sexta-feira, setembro 30, 2005

Toca: Laboratório S.P.

['eu sei que o mundo é pequeno demais para você...
um corte nos pulsos para provar o meu amor. pelas flores mortas, no caminho qeu eu passei. agora os meus olhos já não dizem qeum eu sou. perdidos nessa névoa na falta de você.']
Eu fico bastante chocada quando vejo que as pessoas que eu achava que sabia quem eram, de repente, se transformam em monstros.

quinta-feira, setembro 29, 2005

é, começou a trovejar.
ideal match: scott speedman, pós transformação em meio lobisomem/meio vampiro em anjos da noite.

terça-feira, setembro 27, 2005

Mexo os ponteiros
do relógio
[para frente],
O tempo anda
para trás.
Meu pranto
é o tempo

parado.
Juliana é um grande espaço vazio. Um vácuo entre o espaço e o tempo. É a representação máxima da agonia de estar presa em algum lugar e em lugar algum. Juliana não é memória e não é fato. Juliana não tem olhos profundos, ou fundos. Juliana não tem cabelos que mudam de cor ou olhos que sejam castanhos. Juliana é pura angústia. Juliana é o vômito pela manhã. Juliana é vontade de sair daqui. Juliana é um grande espaço vazio que gostaria de ser algo em outro local. Juliana é a vontade de outra cidade, estado, país. Juliana não deseja nada. Sequer desejaria Gabriel de volta. Juliana desejaria Belho Horizonte, nunca Gabriel. Juliana não é saudade. Juliana é um vácuo de sentido. Juliana não sente nada além da dor, além da despedida de quem se vai. Juliana é um tchau na rodoviária. Juliana é aquilo que restou de estar e ser outras que não ela. Juliana é vontade. Mas morre a cada minuto.

segunda-feira, setembro 26, 2005

Eu visto-me Juliana, finjo-me Izolita, chamo-me de Isolda. No fim, acabo sempre Janaína.

[toca, repetidamente sade - is it a crime:

This may come, This may come as some surprise
but I miss you
I could see through all of your lies
but still I miss you
he takes her love, but it doesn't feel like mine
he tastes her kiss, her kisses are not wine, they're not mine

he takes, but surely she can't give what I'm feeling now
she takes, but surely she doesn't know how

Is it a crime
Is it a crime
that I still want you
and I want you to want me too

My love is wider, wider than Victoria Lake
My love is taller, taller than the empire state

It dives and it jumps and it ripples like the deepest ocean
I can't give you more than that, surely you want me back]

domingo, setembro 25, 2005

Nada cura minha tristeza de você.
O vento balançava as folhas bem verdes da árvore. De longe, um som bonito vinha: alguém treinava jazz num saxofone.
Algumas folhas caíram. As velhinhas se surpreenderam com o cheiro bom de grama e folhas molhadas. Uma criança tocou o orvalho. E a cena deveria ter sido gravada. O céu nublado, o vento frio, o cheiro de chuva, a nostalgia. Eu ouvia o jazz tocado. As árvores pareciam mais bonitas do que da última vez. Daqui uns dias darão flores brancas. E será primavera. Da parada de ônibus, com duas velhas ao meu lado, eu só pensava no ritmo. E a lágrima escorreu e ficou presa no aro do meu óculos. Embaçou minha vista. O som permaneceu límpido. Eu fiz meus dedos dançarem por cima da perna. Senti o gosto da nostalgia de que uma outra mão segurasse a minha. Era jazz. Jazz, dia nublado, folhas verdes. Tudo era nostalgia: e meus olhos cheios d'água. Não ouvia mais vozes de nenhuma companhia. Ali, existia eu, o saxofone, as árvores, o cheiro de chuva e a saudade de um tempo que nunca existiu. Restava eu e a nostalgia.

Cantarolei baixinho: "Is it a crime
Is it a crime
that I still want you
and I want you to want me too..."

E eu rememorava meus passos de solidão. Há muito não fitava aquelas barrigudas com copas grandes.

sábado, setembro 24, 2005

das minhas cartas com destino, mas que sempre retornam ao remetente

Acordei hoje e o céu estava nublado. Lembrou-me Belo Horizonte e sua parede cinza.
Levantei devagar, peguei minha lata de coca-cola. Sentei no sofá e vi que não devia notícias a você, embora esteja sempre anseiando falar-lhe algumas palavras pequenas e beijar-lhe a testa... passar a mão na barba por fazer. Hoje eu liguei a tevê e assisti a um filme bobo. Na minha memória, não consigo recordar seus gostos, além dos musicais. Dei umas risadas sem sentido, desejei um pão de queijo. A chuva fina caiu, mas ainda estava calor. É começo de primavera, e eu queria que as flores brancas já estivessem à mostra. Tiraria uma foto e mandaria para você, junto com o colar, o xampu e um anel feito de linha. Nada teria sentido, já que não enviaria cartas. O fato é que hoje o céu amanheceu nublado e o dia quente. E eu sentei em frente à tevê, tomei coca-cola e rememorei nossos momentos. Tomarei uma cerveja hoje, uma só, enquanto ouvirei meu discman tocar qualquer música saudosa. Mas, saiba que 2 rights make 1 wrong já não está na minha set list. Prefiro rememorar e não ter dores.

Porque, meu amor, você é ritmo, eu sou verso, os dois: uma fotografia prestes a ficar amarelada.
"we can pretend it all the time..."
Guardo em minhas palavras, seu silêncio.
Juliana, saudosa dos lugares que nunca conheceu, cantarolava baixinho, pensando em suas memórias:

"We're clever, but clueless. We're just human... but the truth is, all we got is questions. We'll never know."
A vida e os sonhos

No mundo da fantasia, Gabriel retirou o telefone do gancho e fez uma ligação de longa distância. Falou que sentia saudade e se deixou levar nas ondas do arrebatamento do sentir. Não teve medo, nem dúvidas. Não relutou, não sentiu-se confuso.
Do outro lado, em outro lugar, Juliana só pensava em sair daquela cidade. De repente, ao ouvir o celular tocar e ver um nome que há muito nele não aparecia, sentiu um conforto tamanho, e sorriu.
O alô foi singelo e sincero, o carinho: profundo. Gabriel avisava-a de uma visita e dizia palavras de amor. Chorava, pedia desculpas pela dor causada. Em prantos, dizia-se saudade. "Hoje eu sou saudade, meu bem."
Juliana, pensativa, dispôs-se a buscá-lo na rodoviária, falou que tipo de roupas trazer, como estava o clima, quais eram as novidades, disse estar surpresa pela ligação. Uma surpresa boa. Juliana sentiu-se ansiosa, mas o aperto no peito tinha ido. "Ele é um paradoxo" - lembrava, mas isso não importava.
Arrumou a cama que o aconchegaria, limpou a casa para que o pó não causasse alergia.
Gabriel chegou em seus sonhos e deu-lhe um beijo de leve nos lábios. "Sua boca pequenina, bem feita. Beijo-te no sono, sem acordar."

É sempre assim no mundo da fantasia. Quando Juliana fecha os olhos, sonha. E os sonhos são sempre bons. Tudo é perfeito. O amor não acaba, as pessoas retornam.
Juliana abre os olhos. Quase instantaneamente toca:

"love or leave and let me lonely. you won't believe me, but i love you only. regreting instead of forgetting with somebody else."

sexta-feira, setembro 23, 2005

De repente, o mundo é muito
Transborda solidão.

[releitura]
[Adriana é 'Banana Pancakes']

[Amanda é 'Sitting, Waiting, Wishing']


Juliana sentou no banco do parque, colocou sua bolsa em cima da mesinha de concreto, e aumentou o volume do discman. Pensava em Amanda e Adriana, personagens-fantasia para a noite que acabou em risos e um jogo bobo, com os amigos. Um jogo bobo, uma noite fria, como há muito não via. Um jogo bobo, risadas altas, madrugada que parecia não acabar. E a música tocava alta, estourando seus ouvidos. Não importava. Sentia-se como Amanda e Adriana, juntas. Emaranhadas. Vontade de uma amor bonito, de Adriana. Vontade de uam solidão imensa, como a de Amanda. E,de repente, notou o verso: 'there is no song to sing'. E a lágrima escorreu ao olhar o pôr-do-sol bonito que se colocava neste dia pós chuva. Juliana não era nenhuma das duas. Ou ambas. Juliana era a presença de que não tinha vontade de vida naquele lugar: não haveria bancos e mesas de concreto, pôres-do-sol, personagens-fantasias, Imagem e Ação, Amandas e Adrianas que diriam o que ela sentia. Ela não era Sitting, waiting, wishing, nem Banana pancakes, muito menos Better together. Ela não era verão, nem inverno. Ela era morna ali. Sem extremos ou sonhos. Sem vontades de amor, sem vontades de sonhar. Não sentia vontade das risadas, do bar ou da sinuca. Juliana não era solidão, tampouco completude. Pensou-se mediocridade. Juliana era um imenso vazio urbano. Ela não era nada a ser extravasado. Ali, ela não queria ser algo. Ela queria ser nada. Passar desapercebida pelas ruas. Ali, ela não qeuria paixões, combnações, vida. Ali, ela não queria ser Adriana ou Amanda. Muito menos Janaína. Juliana, com o discman alto e a música para terminar, queria escever um bilhete suicida, só por escrever. Queria morrer para o mundo e começar de novo. Em outro lugar.

quinta-feira, setembro 22, 2005

jorge.da.capadócia

Machuquei meus próprios pés
para que eu tenha inimigos
e não os alcance.
Você podia me levar
no ritmo das ondas.
Balançar-nos, para lá
e para cá
como num salão.
Secou a lágrima fina que lhe descia o rosto e sorriu.
["como pode alguém sonhar o que é impossível saber?"]
Frases memoráveis 150

Minha vida é um grande coma alcoólico.

[eu, me referindo a minha vida boêmia]
O que me dói mesmo, meu bem é que meu amor é sempre incondicional. Eu smpre fico sem comer, embora sinta fome. Eu sempre fico com olheiras imensas, pois não consigo dormir. Minha vida sempre é feita de releituras mórbidas sobre as vidas que vivi. Sempre são as noites vendo árvores roxas e vinhos gostosos à beira do lago que povoam meu peito. São sempre as mensagens inexistentes, os emails maleducados, os carinhos desfeitos... são sempre as memórias de doze horas de viagem atrás do amor que refazem minha perspectiva de vida. Eu vivo de uma passado, meu amor. Um passado futuro que se transforma em tristeza. Bruma, passado, neblima, releitura. Escorrer pelo chão e nunca se refazer. Chorar lágrimas vazias quando sequer lembro de você. O que dói é sempre ser incondicional. É ser festival de cinema. É ser expulsa de sua casa. É ter um emprego e não te contar. É olhar meus poemas antigos e não poder te falar. O que me dóin não é você não esatr aqui. Nunca foi. O que dói é eu ser pretérito imperfeito. No máximo, futuro do pretérito. É eu ser Sâo Paulo, Brasília, Belo Horizinonte ou Bélgica. É eu querer ser parte da parede cinza, é eu querer dar certo. Valer a pena. Quer entender o que sinto? É eu sentir falta do escuro. É eu acordar de madrugada e te ver. Pequeno, encolhido. É eu olhar para o lado, e te ver batucar em si mesmo. O que dói? nâo é o amor em si. É a incondicionalidade do meu amor. É eu morrer a cada amor. É eu morrer por você me menos de uma semana. É eu morrer por mim mesma. O que dói é não ter nada pra te odiar. O que dói é te entender. É você me entender. É eu ser ela. É eu ser ninguém. O que dói é a manhã mais bonita estar cravada na minha mente quando o que eu mais queria era ter dormido uma boa noite de sono. O que dói é seu abraço estar impregnado em mim. é 2 rights make 1 wrong. E olha qeu músicas instrumentais nem são boas. Dói não achar melhor chorar.Dói as conversas intermináveis. Dói o deitar no colo. O beijo esperado. Dói a memória. Eu sou pura memória. Eu ser eu, dói. Dói morrer toda vez. Dói você não me ver, não me olhar, não sorrir. Dói não se importar. Dói eu me importar. Dói, dói, dói. Dói não ser você, aqui, a comentar a cerveja, a sinuca, o trabalho, a vida. Dói você não secar as lágrimas que formam esses leitos profundos em minha face. Dói eu não poder chorar nso seus ombros. Dói eu não poder dividir minha dor. Minha falta. Dói, sabe? Dói! Mas quem disse que você quer saber?
'o rubro do [MEU] sangue aqui'
O colar dele permanece no meu pescço. Talvez seja avontade de que a dor não tivesse acontecido. Talvez, mas só talvez, seja a vontade de chorar toda vez ao olhaar no espelho, de desacreditar que o amor nunca existiu. Talvez, seja só a vontade de que ele olhe as fotos e que ache que somos bonitos. Talvez, seja só a votnade de ter o colar no meu pescoço. Talvez seja a promessa de não tirá-lo. Tlavez, seja a vontade de que haja volta. O colar permanece me meu pescoço. E o telefone permanece decorado na memória. Minha vida é uma grande releitura.

quarta-feira, setembro 21, 2005

E, ao passar meus dedos
suavamente
pelo seu queixo
seu ser impregnou-se
em mim.
"come and rest your bones with me..."
mãos pequenas, óculos vermelhos, cabelo curto, sapato verde, adidas, nick drake em things behind the sun, belle and sebastian em me and the major, ryan adams em dear chicago e nobody girl, seinfeld, mtv, desocupada, aspirante a mestranda em antropologia, sinuca, unhas brancas, unhas café, unhas pretas, pés descalços, caipiroscas, tequila e cerveja.

terça-feira, setembro 20, 2005

"i love the way that you're for real"
["às vezes é melhor calar e ressentir"]

hoje, meu amor, eu não queria cartas, amores, beijos, paixões. queria sentar na mesa do bar, olhar nos seus olhos e contar como vão meus dias. e você me contar como vão os seus. o emprego novo, a vida nova. os amores. como está você, se está triste ou feliz. hoje, eu não queria um chute no estômago. queria uma conversa amena de fim de tarde, dizer que tenho saudades e receber que se tem também. não remoer, não disfarçar. não queria amor. só queria nós dois, uma conversa, um copo de cerveja. seria simples, fácil, sem dor. sem questionamentos profundos, sem promessas mentirosas. eu não queria dizer eu te amo ou ouvir algo assim. não queria discutir coisas sérias ou viver coisas explosivas. queria um copo de cerveja, seu sorriso no seu rosto, um sorriso no meu. amizade, pura, bela e simples. eu não queria um email que acabasse com minha auto estima. a verdade é que hoje eu não queria entender nada e nem ser entendida. não se entende quem não se conversa. como iria ser entendida?
'às vezes é melhor chorar do que sorrir.'

só senti saudade. só.

segunda-feira, setembro 19, 2005

Janaína e os anúncios de jornal:

Procura-se um par perfeito que leia bulas de remédio.
A cidade toda tinha violetas roxas nas janelas das casas.
melhor assim:

["sinto falta do escuro quando preciso me enxergar. me tirem da tomada, começou a trovejar. às vezes é melhor chorar do que sorrir. às vezes é melhor calar e ressentir. o som, cada vez mais alto, e nem por isso ouvem mais. o som, cada vez mais alto, e nem por isso ouvem mais! não ouvem mais... melhor assim. alguém passou aqui transbordando solidão. secando minhas dores que escorrem pelo chão. às vezes é melhor sorrir do que chorar. se o quadr é em preto em branco, colorir é disfarçar. é tanta coisa nova, e é melhor nem relembrar. é tanta coisa nova, e é melhor nem relembrar! não relembrar, melhor assim."]
Saudade é uma palavra tão bonita.
Das frases memoráveis III

shooting.me.down diz:
porra... beijo, gata foi foda
shooting.me.down diz:
eu perdia o tesão na hora. nunca mais ia querer ver
I'm a loser diz:
eu tb
I'm a loser diz:
pense
I'm a loser diz:
terrível
shooting.me.down diz:
nóssa
shooting.me.down diz:
'beijo, gata!'
I'm a loser diz:
haiuahuiahauiaha
shooting.me.down diz:
parece vendedor da colcci falando com a gente

domingo, setembro 18, 2005

Frases memoráveis, by Patrícia

brasília num é um fosso. é uma fossa.
Sabe, meu amor, 'ela' já não faz sentido.

'cause i'm a nobody girl.
COmo sempre fui. Como sempre serei.
Você nunca foi apaixonado e suas palavras de 'eu te amo' na cabeceira da cama nunca fizeram sentido. Seu olhar ao me acordar nunca foi verdadeiro, e sua voz ao me deixar é a única coisa ressonante. É assim, meu amor. O seu 'eu te amo' vale tanto quanto nota de banco imobiliário. A sua dor é outra. Disse que queria compartilhar a minha, mas... é mentira. É sempre mentira. A dor que assola esse peito nunca deve ser compartilhada. É dor pra ser fardo. Meui fardo. Minha corcunda, minha dor nas costas. Meu eu te amo é verdade. Desde o primeiro dia, desde a primeira tentativa. E, embora eu não seja boa com as palavras, até minha voz parce pouco para você. i'm a broken glass.
Eu faço milhares de declarações de amor. Mas nenhuma adianta de nada. Meus braços não te alcançam. E seria mentira, como as outras, seria me iludir que se alcançassem, você estaria neles. Seria mentira. Assim como é mentira eu estar aqui. Eu sou só ilusão. Just a nobody girl. Alguém que, ao abraçar olhando no espelho, parece uma pessoa promissora. Alguém, meu bem, que vale a pena conquistar para gerar lágrimas. Porque confesso:minhas lágrimas são as mais bonitas. As minhas lágrimas são choradas sempre comigo mesma. Eu encho potes e potes. Você nunca os vê. Eu me lanço ao acaso e me reparto em mil. Sempre por você.

Amor, amor. Você me expulsou da sua vida. Quisera eu te expulsar da minha.
Eu te amo, e me cansa te amar. Me cansa amar qualquer pessoa. Me cansa ser eu mesma, e ter que me abandonar.
O que me cansa mesmo é eu ser eu mesma. E estar sempre a um passo do abismo.
Todo mundo despreza minha capacidade de sofrer. Eu só conheço a ela.

Você diz que não é capaz de amar.
Eu diria que sou incapaz de ser amada.

sábado, setembro 17, 2005

["they don't know you, anyway. they don't know you, they don't watch you walk away. just a nobody girl. with the radar to the sea. when the emptiness has found you, you found all the numbers you need. you say you follow your heart, but honey, you're just being lost. you're a nobody girl, you're a nobody girl. you're a nobody girl."]

ryan adams é onde tudo começou. é onde termina
msn

A gente é top do top da evolução mental.
Aquela foi a manhã mais bonita de Brasília. O céu insuportavelmente azul, pela primeira vez, me dizia que as coisas eram belas. E ele, ao meu lado no carro, fazia com que, às 7 da manhã, meu dia fosse perfeito.
Nem o calor, nem o sol, nem o sono foram capazes de arruinar a visão da BR limpa, clara, pronta para um novo dia.
"Cecília! Quer me namorar?"

"Não."

"Você tá perdendo a chance de ter 3 belíssimos filhos..."

"Deus é justo."
["got to be as boring as tomorrow"]

sexta-feira, setembro 16, 2005

Meu peito é pura ressaca moral.
das minhas frases memoráveis II

loser diz:
po. ninguém dá em cima de mim em lugar nenhum
loser diz:
ou sou feia ou tenho cara de lésbica.

quinta-feira, setembro 15, 2005

Eiii.. seu nome é Elisa?

Não. Por quê? O seu é?
Das minhas frases memoráveis:

Você pega urticária! E eu, que nem urticária pego?
Diria:

Sendo bonito, não me importa se som ou música. Sei mesmo é que é verso.
E é tudo
inesquecível.

quarta-feira, setembro 14, 2005

rádio-cabeça


"será mesmo realmente
amarelo, o sol
e azul, o céu
porque não
ser lilás, vermelho, ou quem sabe, seja apenas som?"
O que escorre,
meu bem,
é a saudade.
O tempo escorre
lento
pela ampulheta-
coração.

E se desgasta,
o tempo,
com essa dor
que abraça.

O tempo escorre.
É o peito
apertado
que escolhe
as areias que
irão passar para
o outro lado.
No clima Foo Fighters:

"I got another confession to make
I'm not fool."
Amar nunca é preciso. Mas, ela ama e ama e ama.

E acorda chorosa de saudade.

terça-feira, setembro 13, 2005

["sing a sad song
in a lonely place"]
Arrisco-me, com pequenas palavras, a escrever-lhe uma carta de amor. É bem simples, como seus olhos. Eu, como já notou, nunca consigo falar palavras bonitas. Eu só me deixo levar... é isso. Eu tento escrever uma carta de amor... queria saber dar-te todas as luas e estrelas! Estão longe demais dos meus braços e elas, de perto, não seriam tão bonitas. Queria a você somente o belo, o doce..

Penso nos seus cabelos, meu bem, e sinto seu cheiro de longe.

Queria te dar só o doce, porém, nas minhas mãos só sinto o gosto do amargo.

Que estejas bem, e que lembre-se, lembre-se, de meu amor.

Izolita

domingo, setembro 11, 2005

Izolita,

foi num instante qualquer, mergulhada no meu egoísmo profundo, que as palavras fizeram outro sentido.

Hoje eu choro, meu bem, porque elas não tinham sentido algum.

Janaína
Eu sou uma das pessoas mais normais que conheço.
Eu tou um poço de losersice hoje.

["i'm coming over in the wrong direction"


again and again and again]
E é ao som de "Things Behind the Sun" que Janaína, desesperada, escreve com giz de cera em suas paredes:

Hoje eu só queria eu mesma. Queria eu, meu colo. Queria querer só a mim. Espartar-te, espantar-te. Hoje, eu sou solidão.

E, ao terminar, ainda ouve:
... see the sunny day is done...

A música não acabou.

sábado, setembro 10, 2005

Desativado.


"I'm not you, and if I was, I wouldn't be so cruel
'cause waiting on love ain't so easy to do

I can't always be waiting, waiting on you
I can't always be playing, playing your fool."

sexta-feira, setembro 09, 2005

Crying Shame
[jack johnson]

...
By now
It's beginning to show
A number of people are numbers who aint coming home
I can close my eyes its still there
Close my mind be alone
Close my heart and not care
But gravity has got a hold on us all
Its a terrific price to pay
But in the true sense of the word
Are we using what we've learned?
In the true sense of the word
Are we losing what we were?
Its such a tired game
Will it ever stop?
Is not for me to say
And is it in our blood?
Or is it just our fate?
And how will this all play out
Upside out of my mouth
And who we gunna blame?
On and on
Its such a crying crying crying shame

quinta-feira, setembro 08, 2005

[revolta triste e ambulante, falta de sentido, falta de gostar. o que é que você está fazendo aqui? some, some, some... não me ouviu dizer que não quero essa lágrima que me traz? arrogância pura e plena, grosseria acima dos limites do tolerável, rosto marcado de choro, mãos trêmulas, estômago doendo. vontade de um vinho. vontade de sentir: isso, chega mais perto. fala que ama, vai, eu sei que é mentira. não, não. eu não sou essa menina meiga que as pessoas costumam achar. "it's such a tired game": é isso que ressoa em meu cérebro o tempo todo. vai embora! não, não! fica! fica mais um pouco! cinco minutos. escuta meu coração bater. é forte, é dor.

ah, sabe que eu sou um paradoxo.]
Eu não sou.
Sexta-feira, Julho 18, 2003

Porque, se algum dia houvesse o que dizer
Calaria, mórbida por entre meus sonhos
Para com essa vida.
Porque, se eu leio em alguma dia
Um poema frágil
E olho minhas cartas de amor
E são quase como
Palavras caladas
Descartadas em um bocado de papéis velhos
Cheios de poeira
Como nós...
Eus,
Sem conjugações.
E se meus por-quês-sei-lás
Se dizem para mim assim
Vozes sádicas de crianças perfuradas de libido
E eu me escondo de mim sem querer ouvir
Porque, se me olho no espelho e não vejo reflexo
É quando gosto de você e já não te seguro em mim.
E quando penso no passado e percebo, de repente,
Que o futuro não pode ser pra sempre o mesmo
E caio em mim
E me perco em brumas de solidões mil
Realizo meus desejos mais sórdidos.
Finjo que não amo
E não quero mais nos ver.
Voltei ao Jack Johnson:

'it's such a crying, crying shame'
Colo?
Eu, em Janeiro de 2004:
Ontem eu olhei para o céu, querido, e entendi o futuro do pretérito.
"you played boogie-oogie, i plyaed you love songs"
Eu gosto é do escracho:

"Pode-se deduzir que esta extrema preocupação com a área mental, equiparando-a à ação em si, além de manifestar a ingenuidade com que eram abordadas as ações que redundavam em crimes propriamente ditos, revela-se uma moeda de duas faces. A presença obsessiva do pecado-pensamento enquanto desejo é testemunho vivo de quanto os homens sentiam-se martirizados por ter que reprimir o sexo e, mais ainda, por ter que dominar as vozes da paixão."

Falou e disse, dona Ânegela, em O Gosto do Pecado. Casamento e Sexualidade nos Manuais de Confessores dos séculos XVI e XVII.

[por isso gosto das minhas matérias da antropologia]

quarta-feira, setembro 07, 2005

["só há eu, aqui"]
... e passaremos a primavera cortando flores de papel.
E a outra constatação é clara. Eu, para Pata:

A gente devia se dedicar aos blogs em tempo integral.
No clima Jack Johnson...

"always be playing, playing you fool..."
i wish i could dance this slow dance, huggin' you tight. i wish i could whisper somethin' nice, and you'd laugh.
Sozinha em casa, Janaína senta em frente aos seus cadernos e procura um poema antigo qualquer. Revira suas anotações, receitas, cadernos do segundo grau, desenhos mal feitos... revira papéis velhos e encontra exatamente o que queria. Em um papel pequeno, escrito em letras redondas, Janaína se encontra: Eu sou uma grande ilusão de mim mesma.

E é com iso, escrito várias vezes em um papel amarelado de café, que Janaína decide decorar seu quarto. É com a constatação de sua solidão imensa que Janaína vai dormir.

- Um café expresso, por favor. - diria ela, se estivesse em uma lanchonete qualquer.
Satisfaz-se com uma caneca de coca-cola. Deita em sua cama fria. Fecha os olhos. E torce para não acordar.
Sobre minha festa:

3 pessoas = bebida pra 25.

Da Pata, sobre minha festa:
A gente cresceu bastante da outra festa pra essa: menos pessoas e mais bebidas!

terça-feira, setembro 06, 2005

E balbuciou algumas palavras sem sentindo, dizendo-se parede.
De Izolita, em uma mensagem breve, para Pedro:

Sei que não freqüento seus bares ou suas fotos. Mas, a verdade, Pedro, é que meu colo parece sempre mais promissor que os alheios. Se você me ama? Não sei.

Sei que eu creio nunca ter te amado.

Sinceridade,

Izolita
Às vezes, tudo o que eu preciso é uma noite com caipiroscas, amigas e músicas boas.
pois, a constatação é clara:

só me meto com gente doida.

segunda-feira, setembro 05, 2005

Eu, para mim mesma:

Me apego fácil ao que me fascina.
O que me fascina é sempre o que me dói.
Eu, para Cecília e Cravo:

Se eu fosse católica viraria freira. Foda não crer em deus nessas horas. De vez em qd até arrisco umas rezas...mas, são tão descrentes, tão descrentes, que se deus existe fica com dó de mim.

E, para completar.

Cravo diz:
será que tem luz no fim do túnel?
Eu: Pô, espero que não. Senão tou fodida até no plano espiritual...
Quero falar
baixinho
no seu ouvido
sobre essas palvras
bonitas
que rondam
meus lábios.
Como disse a Lu, mais ou menos assim: 'estou seca de poemas'.
Estou a um passo de desativar este blog. Pois, ele está um grande muro de lamentações que sequer eu entendo. Hoje, eu sou Izolita. Amanhã, pode ser que seja Janaína. Mas eu queria mesmo era ser Isolda. E, como creio que amanhã serei Janaína, e ela consegue ser a mais melosa, deprimida, chorona, estou prestes a desativar a válvula de escape. Talvez, assim, a paixão que ela carrega no peito seja deslocada para outros lugares, para outras pessoas ou para si mesma.

Janaína, como Virgínia, ama sempre com as entranhas e não pensa nas conseqüências do fim. Janaína luta até o ápice da dor, até se deixar levar. Janaína morre todas as vezes. Pára de comer, beber, vestir, sentir. Janaína se deixa levar pelas lágrimas infinitas desses amores tão belos que a cativam. Tenho pena, porque ela nunca consegue mantê-los mais de uma semana. Janaína é tão amorosa, tão amorosa, que sufoca. Às vezes, a si mesma. Janaína não faz parte das belas estórias que o peixe grande conta. Não é musa, não é amor, não é adorada. Passa: e ninguém nota. Nunca vi alguém olhar nos olhos de Janaína e ser sincero. Nunca vi alguém pedí-la para ficar.
Os telefones noturnos que ela recebe são todos de contas a pagar. Se Virgínia queria ser como Izolita, que se refugia na falta inóspita, Janaína queria ser como Isolda, que é livre para amar a tudo, a todos e a si mesma. Isolda, sim, consegue tudo o que quer: amor estável, amor eterno, amor pequeno, amor finito. Amor que explode, amor que nasce a cada dia. Sexo selvagem, sexo com carinho. Isolda tem tudo o que quer: amor de homens, amor de mulheres, amor da vida. Isolda se confunde com Justiça. Eu a confundo com amor puro e pleno.

mas fugi do assunto. Estou tentada a desativar meu muro, minha janela sobre as dores. Estou tentada porque, se hoje eu não choro com a falta que me faz, ontem passei duas horas seguidas banhada em lágrimas. Ontem eu fui solidão sem querer ser. Hoje, eu sou falta porque quero. Mas, daqui duas horas sei que estará em casa, e nenhuma mensagem vai chegar no meu celular, e eu voltarei a ser Janaína: ciumenta, melodramática. Serei dor ao triplo: serei Izolita, Janaína e Virgínia - ao mesmo tempo.

domingo, setembro 04, 2005

'queria sempre achar explicações pro que eu sentia.'
É pedir demais?
Acredita em mim?
Eu ODEIO coca light.
posso atracar em seu porto?
'you left without living'
Vitória: indie FOLK! Isso sim é cult...

Eu: é porque eu sou do gueto indie... A elite.
[drama]

Eu me condeno a um sofrimento inútil [embora inevitável].

Ou melhor,
eu sou condenada a um sofrimento inútil, sobre o qual eu não posso escolher não sofrer. Não foi me dada a chance de dizer o que queria ou o que não queria.

Tudo o que eu desejaria, agora, seria um forte aperto de mão com a escolha, para que ela pudesse ser minha amiga. Eu nunca, nunca, sou permitida a fazer escolhas.

[/drama]
O colar fere meu pescoço... por dentro. Entala em minha garganta o grito de dor que se instala.
A verdade é que nessa pós-bebedeira, pós-sinuca, pós-beldades-da-noite, pós-vestido-de-bolinha-e-bolsa-vermelha... eu só queria dormir abraçada e ter um cheiro bom no meu travesseiro. Acordar com um beijo carinhoso e um 'bom dia' animado.

Nessa pós-bebedeira e, portanto, nessa depressão com a baixa de qualquer substância química, eu só queria o colo, o carinho, o não abandono.

Eu não queria o suicídio precoce e nem o derrame dos avós. Eu não queria o aborto, a falta, a solidão. Eu não queria o cansaço, eu não queria Ryan Adams. Não queria poemas ou contos ou livros. Eu não queria notícias e nem desculpas.

A verdade é que eu me senti viva, e agora, me sinto vazia.

[porque eu tenho saudade do que nunca foi e do que não pode ser. eu tenho saudade das coisas que acreditei e saudade das mãos que nunca me pertenceram. eu tenho saudade de você.

porque eu sou idiota e amo sempre quem me desama em uma semana.]

sábado, setembro 03, 2005

Vitória, se unindo aos motivos da infelicidade cármica:

Eu sei o que fiz de errado...
dancei pelada na Santa Ceia!!
O cansaço recorrente de as pessoas se preocuparem com o meu sofrimento.

Quando eu digo e repito que 'eu gosto é do estrago', é porque é fato. E que eu sei, assim, me cuidar.


Acho é um absurdo ter amores abortados.
"Assim que o teu cheiro forte e lento
fez casa no meus braços
e a ainda leve e forte e cego e tenso
fez saber
que ainda era muito
e muito pouco.

Faço nosso meu segredo mais sicnero
e desafio
o instinto dissonante
a insegurança não me ataca quando erro
e o teu momento passa a ser o meu instante
E o teu medo de ter medo de ter medo
Não faz da minha força, confusão
Teu corpo é meu espelho
em ti navego
Eu sei que a tua conrrenteza não tem direção.

Mas tão certo quanto o erro de ser barco a motor
e insistir em usar os remos
É o mal que a água quando se afoga
e o salva vidas não está lá
porque não temos."

Daniel na cova dos leões... fazendo declarações inóspitas.
E, em continuação:

Ela: pronfudíssima essa frase. tô atônita

E eu: eu tou atônita é com a minha capacidade de ser enrolada por clichês. ave maria.
se eu não fui vaca, devo ter sido padre. que enrolava todo mundo com bobeira...
agora, sou só enrolada.

Ela: eu pensava q tinha atirado pedra na cruz. mas acho q não. eu devo ter sido poncio pilatos. mandei matar jesus. por isso q agora vivo na merda.

Eu: ou então, vc grudou chiclete no cabelo de jesus. qd ele saiu da gruta

Ela: pode ser tbm. devo ter feito alguma sacanagem monstra. tomei todo o vinho dele, sei lá.

Eu: no dia que ele transformou água em vinho... tu que tinha roubado os galões de vinho da população. e trocado por água. ele ficou puto de ter que fazer milagre.
e agora tá aí, nessa bosta. pagando por dois milênios

Ela: tá vendo? sabia! vou fazer uma regressão espiritual pra descobrir a verdadeira origem dos meus karmas

Eu: eu devo ter alguma merda assim no meu currículo vital.

Ela: a gente devia fazer regressão espiritual. melhor do q tarot online

Eu: [note que currículo vital foi um trocadilho muito bom pra curriculum vitae]
...
po. eu perdi o link do tarô on line
deve ser por isso que minha vida tá indo tão mal.
Eu, para ela, sobre minha vida amorosa:

na minha vida passada eu devo ter sido uma vaca que não gostava de cagar. aí, agora, me presentearam com uma sucessão de bostas fétidas...

sexta-feira, setembro 02, 2005

eu queria conseguir um amor que me abrigasse mais de uma semana
Acontece, meu bem, que eu também sou um inesperado paradoxo.
[amo.]
Então, Janaína se dá conta que é a segunda despedida no ano que se dá com um livro e um 'eu te amo'.
i'm a perfect match fot that one who doesn't want me there.
A verdade é que
você me mata

com medo de se acostumar.
[e o único pensamento ressoante no sono de Janaína era:

como será a Pampulha?]

quinta-feira, setembro 01, 2005

E, enquanto Janaína voltava à cova e Izolita à casca, Isolda saía de casa para comprar um condicionador.
Izolita, nessa coisa de querer sair da casca, se deparou com o fato de o formato do amor não lhe caber tão bem quanto sua casa.

E foi aí que, desolada, chorou noites e noites e noites. Sem seu amor do lado.
Recuperando:

Se eu fosse amor
Não teria medo de fugir.
E é nessa história de vem-e-vai e volta e pega que o amor sempre me engana. Aí eu me entrego e ele, satisfeito, dá pra trás.