sábado, junho 22, 2002

Alguém tranque os gritos dos espelhos
Eles, loucos, drogados, não me esquecem
Alguém, agora, feche-os em vasilhas com a tampa bem firme
E jogue fora
Não quero mais enlouquecer por nada
Não quero sonhar dormindo e ser acordada pelos cacos que teimam em voltar para o chão
Depois de serem estilhaçados e quase incinerados pelas minhas mãos doentes.
Alguém jogue fora todos esses pedaços de espelho que cortam minha vida em tiras ilusórias.
Alguém feche os gritos dos espelhos.

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