Pára e olha concentrada pelo vidro da loja de penhores.
Lembra do relógio velho deixado pela avó quando tinha 7 anos de idade.
Cai em desespero por não estar mais com ele.
Pensa no tic-tac que ele ainda fazia quando possuía bateria que prestava.
Senta na calçada récem-lavada pelos garis esforçados que não deixariam que sujasse sua roupa nunca.
Abaixa a cabeça com tom triste
Olha pra trás chorosa... e no dinheiro que nunca pagou
Escorre a lágrima pela face cortada.
Levanta
E sai correndo embora.
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