sexta-feira, março 29, 2002

Todos os dias, a única coisa que faz sentido sou eu.
Tudo tão bagunçado que nem as doses cavalares de todos essas calmantes fazem sentido.
Nem ficar aqui, parada, olhando pras minhas próprias mãos leves faz sentido.
Depois de dias roubando carteiras pra olhar corações, sentimentos, cartas, choros, eu pedi demissão dessa vida.
Faz sentido?
Abandonar tudo pra achar que queria que tudo acabasse.
Mas a lógica está tresloucada.
Só eu faço sentido nesse mundo de baratas circulantes pelas paredes pretas e vermelhas.
Não, não são vermelhas de sangue...
O sangue eu já limpei.


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