quarta-feira, julho 03, 2002

Sento no chão azul-royal que pintei com a tinha de cabelo que você me deu
Choro e as gotas tão cinzas vão se esparramando pelo chão que fica borrado e medonho
Atrapalhando meus passos quando decido andar.
Esse azul-quase-azul que fico passando em cima o dia inteiro só me lembra o frio que sinto
Embrulhada no meu edredon, me mexo como uma ave em procura de um ninho.
A tinta que vai se impregnando em meu corpo não me protege da tristeza.
Eu sento de manhã nesse chão azul-royal-que-vai-se-tornando-cinza
Assim como minhas lágrimas
Eu me faço em alto relevo
E vou morrendo.

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