domingo, abril 25, 2004

Janela sobre os poemas.
todos os sabores doce se misturam
com cheiros
perfeitos
em dias
frios.

sexta-feira, abril 23, 2004

porque cat power é sensacional.
Vou fazer o concurso do MPU. torçam para que eu fique bem colocada, aí quando me formar, já vou direto ganhar uma grana. =P~

domingo, abril 18, 2004

eu deixo. escapar.

de entre os dedos.

deixei

sair todos os tiros

pela culatra.

eu deixo. a culpa.

invadir!
é aquela pequena mosca que me fala que eu nunca fui a preferida. aquela que me mostra o tempo todo o esquecimento, a lápide do você ficou para trás, você é tão igual. tão fútil. tão sem importância. é o pequeno sopro do eu-sei-que-nunca-fui. e a dor de querer ter sido. de querer ser. lembrada, ao menos. alguém ligar. eu ligar. é a pequena mosca que me lembra sempre que me mostra o nunca ser especial. embora eu já saiba disto.

terça-feira, abril 13, 2004

eu, obviamente, continuo com dor.

domingo, abril 11, 2004

eu sei que isto anda meio abandonado. mas está como a dona, baby.
*nobody ever loved me like she does
and if somebody love me like she does, yes she does

don't let me down
don't let me down

i'm in love for the first time
don't you know it's gonna last

it's the love that has no end*

stereophonics - don't let me down
dores para as dores

Mesmo que eu dissesse adeus para o mundo inteiro, seria como novela, e todos os olhos saberiam que eu nunca conseguiria sumir. Seria um final predito, algo que se assiste só pelo vício de assistir. Mesmo que eu inventasse mil estórias, e fizesse com que as pessoas participassem delas, é um fato que logo desistiriam de mim, e eu desistiria de mim e de inventar. E se eu desse adeus e corresse para pegar o primeiro trem para o fim do mundo, ficaria decepcionada comigo mesma por não conseguir terminar com nada. E ser terminada, excluída, deterioada por tudo. Minhas mãos começam a ter cor de ferrugem, mas ninguém olha, e eu não olho. Eu cubro os espelhos com panos para não me ver envelhecer. Estou tão podre e velha quanto o retrato de Dorian Gray, mas não tenho forças para rasgar minha própria face. Se eu conseguisse dizer adeus, ah!, se eu pudesse, estaria há quilômetros de mim mesma, e minhas pernas seriam tão fortes, tão fortes, que caminharia por anos e nunca descansaria.

Mesmo que eu dissesse adeus ao mundo inteiro, não poderia me livrar das amarras invisíveis que me seguram a mim mesma. Como Werther, vejo as limitações, mas a morte não é suficiente para me livrar delas.
pois o que eu queria é que a minha boca parasse de doer e que as coisas fossem mais amenas. sabe, eu nem sempre fui tão sozinha assim.

segunda-feira, abril 05, 2004

*yesterday was a million years ago
...

I know its the last day on earth,
We'll be together while the planet dies.
I know it's the last day on earth,
We'll never say goodbye.*


M.M.

domingo, abril 04, 2004

Queria ser tudo. Queria ser eu. Um Dó, ou Ré, quem sabe. Alguma coisa musical. Queria ser tudo. E não ser igual.

A vida é engraçada, não é?
*they say that a hero can save us
but i'm not gonna stay here
and wait*
Por um instante-luz perdi-me em meio a bruma. Tentei gritar, para que toda a dor não me sufocasse, mas foi inútil o esforço de buscar por um ar que há muito é rarefeito. Só aí passei a acreditar que o mundo já não tem identidade, e que é a ilusão que controla o que pensamos. E a moral, ah! a moral, essa é a que corrompe as vidas puras... tornando-as vazias ao dá-las sentidos putrefados.
Todas as cartas escritas
Estão atoladas
Abarrotadas
Travando a porta
De entrada
De mim.
Tou com tanta saudade de você.
Tou ficando doente.