quarta-feira, agosto 31, 2005
sábado, agosto 27, 2005
De todas as coisas mundanas
Eu só desejei a liberdade.
Quando nasci acorrentada em moldes
De pessoas
De sonhos
De compaixões
Só queria arrebentar cordas e corações.
Quando qualquer um
Ou todos
Queriam sorrir
Eu só almejei poder soluçar
E derramar todas as lágrimas.
Na voz de Nina Simone,
quis dizer
I shall be released.
De todos os sentimentos
Que se confudem em dores
E pensamentos foscos [porque nunca soube os colocar em palavras
Eu só não quis o cativeiro da vida humana.
Falou ela que nasceu na família perfeita e nunca quis ser perfeita
Digo eu que quis a perfeição da arte
E cresci com os talentos errados.
Sei ler e escrever, e interpretar vidas que não são eu
E com caras com as quais digo adeus
Penso que queria sentir.
Porque só queria
Ser livre pra sair daqui.
Se eu fosse livre
Não teria medo de fugir.
Eu só desejei a liberdade.
Quando nasci acorrentada em moldes
De pessoas
De sonhos
De compaixões
Só queria arrebentar cordas e corações.
Quando qualquer um
Ou todos
Queriam sorrir
Eu só almejei poder soluçar
E derramar todas as lágrimas.
Na voz de Nina Simone,
quis dizer
I shall be released.
De todos os sentimentos
Que se confudem em dores
E pensamentos foscos [porque nunca soube os colocar em palavras
Eu só não quis o cativeiro da vida humana.
Falou ela que nasceu na família perfeita e nunca quis ser perfeita
Digo eu que quis a perfeição da arte
E cresci com os talentos errados.
Sei ler e escrever, e interpretar vidas que não são eu
E com caras com as quais digo adeus
Penso que queria sentir.
Porque só queria
Ser livre pra sair daqui.
Se eu fosse livre
Não teria medo de fugir.
sexta-feira, agosto 26, 2005
De Cecília Meireles:
Pus meu sonho num navio
e o navio em cima do mar
depois abri o mar com as mãos,
para o meu sonho naufragar.
Minhas mãos ainda estão molhadas
do azul das ondas entreabertas,
e a cor que escorre de meus dedos
colore as areias desertas.
O vento vem vindo de longe,
a noite se curva de frio;
debaixo da água vai morrendo
meu sonho, dentro de um navio.
Chorarei o quanto for preciso,
para fazer com que o mar cresça
e o meu navio chegue ao fundo
e o meu sonho desapareça.
Depois, tudo estará perfeito:
praia lisa, águas ordenadas,
meus olhos secos como pedras
e as minhas duas mãos quebradas.
Pus meu sonho num navio
e o navio em cima do mar
depois abri o mar com as mãos,
para o meu sonho naufragar.
Minhas mãos ainda estão molhadas
do azul das ondas entreabertas,
e a cor que escorre de meus dedos
colore as areias desertas.
O vento vem vindo de longe,
a noite se curva de frio;
debaixo da água vai morrendo
meu sonho, dentro de um navio.
Chorarei o quanto for preciso,
para fazer com que o mar cresça
e o meu navio chegue ao fundo
e o meu sonho desapareça.
Depois, tudo estará perfeito:
praia lisa, águas ordenadas,
meus olhos secos como pedras
e as minhas duas mãos quebradas.
Ele batuca no próprio corpo o tempo todo e range os dentes ao dormir. E é exatamente toda essa simplicidade que faz com que Izolita o olhe nos olhos e o chame pelo nome. E é o sorriso disfarçado, e o olhar semi-apaixonado que que a fazem repensar a si mesma - pois, a cada 'mensagem recebida' há um pulo inexplicável no pieto que parece dizer 'quero mais'.
E é assim que Izolita ama a distância e mistura calor com ilusão.
E é assim que Izolita ama a distância e mistura calor com ilusão.
A melancolia escorre
em meu peito
[começoa crer qeu só escolho
a saudade]
De tanta falta que faz.
E, se há sorte:
passou.
No momento em
que
com a golada
engoli essa angústia
E plantei-a no seio.
Pois é, menino...
A melancolia escorre
pelo meu peito
e segue por minhas veias,
para baixo e para cima
Entala-se, agora,
em minha boca. Aberta:
porém, que já não sabe falar
[nem eu te amos]
E se só resta a saudade, morena
è porque assim foi dito
à minha vida
para ser.
em meu peito
[começoa crer qeu só escolho
a saudade]
De tanta falta que faz.
E, se há sorte:
passou.
No momento em
que
com a golada
engoli essa angústia
E plantei-a no seio.
Pois é, menino...
A melancolia escorre
pelo meu peito
e segue por minhas veias,
para baixo e para cima
Entala-se, agora,
em minha boca. Aberta:
porém, que já não sabe falar
[nem eu te amos]
E se só resta a saudade, morena
è porque assim foi dito
à minha vida
para ser.
quinta-feira, agosto 25, 2005
E por mais perto que as coisas estejam, elas sempre estarão longe.
Porque se eu gosto é do incerto é culpa desta minha dificuldade de fazer escolhas que não sejam eu.
E, por mais que eu me pode, e me esforce e me seja alheia a mim, não é só o incerto que me cativa, mas a distância, a solidão, a saudade e o sofrimento. Pois, eu tenho três alter egos [alter egos?]: Janaína, Izolita e Isolda. Mas, o que predomina é Izolita. Porque as escolhas difíceis são sempre as melhores de se fazer.
Pois, somente com elas consigo construir caminhos que nunca foram feitos e criar rotas novas, fora do meu caminho gasto, devastado pelas inúmeras vezes em que passei, indo - e regredindo.
E por mais perto que as coisas estejam, acho que eu quero mesmo é o estrago.
['cause i'm a rider']
Porque se eu gosto é do incerto é culpa desta minha dificuldade de fazer escolhas que não sejam eu.
E, por mais que eu me pode, e me esforce e me seja alheia a mim, não é só o incerto que me cativa, mas a distância, a solidão, a saudade e o sofrimento. Pois, eu tenho três alter egos [alter egos?]: Janaína, Izolita e Isolda. Mas, o que predomina é Izolita. Porque as escolhas difíceis são sempre as melhores de se fazer.
Pois, somente com elas consigo construir caminhos que nunca foram feitos e criar rotas novas, fora do meu caminho gasto, devastado pelas inúmeras vezes em que passei, indo - e regredindo.
E por mais perto que as coisas estejam, acho que eu quero mesmo é o estrago.
['cause i'm a rider']
terça-feira, agosto 23, 2005
segunda-feira, agosto 22, 2005
domingo, agosto 21, 2005
sábado, agosto 20, 2005
quinta-feira, agosto 18, 2005
quarta-feira, agosto 17, 2005
domingo, agosto 14, 2005
quinta-feira, agosto 11, 2005
Dear Chicago,
You'll never guess
You know the girl you said I'd meet someday?
Well I got something to confess...
She picked me up on Friday,
Asked me if she reminded me of you?
I just laughed and lit a cigarette,
Said That's impossible to do.
Life's gotten simple since
and it fluctuates so much,
Happy and sad and back again
I'm not crying now too much.
I think about you all the time,
It's strange and hard to deal
I think about you lying there,
and those blanket's lie so still.
Nothing breathes here in the cold,
Nothing moves or even smiles,
I've been thinking some of suicide,
but there's bars out here for miles.
Sorry about the every kiss;
Every kiss you wasted bad.
I think the thing you said was true
I'm gonna die alone and sad.
The wind's feelin' real these days,
yeah and baby it hurts me some...
Never thought I'd feel so blue,
New York City you're almost gone.
I think that I've fallen out of love,
I think I've fallen out of love,
I think I've fallen out of love...with you.
You'll never guess
You know the girl you said I'd meet someday?
Well I got something to confess...
She picked me up on Friday,
Asked me if she reminded me of you?
I just laughed and lit a cigarette,
Said That's impossible to do.
Life's gotten simple since
and it fluctuates so much,
Happy and sad and back again
I'm not crying now too much.
I think about you all the time,
It's strange and hard to deal
I think about you lying there,
and those blanket's lie so still.
Nothing breathes here in the cold,
Nothing moves or even smiles,
I've been thinking some of suicide,
but there's bars out here for miles.
Sorry about the every kiss;
Every kiss you wasted bad.
I think the thing you said was true
I'm gonna die alone and sad.
The wind's feelin' real these days,
yeah and baby it hurts me some...
Never thought I'd feel so blue,
New York City you're almost gone.
I think that I've fallen out of love,
I think I've fallen out of love,
I think I've fallen out of love...with you.
quarta-feira, agosto 10, 2005
O telefone tocou. Janaína, despida, atendeu com calma o telefone que há muito não tocava. Era Izolita.
Dei-me conta hoje, Janaína, que meu nome e minha vida são, de fato, sinônimos. Minha mãe escolheu o nome certo. Ambos são solidão.
E você, como anda?
Sabe, Izolita, eu já não tenho certeza. Há meia hora, antes de entrar no banho, tive certeza de que tudo que queria na minha vida era estabilidade, um amor tranquilo, uma companhia para apaziguar minha dor. Agora, nesse exato momento, ao ouvir sua voz, a única coisa que me consolaria seria sentar em um bar, com uma pessoa desconhecida e ter uma conversa legal. Uma conversa na qual nem meu corpo, nem meu rosto, nem meu cabelo, nem minha idade, ou anos de estudo, ou qualquer coisa relacionada ao meu desemprego, apareceriam. Seria só eu, a pessoa desconhecida e poesia. E passaríamos uma noite agradável, e quando terminasse, seríamos só amigos. Não haveria beijo, nem nada. Uma mensagem no outro dia, um bom dia, como vai. Coisa de gente que se importa. Ouvindo sua voz, Izolita, notei que a minha cabeça pode parar de tocar essas vozes de pessoas que mal me conhecem e me ignoram nas mesas de bar. Sabe, querida, queria uma noite amena, mas não tem ninguém desconhecido para conhecer.
E a solidão?
Não há solidão, Izolita. Não há. Nem vazio, nem solidão, nem vontade, nem lágrima ou riso. Um tipo de garden state.
Dei-me conta hoje, Janaína, que meu nome e minha vida são, de fato, sinônimos. Minha mãe escolheu o nome certo. Ambos são solidão.
E você, como anda?
Sabe, Izolita, eu já não tenho certeza. Há meia hora, antes de entrar no banho, tive certeza de que tudo que queria na minha vida era estabilidade, um amor tranquilo, uma companhia para apaziguar minha dor. Agora, nesse exato momento, ao ouvir sua voz, a única coisa que me consolaria seria sentar em um bar, com uma pessoa desconhecida e ter uma conversa legal. Uma conversa na qual nem meu corpo, nem meu rosto, nem meu cabelo, nem minha idade, ou anos de estudo, ou qualquer coisa relacionada ao meu desemprego, apareceriam. Seria só eu, a pessoa desconhecida e poesia. E passaríamos uma noite agradável, e quando terminasse, seríamos só amigos. Não haveria beijo, nem nada. Uma mensagem no outro dia, um bom dia, como vai. Coisa de gente que se importa. Ouvindo sua voz, Izolita, notei que a minha cabeça pode parar de tocar essas vozes de pessoas que mal me conhecem e me ignoram nas mesas de bar. Sabe, querida, queria uma noite amena, mas não tem ninguém desconhecido para conhecer.
E a solidão?
Não há solidão, Izolita. Não há. Nem vazio, nem solidão, nem vontade, nem lágrima ou riso. Um tipo de garden state.
segunda-feira, agosto 08, 2005
domingo, agosto 07, 2005
sábado, agosto 06, 2005
sexta-feira, agosto 05, 2005
E eu olho para as minhas paredes, e elas são desmemoriadas. As únicas lembranças são um mural ganhado, um calendário feminista e e um quadro por terminar. Assim como eu, minhas paredes são desistências, ícones do amor descampado, desenfreado, escondido por mim. Minhas paredes são reflexo da dor que sinto pelos meus erros. Eu sou o reflexo da dor que sinto pelos meus erros. Trash does not compete with class. Eu, definitivamente, não sou class. Eu sou uma pesssoa grossa que se deixa levar pelos beijos e pelas palavras sentimentais. Eu quero me matar a cada segundo, e, pela opinião pública, já deveria ter me matado. Mas, a opinião pública lê este blog. E eu não seria tão péssima escritora se não sofresse por amor. As pessoas são escrotas. Assim como eu. Entretanto, no final, eu sou a única que sofre por amor de seu amor.
Eu deveria me enterrar numa bolha fétida e ser feliz.
Eu deveria me enterrar numa bolha fétida e ser feliz.
quarta-feira, agosto 03, 2005
terça-feira, agosto 02, 2005
segunda-feira, agosto 01, 2005
Izolita, com o livro de nomes de bebê em suas mãos, se deu conta, de repente, de que sua mãe tinha lhe dado o nome mais correto de todos os nomes. Viu que, talvez, sua vida e seu nome fossem idênticos.
Sentou na beirada da cama, enxugou suas lágrimas, pegou um dos presentes de Pedro, e sorriu.
Deu-se conta, Izolita, de que seu nome e sua vida significam solidão.
Sentou na beirada da cama, enxugou suas lágrimas, pegou um dos presentes de Pedro, e sorriu.
Deu-se conta, Izolita, de que seu nome e sua vida significam solidão.