domingo, fevereiro 29, 2004

copyright, ok? é meu e só meu.

De repente, o mundo não é mais mundo
E eu, me transformo em saudade.

Como se se tudo se diluísse
Nas águas da nostalgia.

De repente, os olhos não são
Mais os mesmos!
Calam-se frente aos reflexos
Coloridos das fontes que jorram
Água da dor que aflora
Nas pequenas pedras.

De repente, o mundo é muito
Transborda solidão.
"stop the talking baby"

Meu amor,

ando adoentada, e é tão forte que não quero levantar da cama para tomar chá de qualquer coisa para melhorar. E o sol não aparece por aqui há muito tempo... às vezes até penso que estou no Alasca, e que o sol só aparecerá daqui a seis meses levando um pouco do gelo que se mistura à minha alma.

Babe, eu sei que anda difícil ficar longe, e que eu não estou mandando notícias! Desculpe-me, mas é como se a doença se transformasse em loucura e meus passos fossem retardados pela falta de vontade de olhar para as gotas de chuva que teimam em cair em cima de mim, mesmo que eu tenha conserado todas as goteiras.

Penso que seria bom que nos apaixonássemos de novo, por nós mesmos, só para termos o gostinho do começo. Eu gosto de começos, nunca fui chegada aos fins.
Sabe, eu nunca me importei muito com essa coisa de plágio. Mas o que anda doendo mesmo não é ter sido copiada - dá até uma pontinha de agradecimento, não pela cópia, mas por saber que alguém se identifica -, o que anda doendo é saber que a má fé é enorme em todos os espaços da vida humana, e embora a intenet possibilite manifestações culturais mais livres, quem é dono de seus próprios sentimentos é enganado pela ação inescrupulosa de quaisquer que não procuram pensar. Dói ver que alguns se esforçam para transformar em beleza todas as dores cotidianas e são descaradamente vítimas do próprio talento!
Pois eu acho que era a hora de todos nós pensarmos sobre a inveja e tentarmos melhorar.

Dói mesmo é ver a dor de quem se esforça ao saber que tudo foi transformado em pó!
Du, meu amor, vem cuidar de mim! =~
Que preguiça monstruosa de ir fazer matrícula na UnB.

e nem venham me falar da matrícula pela internet porque eu não confio de jeito nenhum. ¬¬

=P~
Nem contei né, que uma amiga minha teve um menininha linda e eu passei metade da minha semana lá cuidando dela. Fofíssima. Só confirma a minha não-vontade de ter filhos...

*ufa*

sábado, fevereiro 28, 2004

Brena, que desespero! Meu pc n?o funciona!

Me liga no .... pra gente combinar oq vamos fazer! daqui a pouco!
A maldita apagou o blog dela. Sensacional!
As novidades são que eu tou gripadaça, e com gripe não consigo pensar em poemas. E que eu passei na prova teórica do detran com 39 pontos. =P

sexta-feira, fevereiro 27, 2004

Meu telefone está dando palas, portanto, não tou conseguindo entrar na internerds. Continuo indignada com a posse desautorizada dessa Mila-sei-lá-quem e todas as pessoas deveriam vasculhar os arquivos dela atrás de textos. Meus eu já achei de montes. E deu quem eu conheço também. Ceci, me dê notícias do e-mail que mandou pra ela. Brena me liga mulher!

Tu tb, bruno!
=P

domingo, fevereiro 22, 2004

Pois, continuando, olhem o dia 18 de janeiro do meu blog e o dia 21 do blog da maldita. Qualquer semelhança (ou similhitude) não é mera coincidência. É roubo descarado.

Esse é o poema roubado:

Sabe, eu cansei!

Cansei de ligar, cansei de falar
Cansei de ser
Cansei de tentar.

Um fato é:
nunca fui alguém por quem se apaixonar.

Todos os meus amores
Permaneceram em meus sonhos
Todos desfaleceram,
Fugiram em meio à bruma,
Soltaram-se de mim!
Restou a saudade.

Eu, hoje,
escrevo poemas para ti
leio livros para ti
choro lágrimas doces para ti
sonho todos os dias com seu calor
amo todas as memórias de você!

A única coisa que eu queria era
um telefonema
um alô
uma carta
uma chegada no horário
marcado.
Uma chegada.

Tudo que eu pedi foi amor.

Esqueci, coitada de mim
Que a pequena sutileza de minha vida
Não me permite amar
Me permite sofrer...

Olha, a pessoa desse blog tem uma puta má fé. Anda copiando textos de muita gente.
Fiquem espertos. É uma ladra de poemas. Podem processar. Né,Mila?

Já copiou meus, da Pata, da Ana, da Monique, Coralie", Cecília e da Brena.

tem gente que se acha tão legal.

quinta-feira, fevereiro 19, 2004

pois cada dia que passa só penso eu fazer antropologia. acontece que eu sou a mais desanimada para estudar coisas que eu não quero. e a mais desestimulada a não continuar em algo que já está mais da metade do caminho andado. é aquela sensação de vazio de quando está na reta final e tem que deixxar tudo pra trás...
Meu último poema tinha sido dia 2 de janeiro.
Esse é de hoje:

Mas - disse-lhe o mendigo -
se toda suavidade é feita
de atos sórdidos,
como se a escrita fosse sempre feita
ás pressas
em pedaços pequenos de papéis de pão,
pode ser ainda ternura
pode existir, ainda,
compaixão?

Pois bem - repetia incenssantemente -
toda essa dor
não pode ser suave.
Se me dizes que suavidade é feita
de escarro
como posso eu
conviver com isto?

quarta-feira, fevereiro 18, 2004

as lindas coisas solitárias
fins de mundo!

get me away from here I'm dying

as dores belíssimas
topos de situações tardias!
a gente escreve coisas, mas nunca sabe ateh onde chega.

segunda-feira, fevereiro 16, 2004

E foi como vinho bom em noite fria.
"she got you"
Acho que vou mudar o template. O que vocês acham?
sacanagem mesmo é fotolog.net ainda estar no horário de verão. são 10:37 e eles fecharam os uploads às 10.
Eu deveria era ter desisitido desse curso quando quis.

*revolta*

Pois então, alguém arranja um estágio conveniado com a UnB aí, porque não vou poder fazer onde queria. Aí é quase certo que eu vou acabar tendo que ir pra qualquer-lugar-bem-longe pra fazer algo-que-eu-não-quero. Minha vida é uma maravilha.

sábado, fevereiro 14, 2004

Vi "Escola do Rock" hoje. É sensacional. Vale a pena. Até dá uma pontada de vontade de tocar alguma coisa.
Porque a pessoa que eu mais quis
Que mais procurei
Sempre fui eu mesma!

minhas crises de solidão são todas por falta de mim. como se minha personalidade tivesse um buraco em alguma fase freudiana e, ao invés de ter um transtorno neurótico, psicótico ou o outro, eu cresci com a imensa falta de um pedaço de mim. como se nada fosse capaz de substituir. e é assim, simples, sartriano, que sou: puro reflexo da falta de um outro, que na verdade sou eu.
Talvez tenha sida pura culpa minha, ou talvez eu só tenha cansado.

De tudo. Dos dias e dias e das choradeiras em ombros, da falta de compreensão quando precisava e do excesso de críticas quando era completamente desnecessário.

Talvez eu só tenha deixado pra lá, e poupado minha voz, parado de falar se não sou ouvida. Talvez eu só quisesse mesmo era ouvir outras vozes.

Talvez eu só estivesse cansada de ouvir e não poder falar: dizem que a melhor qualidade é saber ouvir, mas não é a única existente.

Talvez eu só quisesse viver outra vida, parar de tomar vodca sozinha que nem uma desesperada, e viver a minha vida, e poder, alguns dias, chorar sozinha, e não ter que escutar nada além de mim mesma por 5 minutos.

Talvez seja culpa minha, talvez não!

terça-feira, fevereiro 10, 2004

Tou ocupada essa semana, sem escrever, fazendo aula teórica do DETRAN.

terrível! ¬¬
A caixinha rosa chegou como um ponto brilhante!

domingo, fevereiro 08, 2004

E tudo parece tão mais claro!


Meus medos, vergonhas, tabus. Todas as coisas parecem tão mais eu!

sábado, fevereiro 07, 2004

vinho tintovinho tintovinho tintovinho tintovinho tintovinho tintovinho tintovinho tintovinho tintovinho tinto
Então, as pessoas dessa cidade tomaram vergonha na cara e começaram a vender casacos. Aí eu comprei dois.
Pois hoje eu queria sair para fazer qualquer coisa.

meu amor, vamos tomar uma boa taça de vinho tinto?

ps.:*pode ser comer um cachorro-quente também*
A vida é repleta de ironias.

Quando a gente tá com fome, mais o almoço demora a sair.

Eu passei no psicotécnico!



hueahueha. na verdade, não foi nada demais.

quinta-feira, fevereiro 05, 2004

é de beleza inestimável!
*mas é um abuso*

fotolog.net:

Desculpe, no momento nós não podemos aceitar o upload de sua foto.

Embora estejamos trabalhando muito nos upgrades de nossos sistemas para fazer com que eles rodem muito mais rápido e melhor, no momento a capacidade do Fotolog foi excedida. Isso ocorre geralmente durante horários de pico quando o sistema esta extremamente ocupado e quando isso ocorre usuários Gold Camera têm prioridade no upload de fotos e nós desligaremos temporariamente o envio de fotos para Fotologs gratuitos.

Usuários Gold Camera podem enviar fotos a qualquer hora e terão prioridade durante 8am e 11pm EST (GMT -5) - 11:00 da manhã e 2:00 da manhã - horário de Brasília.

Usuários do Fotolog gratuito pode enviar fotos entre 11pm e 8am EST (GMT -5) - 2 da manhã até 11:00 da manhã - horário de Brasília.

Agradecemos sua compreensão e paciência.
Venha!

quarta-feira, fevereiro 04, 2004

E eu falo com todas as letras
Falo alto:
que as ruas se emaranhem
para que assim, possamos rondar
Sem a menor preocupação de ir
E não chegar!
soluço

Monólogo



ela largou a antropologia. eu não larguei nada. a vida inteira, não completei nada, mas não larguei nada. ela dá aulas de francês e não tem as mesmas paranóias que eu. eu voltarei a fazer inglês e mal sei ler em espanhol - e tenho as mesmas paranóias que eu! ela faz pedagogia, ao invés de psicologia, mas adora o que faz, e acha que odiaria o que faria. eu sou daquelas indecisas que uma hora quer cinema, outra o que tenho, 5 minutos depois não quero nada, depois quero antropologia, depois que artes, depois quero que tudo se exploda. ela é publicitária e marinheira, e ainda tem tempo de escrever. eu sou perturbada e preguiçosa e ainda não me sobra tempo! ela tem planos para as palavras. eu, a cada dia que se passa, sou consumida pelas palavras - não faço planos para elas, nem delas.

eu entro em um monólogo constante que se volta contra mim. e ela disse que nossa imaginação é sempre favorável a nós.
enquadrada. enjaulada. machucada. maltratada. calada. amarrada com pequenas tiras de couro que correm meus pulsos. encurralada. jogada em uma cela suja dentro de mim mesma, torcendo para sair, rezando para que alguém me tire daqui. atormentada pelas dores que escorrem como a cor vermelha que sai de meus poros. escondida em um buraco em que nem eu sou capaz de me achar. perdida. perdida em um labirinto infinito. perdida dentro de mim. labirinto dentro de mim. perturbada pelos ecos dessas paredes indestrutíveis.
Já não choro

Na expectativa da possibilidade remota
de que sem lágrimas
não chore mágoas.
E se eu não me devoro pelas
teorias psicanalíticas
E se eu não me abalo pelas
dores mais horrendas
E se minhas lágrimas já não
escorrem como antes
E se meus seios estão fartosde serem
represas de minhas próprias mágoas
E se meus desejos não
se confundem com eu mesma
E se eu já não sou capaz de
amar
calar

Se eu sou mais um erro
mais uma desgraça
Se não me porto como sensata
Se me deixo com a vida
E paro a luta

Assim me chamo: perda!

E que o horror que vejo não seja motivo para que perpertue-se o inerte. Que o ódio não seja o oposto do amor e que assim, sejamos capazes de intolerar a intolerância, e criemos a possibilidade de não nos sentirmos na obrigação de criar dualidades, como se fosse impossível que as coisas sejam antagônicas e complementos ao mesmo tempo. Que a falta de confiança que existe não seja motivo suficiente para a falta de argumentação sobre a dor, sobre a vida e, principalmente, sobre as escolhas!
Amanhã testarei a possibilidade não ser uma pessoa frustrada e passar no psicotécnico. Preparem seus carros, porque, quem sabe, vou ter carteira de autorização para provocar acidentes.. - opa! - de motorista...

segunda-feira, fevereiro 02, 2004

Meu amor é um menino bem bonito repleto de cores em seu coração. Enquanto eu fico no preto-branco-cinza, ele completa a caixa de 12 cores com seu sorriso. Meu amor é um menino que não me entende e que eu não entendo. Meu amor é um menino que me entende e que eu entendo. Leio os pensamentos, às vezes, e peço para que me traga iogurte de côco no copo. Meu amor dá mordidas no meu pão depois que termina o dele, e eu me incomodo, mas depois passa. Meu amor não tem medo de escuro e nem medo da varanda. Meu amor é preguiçoso, mas a gente vai levando. Eu gosto de filmes, ele também. Meu amor é um oposto-complemento: é a dialética de ser!
Márcio,

hoje eu andei na chuva e pensei em como os pingos caindo são demasiado bonitos e formam um som quase angelical. Aí quis fugir até o correio mais próximo, mas nessa cidade tudo é longe e o correio mais ainda. De qualquer forma, escrevi cartas mentalmente e preenchi de cores belas meus pensamentos atormentados pelo frio. Hoje faz frio e não se vende casacos no verão. Você sabe que isso é uma das grandes ironias da vida! Assim como chover um rio, como os de lágrimas, no dia em que decido sair do meu casulo.

Hoje eu andei na chuva, mas não consegui chegar muito longe. As águas estavam fortes e eu só conseguia pensar em como o som das gotas era perfeito como hábitos bonitos repletos de significados. Aí lembrei de você enquanto ouvia o som da chuva batendo em todas as coisas, aí pensei em fitas, aí pensei em músicas, aí pensei em grandes e pequenas cidades.
Foi então que desejei que não nos tornemos frios como o verão brasiliense!

E que tenho que criar mais hábitos!
Com todas as palavras, certinhas, me disse que queria que eu não tivesse existido. E eu deixei de existir. Como se tivesse me matado aos doze, desapareci em um raio de quilômetros.

Hoje não existe telefonema, e-mail ou carta. Só a certeza de que o que nunca foi não poderia existir.

, no dia 30 de outubro de 2003 :

Todos os meus sonhos se resumem à
Ilusão.

Se não há porquê lutar
Pelo quê viver
Ou chorar

De todas as coisas do mundo
O grito era o mais importante.

E todas as paredes, que vedam lágrimas
Que vedam imagens
Que vedam saberes
Acordam soluços
Projetam-se em mim
Como se solidão fosse sobrenome.

Todas as minhas noites
São preenchidas de vácuo de você.
E eu, com minhas mãos frias
Saio de mim como fugindo de um pesadelo
Eterno.
Etéreo.

As vidas já não me parecem promissoras
Quando eu era criança,
quem me dera ter morrido aos doze
Minha mente ainda não era ingrata.

Todas as minhas noites são brisas mornas enquanto quero frio.
Mas meu quarto não tem janelas como estas
E eu, presa em mim, não sei sair.

E todas as paredes vedam meus gritos,
Fraca, já não sei fingir.

domingo, fevereiro 01, 2004

Eu, por ele.
Querido,

desculpe-me pela demora das cartas. Ando sem querer escrever. Poderia inventar alguma desculpa, como a falta de papel, mas eu poderia escrever no cantinhos de outras cartas - aquelas para mim mesma - e mandar um pedaço de mim com um pedaço para você. Porém, meu amor, a mentira não compensa. Eu ando é cansada de tanta fadiga. E como eu pareço redundante: eu ando cansada do cansaço! Como um bicho-preguiça que demora anos para se mexer no galho da árvore. Eu ando cansada do cansaço. E parada por ele!
Meu bem, eu não ando escrevendo muitas cartas. Acho que estou cansada da distância. Não de você, hoje não sinto que estás distante. Distância de mim! E não há tinta suficiente em meu tinteiro para escrever todas as letras que saem de meus pensamentos doloridos pela falta de mim. Eu, que antes colocava culpa da solidão nos outros, descobri que a única culpada sou eu mesma. Sinto como se tivesse sido mutilada por minhas próprias mãos.

Meu amor, vou dormir pensando em seus braços. Para esquecer a saudade, e a falta de mim!

"E o que a gente faz quando as linhas já não bastam e a gente começa a escrever pelas margens. Quando ante os olhos até temos as imagens mas se desanimam as palavras? E quando começa a se formar no peito a semente de uma revolta que nunca irrompe em revolução e a gente acaba mastigando tampas de caneta enquanto se procura em frases antigas?"

roubado, descaradamente, da Ana.
São grandes monólogos
de solidão:
exposições frívolas
de vida escancarada.

Pequenos rastros de falta.
E era como se todos os símbolos
se colassem a minha pele
- e se transformassem em cicatrizes!

Fitei meu corpo inteiro no espelho
E perguntei aos meus olhos o que viam
- não há o que se olhar, toda a dor...
podemos chorar!
O tempo não passa.

Arrasta-se como escravos
que carregam pedras.

A ampulheta
Manipula as areias.
O tempo não passa.
"e a rotina crescia como planta
e engolia a metade do caminho
e a mudança levou tempo
por ser tão veloz
enquanto estávamos a salvo

ficamos suspensos
perdidos no espaço

(...)

e era como se jogassem space invaders
perdendo mais dinheiro de muitas maneiras
vivendo num planeta perdido como nós
quem sabe ainda estamos a salvo?"
Queria comer comida chinesa.