Abandonarei vocês por algum tempo. Nada que vá matar.
Daqui uns dias eu escrevo.
quarta-feira, julho 23, 2003
sexta-feira, julho 18, 2003
Porque, se algum dia houvesse o que dizer
Calaria, mórbida por entre meus sonhos
Para com essa vida.
Porque, se eu leio em alguma dia
Um poema frágil
E olho minha cartas de amor
E são quase como
Palavras caladas
Descartadas em um bocado de papéis velhos
Cheios de poeira
Como nós...
Eus,
Sem conjugações.
E se meus por-quês-sei-lás
Se dizem para mim assim
Vozes sádicas de crianças perfuradas de libido
E eu me escondo de mim sem querer ouvir
Porque, se me olho no espelho e não vejo reflexo
É quando gosto de você e já não te seguro em mim.
E quando penso no passado e percebo, de repente,
Que o futuro não pode ser pra sempre o mesmo
E caio em mim
E me perco em brumas de solidões mil
Realizo meus desejos mais sórdidos.
Finjo que não amo
E não quero mais nos ver.
Calaria, mórbida por entre meus sonhos
Para com essa vida.
Porque, se eu leio em alguma dia
Um poema frágil
E olho minha cartas de amor
E são quase como
Palavras caladas
Descartadas em um bocado de papéis velhos
Cheios de poeira
Como nós...
Eus,
Sem conjugações.
E se meus por-quês-sei-lás
Se dizem para mim assim
Vozes sádicas de crianças perfuradas de libido
E eu me escondo de mim sem querer ouvir
Porque, se me olho no espelho e não vejo reflexo
É quando gosto de você e já não te seguro em mim.
E quando penso no passado e percebo, de repente,
Que o futuro não pode ser pra sempre o mesmo
E caio em mim
E me perco em brumas de solidões mil
Realizo meus desejos mais sórdidos.
Finjo que não amo
E não quero mais nos ver.
quinta-feira, julho 17, 2003
quarta-feira, julho 16, 2003
Solitário
Augusto dos Anjos
Como um fantasma que se refugia
Na solidão da natureza morta,
Por trás dos ermos túmulos, um dia,
Eu fui refugiar-me à tua porta!
Fazia frio e o frio que fazia
Não era esse que a carne nos conforta...
Cortava assim como em carniçaria
O aço das facas incisivas corta!
Mas tu não vieste ver minha Desgraça!
E eu saí, como quem tudo repele,
- Velho caixão a carregar destroços -
Levando apenas na tumbal carcaça
O pergaminho singular da pele
E o chocalho fatídico dos ossos!
Augusto dos Anjos
Como um fantasma que se refugia
Na solidão da natureza morta,
Por trás dos ermos túmulos, um dia,
Eu fui refugiar-me à tua porta!
Fazia frio e o frio que fazia
Não era esse que a carne nos conforta...
Cortava assim como em carniçaria
O aço das facas incisivas corta!
Mas tu não vieste ver minha Desgraça!
E eu saí, como quem tudo repele,
- Velho caixão a carregar destroços -
Levando apenas na tumbal carcaça
O pergaminho singular da pele
E o chocalho fatídico dos ossos!
terça-feira, julho 15, 2003
segunda-feira, julho 14, 2003
Se sinto tudo
Flagro-me doentia.
Sorrio sem graça,
Corro atrás de meus reflexos
Vazios.
Se sou louca
Calo por ti.
Em meus silêncios vagos
Carrego lenços sujos
De lágrimas tuas.
Se sou perfeita
Já não gosto de mim.
Flagro-me doentia.
Sorrio sem graça,
Corro atrás de meus reflexos
Vazios.
Se sou louca
Calo por ti.
Em meus silêncios vagos
Carrego lenços sujos
De lágrimas tuas.
Se sou perfeita
Já não gosto de mim.
Abril de 2003. No Janelas.
Somos dois
Colados
Gêmeos siameses
Separados
Obra
De corações
partidos
calados.
Somos dois
Colados
Gêmeos siameses
Separados
Obra
De corações
partidos
calados.
Em outubro de 2002.
O que posso eu querer, Senhor, na graça do Teu Espírito?
O que posso eu suspirar pôr, se na minha vida nada falta, já que não tenho nada?
Na Tua Compreensão eterna, vou me formando Deusa.
Na minha falta eterna vou me deixando atéia.
Sou duas criaturas que criaste. Não tenho culpa de ser contraditória.
Mas não tenho culpa de não receber o amor que me prometeste.
O que posso pedir, se na Tua bênção vivo?
Nada. Nada tenho.
O que posso eu querer, Senhor, na graça do Teu Espírito?
O que posso eu suspirar pôr, se na minha vida nada falta, já que não tenho nada?
Na Tua Compreensão eterna, vou me formando Deusa.
Na minha falta eterna vou me deixando atéia.
Sou duas criaturas que criaste. Não tenho culpa de ser contraditória.
Mas não tenho culpa de não receber o amor que me prometeste.
O que posso pedir, se na Tua bênção vivo?
Nada. Nada tenho.
Este é antigo. E eu adoro.
A luz chora pra mim.
Não por mim e não por pena
Mas chora.
Chora e grita
E eu sinto e calo
Pela impossibilidade de tocar
Cada feixe de dor
Que a luz me manda sofrer.
A luz escorre.
Escorre viscosa por entre minah vida e morte.
A luz brilha e ri
Gargalha
Zomba, zomba
De tudo que penso
De tudo que lê.
A luz ofusca.
E chora a luz
E busca a luz
A luz que ri
Que fere
Que é.
A luz chora pra mim.
Não por mim e não por pena
Mas chora.
Chora e grita
E eu sinto e calo
Pela impossibilidade de tocar
Cada feixe de dor
Que a luz me manda sofrer.
A luz escorre.
Escorre viscosa por entre minah vida e morte.
A luz brilha e ri
Gargalha
Zomba, zomba
De tudo que penso
De tudo que lê.
A luz ofusca.
E chora a luz
E busca a luz
A luz que ri
Que fere
Que é.
domingo, julho 13, 2003
Este é o questionário que achei aqui. Funciona assim: eu respondo as perguntas com o nome das músicas de uma banda que eu escolho. Escolhi Belle and Sebastian.
1. Are you male or female? Judy and the dream of horses
2. Describe yourself: get me away from here, I'm dying
3. How do some people feel about you? the boy done wrong again
4. How do you feel about yourself? the wrong girl
5. Describe your boyfriend: there's too much love
6. Where would you rather be? waiting for the moon to rise
7. Describe what you want to be: Fiction
8. Describe how you live: If you're feeling sinister
9. Describe how you love: Don't leave the light on baby
10. Share a few words of wisdom: me and the major
1. Are you male or female? Judy and the dream of horses
2. Describe yourself: get me away from here, I'm dying
3. How do some people feel about you? the boy done wrong again
4. How do you feel about yourself? the wrong girl
5. Describe your boyfriend: there's too much love
6. Where would you rather be? waiting for the moon to rise
7. Describe what you want to be: Fiction
8. Describe how you live: If you're feeling sinister
9. Describe how you love: Don't leave the light on baby
10. Share a few words of wisdom: me and the major
You represent... hope.
You're quite a daydreamer and can be a hopeless
romantic. You enjoy being creative and don't
mind being alone at times. You have goals, and
know what you want in life... even if they are
a little far fetched.
What feeling do you represent?
brought to you by Quizilla
Será?!
sábado, julho 12, 2003
Porque eu, sendo invisível
Sei cantar e não sou ouvida.
Sendo invisível
Choro e ninguém segura minhs lágrimas.
Caio e nunca perguntam se preciso de ajuda pra levantar.
Sinto, mas ninguém sabe se o outro sente.
Sento. E passam por cima, por não pensarem se eu existo.
Porque eu, sendo invisível
Me flagro desamparada em meio ao vento
Calo por entre as flores
Tento atravessar
Mas as paredes me fecham
Converso com os ares
Mas sequer recebo tapas.
Eu, sendo assim
qualquer
uma
inexistente.
Sei cantar e não sou ouvida.
Sendo invisível
Choro e ninguém segura minhs lágrimas.
Caio e nunca perguntam se preciso de ajuda pra levantar.
Sinto, mas ninguém sabe se o outro sente.
Sento. E passam por cima, por não pensarem se eu existo.
Porque eu, sendo invisível
Me flagro desamparada em meio ao vento
Calo por entre as flores
Tento atravessar
Mas as paredes me fecham
Converso com os ares
Mas sequer recebo tapas.
Eu, sendo assim
qualquer
uma
inexistente.
sexta-feira, julho 11, 2003
quarta-feira, julho 09, 2003
terça-feira, julho 08, 2003
segunda-feira, julho 07, 2003
Me dei conta, de repente, de que talvez vocês nunca tenham tido o prazer (hwhwhw) de ler A Bíblia da Galinha.
É sensacional.
É sensacional.
sábado, julho 05, 2003
quinta-feira, julho 03, 2003
Trouble
Oh trouble set me free
I have seen your face
And it's too much too much for me
Trouble
Oh trouble can't you see
You're eating my heart away
And there's nothing much left of me
I've drunk your wine
You have made your world mine
So won't you be fair
So won't you be fair
I don't want no more of you
So won't you be kind to me
Just let me go where
I'll have to go there
Trouble
Oh trouble move away
I have seen your face
And it's too much for me today
Trouble
Oh trouble can't you see
You have made me a wreck
Now won't you leave me in my misery
I've seen your eyes
And I can see death's disguise
Hangin' on me
Hangin' on me
I'm beat, I'm torn
Shattered and tossed and worn
Too shocking to see
Too shocking to see
Trouble
Oh trouble move from me
I have paid my debt
Now won't you leave me in my misery
Trouble
Oh trouble please be kind
I don't want no fight
And I haven't got a lot of time
Kristin Hersh - Cat Stevens - Trouble
quarta-feira, julho 02, 2003
Da Ana!
Amor (2002)
São palavras secas que fogem da alma
E um vento frio que eriça os pêlos
Lágrimas a esmo que escorrem junto aos dentes
E o sal que agoniza pela boca.
Sabores acres dominados de desejos
E um surto de razão, inconclusivo
E a devassidão de palavrões malditos
E a voz que fala, sem que diga nada.
A garganta morna, encharcada de bebida
Um grito ululante que reverbera pelas portas
Sentimentos pobres e superficiais. Discordas.
Pequenos corpos banhados de suor nas bordas.
Um suspiro flácido, quase desfalecer.
Não há entrega, tudo é lazer.
Cigarros e lençóis e murmúrios e tempo e sono
Despertares rápidos (atrasados) e sem sonhos.
O telefone toca, e eu não suponho
Se esbarrar no mundo, quase um descuido
Um dia-a-dia lúcido, nada de novo
Chegar, deitar, banhar, dormir e acordar de novo.
E o rever, eventualidade intensa
Sem esperança nem prévia elucubração
Um beijo quente, um reencontro enérgico
Dividindo sentimentalidades. Ou não.
Amor (2002)
São palavras secas que fogem da alma
E um vento frio que eriça os pêlos
Lágrimas a esmo que escorrem junto aos dentes
E o sal que agoniza pela boca.
Sabores acres dominados de desejos
E um surto de razão, inconclusivo
E a devassidão de palavrões malditos
E a voz que fala, sem que diga nada.
A garganta morna, encharcada de bebida
Um grito ululante que reverbera pelas portas
Sentimentos pobres e superficiais. Discordas.
Pequenos corpos banhados de suor nas bordas.
Um suspiro flácido, quase desfalecer.
Não há entrega, tudo é lazer.
Cigarros e lençóis e murmúrios e tempo e sono
Despertares rápidos (atrasados) e sem sonhos.
O telefone toca, e eu não suponho
Se esbarrar no mundo, quase um descuido
Um dia-a-dia lúcido, nada de novo
Chegar, deitar, banhar, dormir e acordar de novo.
E o rever, eventualidade intensa
Sem esperança nem prévia elucubração
Um beijo quente, um reencontro enérgico
Dividindo sentimentalidades. Ou não.