sábado, outubro 05, 2002

E minha dose de pieguice foi-se embora com a chuva.
A chuva traz o frio que me faz pensar. No calor meu cérebro não funciona. E eu sempre quero que os filmes acabem bem, mas quando acabam assim, eu fico triste.
Todo mundo tem que se dar mal no fim, porque é assim que acontece. E não importa se chegam milhares de mensagens sobre deus no meu e-mail e eu não repasso. Não penso nele assim pra achar que vai em salvar, e me desculpem os cristãos, mas não dá pra crer.
Que eu fique com 7 anos de azar pelos milhares de espelhos quebrados, que minhas mãos sangrem até eu morrer por eu não acreditar em mim, que uma bomba exploda, que eu chore por ver milhares de crianças morrendo do meu lado, porque não vou acreditar em ilusões que não são as minhas próprias.
Não vou acreditar que o vazio vai sumir quando eu rezar, porque é pura mentira, mãe, é pura balela. Se eu não tivesse perdido tantas noites antes de dormir rezando continuaria a mesma. Porque aquele que muita gente acredita que tem ´lá em cima deixa o povo padecer em sofrimento e só quer oferendas, rezas, crenças. Eu te criei, obedaça-me agora. Não quero obediência, senhor. Quero parar de morrer todo dia.
Se minha cabeça parar de doer, talvez eu pense no senhor aí, ser imaginário, e vc saiba que eu penso em vc. Mas desprezo. Mas minha cabeça vai continuar doendo.
Eu não quero crenças, dogmas, ementas, encíclicas.

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