sexta-feira, dezembro 31, 2004
Diante das mentes brilhantes
A minha,
é mera busca de sentido.
Diantede toda a loucura
Pareço, em vão
Lucidez.
Sou ilusão
Um sonho apaixonado
Uma angústia
que persiste.
Porque eu sou lágrima,
engasgada
Apartada.
Eu sou dor
Chorada
Em prantos
Contidos.
Sou a busca incessante
da aceitação.
Excluída da vontade
de viver.
A minha,
é mera busca de sentido.
Diantede toda a loucura
Pareço, em vão
Lucidez.
Sou ilusão
Um sonho apaixonado
Uma angústia
que persiste.
Porque eu sou lágrima,
engasgada
Apartada.
Eu sou dor
Chorada
Em prantos
Contidos.
Sou a busca incessante
da aceitação.
Excluída da vontade
de viver.
porque meus sonhos,
maltratados pela vida
escorrem por
entre meus dedos.
porque meus sonhos
e minhas loucuras
e minhas mãos vazias
se quebram, como Cecília,
e a cor que me transborda
não é azul
é vermelho.
porque eu sou
i shall be released
mas não sou forte o bastante.
as garras me cortam
e eu,
respiro fundo
seco meu suor
soluço alto.
grito até a voz ter fim
maltratados pela vida
escorrem por
entre meus dedos.
porque meus sonhos
e minhas loucuras
e minhas mãos vazias
se quebram, como Cecília,
e a cor que me transborda
não é azul
é vermelho.
porque eu sou
i shall be released
mas não sou forte o bastante.
as garras me cortam
e eu,
respiro fundo
seco meu suor
soluço alto.
grito até a voz ter fim
quinta-feira, dezembro 30, 2004
quarta-feira, dezembro 29, 2004
nada. minha vida é clothes of sand.
Who has dressed you in strange clothes of sand
Who has taken you far from my land
Who has said that my sayings were wrong
And who will say that I stayed much too long?
Clothes of sand have covered yor face
Given you meaning but taken my place
So make your way on down to the sea
Something has taken you so far from me.
Does it now seem worth all the colour of skies
To see the earth through painted eyes
To look through panes of shaded glass
See the stains of winter's grass.
Can you now return to from where you came
Try to burn your changing name
Or with silver spoons and coloured light
Will you worship moons in winter's night.
Clothes of sand have covered your face
Given you meaning but taken my place
So make your way on down to the sea
Something has taken you so far from me.
terça-feira, dezembro 28, 2004
hoje, sou grandes monólogos
esperando por conversa.
hoje,
sou vários versos
sem resposta.
sou várias amarguras
embora, sorrisos.
sou dores.
sou pranto,
sou planta.
hoje
sou monólogo. sou diálogo
sou eu, contra mim.
hoje, sou mais que ontem.
mas antes de ontem
era mais que eu.
hoje,
sou dispersa
desperta.
sou luxúria.
só que sou santa.
hoje, sou monólogo
controverso.
esperando por conversa.
hoje,
sou vários versos
sem resposta.
sou várias amarguras
embora, sorrisos.
sou dores.
sou pranto,
sou planta.
hoje
sou monólogo. sou diálogo
sou eu, contra mim.
hoje, sou mais que ontem.
mas antes de ontem
era mais que eu.
hoje,
sou dispersa
desperta.
sou luxúria.
só que sou santa.
hoje, sou monólogo
controverso.
segunda-feira, dezembro 27, 2004
Vinho
Cecília Meireles
A taça foi brilhante e rara,
mas o vinho de que bebi
com os meus olhos postos em ti,
era de total amargura.
Desde essa hora antiga e preclara,
insensivelmente desci
e em meu pensamento senti
o desgosto de ser criatura.
Eu sou de essência etérea e clara:
no entanto, desde que te vi,
como que desapareci...
Rondo triste à minha procura.
A taça foi brilhante e rara;
mas, com certeza enlouqueci.
E desse vinho que bebi
se originou minha loucura.
Cecília Meireles
A taça foi brilhante e rara,
mas o vinho de que bebi
com os meus olhos postos em ti,
era de total amargura.
Desde essa hora antiga e preclara,
insensivelmente desci
e em meu pensamento senti
o desgosto de ser criatura.
Eu sou de essência etérea e clara:
no entanto, desde que te vi,
como que desapareci...
Rondo triste à minha procura.
A taça foi brilhante e rara;
mas, com certeza enlouqueci.
E desse vinho que bebi
se originou minha loucura.
conversa ou monólogo?
pois
sou a angústia presa na
garganta
vontade de chorar no seu colo
mas sou pranto
entalado na boca
do estômago.
*
a minha mania de culpa
não é cristã.
é choro ao ver um choro
é dor,
diante do desconhecido.
de não saber o que fazer.
*
o meu choro
se divide em vários prantos.
calados,
sufocados no travesseiro.
meu pranto
é incontido!
assim como meu desejo
é de posse
embora nunca seja possuída.
pois
sou a angústia presa na
garganta
vontade de chorar no seu colo
mas sou pranto
entalado na boca
do estômago.
*
a minha mania de culpa
não é cristã.
é choro ao ver um choro
é dor,
diante do desconhecido.
de não saber o que fazer.
*
o meu choro
se divide em vários prantos.
calados,
sufocados no travesseiro.
meu pranto
é incontido!
assim como meu desejo
é de posse
embora nunca seja possuída.
segunda-feira, dezembro 13, 2004
domingo, dezembro 12, 2004
sábado, dezembro 11, 2004
terça-feira, dezembro 07, 2004
'nothing will get us down'
*bem que eu queria acreditar. bem que eu queria ser assim, a pessoa com mais fé. pensar no duplo, e não na realidade. imaginar o alheio, não o agora. bem que eu queria não me importar. sair do ar. não sentir culpa, não sentir desgosto. bem que eu queria, agora, sentir amor. mas meus sentimentos, apartados, não reinam no mesmo tempo. templo. só sinto cansaço. cansaço de mim mesma, cansaço de outros mesmos.*
*bem que eu queria acreditar. bem que eu queria ser assim, a pessoa com mais fé. pensar no duplo, e não na realidade. imaginar o alheio, não o agora. bem que eu queria não me importar. sair do ar. não sentir culpa, não sentir desgosto. bem que eu queria, agora, sentir amor. mas meus sentimentos, apartados, não reinam no mesmo tempo. templo. só sinto cansaço. cansaço de mim mesma, cansaço de outros mesmos.*
segunda-feira, dezembro 06, 2004
(parênteses)
eu ando achando que sou completamente louca
que deveria ter largado tudo pro ar e vendido poesia
que devia pegar esse dinheiro que tenho e ir pra pqp
mas não ficar aqui, perdendo meu tempo com esse curso que só me imbeciliza
pois é. se eu não fosse tão cheia de amarras, tão medrosa, largava todo esse chororô
todo esse marasmo cerebral
eu ando achando que sou completamente louca
que deveria ter largado tudo pro ar e vendido poesia
que devia pegar esse dinheiro que tenho e ir pra pqp
mas não ficar aqui, perdendo meu tempo com esse curso que só me imbeciliza
pois é. se eu não fosse tão cheia de amarras, tão medrosa, largava todo esse chororô
todo esse marasmo cerebral