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[Friday, April 29, 2005
Kundera II
Karenin tinha câncer, e já não tinha forças para brincar com croissants. Karenin tinha câncer de mama. Ou era na perna? Acho que na perna. Não importa. Ela não ia mais passear, nem jogar, nem rir. Tereza, sua companhia, chorava por ela. Karenin representava o fim. O definhar. Karenin significava a dor - e o se entregar. Tereza representava a dor.
Karenin tinha câncer em algum lugar, e já não conseguia andar. Pariu dois croissants e uma abelha. Karenin morreu velha, mas nunca abandonada. Karenin morreu e eu chorei, e Tereza chorou e Tomas chorou. Karenin morreu e a enterraram no jardim. Mas não lembro-me se tinha flores. No meu jardim, definham-se as flores. Para consolarem a minha dor, entregaram-se. Como Karenin, morrem. As flores, Tereza e eu.]
quinta-feira, novembro 30, 2006
sábado, novembro 25, 2006
sexta-feira, novembro 24, 2006
eu acho muitas coisas engraçadas [pra não dizer surreais, hipócritas ou sem sentido].
mas, a mais engraçada de todas é esse comunismo de propriedade: "eu sou comunista, eu estudo os guerrilheiros, eu quero um país com menos desigualdade." porém, "a mesa é minha, o comptuadfor é meu, eu quero um salário de 8 mil reais, a vida só melhorou pra gente ou muito pobre ou muito rica, meu bolso continua o mesmo, os índios que se virem e se isolem - afinal, quem mandou serem índios, o computador é meu, a vida é minha, a casa é minha - mesmo que a dona seja outra pessoa de fato..." esse comunismo de propriedade privada é interessante: o mundo importa, o cotidiano que seja da propriedade privada.
mas, a mais engraçada de todas é esse comunismo de propriedade: "eu sou comunista, eu estudo os guerrilheiros, eu quero um país com menos desigualdade." porém, "a mesa é minha, o comptuadfor é meu, eu quero um salário de 8 mil reais, a vida só melhorou pra gente ou muito pobre ou muito rica, meu bolso continua o mesmo, os índios que se virem e se isolem - afinal, quem mandou serem índios, o computador é meu, a vida é minha, a casa é minha - mesmo que a dona seja outra pessoa de fato..." esse comunismo de propriedade privada é interessante: o mundo importa, o cotidiano que seja da propriedade privada.