sábado, setembro 28, 2002

A Veja *creio que da semana passada* publicou uma crítica musical sobre a Avril Lavigne. Me supreendendo, porque eu achei que eles iam falar mal da garota *que deve ser chata pra porra*, e a crítica foi super-ultra-hiper-a-favor das músicas e do jeito dela. Portanto segue embaixo a MINHA e somente MINHA crítica musical sobre a Évril Lavine.

A garota tem só 17 anos, mas isso não é anormal dentro da música pop mundial. Avril Lavigne, canadense, nova e com jeito despojado (o que se nota pelo jeito que se movimenta em seus clipes e entrevistas ou mesmo nas suas roupas) nega que seja artista pop, e declara que faz rock.
De acordo com a Veja a garota lembra Alanis por suas composições angustiadas e o timbre de voz se remete a Natalie Imbruglia, australiana, que faz um rock muito mais afinado que a nova garota da parada musical estado unidense. A música de Avril não se compara à qualidade das duas cantoras há muito mais tempo na estrada, mas a garota tem talento. Pelo menos voz, tem.
As letras são fáceis de decorar, as composições são simples e ritmo é contagiante, o que faz do primeiro cd de Avril um bom prato para o comércio da música, agradando aos teens e vendendo milhares de cópias.
A pequena "musa" do rock-teen tem o mérito de assinar todas as músicas do seu disco Let Go e presar por suas próprias composições ao invés de cantar coisas de outros artistas. Além disto, ganha ao não se mostrar um sex symbol como Britney Spears, e querer aparecer pelo seu trabalho, não pelo seu corpo magro e esbelto.
Pontos pra garota, mas não muitos.
Sua "rebeldia" muitas vezes se parece com o típico "querer chamar atenção" por causa das supostas brigas *de porrada mesmo* que conta aos jornalistas, ou mesmo as expulsões de danceterias por excesso de bagunça. Este tipo de rebeldia é atitude desnecessária no meio da música, mesmo que nossos grandes astros do rock sejam considerados os mestres da zona.
Ousadia e atitude são boas, todo mundo gosta e o artista (ou qualquer outra pessoa) ganha ao se mostrar confiante com seu trabalho. Mas isto não quer dizer que exista o direito de "tocar a zona a torto e a direito" em qualquer lugar. Rebeldia não é bagunça. Não precisa ser, pelo menos.
Pop ou rock, a garota tem um estilo. Está nas paradas, junto com a outra sex-rebel-symbol da música atual - Pink. Com bastante diferenças entre elas, não podemos comparar os dois trabalhos, mas a semelhança está no contraste com as artistas pop comuns que têm pouco de ousadia e muito de apelação a sexualidade.
Avril Lavigne perde por suas músicas nada intelectuais se formos falar da música alternativa, ou mesmo das duas cantoras com as quais é comparada, mas ganha em público jovem que nada quer além de diversão.
Simples letras, simples músicas, é esta a receita pro sucesso pop-rock.

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