segunda-feira, março 14, 2005

Desventura
Cecília Meireles

Tu és como o orsto das rosas:
diferente em cada pétala.

Onde estava teu perfume? Ninguém soube.
Teu lábio sorriu para todos os ventos
e o mundo inteiro ficou feliz.

Eu, só eu, encontrei a gota de orvalho que te alimentava,
como um segredo que cai do sonho.

Depois, abri as mãos, - e perdeu-se.

Agora, creio que vou morrer.

Nenhum comentário: