sábado, janeiro 10, 2004

Gritei milhares de eu-te-amos
Que se despedaçaram nos ares.

Eu, solitária em focos
De sublime.
De cinema sublime
De poesia sublime.
De dias banais
Que se abrem em cantos
Partituras
Calmarias
de eu mesma.

Gritei eu-te-amos que
Ficaram presos em árvores
Altas
E nunca atingiram
O dono das palavras.

Eu, solitária
Gritei até minha voz se tornar pálida.
Na minha calmaria
Sufocante
Gritei eu-te-amos
Que me libertavam.

Mas, ó deus, o que é a liberdade?

Quando a solidão
E as palavras
São o resto
de uma vida?

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