sábado, setembro 24, 2005

das minhas cartas com destino, mas que sempre retornam ao remetente

Acordei hoje e o céu estava nublado. Lembrou-me Belo Horizonte e sua parede cinza.
Levantei devagar, peguei minha lata de coca-cola. Sentei no sofá e vi que não devia notícias a você, embora esteja sempre anseiando falar-lhe algumas palavras pequenas e beijar-lhe a testa... passar a mão na barba por fazer. Hoje eu liguei a tevê e assisti a um filme bobo. Na minha memória, não consigo recordar seus gostos, além dos musicais. Dei umas risadas sem sentido, desejei um pão de queijo. A chuva fina caiu, mas ainda estava calor. É começo de primavera, e eu queria que as flores brancas já estivessem à mostra. Tiraria uma foto e mandaria para você, junto com o colar, o xampu e um anel feito de linha. Nada teria sentido, já que não enviaria cartas. O fato é que hoje o céu amanheceu nublado e o dia quente. E eu sentei em frente à tevê, tomei coca-cola e rememorei nossos momentos. Tomarei uma cerveja hoje, uma só, enquanto ouvirei meu discman tocar qualquer música saudosa. Mas, saiba que 2 rights make 1 wrong já não está na minha set list. Prefiro rememorar e não ter dores.

Porque, meu amor, você é ritmo, eu sou verso, os dois: uma fotografia prestes a ficar amarelada.

Nenhum comentário: