quinta-feira, janeiro 31, 2002

O que eu posso dizer? Só que fico bem com uma frase desse escalão! Fico feliz, boba, impressionada! E tb posso dizer uma frase dessa. Porque sinto. =)
Eu te amo!
"A pele da passadeira de roupas é lisa.
Longo e pontiagudo é o consetador de guarda-chuvas.
A vendedora de frangos parece um frango depenado.
Brilham demônios nos olhos do inquisidor.
Há duas moedas entre as pálpebras do avarento.
Os bigodes do relojoeiro marcam horas.
Têm teclas nas maõs da secretária.
O carcereiro tem cara de preso e o psiquiatra, cara de louco.
O caçador se transforma no animal que persegue.
O tempo transforma os amantes em gêmeos.
O cão passeia o homem que o passeia.
O torturado tortura os sonhos do torturador.
Foge, o poeta, da metáfora que encontra no espelho."

Eduardo Galeano - janela sobre os seres e os fazeres

quarta-feira, janeiro 30, 2002

Pedaço de uma conversa com uma amiga:
"Cansei de ter escravos e de ser escrava. Apesar de que relacionamentos são escravidões, eu quero amar. Na verdade, eu só queria respirar."

continuando...

Queria respirar e viver. Viver intensamente e de forma inteligente e e interessante. Viver e amar. Mesmo que fosse o amor triste que é o mais comum em mim.

terça-feira, janeiro 29, 2002

Who has dressed you in strange clothes of sand
Who has taken you far from my land
Who has said that my sayings were wrong
And who will say that I stayed much too long?

Clothes of sand have covered yor face
Given you meaning but taken my place
So make your way on down to the sea
Something has taken you so far from me.

Does it now seem worth all the colour of skies
To see the earth through painted eyes
To look through panes of shaded glass
See the stains of winter's grass.

Can you now return to from where you came
Try to burn your changing name
Or with silver spoons and coloured light
Will you worship moons in winter's night.

Clothes of sand have covered your face
Given you meaning but taken my place
So make your way on down to the sea
Something has taken you so far from me.

Nick Drake - Clothes of sand
http://www.no.com.br/revista/noticia/21662/990241229000
leiam! è sobre o Nick Drake!
Indie Folk rox!

segunda-feira, janeiro 28, 2002

Medos e medos não são mais fortes do que consigo sentir.
Mesmo que eu passe mil anos tentando evitar tudo que quero sentir e ser retribuída, sempre surge a parte apaixonada e idiota que qualquer ser carrega dentro de si...
Besteirol amoroso de quem quer ser amada
Besteirol apaixonado de quem cansou de ser odiada por amigos dos amigos que se dizem amores.
Amar não, amar sim.
Qual a dúvida, o medo, ou o problema?

domingo, janeiro 27, 2002

poeminha de hj de manhã:
Uma vida de sucessivos erros
Uma vida de sucessivas mágoas
De sucessivos filhos odiados dentro do ventre
De abortos cruéis
De gigantescas lágrimas quando floresce a dor.
Essa dor de vida longa
Essa dor de lanças e pedras
Essa dor transtornada
Essa dor e palavra.
Uma vida de sucessivas dores
De sucessivos dias inúteis
De grandes homens
E Ódios.
Essa vida ingrata
Que cospe sofrimentos
E caga feridas d'alma.
Cospe negro coração
Fere negros espíritos.
Negros, negras, sujos, limpas.
Brancas, vida.
Uma vida de sucessivos vazios
E só nada.


sábado, janeiro 26, 2002

Que vontade insuportável de dizer "EU TE AMO", mas não ter pra quem dizer e nem como ser entendida... Ou ter pra quem dizer, mas não saber se é esse o sentimento.
Vários fios de raciocínios, e várias complexas redes de sentimentos que me tomam e me transformam em um monstro insuportável.
"O mau cheiro e o calor eram insuportáveis. Ir ao banheiro representava uma verdadeira odisséia; o banheiro não passava de um buraco onde todo mundo defecava; era impossível chegar até lá sem sujar de merda os pés, os tornozelos, e depois não havia água para se limpar." - Reinaldo Arenas


sexta-feira, janeiro 25, 2002

Todo dia e toda noite
eu tento ir e vir como livre
Mas os livres choram
E sofrem e beijam... beijam o céu das ruas frias
E o inferno das ruas amargas
Então eu caio em prantos
De tanto medo que quase me borro...
Medo de todo o sofrimento que passarei
Medo de todo o prazer que sentirei
Prazer de luz, e não de sexo
Prazer de vida e não de tristeza...
Todo dia eu olho pras artes e vejo olhos diferentes me observando
Todo dia eu sou eu mais alguém.
Todo dia eu morro.

quinta-feira, janeiro 24, 2002

Lágrimas entrelaçadas pela dor
E líquido jorrando mais que elas.
Sofrimento de amor reprimido
Falta de amor correspondido.
Vida amarga
Vida crua.
Se calar, ou se manter vivo?
Eu, em minha agonia constante por tanto escutar frases medonhas e gritos repetidos e repetitivos... Gritos agudos gritos falados Gritos intensos, Gritos chorados.
Eu, em minha eterna busca pela verdade que sei que não existe, me iludo com a utopia histórica-mitológica de seres imaginários que podem curar feridas.
Eu, imundo complexo de setimentos, me coloco num patamar superior de raciocínio, mas sei que sou só musgo. Lodo que se defende fechado em convicções imbecis e dogmáticas de um mundo que vai acolher todos que não são como eu.
Eu, ser inútil, só se magoa e só magoa, e as mágoas dos seres andantes que fazem parte de mim e de minha solidão estão florescendo. Florescendo e morrendo a cada segundo que a dor de ainda respirar se torna mais insuportável.
Então, eu, essa pessoa tão egocêntrica, que só fala Eu Eu Eu em todas as frases que formulo, passo a ser complemento de mim mesma, fugindo das estipulações que devo seguir, mas sem agir contra estes estereótipos que eu mesma crio. Crio e reproduzo. Crio e revivo.
Revivo estereótipos, preconceitos, inutilidade e nunca mais que isso. Nunca mais que a vida cruel que fui ensinada a viver. Nada mais que o ser humano puro e cru e nojento como todos os outros que pertecem à raça.

terça-feira, janeiro 22, 2002

Fotos por Man Ray.
Quem liga pro século violento em que estávamos vivendo?
Quem liga pro cara que passa na rua quase morrendo de fome, ou morrendo de qualquer coisa?
Quem liga pra merda que te circula, e quem liga pro nada que te puxa?
Nada... Nada... nada.
Só o vazio que mata, esmaga cala bate assassina tudo todos tudo nada
Só o vazio que ninguém se importa
Ninguém vive
Ninguém é.

segunda-feira, janeiro 21, 2002

"why does it alway rain on me?"

Confusa... gosta ou não gosta, porra? Decisão... Vida... caos.

domingo, janeiro 20, 2002

Raiva fluindo pelos meus poros
Como se fosse sangue vermelho das veias que me dóem
Como se fosse suor que me banha e me suja quando só queria chorar.
Ódio que escorre de minha boca e reluz em meus olhos...
Ódio vivo, ódio caloroso...

sábado, janeiro 19, 2002

"Nossa história é uma história de traições, alistamentos, deserções, conspirações, motins, golpes de Estado; tudo dominado pela infinita ambição, abuso, desespero, orgulho e inveja. Até Cristovão Colombo, em sua terceira viagem, depois de descobrir toda a América, voltou para a Espanha acorrentado. Duas atitudes, duas personalidades parecem sempre estar em conflito na nossa história: a dos rebeldes constantes, amantes da liberdade e, portanto, da criação e da experiência, e a dos oportunistas e demagogos, amantes do poder e, portanto, praticantes do dogma, do crime e das ambições mais mesquinhas. Essas atitudes têm se repetido ao longo do tempo: o general Tacão contra Heredia, Martínez Campos contra José Martí, Fidel Castro contra Lezama Lima ou Virgilio Piñera; sempre a mesma retórica, sempre os mesmos discursos, sempre o estrondo e o aparato militar asfixiando o ritmo da poesia ou da vida." Reinaldo Arenas
"Every finger in the room is pointing at me
I wanna spit in their faces then I get afraid of what that could bring
I got a bowling ball in my somach, I got a desert in my mouth
Figures that my courage would choose to sell out now...

(...)

Got a kick for a dog, beggin' for love
Gotta have my sufferingso that I can have my cross
I know a cat named easter, he says will you ever learn
You're just an empty cage girl if you kill the bird

I've been looking for a savior in these dirty streets
Looking for a savior beneath these dirty sheets
I've been raising up my hands- drive another nail in
Got enough guilt to start my own religion..." - crucify - tori amos
Ainda muito preocupada com o texto de filosofia que não sai!!!!!!!!! AAAHHHHHHHHHHHHH... Platão podia nem ter nascido!

quinta-feira, janeiro 17, 2002




Animes simplesmente rockam muito!

"I'm what i am, I'll do what i want.. but i can't hide
I won't go, I won't sleep, I can't breath.. until you're resting here with me.
I don't wannacall my friends, they might wake me from this dream..."
here with me - Dido.

Saudades de quem é dono do princípio do sentimento mais puro.
Puro e doloroso.
Puro e Belo
Belo e nojento... ao passo que se sofre.
Sofre e beija e sofre e cai e levanta;
e chora e ama.


Caramba! Falta de criatividade! Preciso escrever umt exto sobre a Alegoria da Caverna (Platão) e não consigo! O máximo que sai é isso: "Com tanta dificuldade ao enfrentar os mitos impostos há tradições, as pessoas se conformam dentro de sua ridicularidade e visões fechadas para novidades que gerariam um crescimento intelectual e social."

Merda!

"I'm forever black-eyed, a product of a broken home"

quarta-feira, janeiro 16, 2002

Reflexão atéia do dia: "Não é estranho que ele fique sempre de braços abertos? Pode dar a impressão que ele diz: "Venham de todos os cantos do mundo, homens de todas as raças culturas e credos. Me explorem sem piedade. Toquem fogo em tudo. Não tenham respeito à terra, nem aos que viviam nela. Nem aos velhos, nem às crianças. Venham e fodam tudo." Animo y furia


Que merda de vida... saco saco saco! Mente imbecil, sem criatividade ou argumentos convincentes pra expôr uma opinião numa aula de sociologia! Saco... eu cada vez descubro qeu não sou nada do que esperava ser.. nem mesmo inteligente! Um poço de acultura.. Poço de inutilidade que se mistura com a imbecilidade de ser humana! Poço fundo de nada! Nada!
Que dia mais cuzão. =~~~~~~~~~~
Me sinto a menos culta dentro de um meio que eu deveria ser no mínimo uma pessoa de inteligência considerável, com comentários e uma interpretação de texto satisfatória... E conseguir me expressar em um meio no qual tenho medo de ser excluísda também seria algo interessante...
Medo de ser excluída.. que medo idiota... não?!

terça-feira, janeiro 15, 2002

Leia, pense e repense.. porque não é desperdício de capacidade cerebral gastar alguns neurônios quando se tem o objetivo de entender o próprio mundo.
"_ Mas o que há de tão alarmante no riso?
_ O riso mata o temor e sem temor não pode haver fé. Porque se não se teme o demônio não há mais necessidade de deus."
- em O Nome da Rosa


".. velhas maneiras de pensar e sentir entraram em colapso, e que as formas incipientes são ambíguas até o ponto da estase moral. Será de espantar que os homens - em defesa do eu - se tornem moralmente insensíveis, tentando permanecer como sesres totalmente particulares? Será de espantar que se tornem possuídos de uma sensação de encurralamento?" - Wright Mills
Ai... tenho um monte de coisas pra ler ainda, mas a vontade de me colocar em frente a uma tela que quase fala é maior que a obrigação de ler pra aulas de amanhã. =)

Dia: Gargalhando da minha irmã e sentindo saudade de uma pessoa!
Merece a minha saudade ou não!? Não tenho idéia.. sei que sinto...! =****

segunda-feira, janeiro 14, 2002

Que diversão.. Internet e internet.. ai ai! tédio.
De tanto tédio, fiquei olhando umas coisas anotadas na minha agenda do ano passado, e vi uns poeminhas que eu até gosto... Por acaso vou colocar um pedacinho de uma aqui...
A pedra que joguei voltou mais forte
Machuncado a ferida há muito aberta.
Pela dor de magoar o outro
Sem me importar com tudo
Que causaria a mim mesma
Lamentando as facas arremessadas contra os muros
Choro pela perda de qualquer bom senso...
Dia comum.. cansada! Acabei de chegar. O que postar?! Um poeminha rápido que escrevi no intervalo de aulas:
Solidão que sobe pelo elevador principal
Que acaba no andar direito
E ressurge nas escadas doloridas
De uma vida vaga
Sombra de uma ilusão que morre e renasce e chora
E sem esperanças
Se cala!

domingo, janeiro 13, 2002

Dia triste, ou tedioso. Não sei diferenciar, ou o dia foi os dois. Um monte de pensamentos e sentimentos contraditórios e vontade de falar coisas, e arrependimentos à flor da pele!
=/
"No one can see your words, No one can hear your touch, No one feels what you're watching. A grave, a tear, a kiss, one wish." by Izis e Lu