domingo, agosto 25, 2002

Sobrenatural minhas asas refinadas
Não vou lá fora sem que me façam voar.
Choro em ver as casas tão queridas de pessoas tão odiadas lá embaixo.
Quem fica sofre,
Quem voa não cai.
Eu não caio.
Vou flutuando entre meus sonhos
Enquanto as penas não se fazem mel
Quando decidem não carregar mais ninguém
Eu não posso impedir.
Belíssimas minhas asas douradas
À velocidade da luz me encanto com minhas próprias dores
E minhas mãos balançam vazias
E eu sorrio de mim mesma
Quando eu acordo
Vou embora
Fico embaixo
E caio
Nos meus próprios buracos.

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