terça-feira, março 09, 2004

song #1

Quando a gente manda um presente é como se tudo o que sonhamos se realizasse. É como uma flecha certeira, mandada com elegância para aquele alvo.

Enquanto eu escrevia, tarde da noite, uma carta, percebi que havia muito não escrevia nada, e minha letra - que já foi mais bonita - saía tremida, e eu não me importava. Era como se tudo o que eu quisesse dizer fosse caber no papel, independente das sílabas. Eu escrevo poucas cartas. Mas elas são especiais!
As palavras fluíam como a música, que durante tempos, foi uma das músicas mais lindas que eu já ouvi, e por um acaso, tirei o cd do armário e foi uma opção óbvia colocá-la em uma fita. Eu devia fazer mais isso.

when i see you cry
talking on the phone at night
you never tell me why


Eu tenho muito mais coisas para dizer e ouvir. Só coloquei poucas. Pus exatamente a ansiedade de mandar algo novo e a preguiça de ir até o correio.
Eu esqueci que a vida é uma surpresa, e que eu quase choro para elas.

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