domingo, novembro 23, 2003

Pra quem não conseguir ler na figura!

Todas as pessoas se foram!
Todas as dores se dispuseram em mim!
Minha solidão ultrapassa o tamanho de meus braços,
E eu, sozinha com lágrimas maiores que meus olhos
Sento à porta e espero a chuva acabar.
mas as gotas nunca param de cair, e eu olho e olho e paro!
De repende me dou conta de que nada disso tem sentido
Nada disso tem um propósito!
Mentiram! Liars!
Escarro, dor, sofrimento, amor, calor, bebidas, sonhos
Casinhas de papelão molhado com lágrimas eternas que nunca param de cair
Sorrisos parcos de sentimentos ilusórios!
Poemas sórdidos de dias alcoolizados
Porque o que eu sempre quis foi conseguir
Eu consegui ser tudo isso
Um bocado de nadas para pessoas tão sem sentido quanto eu
Lerem bobeiras jogadas com meninos e elefantes.
Um monte de conselhos agudos e amores fajutos e letras que ninguém vai enxergar
Porque todas as fontes, e todas as cores
Nunca existiram para me agradar!
Eu sou um monte de coisas inóspitas
De sujeiras soltas
De poeira que não vai a lugar algum.
Eu sou um monte de palavras cruéis
Feitas de manteiga!

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