terça-feira, setembro 30, 2003
segunda-feira, setembro 29, 2003
domingo, setembro 28, 2003
Sorrio, encabulada
Olhando seu rosto sombrio.
Não sei de nada.
Caminho sozinha, assim
Com meus passos vadios
Sem lágrimas vis.
Enebriada pela beleza
Desta manhã cinza, solitária
Queria um colo amigo.
Um filme, um café, uma taça de vinho
Tinto.
Sorrio, sorriso sem vida.
Atrás de mim
Só teho as perdas.
Olhando seu rosto sombrio.
Não sei de nada.
Caminho sozinha, assim
Com meus passos vadios
Sem lágrimas vis.
Enebriada pela beleza
Desta manhã cinza, solitária
Queria um colo amigo.
Um filme, um café, uma taça de vinho
Tinto.
Sorrio, sorriso sem vida.
Atrás de mim
Só teho as perdas.
sábado, setembro 27, 2003
sexta-feira, setembro 26, 2003
quinta-feira, setembro 25, 2003
Tenho certeza de que as pessoas se abandonam e nem por isso deixam os outros às traças.
Não me culpo por te deixar sozinha. me desculpe se pareceu, sei lá, um ato de puro egoísmo. Não sei contar quantas vezes me deixou sozinha, desmarcou, desapareceu, e eu continuei.
Nossas solidões não são culpas mais do que de nós mesmas.
Não me culpo por te deixar sozinha. me desculpe se pareceu, sei lá, um ato de puro egoísmo. Não sei contar quantas vezes me deixou sozinha, desmarcou, desapareceu, e eu continuei.
Nossas solidões não são culpas mais do que de nós mesmas.
segunda-feira, setembro 22, 2003
"(...) Posto diante de todos estes homens reunidos, de todas estas
mulheres, de todas estas crianças (...), cujo suor não nascia do trabalho
que não tinham, mas da agonia insuportável de não o ter, Deus arrependeu-se
dos males que havia feito e permitido, a um ponto tal que, num arrebato de
contrição, quis mudar o seu nome para um outro mais humano. Falando à
multidão anunciou: "A partir de hoje chamar-me-eis Justiça". E a multidão
respondeu--lhe: "Justiça, já nós a temos, e não nos atende". Disse Deus:
"Sendo assim, tomarei o nome de Direito". E a multidão tornou a responder:
"Direito, já nós o temos, e não nos conhece". E Deus: "Nesse caso, ficarei
com o nome de Caridade, que é um nome bonito". Disse a multidão: "Não
necessitamos caridade, o que queremos é uma justiça que se cumpra e um
direito que nos respeite". Então, Deus compreendeu que nunca tivera,
verdadeiramente, no mundo que julgara ser seu, o lugar de majestade que
havia imaginado, que tudo fora, afinal, uma ilusão, que
também ele tinha sido vítima de enganos, como aqueles de que se estavam
queixando as mulheres, os homens e as crianças, e, humilhado, retirou-se
para a eternidade. A penúltima imagem que ainda viu foi a de espingardas
apontadas à multidão, o penúltimo som que ainda ouviu foi o de disparos,
mas na última imagem já havia corpos sangrando, e o último som estava cheio
de gritos e lágrimas".
(Trecho inicial do prefácio do escritor português José Saramago para o
livro de fotografias de Sebastião Salgado "Terra")
mulheres, de todas estas crianças (...), cujo suor não nascia do trabalho
que não tinham, mas da agonia insuportável de não o ter, Deus arrependeu-se
dos males que havia feito e permitido, a um ponto tal que, num arrebato de
contrição, quis mudar o seu nome para um outro mais humano. Falando à
multidão anunciou: "A partir de hoje chamar-me-eis Justiça". E a multidão
respondeu--lhe: "Justiça, já nós a temos, e não nos atende". Disse Deus:
"Sendo assim, tomarei o nome de Direito". E a multidão tornou a responder:
"Direito, já nós o temos, e não nos conhece". E Deus: "Nesse caso, ficarei
com o nome de Caridade, que é um nome bonito". Disse a multidão: "Não
necessitamos caridade, o que queremos é uma justiça que se cumpra e um
direito que nos respeite". Então, Deus compreendeu que nunca tivera,
verdadeiramente, no mundo que julgara ser seu, o lugar de majestade que
havia imaginado, que tudo fora, afinal, uma ilusão, que
também ele tinha sido vítima de enganos, como aqueles de que se estavam
queixando as mulheres, os homens e as crianças, e, humilhado, retirou-se
para a eternidade. A penúltima imagem que ainda viu foi a de espingardas
apontadas à multidão, o penúltimo som que ainda ouviu foi o de disparos,
mas na última imagem já havia corpos sangrando, e o último som estava cheio
de gritos e lágrimas".
(Trecho inicial do prefácio do escritor português José Saramago para o
livro de fotografias de Sebastião Salgado "Terra")
domingo, setembro 21, 2003
Escrevi pra você e você não respondeu
Também não respondi quando você me escreveu
Anotei seu telefone num pedaço de papel
E calculei seu ascendente no recibo do aluguel.
Esqueci seu sobrenome,
Mas me lembro de você.
E a rotina crescia como planta
E engolia a metade do caminho
E a mudança levou tempo por ser tão veloz
Enquanto estávamos a salvo
Ficamos suspensos,
Perdidos no espaço.
E era como se jogassem Space Invaders
Perdendo mais dinheiro de muitas maneiras
Vivendo num planeta perdido como nós
Quem sabe ainda estamos a salvo?
Ficamos suspensos
Perdidos no espaço.
Legião Urbana - Perdidos no Espaço
Também não respondi quando você me escreveu
Anotei seu telefone num pedaço de papel
E calculei seu ascendente no recibo do aluguel.
Esqueci seu sobrenome,
Mas me lembro de você.
E a rotina crescia como planta
E engolia a metade do caminho
E a mudança levou tempo por ser tão veloz
Enquanto estávamos a salvo
Ficamos suspensos,
Perdidos no espaço.
E era como se jogassem Space Invaders
Perdendo mais dinheiro de muitas maneiras
Vivendo num planeta perdido como nós
Quem sabe ainda estamos a salvo?
Ficamos suspensos
Perdidos no espaço.
Legião Urbana - Perdidos no Espaço
sábado, setembro 20, 2003
sexta-feira, setembro 19, 2003
quinta-feira, setembro 18, 2003
Tinha tempo que eu não me sentia assim, tão desamparada. Daquele jeito, o mundo parece cair, e nada parece ser levatando. As coisas voltam para o lugar de sempre, mas a gente se desloca, vamos embora de nós mesmos. Igual naquelas músicas que sempre ouvimos. Como naqueles filmes que nos negamos a dizer "sou eu com outro nome!". Como a outra pessoa que a gente conhece e é triste e solitário.
Tinha tempo que eu não achava que eu era a pior pessoa do mundo e fazia algum tempo que pra mim o amor tinha adiquirido a possibilidade de ser quase eterno.
Mas acabou. Tudo acabou. Toda a minha esperança de um mundo melhor. Toda a minha espectativa de uma vida melhor.
Vou me suicidar ali e já volto. Antes que as lágrimas me sufoquem e eu seja obrigada a não fazer a única coisa que me resta: postar.
Como é medíocre a minha vida. De todos os meus afazeres diários, o mais interessante virou postar num weblog qualquer que só eu leio pra ficar me lembrando de toda desgraça que é essa ridicularidade de ser eu.
E agora? O futuro já chegou e eu continuo no mesmo lugar.
Nenhum passo leva pra frente ou pra trás.
Tinha tempo que eu não achava que eu era a pior pessoa do mundo e fazia algum tempo que pra mim o amor tinha adiquirido a possibilidade de ser quase eterno.
Mas acabou. Tudo acabou. Toda a minha esperança de um mundo melhor. Toda a minha espectativa de uma vida melhor.
Vou me suicidar ali e já volto. Antes que as lágrimas me sufoquem e eu seja obrigada a não fazer a única coisa que me resta: postar.
Como é medíocre a minha vida. De todos os meus afazeres diários, o mais interessante virou postar num weblog qualquer que só eu leio pra ficar me lembrando de toda desgraça que é essa ridicularidade de ser eu.
E agora? O futuro já chegou e eu continuo no mesmo lugar.
Nenhum passo leva pra frente ou pra trás.
Todos os meus passos revelam pernas banbas.
Tinha medo que isso acontecesse, e aconteceu. Só quero chorar e esquecer.
Não quero compartilhar.
Tinha medo de surtar, agora é o que tenho necessidade. Fugir de um mundo escroto pra viver na profunda bruma solitária.
Não dá pra falar. Nunca deu. Compartilhar uma vida que não é minha!? Não sei. Não sei quem sou.
Não quero uma fala, um sentido. Quero sofrer, mas não quero fazer chorar.
Tinha medo que isso acontecesse, e aconteceu. Só quero chorar e esquecer.
Não quero compartilhar.
Tinha medo de surtar, agora é o que tenho necessidade. Fugir de um mundo escroto pra viver na profunda bruma solitária.
Não dá pra falar. Nunca deu. Compartilhar uma vida que não é minha!? Não sei. Não sei quem sou.
Não quero uma fala, um sentido. Quero sofrer, mas não quero fazer chorar.
terça-feira, setembro 16, 2003
segunda-feira, setembro 15, 2003
3 coisas que me assustam:
1| morrer de câncer
2| estupro
3| grupos de ódio
3 coisas que eu amo fazer:
1| comer.
2| beber.
3| sair com quem amo
3 coisas que eu odeio:
1| falsidade.
2| hipocrisia
3| gente que se acha demais e não é porra nenhuma
3 coisas que eu nao entendo:
1| eu mesma
2| por que quem escreve bem é sempre triste
3| por que eu sou tão confusa
3 coisas em cima da minha mesa:
agora?
1| meus comentários sobre o filme de amanhã.
2| computador.
3| celular.
3 coisas na geladeira:
1| salada de ontem.
2| deve ter ovo
3| queria que tivesse sorvete
3 coisas que estou fazendo agora:
1| pensando
2| fazendo este teste idiota que ng vai ler.
3| sentindo frio
3 coisas que quero fazer antes de morrer:
1| publicar alguns poemas
2| fazer um doutorado, se algum dia eu me formar.
3| ler muito e ter cds. muitos cds.
3 coisas que eu sei fazer bem:
1| me chatear
2| machucar os outros
3| enlouquecer
3 maneiras de descrever a minha personalidade:
1| obsessiva-compulsiva
2| chorona
3| grossa
3 coisas que não consigo fazer:
1| esperar.
2| ver tevê por muito tempo
3| parar de roer unha
3 bandas ou cantores que você deveria ouvir:
1| belle and sebastian
2| Lauryn Hill
3| aff! tem tantas! pode ser Travis
3 coisas que eu digo frequentemente:
1| queria beber
2| queria comer algo bem gostoso
3| te amo
3 coisas que eu gostaria de aprender:
1| a não sentir culpa.
2| a gostar de advogados. mentira. não quero gostar deles.
3| a fazer meu pai me dar dinheiro.
3 das minhas comidas favoritas:
1| lasanha
2| pizza
3| doce
arroz com brócolis
vixe, tem um monte
3 coisas que eu bebo regularmente:
1| água.
2| vinho.
3| às vezes, suco.
3 coisas que eu adorava fazer quando era pequeno:
1| pular do brinquedo e cair na areia.
2| levar lancheira pra escola
3| não lembro.
Descreva seu (sua) :
Carteira: roxa, podre de velha.
Coberta/Edredon: é bem colorido. verde com amarelo e azul, sei lá!
Caneca de café: não tenho caneca.
Camiseta preferida: gosto de umas.
Perfume: não uso muito... nem conheço muitos.
Tatuagens: queria uma. nas costas.
Piercings: 5. um transversal na orelha, um simples na outras, um no septo nasal, e dois nos mamilos
Roupa que estou usando: calça de quando meu irmão serviu exército, camiseta do meu 3° ano e descalça.
O que está fazendo agora: escrevendo aqui.
E o que realmente queria fazer: deitada com ele.
Pessoa que queria ver: agora? um bocado de gentes.
Coisa que está perto de mim: celular, sujeira....
Depois disso eu vou: pro meu quarto.
Se pudesse matar alguém e sair impune, quem seria e por quê? tenho que escolher só um?
Filmes preferidos? muitos. As Horas tá no meu topo de lembranças agora.
Cds preferidos? o If you'rew feeling sinister, do b&s.
Algo que estou esperando para o mês que vem: nada, acho.
Última coisa que eu comi: uma bala de café
Algo de que eu tenho medo mortal: de morrer doente
Gosta de velas? sim
Gosta de incenso? às vezes...
Acredita no amor? sim.
Acredita em almas gêmeas? não.
Acredita em amor à primeira vista? amor, amor, não.
Acredita no paraíso? não.
Acredita em deus? não.
Meu pior inimigo: covardia.
Se eu pudesse ter qualquer animal de estimação fora do comum seria: uma foca
Doce preferido: sorvete, chocolate, doce de leite
Uma coisa que eu queria entender melhor: por que eu sou burra assim, a ponto de não passar na USP pra cinema?
1| morrer de câncer
2| estupro
3| grupos de ódio
3 coisas que eu amo fazer:
1| comer.
2| beber.
3| sair com quem amo
3 coisas que eu odeio:
1| falsidade.
2| hipocrisia
3| gente que se acha demais e não é porra nenhuma
3 coisas que eu nao entendo:
1| eu mesma
2| por que quem escreve bem é sempre triste
3| por que eu sou tão confusa
3 coisas em cima da minha mesa:
agora?
1| meus comentários sobre o filme de amanhã.
2| computador.
3| celular.
3 coisas na geladeira:
1| salada de ontem.
2| deve ter ovo
3| queria que tivesse sorvete
3 coisas que estou fazendo agora:
1| pensando
2| fazendo este teste idiota que ng vai ler.
3| sentindo frio
3 coisas que quero fazer antes de morrer:
1| publicar alguns poemas
2| fazer um doutorado, se algum dia eu me formar.
3| ler muito e ter cds. muitos cds.
3 coisas que eu sei fazer bem:
1| me chatear
2| machucar os outros
3| enlouquecer
3 maneiras de descrever a minha personalidade:
1| obsessiva-compulsiva
2| chorona
3| grossa
3 coisas que não consigo fazer:
1| esperar.
2| ver tevê por muito tempo
3| parar de roer unha
3 bandas ou cantores que você deveria ouvir:
1| belle and sebastian
2| Lauryn Hill
3| aff! tem tantas! pode ser Travis
3 coisas que eu digo frequentemente:
1| queria beber
2| queria comer algo bem gostoso
3| te amo
3 coisas que eu gostaria de aprender:
1| a não sentir culpa.
2| a gostar de advogados. mentira. não quero gostar deles.
3| a fazer meu pai me dar dinheiro.
3 das minhas comidas favoritas:
1| lasanha
2| pizza
3| doce
arroz com brócolis
vixe, tem um monte
3 coisas que eu bebo regularmente:
1| água.
2| vinho.
3| às vezes, suco.
3 coisas que eu adorava fazer quando era pequeno:
1| pular do brinquedo e cair na areia.
2| levar lancheira pra escola
3| não lembro.
Descreva seu (sua) :
Carteira: roxa, podre de velha.
Coberta/Edredon: é bem colorido. verde com amarelo e azul, sei lá!
Caneca de café: não tenho caneca.
Camiseta preferida: gosto de umas.
Perfume: não uso muito... nem conheço muitos.
Tatuagens: queria uma. nas costas.
Piercings: 5. um transversal na orelha, um simples na outras, um no septo nasal, e dois nos mamilos
Roupa que estou usando: calça de quando meu irmão serviu exército, camiseta do meu 3° ano e descalça.
O que está fazendo agora: escrevendo aqui.
E o que realmente queria fazer: deitada com ele.
Pessoa que queria ver: agora? um bocado de gentes.
Coisa que está perto de mim: celular, sujeira....
Depois disso eu vou: pro meu quarto.
Se pudesse matar alguém e sair impune, quem seria e por quê? tenho que escolher só um?
Filmes preferidos? muitos. As Horas tá no meu topo de lembranças agora.
Cds preferidos? o If you'rew feeling sinister, do b&s.
Algo que estou esperando para o mês que vem: nada, acho.
Última coisa que eu comi: uma bala de café
Algo de que eu tenho medo mortal: de morrer doente
Gosta de velas? sim
Gosta de incenso? às vezes...
Acredita no amor? sim.
Acredita em almas gêmeas? não.
Acredita em amor à primeira vista? amor, amor, não.
Acredita no paraíso? não.
Acredita em deus? não.
Meu pior inimigo: covardia.
Se eu pudesse ter qualquer animal de estimação fora do comum seria: uma foca
Doce preferido: sorvete, chocolate, doce de leite
Uma coisa que eu queria entender melhor: por que eu sou burra assim, a ponto de não passar na USP pra cinema?
domingo, setembro 14, 2003
Meu cabelo é vermelho. Um vermelho mais que desbotado, que por mais retoques vai ser sempre assim, pra combinar com a minha cara-pálida de gente doente de solidão.
MEu cabelo foi loiro por uns 5 minutos, se preparando pra ficar laranjado. Meu cabelo não é loiro. O dela é. O do cara que pega ônibus comigo é castanho. O olho dele é azul. Gosto de cabelo curto.
Cabelo é papo fútil. Quem vai dizer mais de mim que o meu cabelo?
Cabelo não fala... sorte! Quem vai querer ouvir todos os meus pensamentos que transpassam a massa encefálica cinza e nojenta?
Meu cabelo é vermelho. Assim, esse vermelho cor de nada. Sem roxos, sem mexas, só do mesmo jeito sempre. Por mais que eu tente pentear diferente. As coisas são sempre iguais. Iguais! Alguém tem noção dessa entediante igualdade? Não é a que eu acredito, não essa.
Não tenho o tênis que eu queria. Não tenho o apartamento que tava louca pra decorar. Não beijei todas as pessoas que quis beijar.
Beijei quem amo.
Beijo quem amo.
Ninguém acredita.
Meu cabelo não acredita.
Quem sou eu pra falar de amor?
Eu. Nunca o segundo lugar, e nunca o primeiro.
Sempre fui o final da fila, e nesse mundo, os últimos nunca serão os primeiros.
MEu cabelo foi loiro por uns 5 minutos, se preparando pra ficar laranjado. Meu cabelo não é loiro. O dela é. O do cara que pega ônibus comigo é castanho. O olho dele é azul. Gosto de cabelo curto.
Cabelo é papo fútil. Quem vai dizer mais de mim que o meu cabelo?
Cabelo não fala... sorte! Quem vai querer ouvir todos os meus pensamentos que transpassam a massa encefálica cinza e nojenta?
Meu cabelo é vermelho. Assim, esse vermelho cor de nada. Sem roxos, sem mexas, só do mesmo jeito sempre. Por mais que eu tente pentear diferente. As coisas são sempre iguais. Iguais! Alguém tem noção dessa entediante igualdade? Não é a que eu acredito, não essa.
Não tenho o tênis que eu queria. Não tenho o apartamento que tava louca pra decorar. Não beijei todas as pessoas que quis beijar.
Beijei quem amo.
Beijo quem amo.
Ninguém acredita.
Meu cabelo não acredita.
Quem sou eu pra falar de amor?
Eu. Nunca o segundo lugar, e nunca o primeiro.
Sempre fui o final da fila, e nesse mundo, os últimos nunca serão os primeiros.
sábado, setembro 13, 2003
O grande diferencial é a doença. Quem tem os sintomas mais inusitados, os diagnósticos mais complicados, os remédios mais pesados e os pensamentos mais conturbados é sempre uma pessoa de visão.
Algo parece estar muito errado nesse show de talentos.
descaradamente roubado daqui!
Algo parece estar muito errado nesse show de talentos.
descaradamente roubado daqui!
Queria chorar e não pensar em nada.
Me desabar em lágrimas frias,
Nunca mais lembrar.
Ter um mundo à frente pra seguir
E poder renunciar!
Queria ver o sangue me escorrer
Cair num abismo que não é o meu.
A solidão
não é um poço.
É um Oceano.
Oceano azul-noronha
Belo. Machuca.
Slagado como minha água.
Me desabar em lágrimas frias,
Nunca mais lembrar.
Ter um mundo à frente pra seguir
E poder renunciar!
Queria ver o sangue me escorrer
Cair num abismo que não é o meu.
A solidão
não é um poço.
É um Oceano.
Oceano azul-noronha
Belo. Machuca.
Slagado como minha água.
sexta-feira, setembro 12, 2003
quinta-feira, setembro 11, 2003
quarta-feira, setembro 10, 2003
segunda-feira, setembro 08, 2003
domingo, setembro 07, 2003
A tirinha 187 dos malvados é sensacional. Se eu fosse vocês - e notem, eu não sou vocês! - entraria aqui, e clicaria em Jornalistas, na caixinha que tá assim: os melhores dos malvados, em cima na página.
sábado, setembro 06, 2003
sexta-feira, setembro 05, 2003
Todos os olhares
Deveriam ser pra mim.
Parcos
Tristes
Calados.
Todos as palmas
Quem me dera!
Fossem para meus duvidosos talentos.
Se calasse minha boca
Pra andar e andar
E nunca mais parar
Quem me dera, amor
Ouvir minhas próprias palavras
Viajando entre as brisas leves
Voltando como resposta
às minhas dores.
Todos os olhares, queria todos pra mim!
Carregá-los para sempre
Em bolsas de solidão.
Deveriam ser pra mim.
Parcos
Tristes
Calados.
Todos as palmas
Quem me dera!
Fossem para meus duvidosos talentos.
Se calasse minha boca
Pra andar e andar
E nunca mais parar
Quem me dera, amor
Ouvir minhas próprias palavras
Viajando entre as brisas leves
Voltando como resposta
às minhas dores.
Todos os olhares, queria todos pra mim!
Carregá-los para sempre
Em bolsas de solidão.
quinta-feira, setembro 04, 2003
quarta-feira, setembro 03, 2003
segunda-feira, setembro 01, 2003
Antes de ficar me lamentando, vou contar a história do Fantasminha, agora quase comprovado o Sérgio Vieira de Mello, que morreu umas semanas atrás num ataque em algum lugar com problemas e há muito tempo atrás, na era ditatorial brasileira, foi amigo-torturado de um professor-meu-também-torturado.
O fato é que o apelido do cara era fantasminha porque ele nunca era pego pela polícia. De tal forma que os amigos dele começaram a desconfiar que ele era da polícia (¬¬). Até que um dia, Luiz Fernando Viegas, mestrando em Política Social no meu departamento, foi preso. E junto com ele o Sérgio Mello, ou o (ex)fantasminha.
O caso foi que o dr. Sérgio era super de boa, e nem ficava assim com tanta raiva. Mas meu professor contou que nesse dia o fantasminha ficou outra pessoa. Por quê? Não, não era só por apanhar. A única coisa que restava aos dois era comer e apanhar. Claro que mais apanhar do que comer. Na hora da bóia, o fantasminha começou a comer e pasmem, achou um pedaço de dentadura(!) no prato dele! Obviamente ele não ia deixar por menos e começou a gritar falando que os militares podiam bater nele, mas ele não ia comer comida com dentadura, que isso era falta de respeito e trá lá lá. Final da história. Luiz Fernando ficou se borrando porque não tava com vontade de apanhar mais, e o responsável pela Polícia Federal onde eles estavam fez o fantasminha comer a comida: com a dentadura dentro!
O fato é que o apelido do cara era fantasminha porque ele nunca era pego pela polícia. De tal forma que os amigos dele começaram a desconfiar que ele era da polícia (¬¬). Até que um dia, Luiz Fernando Viegas, mestrando em Política Social no meu departamento, foi preso. E junto com ele o Sérgio Mello, ou o (ex)fantasminha.
O caso foi que o dr. Sérgio era super de boa, e nem ficava assim com tanta raiva. Mas meu professor contou que nesse dia o fantasminha ficou outra pessoa. Por quê? Não, não era só por apanhar. A única coisa que restava aos dois era comer e apanhar. Claro que mais apanhar do que comer. Na hora da bóia, o fantasminha começou a comer e pasmem, achou um pedaço de dentadura(!) no prato dele! Obviamente ele não ia deixar por menos e começou a gritar falando que os militares podiam bater nele, mas ele não ia comer comida com dentadura, que isso era falta de respeito e trá lá lá. Final da história. Luiz Fernando ficou se borrando porque não tava com vontade de apanhar mais, e o responsável pela Polícia Federal onde eles estavam fez o fantasminha comer a comida: com a dentadura dentro!