause i`ve never felt this way.
sad and lonely, while hugged by a thousand.
i`ve never felt like this. such a liar.
i don`t wanna hold your hand anymore. *i need to grab my own.*
'cause i never was so tragic.
everything is right. but everything is wrong.*
`cause i`ve never felt this way.
sad and lonely, while hugged by a thousand.
i`ve never felt like this. such a liar.
i don`t wanna hold your hand anymore. *i need to grab my own.*
'cause i never was so tragic.
everything is right. but everything is wrong.*
sexta-feira, outubro 15, 2004
porque eu sou só releituras.
todas as minhas revoluções inscrevem-se
em meu corpo, em meus olhos
e meus sonhos,
aos poucos
tornam-se menos agudos
passam para doenças crônicas
que encobrem as lágrimas
e então, o grito
sai da garganta
escorre pelo peito
e eu, enquanto ser
transformo-me
como mutação,
em mim.
todas as minhas revoluções inscrevem-se
em meu corpo, em meus olhos
e meus sonhos,
aos poucos
tornam-se menos agudos
passam para doenças crônicas
que encobrem as lágrimas
e então, o grito
sai da garganta
escorre pelo peito
e eu, enquanto ser
transformo-me
como mutação,
em mim.
quarta-feira, outubro 13, 2004
domingo, outubro 10, 2004
Você é "Imensidão Azul" de Luc Besson. Você é sonhador, único. Muito sublime e encantador(a).
Faça você também Que bom filme é você? Uma criação de
será?
*enquadrada, enjaulada, maltratada, machucada. calada.
amarrada com pequenas tiras de couro que corróem meus pulsos.
encurralada.
jogada em uma cela suja dentro de mim mesma, torcendo para sair
rezando para que alguém me tire daqui.
atormentada pelas dores que esocrrem como a dor vermelha que sai dos meus poros.
escondida em um buraco em que nem eu sou capaz de me achar.
perdida. perdida.
em um labirinto infinito. dentro de mim.
perdida dentro de mim.
labirinto.
dentro de mim.
perturbada com os ecos destas paredes indestrutíveis.*
amarrada com pequenas tiras de couro que corróem meus pulsos.
encurralada.
jogada em uma cela suja dentro de mim mesma, torcendo para sair
rezando para que alguém me tire daqui.
atormentada pelas dores que esocrrem como a dor vermelha que sai dos meus poros.
escondida em um buraco em que nem eu sou capaz de me achar.
perdida. perdida.
em um labirinto infinito. dentro de mim.
perdida dentro de mim.
labirinto.
dentro de mim.
perturbada com os ecos destas paredes indestrutíveis.*
domingo, setembro 26, 2004
meu amor
eu vi o sol se pôr, de um jeito tão bonito. assim, tão único.
a cor das nuvens virou vermelha, depois foram fiando arroxeadas... e o sol, vermelho, e amarelo. e foi descendo no meu horizonte.
e pensei em você.
já estava ficando noite, e a noite sempre é fria.
sempre é fria quando eu durmo. porque eu choro, e minhas lágrimas não têm onde se aparar.
eu vi o sol se pôr, de um jeito tão bonito. assim, tão único.
a cor das nuvens virou vermelha, depois foram fiando arroxeadas... e o sol, vermelho, e amarelo. e foi descendo no meu horizonte.
e pensei em você.
já estava ficando noite, e a noite sempre é fria.
sempre é fria quando eu durmo. porque eu choro, e minhas lágrimas não têm onde se aparar.
quinta-feira, setembro 23, 2004
domingo, setembro 19, 2004
sexta-feira, setembro 17, 2004
terça-feira, setembro 14, 2004
segunda-feira, setembro 13, 2004
eu também penso sobre suicídio. sobre aborto. sobre política. sobre me formar. sobre juventude. velhice. nova york. são paulo. brasília, cidade dos mortos. amor. patrícia. brena. lu. Du. loucura. vida. homens. mulheres. feminismo. filosofia. moral. valores. loucura. loucura. eu também penso sobre tequila. eu também penso sobre a escolha. a não escolha. sobre meu vizinho. sex drgus alcohol.
silverchair. nirvana.
nada.
ryan adams. belle and sebastian. o filme italiano. o espanhol. o brasileiro. arte. arte.
fútil.
silverchair. nirvana.
nada.
ryan adams. belle and sebastian. o filme italiano. o espanhol. o brasileiro. arte. arte.
fútil.
domingo, setembro 12, 2004
sábado, setembro 11, 2004
sábado, setembro 04, 2004
terça-feira, agosto 31, 2004
Quinta-feira, Outubro 30, 2003
Todos os meus sonhos se resumem à
Ilusão.
Se não há porquê lutar
Pelo quê viver
Ou chorar
De todas as coisas do mundo
O grito era o mais importante.
E todas as paredes,
que vedam lágrimas
Que vedam imagens
Que vedam saberes
Acordam soluços
Projetam-se em mim
Como se solidão fosse sobrenome.
Todas as minhas noites
São preenchidas de vácuo de você.
E eu, com minhas mãos frias
Saio de mim como fugindo de um pesadelo
Eterno.
Etéreo.
As vidas já não me parecem promissoras
Quando eu era criança,
quem me dera ter morrido aos doze
Minha mente ainda não era ingrata.
Todas as minhas noites são brisas mornas
enquanto quero frio.
Mas meu quarto não tem janelas como estas
E eu, presa em mim, não sei sair.
E todas as paredes vedam meus gritos,
Fraca,
já não sei fingir.
Todos os meus sonhos se resumem à
Ilusão.
Se não há porquê lutar
Pelo quê viver
Ou chorar
De todas as coisas do mundo
O grito era o mais importante.
E todas as paredes,
que vedam lágrimas
Que vedam imagens
Que vedam saberes
Acordam soluços
Projetam-se em mim
Como se solidão fosse sobrenome.
Todas as minhas noites
São preenchidas de vácuo de você.
E eu, com minhas mãos frias
Saio de mim como fugindo de um pesadelo
Eterno.
Etéreo.
As vidas já não me parecem promissoras
Quando eu era criança,
quem me dera ter morrido aos doze
Minha mente ainda não era ingrata.
Todas as minhas noites são brisas mornas
enquanto quero frio.
Mas meu quarto não tem janelas como estas
E eu, presa em mim, não sei sair.
E todas as paredes vedam meus gritos,
Fraca,
já não sei fingir.
Mais Uma Vez
Te tenho com a certeza
De que você pode ir
Te amo com a certeza De que irá voltar
Pra gente ser feliz
Você surgiu e juntos Conseguimos ir mais longe
Você dividiu comigo a sua história
E me ajudou a construir a minha
Hoje mais do que nunca somos dois
A nossa liberdade é o que nos prende
Viva todo o seu mundo
Sinta toda liberdade
E quando a hora chegar, volta...
O nosso amor está acima das coisas deste mundo
Vai dizer que o tempo
Não parou naquele momento
Espero por você
O tempo que for
Pra ficarmos juntos
Mais uma vez
a banda é ruim, mas a música é boa
Te tenho com a certeza
De que você pode ir
Te amo com a certeza De que irá voltar
Pra gente ser feliz
Você surgiu e juntos Conseguimos ir mais longe
Você dividiu comigo a sua história
E me ajudou a construir a minha
Hoje mais do que nunca somos dois
A nossa liberdade é o que nos prende
Viva todo o seu mundo
Sinta toda liberdade
E quando a hora chegar, volta...
O nosso amor está acima das coisas deste mundo
Vai dizer que o tempo
Não parou naquele momento
Espero por você
O tempo que for
Pra ficarmos juntos
Mais uma vez
a banda é ruim, mas a música é boa
segunda-feira, agosto 30, 2004
sabe, querida,
eu há muito só quis ouvir o toque do telefone. sair correndo, ouvir uma voz conhecida. bastava. só isso e meu vazio ia embora. era como se eu fosse uma pessoa. o telefone tocava, eu corria. era você. e eu me tornava eu.
eu senti saudade. eu sinto saudade. mas, de repente, tudo veio bem claro para mim. eu não consigo competir com ninguém. eu consigo amar. um monte de gente. amar muito. mas não consigo não ser amada. ser a menos amada. é ruim. bem ruim.
aí eu ligo. quando é insuportável te perder eu ligo. e eu só quero uma palavra linda. oi, linda. só quero, eu sinto sua falta. você faz falta. porque eu sei que não faço. já fiz. mas não mais. que saudade?
o que é saudade?
às vezes eu queria morrer. penso em tudo o que eu deixei para trás e começo a me achar a mais miserável do mundo. eu tinha uma vida. péssima. só que bem melhor que essa.
eu escolhi o caminho errado. não soube entender os paradoxos. nem deixá-los de lado. eu tive que vivê-los da forma mais dolorida. e ir embora.
eu sou boa em ir embora, não é? várias vezes eu fui embora. com todo mundo que eu gostava. troquei todos pelo meu impulso. sofri. fiz sofrer. fiz sofrer mais do que sofri, lógico. tudo me parece tão lógico, agora.
você ama outro. eu amo outro.
mas quem eu sempre amei foi você.
eu quis te proteger de mim. eu quis me proteger de você. eu fugi. desde aquele dia. ou noite. eu fugi. fui embora. você foi embora.
mas você voltou. eu fiquei longe.
é tarde para recomeçar. para mim, tudo agora é tarde.
muito tarde para viver.
se bem que eu me sinto bem morta. bem fria. bem nada.
aquele espaço vazio que eu tinha? era só eu mesma.
eu sempre fui mil solidões. eu nunca entendi porquê. decidi me culpar. e as coisas fazem sentido. um imenso sentido.
por muito tempo sua voz era suficiente.
e a minha era suficiente.
hoje não foi.
não vi seu sorriso radiante. não ouvi minhas lágrimas de felicidade.
hoje, o telefone pareceu gelo, não é? nós parecemos gelo.
eu sou uma menina, querida. mas há tanto tempo fria.
acho que estou morta e não sei onde deitar. algum dia pensei que fosse no seu colo. agora procuro o meu.
'cause sun is going to shine, on my backdoor, someday - nina.
eu há muito só quis ouvir o toque do telefone. sair correndo, ouvir uma voz conhecida. bastava. só isso e meu vazio ia embora. era como se eu fosse uma pessoa. o telefone tocava, eu corria. era você. e eu me tornava eu.
eu senti saudade. eu sinto saudade. mas, de repente, tudo veio bem claro para mim. eu não consigo competir com ninguém. eu consigo amar. um monte de gente. amar muito. mas não consigo não ser amada. ser a menos amada. é ruim. bem ruim.
aí eu ligo. quando é insuportável te perder eu ligo. e eu só quero uma palavra linda. oi, linda. só quero, eu sinto sua falta. você faz falta. porque eu sei que não faço. já fiz. mas não mais. que saudade?
o que é saudade?
às vezes eu queria morrer. penso em tudo o que eu deixei para trás e começo a me achar a mais miserável do mundo. eu tinha uma vida. péssima. só que bem melhor que essa.
eu escolhi o caminho errado. não soube entender os paradoxos. nem deixá-los de lado. eu tive que vivê-los da forma mais dolorida. e ir embora.
eu sou boa em ir embora, não é? várias vezes eu fui embora. com todo mundo que eu gostava. troquei todos pelo meu impulso. sofri. fiz sofrer. fiz sofrer mais do que sofri, lógico. tudo me parece tão lógico, agora.
você ama outro. eu amo outro.
mas quem eu sempre amei foi você.
eu quis te proteger de mim. eu quis me proteger de você. eu fugi. desde aquele dia. ou noite. eu fugi. fui embora. você foi embora.
mas você voltou. eu fiquei longe.
é tarde para recomeçar. para mim, tudo agora é tarde.
muito tarde para viver.
se bem que eu me sinto bem morta. bem fria. bem nada.
aquele espaço vazio que eu tinha? era só eu mesma.
eu sempre fui mil solidões. eu nunca entendi porquê. decidi me culpar. e as coisas fazem sentido. um imenso sentido.
por muito tempo sua voz era suficiente.
e a minha era suficiente.
hoje não foi.
não vi seu sorriso radiante. não ouvi minhas lágrimas de felicidade.
hoje, o telefone pareceu gelo, não é? nós parecemos gelo.
eu sou uma menina, querida. mas há tanto tempo fria.
acho que estou morta e não sei onde deitar. algum dia pensei que fosse no seu colo. agora procuro o meu.
'cause sun is going to shine, on my backdoor, someday - nina.
sexta-feira, agosto 27, 2004
Para você, ainda o mesmo carinho.
Domingo, Março 21, 2004
Querida,de repente, a linha do tempo parece turva, e eu já não sei distinguir passado e presente e futuro, e as coisas são tão confusas que eu não entendo quando foi que aprendi a te amar. Talvez seja só um efeito dessa solidão que pesa na minha corcunda imaginária. Talvez seja a dor de pensar que posso não amar-te mais por alguma razão. Eu sempre fui assim, volúvel, apesar de sempre amar tanto muita gente.Queria falar o quanto carrego em um saquinho mínimo dentro de mim para que você pudesse entender tudo o que sinto. São pequenos graos de areia, que quando misturados em água se tornam meus sentimentos, diluídos e em tamanho real. Claro que você vai achar graça de tudo isso, mas e daí? Tudo o que eu sinto agora é um frio na minha nuca e a certeza de que nunca houve palavra para dirigida à mim. De repente, a linda do espaço-tempo não segue nenhuma lei da Física, e se não é curva nem reta, se contorce entre meus dedos e eu não consigo enxergar mais do que a dor de não acreditar em destino. Sempre achei qeu seria mais fácil aceitar aquilo que acontece, como karma. O problema é que nunca andei pelos caminhos mais fáceis.Hoje, eu sinto o mundo como uma pequena crosta de sonhos embaixo dos meus pés, emagados pelas realidades múltiplas que vejo através de minha retina.Eu já não sei dizer nada que não seja em metáforas...
Domingo, Março 21, 2004
Querida,de repente, a linha do tempo parece turva, e eu já não sei distinguir passado e presente e futuro, e as coisas são tão confusas que eu não entendo quando foi que aprendi a te amar. Talvez seja só um efeito dessa solidão que pesa na minha corcunda imaginária. Talvez seja a dor de pensar que posso não amar-te mais por alguma razão. Eu sempre fui assim, volúvel, apesar de sempre amar tanto muita gente.Queria falar o quanto carrego em um saquinho mínimo dentro de mim para que você pudesse entender tudo o que sinto. São pequenos graos de areia, que quando misturados em água se tornam meus sentimentos, diluídos e em tamanho real. Claro que você vai achar graça de tudo isso, mas e daí? Tudo o que eu sinto agora é um frio na minha nuca e a certeza de que nunca houve palavra para dirigida à mim. De repente, a linda do espaço-tempo não segue nenhuma lei da Física, e se não é curva nem reta, se contorce entre meus dedos e eu não consigo enxergar mais do que a dor de não acreditar em destino. Sempre achei qeu seria mais fácil aceitar aquilo que acontece, como karma. O problema é que nunca andei pelos caminhos mais fáceis.Hoje, eu sinto o mundo como uma pequena crosta de sonhos embaixo dos meus pés, emagados pelas realidades múltiplas que vejo através de minha retina.Eu já não sei dizer nada que não seja em metáforas...
quarta-feira, agosto 25, 2004
Acontece que minha cabeça tá cheia.
Eu tou cheia.
Aí não consigo pensar. Entro numb eco sem saída. Quando não é sem fim.
Tou coma cabeça cheia... assim não penso.
Não saio do lugar.
Não escrevo.
Ocupação vira falta de criatividade.
Vira lapsos de que eu tenho uma vida normal. E é péssimo. Péssimo.
Me sinto terrível quando penso que não sinto nada.
Ultimamente não tenho tido tempo pra sentir.
Nem para ir no correio.
Eu tou cheia.
Aí não consigo pensar. Entro numb eco sem saída. Quando não é sem fim.
Tou coma cabeça cheia... assim não penso.
Não saio do lugar.
Não escrevo.
Ocupação vira falta de criatividade.
Vira lapsos de que eu tenho uma vida normal. E é péssimo. Péssimo.
Me sinto terrível quando penso que não sinto nada.
Ultimamente não tenho tido tempo pra sentir.
Nem para ir no correio.
segunda-feira, agosto 23, 2004
sexta-feira, agosto 13, 2004
quarta-feira, agosto 11, 2004
Bruno, eu mudei o template porque você não colocou o que fez pra mim, oras.
Coloca de novo, esse é velho.
=*
Coloca de novo, esse é velho.
=*
domingo, agosto 08, 2004
quinta-feira, agosto 05, 2004
segunda-feira, julho 19, 2004
sexta-feira, julho 16, 2004
Quinta-feira, Outubro 30, 2003
Todos os meus sonhos se resumem à Ilusão.
Se não há porquê lutar
Pelo quê viver
Ou chorar
De todas as coisas do mundo
O grito era o mais importante.
E todas as paredes, que vedam lágrimas
Que vedam imagens
Que vedam saberes
Acordam soluços
Projetam-se em mim
Como se solidão fosse sobrenome.
Todas as minhas noites
São preenchidas de vácuo de você.
E eu, com minhas mãos frias
Saio de mim como fugindo de um pesadelo
Eterno.
Etéreo.
As vidas já não me parecem promissoras
Quando eu era criança,
quem me dera ter morrido aos doze
Minha mente ainda não era ingrata.
Todas as minhas noites são brisas mornas enquanto quero frio.
Mas meu quarto não tem janelas como estas
E eu, presa em mim, não sei sair.
E todas as paredes vedam meus gritos,
Fraca, já não sei fingir.
Todos os meus sonhos se resumem à Ilusão.
Se não há porquê lutar
Pelo quê viver
Ou chorar
De todas as coisas do mundo
O grito era o mais importante.
E todas as paredes, que vedam lágrimas
Que vedam imagens
Que vedam saberes
Acordam soluços
Projetam-se em mim
Como se solidão fosse sobrenome.
Todas as minhas noites
São preenchidas de vácuo de você.
E eu, com minhas mãos frias
Saio de mim como fugindo de um pesadelo
Eterno.
Etéreo.
As vidas já não me parecem promissoras
Quando eu era criança,
quem me dera ter morrido aos doze
Minha mente ainda não era ingrata.
Todas as minhas noites são brisas mornas enquanto quero frio.
Mas meu quarto não tem janelas como estas
E eu, presa em mim, não sei sair.
E todas as paredes vedam meus gritos,
Fraca, já não sei fingir.
segunda-feira, julho 12, 2004
sábado, julho 10, 2004
quarta-feira, julho 07, 2004
quarta-feira, junho 30, 2004
sexta-feira, junho 25, 2004
quarta-feira, junho 23, 2004
terça-feira, junho 22, 2004
Eu cansei de saber o que é a existência.
Eu só queria mergulhar cada dia mais fundo na loucura. Porque eu estou cansada de sentidos.
De procurar sentidos, de criar sentidos. De formular porque temos que viver ou porque deveríamos morrer.
Eu nasci para loucura, não para ciência.
Para poesia. Não para Academia.
Eu cansei de buscar o sentido da existência.
Eu só queria mergulhar cada dia mais fundo na loucura. Porque eu estou cansada de sentidos.
De procurar sentidos, de criar sentidos. De formular porque temos que viver ou porque deveríamos morrer.
Eu nasci para loucura, não para ciência.
Para poesia. Não para Academia.
Eu cansei de buscar o sentido da existência.
segunda-feira, junho 21, 2004
domingo, junho 20, 2004
sábado, junho 19, 2004
segunda-feira, junho 14, 2004
Você,
desculpe-me pela demora em escrever. Ultimamente não ando muito boa com as palavras. Elas custam a sair.
Eu queria lhe falar de flores, mas vou acabar falando de esportes. E você vai me responder que não prestou atenção ao gol, e jogar na minha cara que eu só lembro das coisas mais inúteis.
Eu queria lhe falar de flores, e de sonhos, mas vou acabar falando de choro, e você vai retrucar um 'você não devia reclamar tanto assim', e eu vou ter vontade de sentar no seu colo, que já não existe mais para mim.
Eu queria lhe falar de flores, sonhos e de frustrações no meio do caminho. Mas eu me zomabria, e diria que 'no meio do caminho tinha uma pedra'.
Aí eu resolvi que não devo falar de nada. Pois não sei o nome das flores que vi hoje bme perto à rodoviária, e nem vou ficar divagando sobre a ilusão que é ter sonhos, e nem vou falar de frustrações que eu sequer sei quais são.
Eu poderia lhe falar sobre as peças brancas de mármore que eu vi movimentando, e pessoas vermelhas cobertas de terra que esperam, desesperadamente, pelas chuvas em tempos de seca, e eu poderia falar de agonia, de desamparo e de tristeza.
Mas o que eu queria mesmo era falar de felicidade e de escolha. Queria mesmo era colher as boas lágrimas da dor alheia que escorrem pelas fendas abertas em meu rosto. Queria te dizer, assim, como nos velhos tempos, que nós não vamos sucumbir. Que iremos permanecer. Queria fantasiar sobre o sempre, e crer que aguento todos os meus limites. Queria dizer que eu gostaria de parar de ser outros e ser, um dia, eu mesma.
O que eu queria falar mesmo é que não estou afetada pelas lágrimas alheias, e que não mais acordo às duas da manhã com vontade de gritar para todo o mundo ouvir minha voz.
Eu queria mesmo era lhe contar um monte de mentiras e fingir que minha vida é uma verdade.
desculpe-me pela demora em escrever. Ultimamente não ando muito boa com as palavras. Elas custam a sair.
Eu queria lhe falar de flores, mas vou acabar falando de esportes. E você vai me responder que não prestou atenção ao gol, e jogar na minha cara que eu só lembro das coisas mais inúteis.
Eu queria lhe falar de flores, e de sonhos, mas vou acabar falando de choro, e você vai retrucar um 'você não devia reclamar tanto assim', e eu vou ter vontade de sentar no seu colo, que já não existe mais para mim.
Eu queria lhe falar de flores, sonhos e de frustrações no meio do caminho. Mas eu me zomabria, e diria que 'no meio do caminho tinha uma pedra'.
Aí eu resolvi que não devo falar de nada. Pois não sei o nome das flores que vi hoje bme perto à rodoviária, e nem vou ficar divagando sobre a ilusão que é ter sonhos, e nem vou falar de frustrações que eu sequer sei quais são.
Eu poderia lhe falar sobre as peças brancas de mármore que eu vi movimentando, e pessoas vermelhas cobertas de terra que esperam, desesperadamente, pelas chuvas em tempos de seca, e eu poderia falar de agonia, de desamparo e de tristeza.
Mas o que eu queria mesmo era falar de felicidade e de escolha. Queria mesmo era colher as boas lágrimas da dor alheia que escorrem pelas fendas abertas em meu rosto. Queria te dizer, assim, como nos velhos tempos, que nós não vamos sucumbir. Que iremos permanecer. Queria fantasiar sobre o sempre, e crer que aguento todos os meus limites. Queria dizer que eu gostaria de parar de ser outros e ser, um dia, eu mesma.
O que eu queria falar mesmo é que não estou afetada pelas lágrimas alheias, e que não mais acordo às duas da manhã com vontade de gritar para todo o mundo ouvir minha voz.
Eu queria mesmo era lhe contar um monte de mentiras e fingir que minha vida é uma verdade.
domingo, junho 13, 2004
A vida não se mantém por um sonho. Nem por dois. Nem por mil. A vida não se vive porque tem-se sonhos. A gente se mantém vivo porque temos, todos, grandes ilusões. A imagem do que o mundo pode ser, a idéia de que pode haver um dia melhor do que hoje, embora todos os dias mantenham-se piores do que os ontens...
A vida. A gente vive porque somos um bando de mentirosos. Um bando de infelizes. i-n-f-e-l-i-z-e-s. A gente até chora.
Nós até choramos.
A vida não é feita de sonhos. A gente é que vive pensando que sonhamos. O sonho sempre pode tornar-se realidade.
A vida não se mantém por nada. E o mais triste é que sequer pode-se escolher quando acabar com ela.
Dar um soco bem no nariz da vida e ver se ela revida. Porque ela vive dando porrada e ninguém faz nada.
A vida só morre para quem quer viver. Para quem não quer viver, a vida é sempre longa. A vida estende-se por um fio e vai acumulando doenças. Até que uma hora, quem vive não aguenta esperar mais um minuto, mais um grito, mais um choro.
E morre. Assim mesmo, sem paixão, só dor. Sem sonho, só solidão.
A vida mantém-se para quem não quer viver. Para quem quer e sabe que não tem vida - nem sonho - resta gravar fitas de despedida e segurar lágrimas nos olhos para que tenha algum sentido dizer que se é feliz.
Alguém me disse que a felicidade é para os ignorantes. Mas deve ser mais do que isso. Tem que ser mais do que isso.
Talvez... a felicidade seja uma crença. Como a vida.
A vida. A gente vive porque somos um bando de mentirosos. Um bando de infelizes. i-n-f-e-l-i-z-e-s. A gente até chora.
Nós até choramos.
A vida não é feita de sonhos. A gente é que vive pensando que sonhamos. O sonho sempre pode tornar-se realidade.
A vida não se mantém por nada. E o mais triste é que sequer pode-se escolher quando acabar com ela.
Dar um soco bem no nariz da vida e ver se ela revida. Porque ela vive dando porrada e ninguém faz nada.
A vida só morre para quem quer viver. Para quem não quer viver, a vida é sempre longa. A vida estende-se por um fio e vai acumulando doenças. Até que uma hora, quem vive não aguenta esperar mais um minuto, mais um grito, mais um choro.
E morre. Assim mesmo, sem paixão, só dor. Sem sonho, só solidão.
A vida mantém-se para quem não quer viver. Para quem quer e sabe que não tem vida - nem sonho - resta gravar fitas de despedida e segurar lágrimas nos olhos para que tenha algum sentido dizer que se é feliz.
Alguém me disse que a felicidade é para os ignorantes. Mas deve ser mais do que isso. Tem que ser mais do que isso.
Talvez... a felicidade seja uma crença. Como a vida.
quarta-feira, junho 09, 2004
Roubado, descaradamente, de lá.
"Não quero viver num mundo que só eu ouço quebrar
Para os outros, silêncio.
Sempre, só silêncio.
Enquanto eu quebro janelas e caráteres
E enfio os pedaços de vidro nos ouvidos
Para poder parar de escutar"
"Não quero viver num mundo que só eu ouço quebrar
Para os outros, silêncio.
Sempre, só silêncio.
Enquanto eu quebro janelas e caráteres
E enfio os pedaços de vidro nos ouvidos
Para poder parar de escutar"
segunda-feira, junho 07, 2004
domingo, junho 06, 2004
sobre o suicídio
Gritei.
Já não era como se
os ecos retornassem.
Gritei,
vi lágrimas
e sonhei com sangue prateado
escorrendo por aí.
Gritei
E todas as pessoas
Voltaram-se para mim.
Gritei
e as palavras rebatiam
nas paredes
e dissipavam-se pelos ares
voavam através das janelas
e chegavam aos mais distantes lugares.
Sorri.
A dor se foi.
As lágrimas escorreram
o peito quebrantou-se
em mil pedaços
infímos.
Os sentimentos desgrudaram
e eu, de repente,
tornei-me livre.
Gritei,
e era como se eu fosse ouvido.
Gritei.
Já não era como se
os ecos retornassem.
Gritei,
vi lágrimas
e sonhei com sangue prateado
escorrendo por aí.
Gritei
E todas as pessoas
Voltaram-se para mim.
Gritei
e as palavras rebatiam
nas paredes
e dissipavam-se pelos ares
voavam através das janelas
e chegavam aos mais distantes lugares.
Sorri.
A dor se foi.
As lágrimas escorreram
o peito quebrantou-se
em mil pedaços
infímos.
Os sentimentos desgrudaram
e eu, de repente,
tornei-me livre.
Gritei,
e era como se eu fosse ouvido.
quinta-feira, junho 03, 2004
O que sobrou da beleza e da riqueza? - pergunta desesperado, o homem que já não sabia ao certo se havia mundo.
Não sei! - respondia o outro, certo, de que havia tudo.
Mas e o não saber? Se tudo é certeza, como há não saber? - retrucava o garoto nervoso que nunca pensou amor.
Não sei, porra! - defendia-se aquele que se acostumou.
O que sobrou do mundo, se não há mais luz, nem noite, e se não reparo nas estrelas, e não sinto mais dor? O que restou de nós, se não trocamos mais olhares e pregamos as certezas, e nunca mais nos apaixonamos repetidamente, por várias pessoas? O que sobrou de mim, se eu me olho no espelho, e só vejo o reflexo do passado?
É tudo assim, certinho.
Mas vocês não sabem nada.
Não sei! - respondia o outro, certo, de que havia tudo.
Mas e o não saber? Se tudo é certeza, como há não saber? - retrucava o garoto nervoso que nunca pensou amor.
Não sei, porra! - defendia-se aquele que se acostumou.
O que sobrou do mundo, se não há mais luz, nem noite, e se não reparo nas estrelas, e não sinto mais dor? O que restou de nós, se não trocamos mais olhares e pregamos as certezas, e nunca mais nos apaixonamos repetidamente, por várias pessoas? O que sobrou de mim, se eu me olho no espelho, e só vejo o reflexo do passado?
É tudo assim, certinho.
Mas vocês não sabem nada.
quarta-feira, junho 02, 2004
domingo, maio 30, 2004
Não lhe contou que, como num piscar de olhos, o mundo foi criado por uma força desumana. E as ávores surgiram da luz refletida das pequenas gotas que brotavam do chão. Não lhe contou que a mágica de criar não era nossa, não era de ninguém. E isto o frustrou.
A dor do não-controle, a dor do limite, a dor de não ser. A dor de não ter vida própria.
A dor do não-controle, a dor do limite, a dor de não ser. A dor de não ter vida própria.
segunda-feira, maio 17, 2004
Dia 22/05, todo mundo cheio de dinheiro pra ir tomar pinga no 2º clichê, na 107 norte! É meu aniversário e do Cravo, vulgo Gustavo.
(=P)
Nina,
passei a noite toda chorando suas lágrimas, e ainda assim, vejo que não existem potes o suficiente para que todos sejam enchidos até a borda, para que as lágrimas acabem e eu consiga a paz de não ter mais olhos doloridos pela manhã. Eu sou uma grande azarada. Minhas lágrimas são as de todo mundo, e eu, sinto tudo aquilo que nunca deveria ter aprendido a sentir.
Se antes eu desprezava os condicionamentos, hoje sei que eles funcionam, e muito bem, independente de nossas vontades.
Nina, estou há horas ouvindo as mesmas músicas, e processando as mesmas coisas entaladas na minha garganta desde o nascimento, e vivendo minutos que não pensei que existiriam.
Nina, ouço sua voz em todos os cantos, e admiro sua loucura, sua tristeza, sua força de lutar, embora as pernas tremessem e as pessoas nunca te vissem.
Elas nunca me vêem também. Mas eu vou levando, Nina.
Nina, passei a noite toda pensando em pianos, em vozes, em choros, em lágrimas. Passei a noite inteira chorando passados.
Só que ainda sou presente.
passei a noite toda chorando suas lágrimas, e ainda assim, vejo que não existem potes o suficiente para que todos sejam enchidos até a borda, para que as lágrimas acabem e eu consiga a paz de não ter mais olhos doloridos pela manhã. Eu sou uma grande azarada. Minhas lágrimas são as de todo mundo, e eu, sinto tudo aquilo que nunca deveria ter aprendido a sentir.
Se antes eu desprezava os condicionamentos, hoje sei que eles funcionam, e muito bem, independente de nossas vontades.
Nina, estou há horas ouvindo as mesmas músicas, e processando as mesmas coisas entaladas na minha garganta desde o nascimento, e vivendo minutos que não pensei que existiriam.
Nina, ouço sua voz em todos os cantos, e admiro sua loucura, sua tristeza, sua força de lutar, embora as pernas tremessem e as pessoas nunca te vissem.
Elas nunca me vêem também. Mas eu vou levando, Nina.
Nina, passei a noite toda pensando em pianos, em vozes, em choros, em lágrimas. Passei a noite inteira chorando passados.
Só que ainda sou presente.
domingo, maio 16, 2004
terça-feira, maio 11, 2004
sobre as janelas fechadas
Se tenho mãos sem conteúdo
Em minha boca
palavras
sem sentido
Em nossas dores
Vidas.
Se tenho entre meus olhos, ventos
Brisas frias
Que incandescem ao rimar
com o som
de suas lágrimas.
Se sou um pouco de nos todos
Se sou toda ser humano
Sento-me à frente do meu tempo
E entào, hei de pensar
Em coisas que ainda não estão
E nunca vão estar.
Os olhos,
Demonstram o medo da posse.
As palavras soam
como janelas fechadas
pelo vento.
Se tenho mãos sem conteúdo
Em minha boca
palavras
sem sentido
Em nossas dores
Vidas.
Se tenho entre meus olhos, ventos
Brisas frias
Que incandescem ao rimar
com o som
de suas lágrimas.
Se sou um pouco de nos todos
Se sou toda ser humano
Sento-me à frente do meu tempo
E entào, hei de pensar
Em coisas que ainda não estão
E nunca vão estar.
Os olhos,
Demonstram o medo da posse.
As palavras soam
como janelas fechadas
pelo vento.
segunda-feira, maio 10, 2004
terça-feira, maio 04, 2004
Pois então ca/ra-ríssimos leitores e leitoras,
meu aniversário é dia 22 e eu já estou aceitando presentes. E mais, cai num sábado, e festiiiiiinnhhhhhaaaaaaaa também é bem vinda, caso queiram aproveitar para ver essa zumbi que lhes escreve. Além do mais, telefonemas serão agradáveis. Pode ser até e-mail.
Festinha pode ser tb.
E a festa, ein?
=P~
meu aniversário é dia 22 e eu já estou aceitando presentes. E mais, cai num sábado, e festiiiiiinnhhhhhaaaaaaaa também é bem vinda, caso queiram aproveitar para ver essa zumbi que lhes escreve. Além do mais, telefonemas serão agradáveis. Pode ser até e-mail.
Festinha pode ser tb.
E a festa, ein?
=P~
domingo, maio 02, 2004
sexta-feira, abril 23, 2004
domingo, abril 18, 2004
é aquela pequena mosca que me fala que eu nunca fui a preferida. aquela que me mostra o tempo todo o esquecimento, a lápide do você ficou para trás, você é tão igual. tão fútil. tão sem importância. é o pequeno sopro do eu-sei-que-nunca-fui. e a dor de querer ter sido. de querer ser. lembrada, ao menos. alguém ligar. eu ligar. é a pequena mosca que me lembra sempre que me mostra o nunca ser especial. embora eu já saiba disto.
terça-feira, abril 13, 2004
domingo, abril 11, 2004
dores para as dores
Mesmo que eu dissesse adeus para o mundo inteiro, seria como novela, e todos os olhos saberiam que eu nunca conseguiria sumir. Seria um final predito, algo que se assiste só pelo vício de assistir. Mesmo que eu inventasse mil estórias, e fizesse com que as pessoas participassem delas, é um fato que logo desistiriam de mim, e eu desistiria de mim e de inventar. E se eu desse adeus e corresse para pegar o primeiro trem para o fim do mundo, ficaria decepcionada comigo mesma por não conseguir terminar com nada. E ser terminada, excluída, deterioada por tudo. Minhas mãos começam a ter cor de ferrugem, mas ninguém olha, e eu não olho. Eu cubro os espelhos com panos para não me ver envelhecer. Estou tão podre e velha quanto o retrato de Dorian Gray, mas não tenho forças para rasgar minha própria face. Se eu conseguisse dizer adeus, ah!, se eu pudesse, estaria há quilômetros de mim mesma, e minhas pernas seriam tão fortes, tão fortes, que caminharia por anos e nunca descansaria.
Mesmo que eu dissesse adeus ao mundo inteiro, não poderia me livrar das amarras invisíveis que me seguram a mim mesma. Como Werther, vejo as limitações, mas a morte não é suficiente para me livrar delas.
Mesmo que eu dissesse adeus para o mundo inteiro, seria como novela, e todos os olhos saberiam que eu nunca conseguiria sumir. Seria um final predito, algo que se assiste só pelo vício de assistir. Mesmo que eu inventasse mil estórias, e fizesse com que as pessoas participassem delas, é um fato que logo desistiriam de mim, e eu desistiria de mim e de inventar. E se eu desse adeus e corresse para pegar o primeiro trem para o fim do mundo, ficaria decepcionada comigo mesma por não conseguir terminar com nada. E ser terminada, excluída, deterioada por tudo. Minhas mãos começam a ter cor de ferrugem, mas ninguém olha, e eu não olho. Eu cubro os espelhos com panos para não me ver envelhecer. Estou tão podre e velha quanto o retrato de Dorian Gray, mas não tenho forças para rasgar minha própria face. Se eu conseguisse dizer adeus, ah!, se eu pudesse, estaria há quilômetros de mim mesma, e minhas pernas seriam tão fortes, tão fortes, que caminharia por anos e nunca descansaria.
Mesmo que eu dissesse adeus ao mundo inteiro, não poderia me livrar das amarras invisíveis que me seguram a mim mesma. Como Werther, vejo as limitações, mas a morte não é suficiente para me livrar delas.
segunda-feira, abril 05, 2004
domingo, abril 04, 2004
Por um instante-luz perdi-me em meio a bruma. Tentei gritar, para que toda a dor não me sufocasse, mas foi inútil o esforço de buscar por um ar que há muito é rarefeito. Só aí passei a acreditar que o mundo já não tem identidade, e que é a ilusão que controla o que pensamos. E a moral, ah! a moral, essa é a que corrompe as vidas puras... tornando-as vazias ao dá-las sentidos putrefados.
terça-feira, março 30, 2004
Contraponto
Se existe alguma coisa, pela qual sempre lutei contra, essa é a culpa. Mas, como ela, desde pequena eu já sentia-me angustiada pelo mundo. E, embora o sentimento de angústia não tenha sumido, o que a causa agora é diferente. Se eu, antes, vivia de me perseguir porque não entendia o mundo, e se eu me culpava pela provação, hoje, a culpa é por não ter coragem de enfrentar a mim mesma.
O peso do mundo cai sobre as costas de todo o mundo, querida. Só alguns choram.
Se existe alguma coisa, pela qual sempre lutei contra, essa é a culpa. Mas, como ela, desde pequena eu já sentia-me angustiada pelo mundo. E, embora o sentimento de angústia não tenha sumido, o que a causa agora é diferente. Se eu, antes, vivia de me perseguir porque não entendia o mundo, e se eu me culpava pela provação, hoje, a culpa é por não ter coragem de enfrentar a mim mesma.
O peso do mundo cai sobre as costas de todo o mundo, querida. Só alguns choram.
segunda-feira, março 29, 2004
domingo, março 28, 2004
Porque, se algum dia houvesse o que dizer
Calaria, mórbida por entre meus sonhos
Para com essa vida.
Porque, se eu leio em algum dia
Um poema frágil
E olho minha cartas de amor
E são quase como
Palavras caladas
Descartadas em um bocado de papéis velhos
Cheios de poeira
Como nós
Eus
Sem conjugações.
E se meus por-quês-sei-lás
Se dizem para mim assim
Vozes sádicas de crianças perfuradas de libido
E eu me escondo de mim sem querer ouvir
Porque, se me olho no espelho e não vejo reflexo
É quando gosto de você e já não te seguro em mim.
E quando penso no passado e percebo, de repente,
Que o futuro não pode ser pra sempre... o mesmo
E caio em mim
E me perco em brumas de solidões mil
Realizo meus desejos mais sórdidos.
Finjo que não amo
E não quero mais nos ver.
Calaria, mórbida por entre meus sonhos
Para com essa vida.
Porque, se eu leio em algum dia
Um poema frágil
E olho minha cartas de amor
E são quase como
Palavras caladas
Descartadas em um bocado de papéis velhos
Cheios de poeira
Como nós
Eus
Sem conjugações.
E se meus por-quês-sei-lás
Se dizem para mim assim
Vozes sádicas de crianças perfuradas de libido
E eu me escondo de mim sem querer ouvir
Porque, se me olho no espelho e não vejo reflexo
É quando gosto de você e já não te seguro em mim.
E quando penso no passado e percebo, de repente,
Que o futuro não pode ser pra sempre... o mesmo
E caio em mim
E me perco em brumas de solidões mil
Realizo meus desejos mais sórdidos.
Finjo que não amo
E não quero mais nos ver.
quarta-feira, março 24, 2004
Às oito horas, todos os dias, como se marcado por um santo controlador do tempo - que nunca fica doente, e nem se atrasa - Joaquim vê os pequeninos e pequeninas atravessando a rua, indo para a escola pintar nuvens azuis. Antes de chegarem ao outro lado, Maria sempre fala, como se inventando uma desculpa, que esqueceu de trazer o lanche, e sai correndo para a padaria. Maria sempre arranja um jeito de não se atrasar para a aula, embora Joaquim tenha certeza de que a menina passe mais de horas com ele, tagarelando sobre a aula de balé... Ou às vezes, de como pães com formatos são bonitos e divertidos de comer. Só que ela gosta mesmo é de balé. Mas Joaquim é só sapateador.
terça-feira, março 23, 2004
domingo, março 21, 2004
Querida,
de repente, a linha do tempo parece turva, e eu já não sei distinguir passado e presente e futuro, e as coisas são tão confusas que eu não entendo quando foi que aprendi a te amar.
Talvez seja só um efeito dessa solidão que pesa na minha corcunda imaginária. Talvez seja a dor de pensar que posso não amar-te mais por alguma razão. Eu sempre fui assim, volúvel, apesar de sempre amar tanto muita gente.
Queria falar o quanto carrego em um saquinho mínimo dentro de mim para que você pudesse entender tudo o que sinto. São pequenos graos de areia, que quando misturados em água se tornam meus sentimentos, diluídos e em tamanho real. Claro que você vai achar graça de tudo isso, mas e daí? Tudo o que eu sinto agora é um frio na minha nuca e a certeza de que nunca houve palavra para dirigida à mim.
De repente, a linda do espaço-tempo não segue nenhuma lei da Física, e se não é curva nem reta, se contorce entre meus dedos e eu não consigo enxergar mais do que a dor de não acreditar em destino. Sempre achei qeu seria mais fácil aceitar aquilo que acontece, como karma. O problema é que nunca andei pelos caminhos mais fáceis.
Hoje, eu sinto o mundo como uma pequena crosta de sonhos embaixo dos meus pés, emagados pelas realidades múltiplas que vejo através de minha retina.
Eu já não sei dizer nada que não seja em metáforas...
de repente, a linha do tempo parece turva, e eu já não sei distinguir passado e presente e futuro, e as coisas são tão confusas que eu não entendo quando foi que aprendi a te amar.
Talvez seja só um efeito dessa solidão que pesa na minha corcunda imaginária. Talvez seja a dor de pensar que posso não amar-te mais por alguma razão. Eu sempre fui assim, volúvel, apesar de sempre amar tanto muita gente.
Queria falar o quanto carrego em um saquinho mínimo dentro de mim para que você pudesse entender tudo o que sinto. São pequenos graos de areia, que quando misturados em água se tornam meus sentimentos, diluídos e em tamanho real. Claro que você vai achar graça de tudo isso, mas e daí? Tudo o que eu sinto agora é um frio na minha nuca e a certeza de que nunca houve palavra para dirigida à mim.
De repente, a linda do espaço-tempo não segue nenhuma lei da Física, e se não é curva nem reta, se contorce entre meus dedos e eu não consigo enxergar mais do que a dor de não acreditar em destino. Sempre achei qeu seria mais fácil aceitar aquilo que acontece, como karma. O problema é que nunca andei pelos caminhos mais fáceis.
Hoje, eu sinto o mundo como uma pequena crosta de sonhos embaixo dos meus pés, emagados pelas realidades múltiplas que vejo através de minha retina.
Eu já não sei dizer nada que não seja em metáforas...
sexta-feira, março 19, 2004
terça-feira, março 16, 2004
segunda-feira, março 15, 2004
Meu amor,
sinto fome do seu cheiro, e deliro por saber que a distância agora é pouca, mas o tempo é curto.
Nunca me preocupei muito com o estar ocupada... antes eu tinha todo o tempo do mundo para o nada. Hoje, quero todo o tempo do mundo para nós.
Sinto fome do seu perfume que eu também gosto de usar. É que toda vez que coloco o pulso perto do nariz, sinto como se pudesse te tocar, e a solidão, por um segundo, parece um pouco distante.
sinto fome do seu cheiro, e não vai passar. por um longo tempo, não vai passar.
sinto fome do seu cheiro, e deliro por saber que a distância agora é pouca, mas o tempo é curto.
Nunca me preocupei muito com o estar ocupada... antes eu tinha todo o tempo do mundo para o nada. Hoje, quero todo o tempo do mundo para nós.
Sinto fome do seu perfume que eu também gosto de usar. É que toda vez que coloco o pulso perto do nariz, sinto como se pudesse te tocar, e a solidão, por um segundo, parece um pouco distante.
sinto fome do seu cheiro, e não vai passar. por um longo tempo, não vai passar.
Ando limpando minha caixa de e-mails com mais frequência do que imaginei que algum dia faria. talvez seja o costume com a solidão, e o saber que as únicas mensagens são aquelas de listas infinitas, e questionários que eu sempre respondo, por minha preguiça de fazer coisas mais importantes. Talvez seja só essa certeza de que as coisas andam mal, e eu queira apagá-las de vez.
Algum dia desses, caminharei sobre as dimensões formadas entre meus sonhos e não terei medo de cair nos buracos negros que se escondem bem na confusão mental que sou. Correrei para os meus próprios braços e sentirei um calor que nunca senti, e as lágrimas escorrerão de alegria, pois acreditarei em fadas - como o Peter Pan - e voarei com bons pensamentos para uma terra na qual só exista a loucura. Algum dia, enxergarei vidas que não são minhas e serei capaz de entender pessoas que nunca existiram. Levarei comigo uma pintura qualquer do Dalí, uma bonita, e guardarei em saquinhos as mais belas pedras que acharei pelo caminho - para distribuir depois.
Aprenderei a cantar e não terei mais que ver televisão.
Algum dia me incomodarei menos com algumas coisas e meus dias serão ensolarados, embora frios, porque eu odeio calor - e este, não vai parar de me incomodar.
Eu serei mais eu, e ainda assim menos madura, minhas lágrimas não terão potes para cairem em, e então, quando elas surgirem, formarão rios límpidos que, ao evaporarem, tornar-se-ão os ares mais frescos! Aí eu comprarei um par de luvas roxas e um chapéu de palha, e saberei plantar margaridas brancas e cheias de perfume.
Nesse dia, meu bem, seremos só nós, sem pensar em passados ou futuros.
Aprenderei a cantar e não terei mais que ver televisão.
Algum dia me incomodarei menos com algumas coisas e meus dias serão ensolarados, embora frios, porque eu odeio calor - e este, não vai parar de me incomodar.
Eu serei mais eu, e ainda assim menos madura, minhas lágrimas não terão potes para cairem em, e então, quando elas surgirem, formarão rios límpidos que, ao evaporarem, tornar-se-ão os ares mais frescos! Aí eu comprarei um par de luvas roxas e um chapéu de palha, e saberei plantar margaridas brancas e cheias de perfume.
Nesse dia, meu bem, seremos só nós, sem pensar em passados ou futuros.
sábado, março 13, 2004
sexta-feira, março 12, 2004
terça-feira, março 09, 2004
song #1
Quando a gente manda um presente é como se tudo o que sonhamos se realizasse. É como uma flecha certeira, mandada com elegância para aquele alvo.
Enquanto eu escrevia, tarde da noite, uma carta, percebi que havia muito não escrevia nada, e minha letra - que já foi mais bonita - saía tremida, e eu não me importava. Era como se tudo o que eu quisesse dizer fosse caber no papel, independente das sílabas. Eu escrevo poucas cartas. Mas elas são especiais!
As palavras fluíam como a música, que durante tempos, foi uma das músicas mais lindas que eu já ouvi, e por um acaso, tirei o cd do armário e foi uma opção óbvia colocá-la em uma fita. Eu devia fazer mais isso.
when i see you cry
talking on the phone at night
you never tell me why
Eu tenho muito mais coisas para dizer e ouvir. Só coloquei poucas. Pus exatamente a ansiedade de mandar algo novo e a preguiça de ir até o correio.
Eu esqueci que a vida é uma surpresa, e que eu quase choro para elas.
Quando a gente manda um presente é como se tudo o que sonhamos se realizasse. É como uma flecha certeira, mandada com elegância para aquele alvo.
Enquanto eu escrevia, tarde da noite, uma carta, percebi que havia muito não escrevia nada, e minha letra - que já foi mais bonita - saía tremida, e eu não me importava. Era como se tudo o que eu quisesse dizer fosse caber no papel, independente das sílabas. Eu escrevo poucas cartas. Mas elas são especiais!
As palavras fluíam como a música, que durante tempos, foi uma das músicas mais lindas que eu já ouvi, e por um acaso, tirei o cd do armário e foi uma opção óbvia colocá-la em uma fita. Eu devia fazer mais isso.
when i see you cry
talking on the phone at night
you never tell me why
Eu tenho muito mais coisas para dizer e ouvir. Só coloquei poucas. Pus exatamente a ansiedade de mandar algo novo e a preguiça de ir até o correio.
Eu esqueci que a vida é uma surpresa, e que eu quase choro para elas.
domingo, março 07, 2004
Meu amor,
eu nunca fui de pensar no envelhecimento, mas ultimamente compro cremes para as mãos e me preocupo em não espremer muito as espinhas para não manchar. Meus gastos com cosméticos aumentaram, e o pior é que retardar o envelhecer da pele não retarda o da alma. Obviamente continuo, a cada segundo, caminhando em direção ao fim. Quando eui olho para o lado, sinto que há um mensageiro da morte à espreita, e que ele só espera o momento certo para me dar o aviso final: "coma o que achar de melhor, você vai morrer!". Ah!, nunca foi tão desesperador viver. Logo eu que nunca fui muito de me importar com o fim, só consigo pensar no que virá daqui a pouco e se eu ficarei doente ou irei lentamente pelos vales do sono direto para o inferno!
Ai, meu amor! Ultimamente eu só tenho pensado em como estou perto da morte, apesar de ainda me achar tão pequena!
eu nunca fui de pensar no envelhecimento, mas ultimamente compro cremes para as mãos e me preocupo em não espremer muito as espinhas para não manchar. Meus gastos com cosméticos aumentaram, e o pior é que retardar o envelhecer da pele não retarda o da alma. Obviamente continuo, a cada segundo, caminhando em direção ao fim. Quando eui olho para o lado, sinto que há um mensageiro da morte à espreita, e que ele só espera o momento certo para me dar o aviso final: "coma o que achar de melhor, você vai morrer!". Ah!, nunca foi tão desesperador viver. Logo eu que nunca fui muito de me importar com o fim, só consigo pensar no que virá daqui a pouco e se eu ficarei doente ou irei lentamente pelos vales do sono direto para o inferno!
Ai, meu amor! Ultimamente eu só tenho pensado em como estou perto da morte, apesar de ainda me achar tão pequena!
sexta-feira, março 05, 2004
quinta-feira, março 04, 2004
Algum dia, meu bem
Sairemos daqui
De mãos dadas!
E não olharemos para trás
E nem para frente...
E já não existirá tempo!
Sorriremos, ambas,
Para a dor sincera que nos une
E logo, transformaremo-nos em
Sereias pequenas e bonitas!
Algum dia, senhorita
Iremo-nos embora daqui
Com um par de luvas roxas
E uma maleta mínima.
Seremos duas
Na forma única
Da certeza
da vida!
para você.
Sairemos daqui
De mãos dadas!
E não olharemos para trás
E nem para frente...
E já não existirá tempo!
Sorriremos, ambas,
Para a dor sincera que nos une
E logo, transformaremo-nos em
Sereias pequenas e bonitas!
Algum dia, senhorita
Iremo-nos embora daqui
Com um par de luvas roxas
E uma maleta mínima.
Seremos duas
Na forma única
Da certeza
da vida!
para você.
Essa música é linda. Thirteen.
Won't you let me walk you home from school?
Won't you let me meet you at the pool?
Maybe Friday I can get tickets for the dance
And I'll take you
Oooh hoo
Won't you tell your Dad, "Get off my back"?
Tell him what we said 'bout "Paint It Black"
Rock and Roll is here to stay
Come inside, girl, it's OK
And I'll shake you
Oooh hoo
Won't you tell me what you're thinking of?
Would you be an outlaw for my love?
If it's over, let me know
If it's nowhere, I can go
I won't make you
Oooh hoo
Won't you let me walk you home from school?
Won't you let me meet you at the pool?
Maybe Friday I can get tickets for the dance
And I'll take you
Oooh hoo
Won't you tell your Dad, "Get off my back"?
Tell him what we said 'bout "Paint It Black"
Rock and Roll is here to stay
Come inside, girl, it's OK
And I'll shake you
Oooh hoo
Won't you tell me what you're thinking of?
Would you be an outlaw for my love?
If it's over, let me know
If it's nowhere, I can go
I won't make you
Oooh hoo
quarta-feira, março 03, 2004
Ei, pequena,
Só ouvir Jepeers Creepers
E dançar como nunca
Em um salão estreito
Suficiente para seus
pequenos pés.
Ei, menina,
Só ouvir jazz
E chorar e dançar e rodar
Como se mundo fosse parar!
cada passo um dia de sol que se põe e faz-se festa para que um outro nasça e sempre exista vontade de viver e de correr e de cantar e de sonhar com uma noite fria e um vinho e uma boa companhia
Só ouvir Jepeers Creepers
E dançar como nunca
Em um salão estreito
Suficiente para seus
pequenos pés.
Ei, menina,
Só ouvir jazz
E chorar e dançar e rodar
Como se mundo fosse parar!
cada passo um dia de sol que se põe e faz-se festa para que um outro nasça e sempre exista vontade de viver e de correr e de cantar e de sonhar com uma noite fria e um vinho e uma boa companhia
Só porque eu conectei agora:
Desculpe, no momento nós não podemos aceitar o upload de sua foto.
Embora estejamos trabalhando muito nos upgrades de nossos sistemas para fazer com que eles rodem muito mais rápido e melhor, no momento a capacidade do Fotolog foi excedida. Isso ocorre geralmente durante horários de pico quando o sistema esta extremamente ocupado e quando isso ocorre usuários Gold Camera têm prioridade no upload de fotos e nós desligaremos temporariamente o envio de fotos para Fotologs gratuitos.
Membros Gold Camera podem enviar fotos para seus Fotologs em qualquer horário do dia e terão prioridade durante 8am e 11pm EST (2:00 da manhã e 11:00 da manhã - horário de Brasília).
Membros do Fotolog gratuito podem enviar fotos para seus Fotologs durante o dia inteiro, menos entre 8am e 11pm EST (2:00 da manhã e 11:00 da manhã - horário de Brasília).
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segunda-feira, março 01, 2004
Porque eu acho que já errei demais para uma menininha de18 anos. E a vida não pode ser recomeçada assim, fácil, quando a gente cai na real e vê que o mundo já demoronou há muito e estamos embaixo dos destroços morrendo sufocadas sem saber o motivo! Acho que eu errei bastante para a juventude. Minhas mãos,a gora, estão enrugadas e eu não apreço um recém-nascido. Pareço uma velha! Ca-qué-ti-ca! Do tipo que reclama de tudo e de todos, mas sabe que a culpa é só dela. E não dá para voltar atrás, o tempo só corre para frente, e eu nunca fui lá de acreditar em ficção científica - muito menos em máquinas do tempo. O fato é que o espaço-tempo que era infinito, agora parece mínimo, e se curva e eu vejo minha nuca: é o mais longe que consigo ver. Enquanto meus dedos tentam falar, desesperadamente, sobre o resto e a podridão que está aqui dentro, eu viro míope e o astigmatismo também ataca. Até minha silhueta parece turva. Uma vedete turva! A atriz principal embaçada diante de seus próprios olhos cegos!
Eu cometi erros demais para uma pequena. Amargurei mais do que desejei. E aprendi menos do que poderia.
E eu poderia dizer que tudo isso foi o destino e daria na mesma. Eu fiz minhas próprias escolhas, e elas estavam erradas.
Eu cometi erros demais para uma pequena. Amargurei mais do que desejei. E aprendi menos do que poderia.
E eu poderia dizer que tudo isso foi o destino e daria na mesma. Eu fiz minhas próprias escolhas, e elas estavam erradas.
domingo, fevereiro 29, 2004
copyright, ok? é meu e só meu.
De repente, o mundo não é mais mundo
E eu, me transformo em saudade.
Como se se tudo se diluísse
Nas águas da nostalgia.
De repente, os olhos não são
Mais os mesmos!
Calam-se frente aos reflexos
Coloridos das fontes que jorram
Água da dor que aflora
Nas pequenas pedras.
De repente, o mundo é muito
Transborda solidão.
De repente, o mundo não é mais mundo
E eu, me transformo em saudade.
Como se se tudo se diluísse
Nas águas da nostalgia.
De repente, os olhos não são
Mais os mesmos!
Calam-se frente aos reflexos
Coloridos das fontes que jorram
Água da dor que aflora
Nas pequenas pedras.
De repente, o mundo é muito
Transborda solidão.
"stop the talking baby"
Meu amor,
ando adoentada, e é tão forte que não quero levantar da cama para tomar chá de qualquer coisa para melhorar. E o sol não aparece por aqui há muito tempo... às vezes até penso que estou no Alasca, e que o sol só aparecerá daqui a seis meses levando um pouco do gelo que se mistura à minha alma.
Babe, eu sei que anda difícil ficar longe, e que eu não estou mandando notícias! Desculpe-me, mas é como se a doença se transformasse em loucura e meus passos fossem retardados pela falta de vontade de olhar para as gotas de chuva que teimam em cair em cima de mim, mesmo que eu tenha conserado todas as goteiras.
Penso que seria bom que nos apaixonássemos de novo, por nós mesmos, só para termos o gostinho do começo. Eu gosto de começos, nunca fui chegada aos fins.
Meu amor,
ando adoentada, e é tão forte que não quero levantar da cama para tomar chá de qualquer coisa para melhorar. E o sol não aparece por aqui há muito tempo... às vezes até penso que estou no Alasca, e que o sol só aparecerá daqui a seis meses levando um pouco do gelo que se mistura à minha alma.
Babe, eu sei que anda difícil ficar longe, e que eu não estou mandando notícias! Desculpe-me, mas é como se a doença se transformasse em loucura e meus passos fossem retardados pela falta de vontade de olhar para as gotas de chuva que teimam em cair em cima de mim, mesmo que eu tenha conserado todas as goteiras.
Penso que seria bom que nos apaixonássemos de novo, por nós mesmos, só para termos o gostinho do começo. Eu gosto de começos, nunca fui chegada aos fins.
Sabe, eu nunca me importei muito com essa coisa de plágio. Mas o que anda doendo mesmo não é ter sido copiada - dá até uma pontinha de agradecimento, não pela cópia, mas por saber que alguém se identifica -, o que anda doendo é saber que a má fé é enorme em todos os espaços da vida humana, e embora a intenet possibilite manifestações culturais mais livres, quem é dono de seus próprios sentimentos é enganado pela ação inescrupulosa de quaisquer que não procuram pensar. Dói ver que alguns se esforçam para transformar em beleza todas as dores cotidianas e são descaradamente vítimas do próprio talento!
Pois eu acho que era a hora de todos nós pensarmos sobre a inveja e tentarmos melhorar.
Dói mesmo é ver a dor de quem se esforça ao saber que tudo foi transformado em pó!
Pois eu acho que era a hora de todos nós pensarmos sobre a inveja e tentarmos melhorar.
Dói mesmo é ver a dor de quem se esforça ao saber que tudo foi transformado em pó!
sábado, fevereiro 28, 2004
sexta-feira, fevereiro 27, 2004
Meu telefone está dando palas, portanto, não tou conseguindo entrar na internerds. Continuo indignada com a posse desautorizada dessa Mila-sei-lá-quem e todas as pessoas deveriam vasculhar os arquivos dela atrás de textos. Meus eu já achei de montes. E deu quem eu conheço também. Ceci, me dê notícias do e-mail que mandou pra ela. Brena me liga mulher!
Tu tb, bruno!
=P
Tu tb, bruno!
=P
domingo, fevereiro 22, 2004
Pois, continuando, olhem o dia 18 de janeiro do meu blog e o dia 21 do blog da maldita. Qualquer semelhança (ou similhitude) não é mera coincidência. É roubo descarado.
Esse é o poema roubado:
Sabe, eu cansei!
Cansei de ligar, cansei de falar
Cansei de ser
Cansei de tentar.
Um fato é:
nunca fui alguém por quem se apaixonar.
Todos os meus amores
Permaneceram em meus sonhos
Todos desfaleceram,
Fugiram em meio à bruma,
Soltaram-se de mim!
Restou a saudade.
Eu, hoje,
escrevo poemas para ti
leio livros para ti
choro lágrimas doces para ti
sonho todos os dias com seu calor
amo todas as memórias de você!
A única coisa que eu queria era
um telefonema
um alô
uma carta
uma chegada no horário
marcado.
Uma chegada.
Tudo que eu pedi foi amor.
Esqueci, coitada de mim
Que a pequena sutileza de minha vida
Não me permite amar
Me permite sofrer...
Esse é o poema roubado:
Sabe, eu cansei!
Cansei de ligar, cansei de falar
Cansei de ser
Cansei de tentar.
Um fato é:
nunca fui alguém por quem se apaixonar.
Todos os meus amores
Permaneceram em meus sonhos
Todos desfaleceram,
Fugiram em meio à bruma,
Soltaram-se de mim!
Restou a saudade.
Eu, hoje,
escrevo poemas para ti
leio livros para ti
choro lágrimas doces para ti
sonho todos os dias com seu calor
amo todas as memórias de você!
A única coisa que eu queria era
um telefonema
um alô
uma carta
uma chegada no horário
marcado.
Uma chegada.
Tudo que eu pedi foi amor.
Esqueci, coitada de mim
Que a pequena sutileza de minha vida
Não me permite amar
Me permite sofrer...
quinta-feira, fevereiro 19, 2004
pois cada dia que passa só penso eu fazer antropologia. acontece que eu sou a mais desanimada para estudar coisas que eu não quero. e a mais desestimulada a não continuar em algo que já está mais da metade do caminho andado. é aquela sensação de vazio de quando está na reta final e tem que deixxar tudo pra trás...
Meu último poema lá tinha sido dia 2 de janeiro.
Esse é de hoje:
Mas - disse-lhe o mendigo -
se toda suavidade é feita
de atos sórdidos,
como se a escrita fosse sempre feita
ás pressas
em pedaços pequenos de papéis de pão,
pode ser ainda ternura
pode existir, ainda,
compaixão?
Pois bem - repetia incenssantemente -
toda essa dor
não pode ser suave.
Se me dizes que suavidade é feita
de escarro
como posso eu
conviver com isto?
Esse é de hoje:
Mas - disse-lhe o mendigo -
se toda suavidade é feita
de atos sórdidos,
como se a escrita fosse sempre feita
ás pressas
em pedaços pequenos de papéis de pão,
pode ser ainda ternura
pode existir, ainda,
compaixão?
Pois bem - repetia incenssantemente -
toda essa dor
não pode ser suave.
Se me dizes que suavidade é feita
de escarro
como posso eu
conviver com isto?
quarta-feira, fevereiro 18, 2004
segunda-feira, fevereiro 16, 2004
Eu deveria era ter desisitido desse curso quando quis.
*revolta*
Pois então, alguém arranja um estágio conveniado com a UnB aí, porque não vou poder fazer onde queria. Aí é quase certo que eu vou acabar tendo que ir pra qualquer-lugar-bem-longe pra fazer algo-que-eu-não-quero. Minha vida é uma maravilha.
*revolta*
Pois então, alguém arranja um estágio conveniado com a UnB aí, porque não vou poder fazer onde queria. Aí é quase certo que eu vou acabar tendo que ir pra qualquer-lugar-bem-longe pra fazer algo-que-eu-não-quero. Minha vida é uma maravilha.
sábado, fevereiro 14, 2004
Porque a pessoa que eu mais quis
Que mais procurei
Sempre fui eu mesma!
minhas crises de solidão são todas por falta de mim. como se minha personalidade tivesse um buraco em alguma fase freudiana e, ao invés de ter um transtorno neurótico, psicótico ou o outro, eu cresci com a imensa falta de um pedaço de mim. como se nada fosse capaz de substituir. e é assim, simples, sartriano, que sou: puro reflexo da falta de um outro, que na verdade sou eu.
Que mais procurei
Sempre fui eu mesma!
minhas crises de solidão são todas por falta de mim. como se minha personalidade tivesse um buraco em alguma fase freudiana e, ao invés de ter um transtorno neurótico, psicótico ou o outro, eu cresci com a imensa falta de um pedaço de mim. como se nada fosse capaz de substituir. e é assim, simples, sartriano, que sou: puro reflexo da falta de um outro, que na verdade sou eu.
Talvez tenha sida pura culpa minha, ou talvez eu só tenha cansado.
De tudo. Dos dias e dias e das choradeiras em ombros, da falta de compreensão quando precisava e do excesso de críticas quando era completamente desnecessário.
Talvez eu só tenha deixado pra lá, e poupado minha voz, parado de falar se não sou ouvida. Talvez eu só quisesse mesmo era ouvir outras vozes.
Talvez eu só estivesse cansada de ouvir e não poder falar: dizem que a melhor qualidade é saber ouvir, mas não é a única existente.
Talvez eu só quisesse viver outra vida, parar de tomar vodca sozinha que nem uma desesperada, e viver a minha vida, e poder, alguns dias, chorar sozinha, e não ter que escutar nada além de mim mesma por 5 minutos.
Talvez seja culpa minha, talvez não!
De tudo. Dos dias e dias e das choradeiras em ombros, da falta de compreensão quando precisava e do excesso de críticas quando era completamente desnecessário.
Talvez eu só tenha deixado pra lá, e poupado minha voz, parado de falar se não sou ouvida. Talvez eu só quisesse mesmo era ouvir outras vozes.
Talvez eu só estivesse cansada de ouvir e não poder falar: dizem que a melhor qualidade é saber ouvir, mas não é a única existente.
Talvez eu só quisesse viver outra vida, parar de tomar vodca sozinha que nem uma desesperada, e viver a minha vida, e poder, alguns dias, chorar sozinha, e não ter que escutar nada além de mim mesma por 5 minutos.
Talvez seja culpa minha, talvez não!
terça-feira, fevereiro 10, 2004
domingo, fevereiro 08, 2004
sábado, fevereiro 07, 2004
quinta-feira, fevereiro 05, 2004
*mas é um abuso*
fotolog.net:
Desculpe, no momento nós não podemos aceitar o upload de sua foto.
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Usuários Gold Camera podem enviar fotos a qualquer hora e terão prioridade durante 8am e 11pm EST (GMT -5) - 11:00 da manhã e 2:00 da manhã - horário de Brasília.
Usuários do Fotolog gratuito pode enviar fotos entre 11pm e 8am EST (GMT -5) - 2 da manhã até 11:00 da manhã - horário de Brasília.
Agradecemos sua compreensão e paciência.
fotolog.net:
Desculpe, no momento nós não podemos aceitar o upload de sua foto.
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Usuários do Fotolog gratuito pode enviar fotos entre 11pm e 8am EST (GMT -5) - 2 da manhã até 11:00 da manhã - horário de Brasília.
Agradecemos sua compreensão e paciência.
quarta-feira, fevereiro 04, 2004
Monólogo
ela largou a antropologia. eu não larguei nada. a vida inteira, não completei nada, mas não larguei nada. ela dá aulas de francês e não tem as mesmas paranóias que eu. eu voltarei a fazer inglês e mal sei ler em espanhol - e tenho as mesmas paranóias que eu! ela faz pedagogia, ao invés de psicologia, mas adora o que faz, e acha que odiaria o que faria. eu sou daquelas indecisas que uma hora quer cinema, outra o que tenho, 5 minutos depois não quero nada, depois quero antropologia, depois que artes, depois quero que tudo se exploda. ela é publicitária e marinheira, e ainda tem tempo de escrever. eu sou perturbada e preguiçosa e ainda não me sobra tempo! ela tem planos para as palavras. eu, a cada dia que se passa, sou consumida pelas palavras - não faço planos para elas, nem delas.
eu entro em um monólogo constante que se volta contra mim. e ela disse que nossa imaginação é sempre favorável a nós.
E se eu não me devoro pelas
teorias psicanalíticas
E se eu não me abalo pelas
dores mais horrendas
E se minhas lágrimas já não
escorrem como antes
E se meus seios estão fartosde serem
represas de minhas próprias mágoas
E se meus desejos não
se confundem com eu mesma
E se eu já não sou capaz de
amar
calar
Se eu sou mais um erro
mais uma desgraça
Se não me porto como sensata
Se me deixo com a vida
E paro a luta
Assim me chamo: perda!
teorias psicanalíticas
E se eu não me abalo pelas
dores mais horrendas
E se minhas lágrimas já não
escorrem como antes
E se meus seios estão fartosde serem
represas de minhas próprias mágoas
E se meus desejos não
se confundem com eu mesma
E se eu já não sou capaz de
amar
calar
Se eu sou mais um erro
mais uma desgraça
Se não me porto como sensata
Se me deixo com a vida
E paro a luta
Assim me chamo: perda!
E que o horror que vejo não seja motivo para que perpertue-se o inerte. Que o ódio não seja o oposto do amor e que assim, sejamos capazes de intolerar a intolerância, e criemos a possibilidade de não nos sentirmos na obrigação de criar dualidades, como se fosse impossível que as coisas sejam antagônicas e complementos ao mesmo tempo. Que a falta de confiança que existe não seja motivo suficiente para a falta de argumentação sobre a dor, sobre a vida e, principalmente, sobre as escolhas!
segunda-feira, fevereiro 02, 2004
Meu amor é um menino bem bonito repleto de cores em seu coração. Enquanto eu fico no preto-branco-cinza, ele completa a caixa de 12 cores com seu sorriso. Meu amor é um menino que não me entende e que eu não entendo. Meu amor é um menino que me entende e que eu entendo. Leio os pensamentos, às vezes, e peço para que me traga iogurte de côco no copo. Meu amor dá mordidas no meu pão depois que termina o dele, e eu me incomodo, mas depois passa. Meu amor não tem medo de escuro e nem medo da varanda. Meu amor é preguiçoso, mas a gente vai levando. Eu gosto de filmes, ele também. Meu amor é um oposto-complemento: é a dialética de ser!
Márcio,
hoje eu andei na chuva e pensei em como os pingos caindo são demasiado bonitos e formam um som quase angelical. Aí quis fugir até o correio mais próximo, mas nessa cidade tudo é longe e o correio mais ainda. De qualquer forma, escrevi cartas mentalmente e preenchi de cores belas meus pensamentos atormentados pelo frio. Hoje faz frio e não se vende casacos no verão. Você sabe que isso é uma das grandes ironias da vida! Assim como chover um rio, como os de lágrimas, no dia em que decido sair do meu casulo.
Hoje eu andei na chuva, mas não consegui chegar muito longe. As águas estavam fortes e eu só conseguia pensar em como o som das gotas era perfeito como hábitos bonitos repletos de significados. Aí lembrei de você enquanto ouvia o som da chuva batendo em todas as coisas, aí pensei em fitas, aí pensei em músicas, aí pensei em grandes e pequenas cidades.
Foi então que desejei que não nos tornemos frios como o verão brasiliense!
E que tenho que criar mais hábitos!
hoje eu andei na chuva e pensei em como os pingos caindo são demasiado bonitos e formam um som quase angelical. Aí quis fugir até o correio mais próximo, mas nessa cidade tudo é longe e o correio mais ainda. De qualquer forma, escrevi cartas mentalmente e preenchi de cores belas meus pensamentos atormentados pelo frio. Hoje faz frio e não se vende casacos no verão. Você sabe que isso é uma das grandes ironias da vida! Assim como chover um rio, como os de lágrimas, no dia em que decido sair do meu casulo.
Hoje eu andei na chuva, mas não consegui chegar muito longe. As águas estavam fortes e eu só conseguia pensar em como o som das gotas era perfeito como hábitos bonitos repletos de significados. Aí lembrei de você enquanto ouvia o som da chuva batendo em todas as coisas, aí pensei em fitas, aí pensei em músicas, aí pensei em grandes e pequenas cidades.
Foi então que desejei que não nos tornemos frios como o verão brasiliense!
E que tenho que criar mais hábitos!
Com todas as palavras, certinhas, me disse que queria que eu não tivesse existido. E eu deixei de existir. Como se tivesse me matado aos doze, desapareci em um raio de quilômetros.
Hoje não existe telefonema, e-mail ou carta. Só a certeza de que o que nunca foi não poderia existir.
lá, no dia 30 de outubro de 2003 :
Todos os meus sonhos se resumem à
Ilusão.
Se não há porquê lutar
Pelo quê viver
Ou chorar
De todas as coisas do mundo
O grito era o mais importante.
E todas as paredes, que vedam lágrimas
Que vedam imagens
Que vedam saberes
Acordam soluços
Projetam-se em mim
Como se solidão fosse sobrenome.
Todas as minhas noites
São preenchidas de vácuo de você.
E eu, com minhas mãos frias
Saio de mim como fugindo de um pesadelo
Eterno.
Etéreo.
As vidas já não me parecem promissoras
Quando eu era criança,
quem me dera ter morrido aos doze
Minha mente ainda não era ingrata.
Todas as minhas noites são brisas mornas enquanto quero frio.
Mas meu quarto não tem janelas como estas
E eu, presa em mim, não sei sair.
E todas as paredes vedam meus gritos,
Fraca, já não sei fingir.
Hoje não existe telefonema, e-mail ou carta. Só a certeza de que o que nunca foi não poderia existir.
lá, no dia 30 de outubro de 2003 :
Todos os meus sonhos se resumem à
Ilusão.
Se não há porquê lutar
Pelo quê viver
Ou chorar
De todas as coisas do mundo
O grito era o mais importante.
E todas as paredes, que vedam lágrimas
Que vedam imagens
Que vedam saberes
Acordam soluços
Projetam-se em mim
Como se solidão fosse sobrenome.
Todas as minhas noites
São preenchidas de vácuo de você.
E eu, com minhas mãos frias
Saio de mim como fugindo de um pesadelo
Eterno.
Etéreo.
As vidas já não me parecem promissoras
Quando eu era criança,
quem me dera ter morrido aos doze
Minha mente ainda não era ingrata.
Todas as minhas noites são brisas mornas enquanto quero frio.
Mas meu quarto não tem janelas como estas
E eu, presa em mim, não sei sair.
E todas as paredes vedam meus gritos,
Fraca, já não sei fingir.
domingo, fevereiro 01, 2004
Querido,
desculpe-me pela demora das cartas. Ando sem querer escrever. Poderia inventar alguma desculpa, como a falta de papel, mas eu poderia escrever no cantinhos de outras cartas - aquelas para mim mesma - e mandar um pedaço de mim com um pedaço para você. Porém, meu amor, a mentira não compensa. Eu ando é cansada de tanta fadiga. E como eu pareço redundante: eu ando cansada do cansaço! Como um bicho-preguiça que demora anos para se mexer no galho da árvore. Eu ando cansada do cansaço. E parada por ele!
Meu bem, eu não ando escrevendo muitas cartas. Acho que estou cansada da distância. Não de você, hoje não sinto que estás distante. Distância de mim! E não há tinta suficiente em meu tinteiro para escrever todas as letras que saem de meus pensamentos doloridos pela falta de mim. Eu, que antes colocava culpa da solidão nos outros, descobri que a única culpada sou eu mesma. Sinto como se tivesse sido mutilada por minhas próprias mãos.
Meu amor, vou dormir pensando em seus braços. Para esquecer a saudade, e a falta de mim!
desculpe-me pela demora das cartas. Ando sem querer escrever. Poderia inventar alguma desculpa, como a falta de papel, mas eu poderia escrever no cantinhos de outras cartas - aquelas para mim mesma - e mandar um pedaço de mim com um pedaço para você. Porém, meu amor, a mentira não compensa. Eu ando é cansada de tanta fadiga. E como eu pareço redundante: eu ando cansada do cansaço! Como um bicho-preguiça que demora anos para se mexer no galho da árvore. Eu ando cansada do cansaço. E parada por ele!
Meu bem, eu não ando escrevendo muitas cartas. Acho que estou cansada da distância. Não de você, hoje não sinto que estás distante. Distância de mim! E não há tinta suficiente em meu tinteiro para escrever todas as letras que saem de meus pensamentos doloridos pela falta de mim. Eu, que antes colocava culpa da solidão nos outros, descobri que a única culpada sou eu mesma. Sinto como se tivesse sido mutilada por minhas próprias mãos.
Meu amor, vou dormir pensando em seus braços. Para esquecer a saudade, e a falta de mim!
"E o que a gente faz quando as linhas já não bastam e a gente começa a escrever pelas margens. Quando ante os olhos até temos as imagens mas se desanimam as palavras? E quando começa a se formar no peito a semente de uma revolta que nunca irrompe em revolução e a gente acaba mastigando tampas de caneta enquanto se procura em frases antigas?"
roubado, descaradamente, da Ana.
roubado, descaradamente, da Ana.
"e a rotina crescia como planta
e engolia a metade do caminho
e a mudança levou tempo
por ser tão veloz
enquanto estávamos a salvo
ficamos suspensos
perdidos no espaço
(...)
e era como se jogassem space invaders
perdendo mais dinheiro de muitas maneiras
vivendo num planeta perdido como nós
quem sabe ainda estamos a salvo?"
e engolia a metade do caminho
e a mudança levou tempo
por ser tão veloz
enquanto estávamos a salvo
ficamos suspensos
perdidos no espaço
(...)
e era como se jogassem space invaders
perdendo mais dinheiro de muitas maneiras
vivendo num planeta perdido como nós
quem sabe ainda estamos a salvo?"
sábado, janeiro 31, 2004
sexta-feira, janeiro 30, 2004
Escolhi suas músicas como quem escolhe palavras para poesias ou a quantidade de pó para o café da tarde. Depois sentei na cama, e pensei que esqueci de comprar pilhas para gravar minha carta-falada. Então, fui escutar música por música das que quero gravar e fiquei cantando com minha voz rouca e desafinada, e chorei com medo de não gostar. São coisas minhas, pensei, talvez não possam ser de outros. Não me lembro bem do que fiquei matutando ontem à noite, mas tinha algo com não perguntar se posso mandar essa ou aquela música, na esperança de ser High Fidelity e não parecer a Felicity mandando cartas para a amiga logo que muda para Nova Iorque. Hoje eu penso no que poderia estar fazendo com toda a minha bebedeira se deitasse e pudesse aproveitar a noite não chuvosa para ver a lua que há tanto não me visita.
Escolhi suas músicas como se estivesse escrevendo poesias, mas não sei se tenho coragem de gravar!
Escolhi suas músicas como se estivesse escrevendo poesias, mas não sei se tenho coragem de gravar!
Solidão
E quem és tu para dizer-me o que sentir, ser ou fazer?
Se quando olho para todos os lados e só vejo lanças afiadas que mandaste colocar pra que eu, algum dia, pudesse perfurar minha própria pele e, pelos poros, soltar sangue como faço quando sofro de solidão!
Quem sou eu para dizer o que sou
Se quando me pego em flagrante vejo
Uma porção de erros e descasos
E fracassos
E coloco milhares de vidros quebrados
Em muros fechados
Para que eu mesma possa me cortar!?
E quem és tu para dizer-me o que sentir, ser ou fazer?
Se quando olho para todos os lados e só vejo lanças afiadas que mandaste colocar pra que eu, algum dia, pudesse perfurar minha própria pele e, pelos poros, soltar sangue como faço quando sofro de solidão!
Quem sou eu para dizer o que sou
Se quando me pego em flagrante vejo
Uma porção de erros e descasos
E fracassos
E coloco milhares de vidros quebrados
Em muros fechados
Para que eu mesma possa me cortar!?
quinta-feira, janeiro 29, 2004
Pois quando eu olho a lua
E sua luz não mais reflete
- e dizem que nunca a lua teve luz -
Choro!
E quando sei, com toda a certeza do mundo
Que a lua nunca mais voltará a ser a mesma
De antes,
como eu
- e dizem que nunca seremos o que já fomos -
Me canso.
Então, quando percebo já está de manhã
E perdi a hora de me deitar.
E sua luz não mais reflete
- e dizem que nunca a lua teve luz -
Choro!
E quando sei, com toda a certeza do mundo
Que a lua nunca mais voltará a ser a mesma
De antes,
como eu
- e dizem que nunca seremos o que já fomos -
Me canso.
Então, quando percebo já está de manhã
E perdi a hora de me deitar.
quarta-feira, janeiro 28, 2004
Algum dia, vou viajar e conhecer pessoas que respiram o ar de outras maresias. Aí procurarei livros em outros sebos, elepês em outrasd lojas de discos velhos. Vou ouvir mais jazz do que brit pop, e beberei vodca com água tônica, e não mais tequila. Serei uma pessoa diferente, cheia de novas cores. Deixarei o preto-branco-cinza.
sábado, janeiro 24, 2004
quero chorar, meu bem, como nunca chorei de desânimo de um amor. quero chorar de medo, como criança que tem medo do escuro, tenho medo de perder. sempre fui péssima perdedora. por isso, quase nunca entro em jogos nos quais sei que é muito fácil para me machucar. quero chorar de dor de, a cada minuto, sentir a distância que se põe entre dois olhares. quero chorar porque já não te reconheço em mim, e meu reflexo só mostra saudade... eu não tenho mais cara!... só tenho saudade. e se todas as saudades que eu sinto são de você, o que farei? quero chorar, porque estou me transformando em um monstro comedor de meus próprios sonhos, destruidor de possibilidades, destruidor de chances de continuar. quero chorar, pois me falta o chão, e a qualquer instante, posso cair. eu tenho medo de cair. quero chorar, meu bem, por não saber quais são meus erros agora, por não saber o que te afasta: sou eu ou é você mesmo? é você ou sou eu mesma? Ai, como dói no peito, uma farpa que tem poder de estilhaçar passados que gostaria que fossem presentes que se transformassem em futuros. mas, eu sou izis, uma falta de futuro. não é assim que eu acho? que nunca existirá futuro? como eu queria chorar...
E eu entendo, hoje,
Que toda a história já se foi.
Porque todas as crianças já morreram
e então, todos os sonhos se desfizeram
Por entre meus dedos acorrentados em lágrimas.
E hoje eu entendo
Que tudo o que eu sei
Uma fraca linha de fio de seda
Se desfaz com uma palavra mal-dita.
Porque, se eu digo que amo você
Mas não quero mais te ver
É pura mentira de coração doído.
Quando digo que amo você
Eu sei, babe
É porque quero dormir em seus braços
Sem ter pressa de acordar.
Que toda a história já se foi.
Porque todas as crianças já morreram
e então, todos os sonhos se desfizeram
Por entre meus dedos acorrentados em lágrimas.
E hoje eu entendo
Que tudo o que eu sei
Uma fraca linha de fio de seda
Se desfaz com uma palavra mal-dita.
Porque, se eu digo que amo você
Mas não quero mais te ver
É pura mentira de coração doído.
Quando digo que amo você
Eu sei, babe
É porque quero dormir em seus braços
Sem ter pressa de acordar.
Querido,
colocarei as cartas no correio amanhã. Chegarão todas juntas.
Hoje resolvi contar as coisas felizes. Mas o céu está nublado e não pude sair de casa. Então me encolhi embaixo do mesmo edredon e chorei. Chorei de raiva de não poder ver o dia passar. Porque quando existe tédio o tempo pára! Liguei para uma amiga para nos fazermos companhia, mas o telefone não foi atendido. Aceitei o convite do Márcio para dividirmos nossos momentos inóspitos com chá e vodka... só que ele mora longe, assim como você, querido. Se eu tenho uma sina, com certeza é o azar para a distância. Qualquer psicólogo diria que estou fadada a morrer de amores pelo que está longe. Pois, nunca morrerei de amores por mim... e isto entristece, não é?
Quem me dera você estivesse aqui. A cidade toda cheira a chá. Até eu ganhei uma caixa de chá de flores brancas. Engraçado, o chá é de flores brancas, mas a cor dele é vermelha. Cor vermelha, como rosas. Sei que você iria adorar esse cheiro de chuva que se mistura ao cheiro de chá que infesta todas as ruas. Daqui a pouco, tenho certeza, só restará o cheiro da chuva, e os dias voltarão a ser deprimentes.
E, meu amor, irá dentro da caixa de cartas um pequeno envelope. Lá está um pedaço de meu coração que se partiu junto com sua ida. Retorne com ele, se voltar.
colocarei as cartas no correio amanhã. Chegarão todas juntas.
Hoje resolvi contar as coisas felizes. Mas o céu está nublado e não pude sair de casa. Então me encolhi embaixo do mesmo edredon e chorei. Chorei de raiva de não poder ver o dia passar. Porque quando existe tédio o tempo pára! Liguei para uma amiga para nos fazermos companhia, mas o telefone não foi atendido. Aceitei o convite do Márcio para dividirmos nossos momentos inóspitos com chá e vodka... só que ele mora longe, assim como você, querido. Se eu tenho uma sina, com certeza é o azar para a distância. Qualquer psicólogo diria que estou fadada a morrer de amores pelo que está longe. Pois, nunca morrerei de amores por mim... e isto entristece, não é?
Quem me dera você estivesse aqui. A cidade toda cheira a chá. Até eu ganhei uma caixa de chá de flores brancas. Engraçado, o chá é de flores brancas, mas a cor dele é vermelha. Cor vermelha, como rosas. Sei que você iria adorar esse cheiro de chuva que se mistura ao cheiro de chá que infesta todas as ruas. Daqui a pouco, tenho certeza, só restará o cheiro da chuva, e os dias voltarão a ser deprimentes.
E, meu amor, irá dentro da caixa de cartas um pequeno envelope. Lá está um pedaço de meu coração que se partiu junto com sua ida. Retorne com ele, se voltar.
sexta-feira, janeiro 23, 2004
da série releituras
Sexta, 18 de julho 2003
Porque, se algum dia houvesse o que dizer
Calaria, mórbida por entre meus sonhos
Para com essa vida.
Porque, se eu leio em alguma dia
Um poema frágil
E olho minha cartas de amor
E são quase como
Palavras caladas
Descartadas em um bocado de papéis velhos
Cheios de poeira
Como nós
Eus
Sem conjugações.
E se meus por-quês-sei-lás
Se dizem para mim assim
Vozes sádicas de crianças perfuradas de libido
E eu me escondo de mim sem querer ouvir
Porque, se me olho no espelho e não vejo reflexo
É quando gosto de você e já não te seguro em mim.
E quando penso no passado e percebo, de repente,
Que o futuro não pode ser pra sempre... o mesmo
E caio em mim
E me perco em brumas de solidões mil
Realizo meus desejos mais sórdidos.
Finjo que não amo
E não quero mais nos ver.
Sexta, 18 de julho 2003
Porque, se algum dia houvesse o que dizer
Calaria, mórbida por entre meus sonhos
Para com essa vida.
Porque, se eu leio em alguma dia
Um poema frágil
E olho minha cartas de amor
E são quase como
Palavras caladas
Descartadas em um bocado de papéis velhos
Cheios de poeira
Como nós
Eus
Sem conjugações.
E se meus por-quês-sei-lás
Se dizem para mim assim
Vozes sádicas de crianças perfuradas de libido
E eu me escondo de mim sem querer ouvir
Porque, se me olho no espelho e não vejo reflexo
É quando gosto de você e já não te seguro em mim.
E quando penso no passado e percebo, de repente,
Que o futuro não pode ser pra sempre... o mesmo
E caio em mim
E me perco em brumas de solidões mil
Realizo meus desejos mais sórdidos.
Finjo que não amo
E não quero mais nos ver.
Quinta-feira, Setembro 04, 2003
'Cause I still love you, babe
But I don't care anymore
If tomorrow will came as yesterday was.
'Cause, I don't know if I want you now.
'Cause I just want me.
reescritos
Eu ainda amo,
E não me importo!
Se amanhã será como hoje,
e como ontem...
o que há de ser feito?
E não tenho certeza se te quero aqui
Pois eu só quero a mim.
'Cause I still love you, babe
But I don't care anymore
If tomorrow will came as yesterday was.
'Cause, I don't know if I want you now.
'Cause I just want me.
reescritos
Eu ainda amo,
E não me importo!
Se amanhã será como hoje,
e como ontem...
o que há de ser feito?
E não tenho certeza se te quero aqui
Pois eu só quero a mim.
Querido,
por mais que eu tente esconder, a dor já é imensa. Eu sei que você não gosta que eu diga para todo mundo o que eu sinto, e sei que não gosta que eu fale que sinto dor. Mas é impossível esconder dos olhos alheios lágrimas que nunca param de descer... como o grande pacífico, perturbado, repleto de violentas ondas. Como não notar quando a tempestade está perto de chegar?
Pois meu amor, hoje eu estava ansiosa para que pudesse ler suas mãos e ver que o destino mudou. Mas as linhas tortas ainda insistem em ser maiores que os desejos. E por mais que eu tente mudar tudo, começar e recomeçar, o abismo, a cada dia, parece mais próximo, e o sofrimento, mais vivo. Pois hoje, meu amor, quis ver teus doces lábios e confiar nos meus, só que, trêmula, minhas boca não conseguiu dizer seu nome, você não me viu. Passou por dentro de mim, como se eu fosse um fantasma que te assombra, não me sentiu. E eu entendi que depois de um tempo, o destino é imutável. Primeiro, quis desacreditar na descoberta, depois, não tive como respirar sem aceitar a verdade.
Meu amor! Hoje choro lágrimas internas equanto sonho com seus braços macios.
Se todas as palavras fossem uma, seriam solidão!
por mais que eu tente esconder, a dor já é imensa. Eu sei que você não gosta que eu diga para todo mundo o que eu sinto, e sei que não gosta que eu fale que sinto dor. Mas é impossível esconder dos olhos alheios lágrimas que nunca param de descer... como o grande pacífico, perturbado, repleto de violentas ondas. Como não notar quando a tempestade está perto de chegar?
Pois meu amor, hoje eu estava ansiosa para que pudesse ler suas mãos e ver que o destino mudou. Mas as linhas tortas ainda insistem em ser maiores que os desejos. E por mais que eu tente mudar tudo, começar e recomeçar, o abismo, a cada dia, parece mais próximo, e o sofrimento, mais vivo. Pois hoje, meu amor, quis ver teus doces lábios e confiar nos meus, só que, trêmula, minhas boca não conseguiu dizer seu nome, você não me viu. Passou por dentro de mim, como se eu fosse um fantasma que te assombra, não me sentiu. E eu entendi que depois de um tempo, o destino é imutável. Primeiro, quis desacreditar na descoberta, depois, não tive como respirar sem aceitar a verdade.
Meu amor! Hoje choro lágrimas internas equanto sonho com seus braços macios.
Se todas as palavras fossem uma, seriam solidão!
quarta-feira, janeiro 21, 2004
E há noites em que me sinto trêmula.
E meu coração se aperta
E pareço desaparecer em uma
Bruma cada vez mais densa.
Como se fosse condenada
A padecer de um mal
Eterno.
Condenada, pouco a pouco
A devanecescer.
Em alguns minutos
Minhas mãos gelam
E é como se eu estivesse em meio
aos icebergs.
E nestas noites, sinto saudade.
E meu coração se aperta
E pareço desaparecer em uma
Bruma cada vez mais densa.
Como se fosse condenada
A padecer de um mal
Eterno.
Condenada, pouco a pouco
A devanecescer.
Em alguns minutos
Minhas mãos gelam
E é como se eu estivesse em meio
aos icebergs.
E nestas noites, sinto saudade.
terça-feira, janeiro 20, 2004
segunda-feira, janeiro 19, 2004
domingo, janeiro 18, 2004
Querido,
sei que o dia já se foi e que não posso sair correndo e entregar-te minhas palavras agora... e que minhas páginas já não são suficientes para tanto amor. Se antes eu teimava em não escrever por saber que era um desperdício dizer e não ser lida, no momento, a maior sensação é a de que irei explodir se deixar de contar detalhe por detalhe toda a minha paixão.
Ontem olhei para o céu. Durante alguns segundos me pareceu mais bonito do que é realmente. Tive a impressão de que outras pessoas teriam a mesma sensação, e foi estranho. Nunca me senti assim, acho. E por um instante durante segundos que se passam voando, eu lembrei de você. E lembrei da distância. E senti sua falta. Muita falta. Olhei para o céu e não vi estrelas, aí pensei; amanhã o dia será frio. E é verdade. Foi então que desejei que ainda estivéssemos no início, no auge de um amor inocente... Para que nos deitássemos em uma cama quente, e contássemos os minutos de trás pra frente e do jeito normal para ver se poderíamos enganar o tempo. E eu achei que seria possível que ficássemos brincando até que o tempo se cansasse e o dia fosse embora. Aí alugaríamos um filme feliz e nos divertiríamos rindo de uma comédia romântica que mostraria situações esdrúxulas. Então, imitaríamos algumas das cenas, eu entregaria flores para você no metrô... aí você me olharia com o rosto cheio de lágrimas e declararia todas as lindas palavras que conhece, e nós tomaríamos banho de chuva - mesmo eu odiando banho de chuva - e tomaríamos sorvete no frio, e choraríamos de felicidade.
Ontem eu olhei para o céu, querido, e entendi o futuro do pretérito.
sei que o dia já se foi e que não posso sair correndo e entregar-te minhas palavras agora... e que minhas páginas já não são suficientes para tanto amor. Se antes eu teimava em não escrever por saber que era um desperdício dizer e não ser lida, no momento, a maior sensação é a de que irei explodir se deixar de contar detalhe por detalhe toda a minha paixão.
Ontem olhei para o céu. Durante alguns segundos me pareceu mais bonito do que é realmente. Tive a impressão de que outras pessoas teriam a mesma sensação, e foi estranho. Nunca me senti assim, acho. E por um instante durante segundos que se passam voando, eu lembrei de você. E lembrei da distância. E senti sua falta. Muita falta. Olhei para o céu e não vi estrelas, aí pensei; amanhã o dia será frio. E é verdade. Foi então que desejei que ainda estivéssemos no início, no auge de um amor inocente... Para que nos deitássemos em uma cama quente, e contássemos os minutos de trás pra frente e do jeito normal para ver se poderíamos enganar o tempo. E eu achei que seria possível que ficássemos brincando até que o tempo se cansasse e o dia fosse embora. Aí alugaríamos um filme feliz e nos divertiríamos rindo de uma comédia romântica que mostraria situações esdrúxulas. Então, imitaríamos algumas das cenas, eu entregaria flores para você no metrô... aí você me olharia com o rosto cheio de lágrimas e declararia todas as lindas palavras que conhece, e nós tomaríamos banho de chuva - mesmo eu odiando banho de chuva - e tomaríamos sorvete no frio, e choraríamos de felicidade.
Ontem eu olhei para o céu, querido, e entendi o futuro do pretérito.
Sabe, eu cansei!
Cansei de ligar, cansei de falar
Cansei de ser
Cansei de tentar.
Um fato é:
nunca fui alguém por quem se apaixonar.
Todos os meus amores
Permaneceram em meus sonhos
Todos desfaleceram,
Fugiram em meio à bruma,
Soltaram-se de mim!
Restou a saudade.
Eu, hoje,
escrevo poemas para ti
leio livros para ti
choro lágrimas doces para ti
sonho todos os dias com seu calor
amo todas as memórias de você!
A única coisa que eu queria era
um telefonema
um alô
uma carta
uma chegada no horário
marcado.
Uma chegada.
Tudo que eu pedi foi amor.
Esqueci, coitada de mim
Que a pequena sutileza de minha vida
Não me permite amar
Me permite sofrer...
Cansei de ligar, cansei de falar
Cansei de ser
Cansei de tentar.
Um fato é:
nunca fui alguém por quem se apaixonar.
Todos os meus amores
Permaneceram em meus sonhos
Todos desfaleceram,
Fugiram em meio à bruma,
Soltaram-se de mim!
Restou a saudade.
Eu, hoje,
escrevo poemas para ti
leio livros para ti
choro lágrimas doces para ti
sonho todos os dias com seu calor
amo todas as memórias de você!
A única coisa que eu queria era
um telefonema
um alô
uma carta
uma chegada no horário
marcado.
Uma chegada.
Tudo que eu pedi foi amor.
Esqueci, coitada de mim
Que a pequena sutileza de minha vida
Não me permite amar
Me permite sofrer...