quarta-feira, junho 10, 2020
Todos os olhares se viram para mim. Falada, jogada, colocada em um lugar distinto daquele ao que pertenço. Pertenço a mim? Ao imaginário sobre aquilo que me tornaria? Qual é o espaço em que caibo se não caibo em mim? E sou deslocada, ressituada, manejada ao ódio daquilo que já fui. Os olhares se viram e os dedos apontam para mim. Eu re-existo pelo outro.
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