terça-feira, maio 11, 2004

sobre as janelas fechadas

Se tenho mãos sem conteúdo
Em minha boca
palavras
sem sentido
Em nossas dores
Vidas.

Se tenho entre meus olhos, ventos
Brisas frias
Que incandescem ao rimar
com o som
de suas lágrimas.

Se sou um pouco de nos todos
Se sou toda ser humano
Sento-me à frente do meu tempo
E entào, hei de pensar
Em coisas que ainda não estão
E nunca vão estar.

Os olhos,
Demonstram o medo da posse.

As palavras soam
como janelas fechadas
pelo vento.

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