quinta-feira, março 21, 2002

Não há linearidade na poesia. E nem voltas e serpentes na matemática.
Portanto, é louco, delirante mesmo, aquele que diz que o matemático é um poerta.
Claro que não posso desprezar a estética e o fundamentalismo matemático, mesmo achando idiota que esses matemáticos passem trezentos anos tentando resolver uma funçãozinha que não tem utilidade, mas sei que existe uma certa beleza. Simbólica, sei lá. Mas nunca poética. Que matemática possui rima? Que matemática possui uma forma tão plurilateral?
Não existe rima no formalismo algébrico ou geométrico.. muito menos na estatística, que é bela, pois mascara. O que esconde é belo.
Poesia é a arte da linguagem e da palavra.. falha, fluida, vaga, anti-linear por natureza.É a arte do sentimento, barato ou não. Qual a minha equação so sentimento, do gosto, do tesão, do sexo barato e cru, do sexo amoroso, do amor, da saudade, da vontade?! Qual a minha equação pro que sinto, já que ele não é quantitativo?! E meu ódio, meu escarro... Aonde está a equação exata pra medir tudo isso?
Existe uma hora que surge o paradoxo universal de não juntar-se símbolo matemático com palavra... Tudo que os positivistas negam... A representação amtemática não me representa, não me diz quem sou, o que penso. Faz ciência, mas não faz eu.
A representação da poesia pela simbologia matemática, a explicação do ser pelo número é no mínino contraditória.
A teoria da matematização do mundo tem limites. E os limites estão claros.
Não me venha com essa de que poesia pode ser simétrica.
Poesia simétrica é estática.
E assim, já basta eu.

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