Que o ano que entra prometa muito mais serenidade do que o que passa. Que seja mais leve, mais amável e, quem sabe, também fugaz. Que o ano que entra prometa botecagens, viagens e amores, para todo mundo. Para mim, especialmente as viagens.
:]
sábado, dezembro 31, 2005
sexta-feira, dezembro 30, 2005
quarta-feira, dezembro 28, 2005
Mas me diz quem é que entende essa loucura de estar e não estar, de ser e não ser, de viver e não acreditar?
Me explica que sensação é essa boa, de dormir com a tevê ligada, e acordar sem qualquer pessoa para desligá-la!?
Me explica, vai, me explica! Quem é essa que aparece no espelho que sorri demais da conta e não é mais pura olheira?
Me diz que som bom é esse, esse samba que me diz liberdade?
Me explica que sensação é essa boa, de dormir com a tevê ligada, e acordar sem qualquer pessoa para desligá-la!?
Me explica, vai, me explica! Quem é essa que aparece no espelho que sorri demais da conta e não é mais pura olheira?
Me diz que som bom é esse, esse samba que me diz liberdade?
segunda-feira, dezembro 26, 2005
quarta-feira, dezembro 21, 2005
domingo, dezembro 18, 2005
- Por que solidão, Isolda? Logo você, que nunca está sozinha...
- Porque os segundos se arrastam e eu penso mais no passado do que consigo levar. Eu olho para trás e não vejo mais a névoa. Enxergo a gama de possibilidades perdidas e a qualidade dos amores, palavras, gestos, que deixei. Me deixo encontrar num bordel todas as noites, e, me parece, me engano pela manhã lendo poemas de Cecília. Solidão? Queria mesmo era ser você ou Izolita, que são pura solidão. Porque nem para isso sirvo. Não grito, não corro, não derramo lágrimas. Não me perco, nem reclamo. Me encontro nos braços de quaisquer e no braço do amor intelectual. No fim, acho que queria mesmo era não só dividir fatos, como anda sendo minha vida com Marcelo. Creio que queira dividir felicidades e afetos. Minhas felicidades estão distantes das dele. Minha felicidade, muitas vezes, é só dirigir para casa quando ele tem ataques de cálculo renal. A dele seria ver o mundo outro, e me ver quem não sou. Sabe, Janaína, eu sou alguém inexlicável, embora sempre me considerem clareza. Meu nome é justiça, mas eu não faço juz ao meu nome. Eu deveria, ao menos hoje, ser solidão e gritar meu pranto.
- Isolda, você está gritando seu pranto. E, a meu ver, é justa. Por ser sincera.
- Porque os segundos se arrastam e eu penso mais no passado do que consigo levar. Eu olho para trás e não vejo mais a névoa. Enxergo a gama de possibilidades perdidas e a qualidade dos amores, palavras, gestos, que deixei. Me deixo encontrar num bordel todas as noites, e, me parece, me engano pela manhã lendo poemas de Cecília. Solidão? Queria mesmo era ser você ou Izolita, que são pura solidão. Porque nem para isso sirvo. Não grito, não corro, não derramo lágrimas. Não me perco, nem reclamo. Me encontro nos braços de quaisquer e no braço do amor intelectual. No fim, acho que queria mesmo era não só dividir fatos, como anda sendo minha vida com Marcelo. Creio que queira dividir felicidades e afetos. Minhas felicidades estão distantes das dele. Minha felicidade, muitas vezes, é só dirigir para casa quando ele tem ataques de cálculo renal. A dele seria ver o mundo outro, e me ver quem não sou. Sabe, Janaína, eu sou alguém inexlicável, embora sempre me considerem clareza. Meu nome é justiça, mas eu não faço juz ao meu nome. Eu deveria, ao menos hoje, ser solidão e gritar meu pranto.
- Isolda, você está gritando seu pranto. E, a meu ver, é justa. Por ser sincera.
sexta-feira, dezembro 09, 2005
quinta-feira, dezembro 08, 2005
quinta-feira, dezembro 01, 2005
terça-feira, novembro 29, 2005
sábado, novembro 26, 2005
sexta-feira, novembro 25, 2005
terça-feira, novembro 15, 2005
domingo, novembro 13, 2005
sábado, novembro 12, 2005
sexta-feira, novembro 11, 2005
quinta-feira, novembro 10, 2005
sábado, novembro 05, 2005
De repente, me dei conta do porquê de tanta dor: os azuleijos do banheiro que não combinam com os do chão. Nada disso queria que permanecesse familiar. Tudo o que é igual, permanente, parecido, conhecido. Nada disso eu quero. Eu tenho tudo o que grande parte das pessoas queria ter. Só que nada disso me serve. Nada me cai como luva e nada preenche meu peito. Eu grito e o eco retorna sempre com uma palavra a menos. É isso! Nada acalenta. Sempre que vai, volta mais fraco. Sempre que me olho, vejo faltando um pedaço. Como se a imagem no espelho fosse se apagando aos poucos, e aos poucos, e aos poucos. O porquê? Não matarás, nas aulas, Decálogo 8 no cinema, A liberdade é azul e a cena da piscina. É uma constate de cenas que machucam os olhos com as lágrimas que me fazem querer morrer. Ainda, a vida de todos esses é fictícia. A minha: solidão. A dor existe porque olho o refil de xampu anti-caspas esquecido no meu banheiro e não faz sentido. Olho as minhas fotos, e em nenhuma pareço existir. Eu sou o reflexo de algo que não lembro o que foi. Não lembro das horas que se passaram, dos diálogos travados, das conversas inteligentes. Eu sou vista como alguém que não sou e não há música que me faça ser menos melancólica. Eu entro na vida das pessoas para ensiná-las a amar, disse-me Cecília, uma vez. Elas entram na minha vida para me fazerem compreender ainda mais o sentir-se só. Eu entro na vida das pessoas para olhar para a vida com menos rancor. Saio delas com punhaladas nas costas. Não adianta: tudo isso me entedia. E é essa a dor. A solidão, o tédio, o escrever mal, o não conseguir corresponder sentimentos, não saber o que quero fazer da minha vida, não ter um apoio que segure minhas lágrimas. O pior: não querer apoio algum para minhas lágrimas. Não quero beijos no ombro, nem piadas infames. Meu humor decaiu com a força de um temporal. De qualidade e capacidade de rir de mim mesma, acredito em Leland: há sempre a tristeza por trás das coisas e nos negamos a ver.
Há sempre uma lágrima entalada na minha garganta: todos se recusam a me olhar.
Há sempre uma lágrima entalada na minha garganta: todos se recusam a me olhar.
quinta-feira, novembro 03, 2005
quarta-feira, novembro 02, 2005
domingo, outubro 30, 2005
quarta-feira, outubro 19, 2005
domingo, outubro 16, 2005
quarta-feira, outubro 12, 2005
segunda-feira, outubro 10, 2005
sábado, outubro 08, 2005
E só hoje, após aquela notie dolorida, tive coragem de reabrir o livro. Na segunda página tem uma dedicatória bonita, e queria que o sentimento ainda existisse.
Sei que nem eu, nem o que foi, existem.
"Espantosa a rapidez com que, ante a invasão vitoriosa de novas ilusões, se dissipam os efeitos da última decepção."
Aníbal M. Machado.
Sei que nem eu, nem o que foi, existem.
"Espantosa a rapidez com que, ante a invasão vitoriosa de novas ilusões, se dissipam os efeitos da última decepção."
Aníbal M. Machado.
quinta-feira, outubro 06, 2005
quarta-feira, outubro 05, 2005
segunda-feira, outubro 03, 2005
E o único pensamento era: por quê?
"It's never over, my kingdom for a kiss upon her shoulder
It's never over, all my riches for her smiles when i slept so soft against her
It's never over, all my blood for the sweetness of her laughter
It's never over, she's the tear that hangs inside my soul forever"
"It's never over, my kingdom for a kiss upon her shoulder
It's never over, all my riches for her smiles when i slept so soft against her
It's never over, all my blood for the sweetness of her laughter
It's never over, she's the tear that hangs inside my soul forever"
domingo, outubro 02, 2005
sábado, outubro 01, 2005
Janaína senta na frente da televisão. Coloca seu prato de miojo com shoyu e cogumelos no colo. Nova comida rápida. Recebe dois ou três telefonemas: não atende. Alguém manda uma mensagem: sinuca? Janaína só quer o aconchego de uma casa que não a acaricia. Responde: não, tenho preguiça. Come devagar o macarrão. Coloca em um filme qualquer. De repente escuta o nome dele em uma frase. A lágrima escorre. Enxuga rápido. Coloca o prato meio cheio em cima da sua pia. Bebe um copo d'água.
Janaína tenta ressurgir, mas ele ainda balança seu coração.
Janaína tenta ressurgir, mas ele ainda balança seu coração.
sexta-feira, setembro 30, 2005
quinta-feira, setembro 29, 2005
terça-feira, setembro 27, 2005
Juliana é um grande espaço vazio. Um vácuo entre o espaço e o tempo. É a representação máxima da agonia de estar presa em algum lugar e em lugar algum. Juliana não é memória e não é fato. Juliana não tem olhos profundos, ou fundos. Juliana não tem cabelos que mudam de cor ou olhos que sejam castanhos. Juliana é pura angústia. Juliana é o vômito pela manhã. Juliana é vontade de sair daqui. Juliana é um grande espaço vazio que gostaria de ser algo em outro local. Juliana é a vontade de outra cidade, estado, país. Juliana não deseja nada. Sequer desejaria Gabriel de volta. Juliana desejaria Belho Horizonte, nunca Gabriel. Juliana não é saudade. Juliana é um vácuo de sentido. Juliana não sente nada além da dor, além da despedida de quem se vai. Juliana é um tchau na rodoviária. Juliana é aquilo que restou de estar e ser outras que não ela. Juliana é vontade. Mas morre a cada minuto.
segunda-feira, setembro 26, 2005
Eu visto-me Juliana, finjo-me Izolita, chamo-me de Isolda. No fim, acabo sempre Janaína.
[toca, repetidamente sade - is it a crime:
This may come, This may come as some surprise
but I miss you
I could see through all of your lies
but still I miss you
he takes her love, but it doesn't feel like mine
he tastes her kiss, her kisses are not wine, they're not mine
he takes, but surely she can't give what I'm feeling now
she takes, but surely she doesn't know how
Is it a crime
Is it a crime
that I still want you
and I want you to want me too
My love is wider, wider than Victoria Lake
My love is taller, taller than the empire state
It dives and it jumps and it ripples like the deepest ocean
I can't give you more than that, surely you want me back]
[toca, repetidamente sade - is it a crime:
This may come, This may come as some surprise
but I miss you
I could see through all of your lies
but still I miss you
he takes her love, but it doesn't feel like mine
he tastes her kiss, her kisses are not wine, they're not mine
he takes, but surely she can't give what I'm feeling now
she takes, but surely she doesn't know how
Is it a crime
Is it a crime
that I still want you
and I want you to want me too
My love is wider, wider than Victoria Lake
My love is taller, taller than the empire state
It dives and it jumps and it ripples like the deepest ocean
I can't give you more than that, surely you want me back]
domingo, setembro 25, 2005
O vento balançava as folhas bem verdes da árvore. De longe, um som bonito vinha: alguém treinava jazz num saxofone.
Algumas folhas caíram. As velhinhas se surpreenderam com o cheiro bom de grama e folhas molhadas. Uma criança tocou o orvalho. E a cena deveria ter sido gravada. O céu nublado, o vento frio, o cheiro de chuva, a nostalgia. Eu ouvia o jazz tocado. As árvores pareciam mais bonitas do que da última vez. Daqui uns dias darão flores brancas. E será primavera. Da parada de ônibus, com duas velhas ao meu lado, eu só pensava no ritmo. E a lágrima escorreu e ficou presa no aro do meu óculos. Embaçou minha vista. O som permaneceu límpido. Eu fiz meus dedos dançarem por cima da perna. Senti o gosto da nostalgia de que uma outra mão segurasse a minha. Era jazz. Jazz, dia nublado, folhas verdes. Tudo era nostalgia: e meus olhos cheios d'água. Não ouvia mais vozes de nenhuma companhia. Ali, existia eu, o saxofone, as árvores, o cheiro de chuva e a saudade de um tempo que nunca existiu. Restava eu e a nostalgia.
Cantarolei baixinho: "Is it a crime
Is it a crime
that I still want you
and I want you to want me too..."
E eu rememorava meus passos de solidão. Há muito não fitava aquelas barrigudas com copas grandes.
Algumas folhas caíram. As velhinhas se surpreenderam com o cheiro bom de grama e folhas molhadas. Uma criança tocou o orvalho. E a cena deveria ter sido gravada. O céu nublado, o vento frio, o cheiro de chuva, a nostalgia. Eu ouvia o jazz tocado. As árvores pareciam mais bonitas do que da última vez. Daqui uns dias darão flores brancas. E será primavera. Da parada de ônibus, com duas velhas ao meu lado, eu só pensava no ritmo. E a lágrima escorreu e ficou presa no aro do meu óculos. Embaçou minha vista. O som permaneceu límpido. Eu fiz meus dedos dançarem por cima da perna. Senti o gosto da nostalgia de que uma outra mão segurasse a minha. Era jazz. Jazz, dia nublado, folhas verdes. Tudo era nostalgia: e meus olhos cheios d'água. Não ouvia mais vozes de nenhuma companhia. Ali, existia eu, o saxofone, as árvores, o cheiro de chuva e a saudade de um tempo que nunca existiu. Restava eu e a nostalgia.
Cantarolei baixinho: "Is it a crime
Is it a crime
that I still want you
and I want you to want me too..."
E eu rememorava meus passos de solidão. Há muito não fitava aquelas barrigudas com copas grandes.
sábado, setembro 24, 2005
das minhas cartas com destino, mas que sempre retornam ao remetente
Acordei hoje e o céu estava nublado. Lembrou-me Belo Horizonte e sua parede cinza.
Levantei devagar, peguei minha lata de coca-cola. Sentei no sofá e vi que não devia notícias a você, embora esteja sempre anseiando falar-lhe algumas palavras pequenas e beijar-lhe a testa... passar a mão na barba por fazer. Hoje eu liguei a tevê e assisti a um filme bobo. Na minha memória, não consigo recordar seus gostos, além dos musicais. Dei umas risadas sem sentido, desejei um pão de queijo. A chuva fina caiu, mas ainda estava calor. É começo de primavera, e eu queria que as flores brancas já estivessem à mostra. Tiraria uma foto e mandaria para você, junto com o colar, o xampu e um anel feito de linha. Nada teria sentido, já que não enviaria cartas. O fato é que hoje o céu amanheceu nublado e o dia quente. E eu sentei em frente à tevê, tomei coca-cola e rememorei nossos momentos. Tomarei uma cerveja hoje, uma só, enquanto ouvirei meu discman tocar qualquer música saudosa. Mas, saiba que 2 rights make 1 wrong já não está na minha set list. Prefiro rememorar e não ter dores.
Porque, meu amor, você é ritmo, eu sou verso, os dois: uma fotografia prestes a ficar amarelada.
Acordei hoje e o céu estava nublado. Lembrou-me Belo Horizonte e sua parede cinza.
Levantei devagar, peguei minha lata de coca-cola. Sentei no sofá e vi que não devia notícias a você, embora esteja sempre anseiando falar-lhe algumas palavras pequenas e beijar-lhe a testa... passar a mão na barba por fazer. Hoje eu liguei a tevê e assisti a um filme bobo. Na minha memória, não consigo recordar seus gostos, além dos musicais. Dei umas risadas sem sentido, desejei um pão de queijo. A chuva fina caiu, mas ainda estava calor. É começo de primavera, e eu queria que as flores brancas já estivessem à mostra. Tiraria uma foto e mandaria para você, junto com o colar, o xampu e um anel feito de linha. Nada teria sentido, já que não enviaria cartas. O fato é que hoje o céu amanheceu nublado e o dia quente. E eu sentei em frente à tevê, tomei coca-cola e rememorei nossos momentos. Tomarei uma cerveja hoje, uma só, enquanto ouvirei meu discman tocar qualquer música saudosa. Mas, saiba que 2 rights make 1 wrong já não está na minha set list. Prefiro rememorar e não ter dores.
Porque, meu amor, você é ritmo, eu sou verso, os dois: uma fotografia prestes a ficar amarelada.
A vida e os sonhos
No mundo da fantasia, Gabriel retirou o telefone do gancho e fez uma ligação de longa distância. Falou que sentia saudade e se deixou levar nas ondas do arrebatamento do sentir. Não teve medo, nem dúvidas. Não relutou, não sentiu-se confuso.
Do outro lado, em outro lugar, Juliana só pensava em sair daquela cidade. De repente, ao ouvir o celular tocar e ver um nome que há muito nele não aparecia, sentiu um conforto tamanho, e sorriu.
O alô foi singelo e sincero, o carinho: profundo. Gabriel avisava-a de uma visita e dizia palavras de amor. Chorava, pedia desculpas pela dor causada. Em prantos, dizia-se saudade. "Hoje eu sou saudade, meu bem."
Juliana, pensativa, dispôs-se a buscá-lo na rodoviária, falou que tipo de roupas trazer, como estava o clima, quais eram as novidades, disse estar surpresa pela ligação. Uma surpresa boa. Juliana sentiu-se ansiosa, mas o aperto no peito tinha ido. "Ele é um paradoxo" - lembrava, mas isso não importava.
Arrumou a cama que o aconchegaria, limpou a casa para que o pó não causasse alergia.
Gabriel chegou em seus sonhos e deu-lhe um beijo de leve nos lábios. "Sua boca pequenina, bem feita. Beijo-te no sono, sem acordar."
É sempre assim no mundo da fantasia. Quando Juliana fecha os olhos, sonha. E os sonhos são sempre bons. Tudo é perfeito. O amor não acaba, as pessoas retornam.
Juliana abre os olhos. Quase instantaneamente toca:
"love or leave and let me lonely. you won't believe me, but i love you only. regreting instead of forgetting with somebody else."
No mundo da fantasia, Gabriel retirou o telefone do gancho e fez uma ligação de longa distância. Falou que sentia saudade e se deixou levar nas ondas do arrebatamento do sentir. Não teve medo, nem dúvidas. Não relutou, não sentiu-se confuso.
Do outro lado, em outro lugar, Juliana só pensava em sair daquela cidade. De repente, ao ouvir o celular tocar e ver um nome que há muito nele não aparecia, sentiu um conforto tamanho, e sorriu.
O alô foi singelo e sincero, o carinho: profundo. Gabriel avisava-a de uma visita e dizia palavras de amor. Chorava, pedia desculpas pela dor causada. Em prantos, dizia-se saudade. "Hoje eu sou saudade, meu bem."
Juliana, pensativa, dispôs-se a buscá-lo na rodoviária, falou que tipo de roupas trazer, como estava o clima, quais eram as novidades, disse estar surpresa pela ligação. Uma surpresa boa. Juliana sentiu-se ansiosa, mas o aperto no peito tinha ido. "Ele é um paradoxo" - lembrava, mas isso não importava.
Arrumou a cama que o aconchegaria, limpou a casa para que o pó não causasse alergia.
Gabriel chegou em seus sonhos e deu-lhe um beijo de leve nos lábios. "Sua boca pequenina, bem feita. Beijo-te no sono, sem acordar."
É sempre assim no mundo da fantasia. Quando Juliana fecha os olhos, sonha. E os sonhos são sempre bons. Tudo é perfeito. O amor não acaba, as pessoas retornam.
Juliana abre os olhos. Quase instantaneamente toca:
"love or leave and let me lonely. you won't believe me, but i love you only. regreting instead of forgetting with somebody else."
sexta-feira, setembro 23, 2005
[Adriana é 'Banana Pancakes']
[Amanda é 'Sitting, Waiting, Wishing']
Juliana sentou no banco do parque, colocou sua bolsa em cima da mesinha de concreto, e aumentou o volume do discman. Pensava em Amanda e Adriana, personagens-fantasia para a noite que acabou em risos e um jogo bobo, com os amigos. Um jogo bobo, uma noite fria, como há muito não via. Um jogo bobo, risadas altas, madrugada que parecia não acabar. E a música tocava alta, estourando seus ouvidos. Não importava. Sentia-se como Amanda e Adriana, juntas. Emaranhadas. Vontade de uma amor bonito, de Adriana. Vontade de uam solidão imensa, como a de Amanda. E,de repente, notou o verso: 'there is no song to sing'. E a lágrima escorreu ao olhar o pôr-do-sol bonito que se colocava neste dia pós chuva. Juliana não era nenhuma das duas. Ou ambas. Juliana era a presença de que não tinha vontade de vida naquele lugar: não haveria bancos e mesas de concreto, pôres-do-sol, personagens-fantasias, Imagem e Ação, Amandas e Adrianas que diriam o que ela sentia. Ela não era Sitting, waiting, wishing, nem Banana pancakes, muito menos Better together. Ela não era verão, nem inverno. Ela era morna ali. Sem extremos ou sonhos. Sem vontades de amor, sem vontades de sonhar. Não sentia vontade das risadas, do bar ou da sinuca. Juliana não era solidão, tampouco completude. Pensou-se mediocridade. Juliana era um imenso vazio urbano. Ela não era nada a ser extravasado. Ali, ela não queria ser algo. Ela queria ser nada. Passar desapercebida pelas ruas. Ali, ela não qeuria paixões, combnações, vida. Ali, ela não queria ser Adriana ou Amanda. Muito menos Janaína. Juliana, com o discman alto e a música para terminar, queria escever um bilhete suicida, só por escrever. Queria morrer para o mundo e começar de novo. Em outro lugar.
[Amanda é 'Sitting, Waiting, Wishing']
Juliana sentou no banco do parque, colocou sua bolsa em cima da mesinha de concreto, e aumentou o volume do discman. Pensava em Amanda e Adriana, personagens-fantasia para a noite que acabou em risos e um jogo bobo, com os amigos. Um jogo bobo, uma noite fria, como há muito não via. Um jogo bobo, risadas altas, madrugada que parecia não acabar. E a música tocava alta, estourando seus ouvidos. Não importava. Sentia-se como Amanda e Adriana, juntas. Emaranhadas. Vontade de uma amor bonito, de Adriana. Vontade de uam solidão imensa, como a de Amanda. E,de repente, notou o verso: 'there is no song to sing'. E a lágrima escorreu ao olhar o pôr-do-sol bonito que se colocava neste dia pós chuva. Juliana não era nenhuma das duas. Ou ambas. Juliana era a presença de que não tinha vontade de vida naquele lugar: não haveria bancos e mesas de concreto, pôres-do-sol, personagens-fantasias, Imagem e Ação, Amandas e Adrianas que diriam o que ela sentia. Ela não era Sitting, waiting, wishing, nem Banana pancakes, muito menos Better together. Ela não era verão, nem inverno. Ela era morna ali. Sem extremos ou sonhos. Sem vontades de amor, sem vontades de sonhar. Não sentia vontade das risadas, do bar ou da sinuca. Juliana não era solidão, tampouco completude. Pensou-se mediocridade. Juliana era um imenso vazio urbano. Ela não era nada a ser extravasado. Ali, ela não queria ser algo. Ela queria ser nada. Passar desapercebida pelas ruas. Ali, ela não qeuria paixões, combnações, vida. Ali, ela não queria ser Adriana ou Amanda. Muito menos Janaína. Juliana, com o discman alto e a música para terminar, queria escever um bilhete suicida, só por escrever. Queria morrer para o mundo e começar de novo. Em outro lugar.
quinta-feira, setembro 22, 2005
O que me dói mesmo, meu bem é que meu amor é sempre incondicional. Eu smpre fico sem comer, embora sinta fome. Eu sempre fico com olheiras imensas, pois não consigo dormir. Minha vida sempre é feita de releituras mórbidas sobre as vidas que vivi. Sempre são as noites vendo árvores roxas e vinhos gostosos à beira do lago que povoam meu peito. São sempre as mensagens inexistentes, os emails maleducados, os carinhos desfeitos... são sempre as memórias de doze horas de viagem atrás do amor que refazem minha perspectiva de vida. Eu vivo de uma passado, meu amor. Um passado futuro que se transforma em tristeza. Bruma, passado, neblima, releitura. Escorrer pelo chão e nunca se refazer. Chorar lágrimas vazias quando sequer lembro de você. O que dói é sempre ser incondicional. É ser festival de cinema. É ser expulsa de sua casa. É ter um emprego e não te contar. É olhar meus poemas antigos e não poder te falar. O que me dóin não é você não esatr aqui. Nunca foi. O que dói é eu ser pretérito imperfeito. No máximo, futuro do pretérito. É eu ser Sâo Paulo, Brasília, Belo Horizinonte ou Bélgica. É eu querer ser parte da parede cinza, é eu querer dar certo. Valer a pena. Quer entender o que sinto? É eu sentir falta do escuro. É eu acordar de madrugada e te ver. Pequeno, encolhido. É eu olhar para o lado, e te ver batucar em si mesmo. O que dói? nâo é o amor em si. É a incondicionalidade do meu amor. É eu morrer a cada amor. É eu morrer por você me menos de uma semana. É eu morrer por mim mesma. O que dói é não ter nada pra te odiar. O que dói é te entender. É você me entender. É eu ser ela. É eu ser ninguém. O que dói é a manhã mais bonita estar cravada na minha mente quando o que eu mais queria era ter dormido uma boa noite de sono. O que dói é seu abraço estar impregnado em mim. é 2 rights make 1 wrong. E olha qeu músicas instrumentais nem são boas. Dói não achar melhor chorar.Dói as conversas intermináveis. Dói o deitar no colo. O beijo esperado. Dói a memória. Eu sou pura memória. Eu ser eu, dói. Dói morrer toda vez. Dói você não me ver, não me olhar, não sorrir. Dói não se importar. Dói eu me importar. Dói, dói, dói. Dói não ser você, aqui, a comentar a cerveja, a sinuca, o trabalho, a vida. Dói você não secar as lágrimas que formam esses leitos profundos em minha face. Dói eu não poder chorar nso seus ombros. Dói eu não poder dividir minha dor. Minha falta. Dói, sabe? Dói! Mas quem disse que você quer saber?
O colar dele permanece no meu pescço. Talvez seja avontade de que a dor não tivesse acontecido. Talvez, mas só talvez, seja a vontade de chorar toda vez ao olhaar no espelho, de desacreditar que o amor nunca existiu. Talvez, seja só a vontade de que ele olhe as fotos e que ache que somos bonitos. Talvez, seja só a votnade de ter o colar no meu pescoço. Talvez seja a promessa de não tirá-lo. Tlavez, seja a vontade de que haja volta. O colar permanece me meu pescoço. E o telefone permanece decorado na memória. Minha vida é uma grande releitura.
quarta-feira, setembro 21, 2005
mãos pequenas, óculos vermelhos, cabelo curto, sapato verde, adidas, nick drake em things behind the sun, belle and sebastian em me and the major, ryan adams em dear chicago e nobody girl, seinfeld, mtv, desocupada, aspirante a mestranda em antropologia, sinuca, unhas brancas, unhas café, unhas pretas, pés descalços, caipiroscas, tequila e cerveja.
terça-feira, setembro 20, 2005
["às vezes é melhor calar e ressentir"]
hoje, meu amor, eu não queria cartas, amores, beijos, paixões. queria sentar na mesa do bar, olhar nos seus olhos e contar como vão meus dias. e você me contar como vão os seus. o emprego novo, a vida nova. os amores. como está você, se está triste ou feliz. hoje, eu não queria um chute no estômago. queria uma conversa amena de fim de tarde, dizer que tenho saudades e receber que se tem também. não remoer, não disfarçar. não queria amor. só queria nós dois, uma conversa, um copo de cerveja. seria simples, fácil, sem dor. sem questionamentos profundos, sem promessas mentirosas. eu não queria dizer eu te amo ou ouvir algo assim. não queria discutir coisas sérias ou viver coisas explosivas. queria um copo de cerveja, seu sorriso no seu rosto, um sorriso no meu. amizade, pura, bela e simples. eu não queria um email que acabasse com minha auto estima. a verdade é que hoje eu não queria entender nada e nem ser entendida. não se entende quem não se conversa. como iria ser entendida?
'às vezes é melhor chorar do que sorrir.'
só senti saudade. só.
hoje, meu amor, eu não queria cartas, amores, beijos, paixões. queria sentar na mesa do bar, olhar nos seus olhos e contar como vão meus dias. e você me contar como vão os seus. o emprego novo, a vida nova. os amores. como está você, se está triste ou feliz. hoje, eu não queria um chute no estômago. queria uma conversa amena de fim de tarde, dizer que tenho saudades e receber que se tem também. não remoer, não disfarçar. não queria amor. só queria nós dois, uma conversa, um copo de cerveja. seria simples, fácil, sem dor. sem questionamentos profundos, sem promessas mentirosas. eu não queria dizer eu te amo ou ouvir algo assim. não queria discutir coisas sérias ou viver coisas explosivas. queria um copo de cerveja, seu sorriso no seu rosto, um sorriso no meu. amizade, pura, bela e simples. eu não queria um email que acabasse com minha auto estima. a verdade é que hoje eu não queria entender nada e nem ser entendida. não se entende quem não se conversa. como iria ser entendida?
'às vezes é melhor chorar do que sorrir.'
só senti saudade. só.
segunda-feira, setembro 19, 2005
melhor assim:
["sinto falta do escuro quando preciso me enxergar. me tirem da tomada, começou a trovejar. às vezes é melhor chorar do que sorrir. às vezes é melhor calar e ressentir. o som, cada vez mais alto, e nem por isso ouvem mais. o som, cada vez mais alto, e nem por isso ouvem mais! não ouvem mais... melhor assim. alguém passou aqui transbordando solidão. secando minhas dores que escorrem pelo chão. às vezes é melhor sorrir do que chorar. se o quadr é em preto em branco, colorir é disfarçar. é tanta coisa nova, e é melhor nem relembrar. é tanta coisa nova, e é melhor nem relembrar! não relembrar, melhor assim."]
["sinto falta do escuro quando preciso me enxergar. me tirem da tomada, começou a trovejar. às vezes é melhor chorar do que sorrir. às vezes é melhor calar e ressentir. o som, cada vez mais alto, e nem por isso ouvem mais. o som, cada vez mais alto, e nem por isso ouvem mais! não ouvem mais... melhor assim. alguém passou aqui transbordando solidão. secando minhas dores que escorrem pelo chão. às vezes é melhor sorrir do que chorar. se o quadr é em preto em branco, colorir é disfarçar. é tanta coisa nova, e é melhor nem relembrar. é tanta coisa nova, e é melhor nem relembrar! não relembrar, melhor assim."]
Das frases memoráveis III
shooting.me.down diz:
porra... beijo, gata foi foda
shooting.me.down diz:
eu perdia o tesão na hora. nunca mais ia querer ver
I'm a loser diz:
eu tb
I'm a loser diz:
pense
I'm a loser diz:
terrível
shooting.me.down diz:
nóssa
shooting.me.down diz:
'beijo, gata!'
I'm a loser diz:
haiuahuiahauiaha
shooting.me.down diz:
parece vendedor da colcci falando com a gente
shooting.me.down diz:
porra... beijo, gata foi foda
shooting.me.down diz:
eu perdia o tesão na hora. nunca mais ia querer ver
I'm a loser diz:
eu tb
I'm a loser diz:
pense
I'm a loser diz:
terrível
shooting.me.down diz:
nóssa
shooting.me.down diz:
'beijo, gata!'
I'm a loser diz:
haiuahuiahauiaha
shooting.me.down diz:
parece vendedor da colcci falando com a gente
domingo, setembro 18, 2005
Sabe, meu amor, 'ela' já não faz sentido.
'cause i'm a nobody girl.
COmo sempre fui. Como sempre serei.
Você nunca foi apaixonado e suas palavras de 'eu te amo' na cabeceira da cama nunca fizeram sentido. Seu olhar ao me acordar nunca foi verdadeiro, e sua voz ao me deixar é a única coisa ressonante. É assim, meu amor. O seu 'eu te amo' vale tanto quanto nota de banco imobiliário. A sua dor é outra. Disse que queria compartilhar a minha, mas... é mentira. É sempre mentira. A dor que assola esse peito nunca deve ser compartilhada. É dor pra ser fardo. Meui fardo. Minha corcunda, minha dor nas costas. Meu eu te amo é verdade. Desde o primeiro dia, desde a primeira tentativa. E, embora eu não seja boa com as palavras, até minha voz parce pouco para você. i'm a broken glass.
Eu faço milhares de declarações de amor. Mas nenhuma adianta de nada. Meus braços não te alcançam. E seria mentira, como as outras, seria me iludir que se alcançassem, você estaria neles. Seria mentira. Assim como é mentira eu estar aqui. Eu sou só ilusão. Just a nobody girl. Alguém que, ao abraçar olhando no espelho, parece uma pessoa promissora. Alguém, meu bem, que vale a pena conquistar para gerar lágrimas. Porque confesso:minhas lágrimas são as mais bonitas. As minhas lágrimas são choradas sempre comigo mesma. Eu encho potes e potes. Você nunca os vê. Eu me lanço ao acaso e me reparto em mil. Sempre por você.
Amor, amor. Você me expulsou da sua vida. Quisera eu te expulsar da minha.
Eu te amo, e me cansa te amar. Me cansa amar qualquer pessoa. Me cansa ser eu mesma, e ter que me abandonar.
O que me cansa mesmo é eu ser eu mesma. E estar sempre a um passo do abismo.
Todo mundo despreza minha capacidade de sofrer. Eu só conheço a ela.
Você diz que não é capaz de amar.
Eu diria que sou incapaz de ser amada.
'cause i'm a nobody girl.
COmo sempre fui. Como sempre serei.
Você nunca foi apaixonado e suas palavras de 'eu te amo' na cabeceira da cama nunca fizeram sentido. Seu olhar ao me acordar nunca foi verdadeiro, e sua voz ao me deixar é a única coisa ressonante. É assim, meu amor. O seu 'eu te amo' vale tanto quanto nota de banco imobiliário. A sua dor é outra. Disse que queria compartilhar a minha, mas... é mentira. É sempre mentira. A dor que assola esse peito nunca deve ser compartilhada. É dor pra ser fardo. Meui fardo. Minha corcunda, minha dor nas costas. Meu eu te amo é verdade. Desde o primeiro dia, desde a primeira tentativa. E, embora eu não seja boa com as palavras, até minha voz parce pouco para você. i'm a broken glass.
Eu faço milhares de declarações de amor. Mas nenhuma adianta de nada. Meus braços não te alcançam. E seria mentira, como as outras, seria me iludir que se alcançassem, você estaria neles. Seria mentira. Assim como é mentira eu estar aqui. Eu sou só ilusão. Just a nobody girl. Alguém que, ao abraçar olhando no espelho, parece uma pessoa promissora. Alguém, meu bem, que vale a pena conquistar para gerar lágrimas. Porque confesso:minhas lágrimas são as mais bonitas. As minhas lágrimas são choradas sempre comigo mesma. Eu encho potes e potes. Você nunca os vê. Eu me lanço ao acaso e me reparto em mil. Sempre por você.
Amor, amor. Você me expulsou da sua vida. Quisera eu te expulsar da minha.
Eu te amo, e me cansa te amar. Me cansa amar qualquer pessoa. Me cansa ser eu mesma, e ter que me abandonar.
O que me cansa mesmo é eu ser eu mesma. E estar sempre a um passo do abismo.
Todo mundo despreza minha capacidade de sofrer. Eu só conheço a ela.
Você diz que não é capaz de amar.
Eu diria que sou incapaz de ser amada.
sábado, setembro 17, 2005
["they don't know you, anyway. they don't know you, they don't watch you walk away. just a nobody girl. with the radar to the sea. when the emptiness has found you, you found all the numbers you need. you say you follow your heart, but honey, you're just being lost. you're a nobody girl, you're a nobody girl. you're a nobody girl."]
ryan adams é onde tudo começou. é onde termina
ryan adams é onde tudo começou. é onde termina
Aquela foi a manhã mais bonita de Brasília. O céu insuportavelmente azul, pela primeira vez, me dizia que as coisas eram belas. E ele, ao meu lado no carro, fazia com que, às 7 da manhã, meu dia fosse perfeito.
Nem o calor, nem o sol, nem o sono foram capazes de arruinar a visão da BR limpa, clara, pronta para um novo dia.
Nem o calor, nem o sol, nem o sono foram capazes de arruinar a visão da BR limpa, clara, pronta para um novo dia.
sexta-feira, setembro 16, 2005
quinta-feira, setembro 15, 2005
quarta-feira, setembro 14, 2005
terça-feira, setembro 13, 2005
Arrisco-me, com pequenas palavras, a escrever-lhe uma carta de amor. É bem simples, como seus olhos. Eu, como já notou, nunca consigo falar palavras bonitas. Eu só me deixo levar... é isso. Eu tento escrever uma carta de amor... queria saber dar-te todas as luas e estrelas! Estão longe demais dos meus braços e elas, de perto, não seriam tão bonitas. Queria a você somente o belo, o doce..
Penso nos seus cabelos, meu bem, e sinto seu cheiro de longe.
Queria te dar só o doce, porém, nas minhas mãos só sinto o gosto do amargo.
Que estejas bem, e que lembre-se, lembre-se, de meu amor.
Izolita
Penso nos seus cabelos, meu bem, e sinto seu cheiro de longe.
Queria te dar só o doce, porém, nas minhas mãos só sinto o gosto do amargo.
Que estejas bem, e que lembre-se, lembre-se, de meu amor.
Izolita
domingo, setembro 11, 2005
E é ao som de "Things Behind the Sun" que Janaína, desesperada, escreve com giz de cera em suas paredes:
Hoje eu só queria eu mesma. Queria eu, meu colo. Queria querer só a mim. Espartar-te, espantar-te. Hoje, eu sou solidão.
E, ao terminar, ainda ouve:
... see the sunny day is done...
A música não acabou.
Hoje eu só queria eu mesma. Queria eu, meu colo. Queria querer só a mim. Espartar-te, espantar-te. Hoje, eu sou solidão.
E, ao terminar, ainda ouve:
... see the sunny day is done...
A música não acabou.
sábado, setembro 10, 2005
sexta-feira, setembro 09, 2005
Crying Shame
[jack johnson]
...
By now
It's beginning to show
A number of people are numbers who aint coming home
I can close my eyes its still there
Close my mind be alone
Close my heart and not care
But gravity has got a hold on us all
Its a terrific price to pay
But in the true sense of the word
Are we using what we've learned?
In the true sense of the word
Are we losing what we were?
Its such a tired game
Will it ever stop?
Is not for me to say
And is it in our blood?
Or is it just our fate?
And how will this all play out
Upside out of my mouth
And who we gunna blame?
On and on
Its such a crying crying crying shame
[jack johnson]
...
By now
It's beginning to show
A number of people are numbers who aint coming home
I can close my eyes its still there
Close my mind be alone
Close my heart and not care
But gravity has got a hold on us all
Its a terrific price to pay
But in the true sense of the word
Are we using what we've learned?
In the true sense of the word
Are we losing what we were?
Its such a tired game
Will it ever stop?
Is not for me to say
And is it in our blood?
Or is it just our fate?
And how will this all play out
Upside out of my mouth
And who we gunna blame?
On and on
Its such a crying crying crying shame
quinta-feira, setembro 08, 2005
[revolta triste e ambulante, falta de sentido, falta de gostar. o que é que você está fazendo aqui? some, some, some... não me ouviu dizer que não quero essa lágrima que me traz? arrogância pura e plena, grosseria acima dos limites do tolerável, rosto marcado de choro, mãos trêmulas, estômago doendo. vontade de um vinho. vontade de sentir: isso, chega mais perto. fala que ama, vai, eu sei que é mentira. não, não. eu não sou essa menina meiga que as pessoas costumam achar. "it's such a tired game": é isso que ressoa em meu cérebro o tempo todo. vai embora! não, não! fica! fica mais um pouco! cinco minutos. escuta meu coração bater. é forte, é dor.
ah, sabe que eu sou um paradoxo.]
ah, sabe que eu sou um paradoxo.]
Sexta-feira, Julho 18, 2003
Porque, se algum dia houvesse o que dizer
Calaria, mórbida por entre meus sonhos
Para com essa vida.
Porque, se eu leio em alguma dia
Um poema frágil
E olho minhas cartas de amor
E são quase como
Palavras caladas
Descartadas em um bocado de papéis velhos
Cheios de poeira
Como nós...
Eus,
Sem conjugações.
E se meus por-quês-sei-lás
Se dizem para mim assim
Vozes sádicas de crianças perfuradas de libido
E eu me escondo de mim sem querer ouvir
Porque, se me olho no espelho e não vejo reflexo
É quando gosto de você e já não te seguro em mim.
E quando penso no passado e percebo, de repente,
Que o futuro não pode ser pra sempre o mesmo
E caio em mim
E me perco em brumas de solidões mil
Realizo meus desejos mais sórdidos.
Finjo que não amo
E não quero mais nos ver.
Porque, se algum dia houvesse o que dizer
Calaria, mórbida por entre meus sonhos
Para com essa vida.
Porque, se eu leio em alguma dia
Um poema frágil
E olho minhas cartas de amor
E são quase como
Palavras caladas
Descartadas em um bocado de papéis velhos
Cheios de poeira
Como nós...
Eus,
Sem conjugações.
E se meus por-quês-sei-lás
Se dizem para mim assim
Vozes sádicas de crianças perfuradas de libido
E eu me escondo de mim sem querer ouvir
Porque, se me olho no espelho e não vejo reflexo
É quando gosto de você e já não te seguro em mim.
E quando penso no passado e percebo, de repente,
Que o futuro não pode ser pra sempre o mesmo
E caio em mim
E me perco em brumas de solidões mil
Realizo meus desejos mais sórdidos.
Finjo que não amo
E não quero mais nos ver.
Eu gosto é do escracho:
"Pode-se deduzir que esta extrema preocupação com a área mental, equiparando-a à ação em si, além de manifestar a ingenuidade com que eram abordadas as ações que redundavam em crimes propriamente ditos, revela-se uma moeda de duas faces. A presença obsessiva do pecado-pensamento enquanto desejo é testemunho vivo de quanto os homens sentiam-se martirizados por ter que reprimir o sexo e, mais ainda, por ter que dominar as vozes da paixão."
Falou e disse, dona Ânegela, em O Gosto do Pecado. Casamento e Sexualidade nos Manuais de Confessores dos séculos XVI e XVII.
[por isso gosto das minhas matérias da antropologia]
"Pode-se deduzir que esta extrema preocupação com a área mental, equiparando-a à ação em si, além de manifestar a ingenuidade com que eram abordadas as ações que redundavam em crimes propriamente ditos, revela-se uma moeda de duas faces. A presença obsessiva do pecado-pensamento enquanto desejo é testemunho vivo de quanto os homens sentiam-se martirizados por ter que reprimir o sexo e, mais ainda, por ter que dominar as vozes da paixão."
Falou e disse, dona Ânegela, em O Gosto do Pecado. Casamento e Sexualidade nos Manuais de Confessores dos séculos XVI e XVII.
[por isso gosto das minhas matérias da antropologia]
quarta-feira, setembro 07, 2005
Sozinha em casa, Janaína senta em frente aos seus cadernos e procura um poema antigo qualquer. Revira suas anotações, receitas, cadernos do segundo grau, desenhos mal feitos... revira papéis velhos e encontra exatamente o que queria. Em um papel pequeno, escrito em letras redondas, Janaína se encontra: Eu sou uma grande ilusão de mim mesma.
E é com iso, escrito várias vezes em um papel amarelado de café, que Janaína decide decorar seu quarto. É com a constatação de sua solidão imensa que Janaína vai dormir.
- Um café expresso, por favor. - diria ela, se estivesse em uma lanchonete qualquer.
Satisfaz-se com uma caneca de coca-cola. Deita em sua cama fria. Fecha os olhos. E torce para não acordar.
E é com iso, escrito várias vezes em um papel amarelado de café, que Janaína decide decorar seu quarto. É com a constatação de sua solidão imensa que Janaína vai dormir.
- Um café expresso, por favor. - diria ela, se estivesse em uma lanchonete qualquer.
Satisfaz-se com uma caneca de coca-cola. Deita em sua cama fria. Fecha os olhos. E torce para não acordar.
terça-feira, setembro 06, 2005
segunda-feira, setembro 05, 2005
Eu, para Cecília e Cravo:
Se eu fosse católica viraria freira. Foda não crer em deus nessas horas. De vez em qd até arrisco umas rezas...mas, são tão descrentes, tão descrentes, que se deus existe fica com dó de mim.
E, para completar.
Cravo diz:
será que tem luz no fim do túnel?
Eu: Pô, espero que não. Senão tou fodida até no plano espiritual...
Se eu fosse católica viraria freira. Foda não crer em deus nessas horas. De vez em qd até arrisco umas rezas...mas, são tão descrentes, tão descrentes, que se deus existe fica com dó de mim.
E, para completar.
Cravo diz:
será que tem luz no fim do túnel?
Eu: Pô, espero que não. Senão tou fodida até no plano espiritual...
Estou a um passo de desativar este blog. Pois, ele está um grande muro de lamentações que sequer eu entendo. Hoje, eu sou Izolita. Amanhã, pode ser que seja Janaína. Mas eu queria mesmo era ser Isolda. E, como creio que amanhã serei Janaína, e ela consegue ser a mais melosa, deprimida, chorona, estou prestes a desativar a válvula de escape. Talvez, assim, a paixão que ela carrega no peito seja deslocada para outros lugares, para outras pessoas ou para si mesma.
Janaína, como Virgínia, ama sempre com as entranhas e não pensa nas conseqüências do fim. Janaína luta até o ápice da dor, até se deixar levar. Janaína morre todas as vezes. Pára de comer, beber, vestir, sentir. Janaína se deixa levar pelas lágrimas infinitas desses amores tão belos que a cativam. Tenho pena, porque ela nunca consegue mantê-los mais de uma semana. Janaína é tão amorosa, tão amorosa, que sufoca. Às vezes, a si mesma. Janaína não faz parte das belas estórias que o peixe grande conta. Não é musa, não é amor, não é adorada. Passa: e ninguém nota. Nunca vi alguém olhar nos olhos de Janaína e ser sincero. Nunca vi alguém pedí-la para ficar.
Os telefones noturnos que ela recebe são todos de contas a pagar. Se Virgínia queria ser como Izolita, que se refugia na falta inóspita, Janaína queria ser como Isolda, que é livre para amar a tudo, a todos e a si mesma. Isolda, sim, consegue tudo o que quer: amor estável, amor eterno, amor pequeno, amor finito. Amor que explode, amor que nasce a cada dia. Sexo selvagem, sexo com carinho. Isolda tem tudo o que quer: amor de homens, amor de mulheres, amor da vida. Isolda se confunde com Justiça. Eu a confundo com amor puro e pleno.
mas fugi do assunto. Estou tentada a desativar meu muro, minha janela sobre as dores. Estou tentada porque, se hoje eu não choro com a falta que me faz, ontem passei duas horas seguidas banhada em lágrimas. Ontem eu fui solidão sem querer ser. Hoje, eu sou falta porque quero. Mas, daqui duas horas sei que estará em casa, e nenhuma mensagem vai chegar no meu celular, e eu voltarei a ser Janaína: ciumenta, melodramática. Serei dor ao triplo: serei Izolita, Janaína e Virgínia - ao mesmo tempo.
Janaína, como Virgínia, ama sempre com as entranhas e não pensa nas conseqüências do fim. Janaína luta até o ápice da dor, até se deixar levar. Janaína morre todas as vezes. Pára de comer, beber, vestir, sentir. Janaína se deixa levar pelas lágrimas infinitas desses amores tão belos que a cativam. Tenho pena, porque ela nunca consegue mantê-los mais de uma semana. Janaína é tão amorosa, tão amorosa, que sufoca. Às vezes, a si mesma. Janaína não faz parte das belas estórias que o peixe grande conta. Não é musa, não é amor, não é adorada. Passa: e ninguém nota. Nunca vi alguém olhar nos olhos de Janaína e ser sincero. Nunca vi alguém pedí-la para ficar.
Os telefones noturnos que ela recebe são todos de contas a pagar. Se Virgínia queria ser como Izolita, que se refugia na falta inóspita, Janaína queria ser como Isolda, que é livre para amar a tudo, a todos e a si mesma. Isolda, sim, consegue tudo o que quer: amor estável, amor eterno, amor pequeno, amor finito. Amor que explode, amor que nasce a cada dia. Sexo selvagem, sexo com carinho. Isolda tem tudo o que quer: amor de homens, amor de mulheres, amor da vida. Isolda se confunde com Justiça. Eu a confundo com amor puro e pleno.
mas fugi do assunto. Estou tentada a desativar meu muro, minha janela sobre as dores. Estou tentada porque, se hoje eu não choro com a falta que me faz, ontem passei duas horas seguidas banhada em lágrimas. Ontem eu fui solidão sem querer ser. Hoje, eu sou falta porque quero. Mas, daqui duas horas sei que estará em casa, e nenhuma mensagem vai chegar no meu celular, e eu voltarei a ser Janaína: ciumenta, melodramática. Serei dor ao triplo: serei Izolita, Janaína e Virgínia - ao mesmo tempo.
domingo, setembro 04, 2005
[drama]
Eu me condeno a um sofrimento inútil [embora inevitável].
Ou melhor,
eu sou condenada a um sofrimento inútil, sobre o qual eu não posso escolher não sofrer. Não foi me dada a chance de dizer o que queria ou o que não queria.
Tudo o que eu desejaria, agora, seria um forte aperto de mão com a escolha, para que ela pudesse ser minha amiga. Eu nunca, nunca, sou permitida a fazer escolhas.
[/drama]
Eu me condeno a um sofrimento inútil [embora inevitável].
Ou melhor,
eu sou condenada a um sofrimento inútil, sobre o qual eu não posso escolher não sofrer. Não foi me dada a chance de dizer o que queria ou o que não queria.
Tudo o que eu desejaria, agora, seria um forte aperto de mão com a escolha, para que ela pudesse ser minha amiga. Eu nunca, nunca, sou permitida a fazer escolhas.
[/drama]
A verdade é que nessa pós-bebedeira, pós-sinuca, pós-beldades-da-noite, pós-vestido-de-bolinha-e-bolsa-vermelha... eu só queria dormir abraçada e ter um cheiro bom no meu travesseiro. Acordar com um beijo carinhoso e um 'bom dia' animado.
Nessa pós-bebedeira e, portanto, nessa depressão com a baixa de qualquer substância química, eu só queria o colo, o carinho, o não abandono.
Eu não queria o suicídio precoce e nem o derrame dos avós. Eu não queria o aborto, a falta, a solidão. Eu não queria o cansaço, eu não queria Ryan Adams. Não queria poemas ou contos ou livros. Eu não queria notícias e nem desculpas.
A verdade é que eu me senti viva, e agora, me sinto vazia.
[porque eu tenho saudade do que nunca foi e do que não pode ser. eu tenho saudade das coisas que acreditei e saudade das mãos que nunca me pertenceram. eu tenho saudade de você.
porque eu sou idiota e amo sempre quem me desama em uma semana.]
Nessa pós-bebedeira e, portanto, nessa depressão com a baixa de qualquer substância química, eu só queria o colo, o carinho, o não abandono.
Eu não queria o suicídio precoce e nem o derrame dos avós. Eu não queria o aborto, a falta, a solidão. Eu não queria o cansaço, eu não queria Ryan Adams. Não queria poemas ou contos ou livros. Eu não queria notícias e nem desculpas.
A verdade é que eu me senti viva, e agora, me sinto vazia.
[porque eu tenho saudade do que nunca foi e do que não pode ser. eu tenho saudade das coisas que acreditei e saudade das mãos que nunca me pertenceram. eu tenho saudade de você.
porque eu sou idiota e amo sempre quem me desama em uma semana.]
sábado, setembro 03, 2005
"Assim que o teu cheiro forte e lento
fez casa no meus braços
e a ainda leve e forte e cego e tenso
fez saber
que ainda era muito
e muito pouco.
Faço nosso meu segredo mais sicnero
e desafio
o instinto dissonante
a insegurança não me ataca quando erro
e o teu momento passa a ser o meu instante
E o teu medo de ter medo de ter medo
Não faz da minha força, confusão
Teu corpo é meu espelho
em ti navego
Eu sei que a tua conrrenteza não tem direção.
Mas tão certo quanto o erro de ser barco a motor
e insistir em usar os remos
É o mal que a água quando se afoga
e o salva vidas não está lá
porque não temos."
Daniel na cova dos leões... fazendo declarações inóspitas.
fez casa no meus braços
e a ainda leve e forte e cego e tenso
fez saber
que ainda era muito
e muito pouco.
Faço nosso meu segredo mais sicnero
e desafio
o instinto dissonante
a insegurança não me ataca quando erro
e o teu momento passa a ser o meu instante
E o teu medo de ter medo de ter medo
Não faz da minha força, confusão
Teu corpo é meu espelho
em ti navego
Eu sei que a tua conrrenteza não tem direção.
Mas tão certo quanto o erro de ser barco a motor
e insistir em usar os remos
É o mal que a água quando se afoga
e o salva vidas não está lá
porque não temos."
Daniel na cova dos leões... fazendo declarações inóspitas.
E, em continuação:
Ela: pronfudíssima essa frase. tô atônita
E eu: eu tou atônita é com a minha capacidade de ser enrolada por clichês. ave maria.
se eu não fui vaca, devo ter sido padre. que enrolava todo mundo com bobeira...
agora, sou só enrolada.
Ela: eu pensava q tinha atirado pedra na cruz. mas acho q não. eu devo ter sido poncio pilatos. mandei matar jesus. por isso q agora vivo na merda.
Eu: ou então, vc grudou chiclete no cabelo de jesus. qd ele saiu da gruta
Ela: pode ser tbm. devo ter feito alguma sacanagem monstra. tomei todo o vinho dele, sei lá.
Eu: no dia que ele transformou água em vinho... tu que tinha roubado os galões de vinho da população. e trocado por água. ele ficou puto de ter que fazer milagre.
e agora tá aí, nessa bosta. pagando por dois milênios
Ela: tá vendo? sabia! vou fazer uma regressão espiritual pra descobrir a verdadeira origem dos meus karmas
Eu: eu devo ter alguma merda assim no meu currículo vital.
Ela: a gente devia fazer regressão espiritual. melhor do q tarot online
Eu: [note que currículo vital foi um trocadilho muito bom pra curriculum vitae]
...
po. eu perdi o link do tarô on line
deve ser por isso que minha vida tá indo tão mal.
Ela: pronfudíssima essa frase. tô atônita
E eu: eu tou atônita é com a minha capacidade de ser enrolada por clichês. ave maria.
se eu não fui vaca, devo ter sido padre. que enrolava todo mundo com bobeira...
agora, sou só enrolada.
Ela: eu pensava q tinha atirado pedra na cruz. mas acho q não. eu devo ter sido poncio pilatos. mandei matar jesus. por isso q agora vivo na merda.
Eu: ou então, vc grudou chiclete no cabelo de jesus. qd ele saiu da gruta
Ela: pode ser tbm. devo ter feito alguma sacanagem monstra. tomei todo o vinho dele, sei lá.
Eu: no dia que ele transformou água em vinho... tu que tinha roubado os galões de vinho da população. e trocado por água. ele ficou puto de ter que fazer milagre.
e agora tá aí, nessa bosta. pagando por dois milênios
Ela: tá vendo? sabia! vou fazer uma regressão espiritual pra descobrir a verdadeira origem dos meus karmas
Eu: eu devo ter alguma merda assim no meu currículo vital.
Ela: a gente devia fazer regressão espiritual. melhor do q tarot online
Eu: [note que currículo vital foi um trocadilho muito bom pra curriculum vitae]
...
po. eu perdi o link do tarô on line
deve ser por isso que minha vida tá indo tão mal.
Eu, para ela, sobre minha vida amorosa:
na minha vida passada eu devo ter sido uma vaca que não gostava de cagar. aí, agora, me presentearam com uma sucessão de bostas fétidas...
na minha vida passada eu devo ter sido uma vaca que não gostava de cagar. aí, agora, me presentearam com uma sucessão de bostas fétidas...
sexta-feira, setembro 02, 2005
quinta-feira, setembro 01, 2005
quarta-feira, agosto 31, 2005
sábado, agosto 27, 2005
De todas as coisas mundanas
Eu só desejei a liberdade.
Quando nasci acorrentada em moldes
De pessoas
De sonhos
De compaixões
Só queria arrebentar cordas e corações.
Quando qualquer um
Ou todos
Queriam sorrir
Eu só almejei poder soluçar
E derramar todas as lágrimas.
Na voz de Nina Simone,
quis dizer
I shall be released.
De todos os sentimentos
Que se confudem em dores
E pensamentos foscos [porque nunca soube os colocar em palavras
Eu só não quis o cativeiro da vida humana.
Falou ela que nasceu na família perfeita e nunca quis ser perfeita
Digo eu que quis a perfeição da arte
E cresci com os talentos errados.
Sei ler e escrever, e interpretar vidas que não são eu
E com caras com as quais digo adeus
Penso que queria sentir.
Porque só queria
Ser livre pra sair daqui.
Se eu fosse livre
Não teria medo de fugir.
Eu só desejei a liberdade.
Quando nasci acorrentada em moldes
De pessoas
De sonhos
De compaixões
Só queria arrebentar cordas e corações.
Quando qualquer um
Ou todos
Queriam sorrir
Eu só almejei poder soluçar
E derramar todas as lágrimas.
Na voz de Nina Simone,
quis dizer
I shall be released.
De todos os sentimentos
Que se confudem em dores
E pensamentos foscos [porque nunca soube os colocar em palavras
Eu só não quis o cativeiro da vida humana.
Falou ela que nasceu na família perfeita e nunca quis ser perfeita
Digo eu que quis a perfeição da arte
E cresci com os talentos errados.
Sei ler e escrever, e interpretar vidas que não são eu
E com caras com as quais digo adeus
Penso que queria sentir.
Porque só queria
Ser livre pra sair daqui.
Se eu fosse livre
Não teria medo de fugir.
sexta-feira, agosto 26, 2005
De Cecília Meireles:
Pus meu sonho num navio
e o navio em cima do mar
depois abri o mar com as mãos,
para o meu sonho naufragar.
Minhas mãos ainda estão molhadas
do azul das ondas entreabertas,
e a cor que escorre de meus dedos
colore as areias desertas.
O vento vem vindo de longe,
a noite se curva de frio;
debaixo da água vai morrendo
meu sonho, dentro de um navio.
Chorarei o quanto for preciso,
para fazer com que o mar cresça
e o meu navio chegue ao fundo
e o meu sonho desapareça.
Depois, tudo estará perfeito:
praia lisa, águas ordenadas,
meus olhos secos como pedras
e as minhas duas mãos quebradas.
Pus meu sonho num navio
e o navio em cima do mar
depois abri o mar com as mãos,
para o meu sonho naufragar.
Minhas mãos ainda estão molhadas
do azul das ondas entreabertas,
e a cor que escorre de meus dedos
colore as areias desertas.
O vento vem vindo de longe,
a noite se curva de frio;
debaixo da água vai morrendo
meu sonho, dentro de um navio.
Chorarei o quanto for preciso,
para fazer com que o mar cresça
e o meu navio chegue ao fundo
e o meu sonho desapareça.
Depois, tudo estará perfeito:
praia lisa, águas ordenadas,
meus olhos secos como pedras
e as minhas duas mãos quebradas.
Ele batuca no próprio corpo o tempo todo e range os dentes ao dormir. E é exatamente toda essa simplicidade que faz com que Izolita o olhe nos olhos e o chame pelo nome. E é o sorriso disfarçado, e o olhar semi-apaixonado que que a fazem repensar a si mesma - pois, a cada 'mensagem recebida' há um pulo inexplicável no pieto que parece dizer 'quero mais'.
E é assim que Izolita ama a distância e mistura calor com ilusão.
E é assim que Izolita ama a distância e mistura calor com ilusão.
A melancolia escorre
em meu peito
[começoa crer qeu só escolho
a saudade]
De tanta falta que faz.
E, se há sorte:
passou.
No momento em
que
com a golada
engoli essa angústia
E plantei-a no seio.
Pois é, menino...
A melancolia escorre
pelo meu peito
e segue por minhas veias,
para baixo e para cima
Entala-se, agora,
em minha boca. Aberta:
porém, que já não sabe falar
[nem eu te amos]
E se só resta a saudade, morena
è porque assim foi dito
à minha vida
para ser.
em meu peito
[começoa crer qeu só escolho
a saudade]
De tanta falta que faz.
E, se há sorte:
passou.
No momento em
que
com a golada
engoli essa angústia
E plantei-a no seio.
Pois é, menino...
A melancolia escorre
pelo meu peito
e segue por minhas veias,
para baixo e para cima
Entala-se, agora,
em minha boca. Aberta:
porém, que já não sabe falar
[nem eu te amos]
E se só resta a saudade, morena
è porque assim foi dito
à minha vida
para ser.
quinta-feira, agosto 25, 2005
E por mais perto que as coisas estejam, elas sempre estarão longe.
Porque se eu gosto é do incerto é culpa desta minha dificuldade de fazer escolhas que não sejam eu.
E, por mais que eu me pode, e me esforce e me seja alheia a mim, não é só o incerto que me cativa, mas a distância, a solidão, a saudade e o sofrimento. Pois, eu tenho três alter egos [alter egos?]: Janaína, Izolita e Isolda. Mas, o que predomina é Izolita. Porque as escolhas difíceis são sempre as melhores de se fazer.
Pois, somente com elas consigo construir caminhos que nunca foram feitos e criar rotas novas, fora do meu caminho gasto, devastado pelas inúmeras vezes em que passei, indo - e regredindo.
E por mais perto que as coisas estejam, acho que eu quero mesmo é o estrago.
['cause i'm a rider']
Porque se eu gosto é do incerto é culpa desta minha dificuldade de fazer escolhas que não sejam eu.
E, por mais que eu me pode, e me esforce e me seja alheia a mim, não é só o incerto que me cativa, mas a distância, a solidão, a saudade e o sofrimento. Pois, eu tenho três alter egos [alter egos?]: Janaína, Izolita e Isolda. Mas, o que predomina é Izolita. Porque as escolhas difíceis são sempre as melhores de se fazer.
Pois, somente com elas consigo construir caminhos que nunca foram feitos e criar rotas novas, fora do meu caminho gasto, devastado pelas inúmeras vezes em que passei, indo - e regredindo.
E por mais perto que as coisas estejam, acho que eu quero mesmo é o estrago.
['cause i'm a rider']
terça-feira, agosto 23, 2005
segunda-feira, agosto 22, 2005
domingo, agosto 21, 2005
sábado, agosto 20, 2005
quinta-feira, agosto 18, 2005
quarta-feira, agosto 17, 2005
domingo, agosto 14, 2005
quinta-feira, agosto 11, 2005
Dear Chicago,
You'll never guess
You know the girl you said I'd meet someday?
Well I got something to confess...
She picked me up on Friday,
Asked me if she reminded me of you?
I just laughed and lit a cigarette,
Said That's impossible to do.
Life's gotten simple since
and it fluctuates so much,
Happy and sad and back again
I'm not crying now too much.
I think about you all the time,
It's strange and hard to deal
I think about you lying there,
and those blanket's lie so still.
Nothing breathes here in the cold,
Nothing moves or even smiles,
I've been thinking some of suicide,
but there's bars out here for miles.
Sorry about the every kiss;
Every kiss you wasted bad.
I think the thing you said was true
I'm gonna die alone and sad.
The wind's feelin' real these days,
yeah and baby it hurts me some...
Never thought I'd feel so blue,
New York City you're almost gone.
I think that I've fallen out of love,
I think I've fallen out of love,
I think I've fallen out of love...with you.
You'll never guess
You know the girl you said I'd meet someday?
Well I got something to confess...
She picked me up on Friday,
Asked me if she reminded me of you?
I just laughed and lit a cigarette,
Said That's impossible to do.
Life's gotten simple since
and it fluctuates so much,
Happy and sad and back again
I'm not crying now too much.
I think about you all the time,
It's strange and hard to deal
I think about you lying there,
and those blanket's lie so still.
Nothing breathes here in the cold,
Nothing moves or even smiles,
I've been thinking some of suicide,
but there's bars out here for miles.
Sorry about the every kiss;
Every kiss you wasted bad.
I think the thing you said was true
I'm gonna die alone and sad.
The wind's feelin' real these days,
yeah and baby it hurts me some...
Never thought I'd feel so blue,
New York City you're almost gone.
I think that I've fallen out of love,
I think I've fallen out of love,
I think I've fallen out of love...with you.
quarta-feira, agosto 10, 2005
O telefone tocou. Janaína, despida, atendeu com calma o telefone que há muito não tocava. Era Izolita.
Dei-me conta hoje, Janaína, que meu nome e minha vida são, de fato, sinônimos. Minha mãe escolheu o nome certo. Ambos são solidão.
E você, como anda?
Sabe, Izolita, eu já não tenho certeza. Há meia hora, antes de entrar no banho, tive certeza de que tudo que queria na minha vida era estabilidade, um amor tranquilo, uma companhia para apaziguar minha dor. Agora, nesse exato momento, ao ouvir sua voz, a única coisa que me consolaria seria sentar em um bar, com uma pessoa desconhecida e ter uma conversa legal. Uma conversa na qual nem meu corpo, nem meu rosto, nem meu cabelo, nem minha idade, ou anos de estudo, ou qualquer coisa relacionada ao meu desemprego, apareceriam. Seria só eu, a pessoa desconhecida e poesia. E passaríamos uma noite agradável, e quando terminasse, seríamos só amigos. Não haveria beijo, nem nada. Uma mensagem no outro dia, um bom dia, como vai. Coisa de gente que se importa. Ouvindo sua voz, Izolita, notei que a minha cabeça pode parar de tocar essas vozes de pessoas que mal me conhecem e me ignoram nas mesas de bar. Sabe, querida, queria uma noite amena, mas não tem ninguém desconhecido para conhecer.
E a solidão?
Não há solidão, Izolita. Não há. Nem vazio, nem solidão, nem vontade, nem lágrima ou riso. Um tipo de garden state.
Dei-me conta hoje, Janaína, que meu nome e minha vida são, de fato, sinônimos. Minha mãe escolheu o nome certo. Ambos são solidão.
E você, como anda?
Sabe, Izolita, eu já não tenho certeza. Há meia hora, antes de entrar no banho, tive certeza de que tudo que queria na minha vida era estabilidade, um amor tranquilo, uma companhia para apaziguar minha dor. Agora, nesse exato momento, ao ouvir sua voz, a única coisa que me consolaria seria sentar em um bar, com uma pessoa desconhecida e ter uma conversa legal. Uma conversa na qual nem meu corpo, nem meu rosto, nem meu cabelo, nem minha idade, ou anos de estudo, ou qualquer coisa relacionada ao meu desemprego, apareceriam. Seria só eu, a pessoa desconhecida e poesia. E passaríamos uma noite agradável, e quando terminasse, seríamos só amigos. Não haveria beijo, nem nada. Uma mensagem no outro dia, um bom dia, como vai. Coisa de gente que se importa. Ouvindo sua voz, Izolita, notei que a minha cabeça pode parar de tocar essas vozes de pessoas que mal me conhecem e me ignoram nas mesas de bar. Sabe, querida, queria uma noite amena, mas não tem ninguém desconhecido para conhecer.
E a solidão?
Não há solidão, Izolita. Não há. Nem vazio, nem solidão, nem vontade, nem lágrima ou riso. Um tipo de garden state.
segunda-feira, agosto 08, 2005
domingo, agosto 07, 2005
sábado, agosto 06, 2005
sexta-feira, agosto 05, 2005
E eu olho para as minhas paredes, e elas são desmemoriadas. As únicas lembranças são um mural ganhado, um calendário feminista e e um quadro por terminar. Assim como eu, minhas paredes são desistências, ícones do amor descampado, desenfreado, escondido por mim. Minhas paredes são reflexo da dor que sinto pelos meus erros. Eu sou o reflexo da dor que sinto pelos meus erros. Trash does not compete with class. Eu, definitivamente, não sou class. Eu sou uma pesssoa grossa que se deixa levar pelos beijos e pelas palavras sentimentais. Eu quero me matar a cada segundo, e, pela opinião pública, já deveria ter me matado. Mas, a opinião pública lê este blog. E eu não seria tão péssima escritora se não sofresse por amor. As pessoas são escrotas. Assim como eu. Entretanto, no final, eu sou a única que sofre por amor de seu amor.
Eu deveria me enterrar numa bolha fétida e ser feliz.
Eu deveria me enterrar numa bolha fétida e ser feliz.
quarta-feira, agosto 03, 2005
terça-feira, agosto 02, 2005
segunda-feira, agosto 01, 2005
Izolita, com o livro de nomes de bebê em suas mãos, se deu conta, de repente, de que sua mãe tinha lhe dado o nome mais correto de todos os nomes. Viu que, talvez, sua vida e seu nome fossem idênticos.
Sentou na beirada da cama, enxugou suas lágrimas, pegou um dos presentes de Pedro, e sorriu.
Deu-se conta, Izolita, de que seu nome e sua vida significam solidão.
Sentou na beirada da cama, enxugou suas lágrimas, pegou um dos presentes de Pedro, e sorriu.
Deu-se conta, Izolita, de que seu nome e sua vida significam solidão.
quarta-feira, julho 27, 2005
Izolita,
não me manda mais essas suas cartas, contos, poemas. Sei que nenhum deles é para mim, nunca foi para mim. Estou cansado de receber seus elogios fúteis e suas cantaas inúteis. No meu coração te cabia inteira, mas você escolheu se esconder de mim. Chega de e-mails, poesias em blogs. Já disse, já disse, saia da minha vida. Você resoncstrói carinhos tão culpados quanto você mesma e se rende às ironias do mundo como sempre disse que não iria fazer. Você, Izolita, é solidão porque quer, e depois chora pelos cantos que quer mesmo é um colo bom. Você disse que teve os melhores colos, os melhores olhos, os melhores amores... quem os deixou foi você. Izolita, querida, você já não faz parte das minhas paredes e nem das minhas fotos. Você não aparece mais nos bares que frequento e sua vida já não me interessa.
Se eu te amo? Amo. Porém, você já não é digna de meu amor.
não me manda mais essas suas cartas, contos, poemas. Sei que nenhum deles é para mim, nunca foi para mim. Estou cansado de receber seus elogios fúteis e suas cantaas inúteis. No meu coração te cabia inteira, mas você escolheu se esconder de mim. Chega de e-mails, poesias em blogs. Já disse, já disse, saia da minha vida. Você resoncstrói carinhos tão culpados quanto você mesma e se rende às ironias do mundo como sempre disse que não iria fazer. Você, Izolita, é solidão porque quer, e depois chora pelos cantos que quer mesmo é um colo bom. Você disse que teve os melhores colos, os melhores olhos, os melhores amores... quem os deixou foi você. Izolita, querida, você já não faz parte das minhas paredes e nem das minhas fotos. Você não aparece mais nos bares que frequento e sua vida já não me interessa.
Se eu te amo? Amo. Porém, você já não é digna de meu amor.
de jeff buckley, na voz de jamie cullum
Looking out the door I see the rain fall upon the funeral mourners
Parading in a wake of sad relations as their shoes fill up with water
Maybe I'm too young to keep good love from going wrong
But tonight you're on my mind so you never know
I'm broken down and hungry for your love with no way to feed it
Where are you tonight, you know how much I need it
Too young to hold on and too old to break free and run
Sometimes a man he gets carried away, when he feels like he should be having his fun
And he's much too blind to see the damage he's done
Cause sometimes a man must awake to find that really he has no one
So I'll wait for you and I'll burn
Will I ever see your sweet return
Oh will I ever learn
Oh lover, you should've come over
'Cause it's not too late
Lonely is the room, the bed is made, the open window lets the rain in
Burning in the corner is the only one who dreams he had you with him
My body turns and yearns for a sleep that will never come
Sometimes a man he gets carried away, when he feels like he should be having his fun
And he's much too blind to see the damage he's done
Cause sometimes a man must awake to find that really he has no one
So I'll wait for you and I'll burn
Will I ever see your sweet return
Oh will I ever learn
Oh lover, you should've come over
'Cause it's not too late
'Cause it's not too late
Looking out the door I see the rain fall upon the funeral mourners
Parading in a wake of sad relations as their shoes fill up with water
Maybe I'm too young to keep good love from going wrong
But tonight you're on my mind so you never know
I'm broken down and hungry for your love with no way to feed it
Where are you tonight, you know how much I need it
Too young to hold on and too old to break free and run
Sometimes a man he gets carried away, when he feels like he should be having his fun
And he's much too blind to see the damage he's done
Cause sometimes a man must awake to find that really he has no one
So I'll wait for you and I'll burn
Will I ever see your sweet return
Oh will I ever learn
Oh lover, you should've come over
'Cause it's not too late
Lonely is the room, the bed is made, the open window lets the rain in
Burning in the corner is the only one who dreams he had you with him
My body turns and yearns for a sleep that will never come
Sometimes a man he gets carried away, when he feels like he should be having his fun
And he's much too blind to see the damage he's done
Cause sometimes a man must awake to find that really he has no one
So I'll wait for you and I'll burn
Will I ever see your sweet return
Oh will I ever learn
Oh lover, you should've come over
'Cause it's not too late
'Cause it's not too late
terça-feira, julho 26, 2005
segunda-feira, julho 25, 2005
Janaína, enquanto dedicava trovas, sonetos e sambas-canção, descobriu que o condenado não tinha coração. E mais: soube que a memória é seletiva. E cruel. Janaína, por muito tempo, permaneceu acabando na mesma cama que o garoto da rodoviuária, só para dizer seu amor com todo o pulmão. Depois notou que já não havia amor. Nem trovas. Os poemas, então, ficaram esquecidos em pedaços de papel guardados em uma lata de metal.
Depois disso, Janaína viu que essa vida é feita de pura ironia. E por alguns dias, se esgotou em poesia.
Depois disso, Janaína viu que essa vida é feita de pura ironia. E por alguns dias, se esgotou em poesia.
sábado, julho 23, 2005
Sonhei com você e me doeu.
Sonhei que a lágrima já tinha secado e que seu abraço no espelho voltava a existir. E sonhei com Kundera, mas não com Karenin. Sonhei com empréstimos e devoluções, com desculpas e saudações. Sonhei que não era mais falsidade e hipocrisia tudo isso, e que eu conseguia esquecer o mundo, mesmo longe de tudo isto. E eu parava de gritar 'i'm sick and tired', pois já não era uma frase verdadeira. Eu já não sentia um presídio em minhas próprias memória e tudo se tornava leve. Ou seja, sonhei e o sonho foi bom. E exatamente o fato de ser bom é o que causa a dor. Embora não sinta mais angústia e meu estômago não se espatife a cada pensamento de você, a dor veio e devastou meu sono. Eu tenho olheiras maiores hoje e os leitos do rio de lágrimas de minha face há um tempo estão bastante secos. Eu não derramo sequer uma lágrima por nossa história ou por minha história. E eu já não sinto culpa e nem rejeição. Eu só vejo uma porção de coisas que as memórias não conseguem se desfazer. Eu vejo traição para todos os lados, onde você não quer ver. Eu vejo fuga de todos os sentimentos onde antes só havia carinho. E os carinhos que vejo que reconstrói são carinhos retomados de lugares que dizia serem inexistentes.
Eu sonhei com você e seu abraç no espelho não era falso e não era idiota e não era mentira. Eu sonhei e meu abraço em você, visto pelas lentes da minha aprendizagem, era um abraço de renovação. Você não me testava e eu não me entregava. Eu pedia o livro emprestado, e ia-me embora como um coração livre.
Ao acordar, lembrei que você tem os melhores cds de jazz que eu já pude escolher o repertório e que algumas músicas minhas estavam perdidas no seu armário.
Ao acordar, senti saudade, mas não vontade de ligar.
Eu tive ciúme de você. Hoje, vou ter ciúme de mim.
Sonhei que a lágrima já tinha secado e que seu abraço no espelho voltava a existir. E sonhei com Kundera, mas não com Karenin. Sonhei com empréstimos e devoluções, com desculpas e saudações. Sonhei que não era mais falsidade e hipocrisia tudo isso, e que eu conseguia esquecer o mundo, mesmo longe de tudo isto. E eu parava de gritar 'i'm sick and tired', pois já não era uma frase verdadeira. Eu já não sentia um presídio em minhas próprias memória e tudo se tornava leve. Ou seja, sonhei e o sonho foi bom. E exatamente o fato de ser bom é o que causa a dor. Embora não sinta mais angústia e meu estômago não se espatife a cada pensamento de você, a dor veio e devastou meu sono. Eu tenho olheiras maiores hoje e os leitos do rio de lágrimas de minha face há um tempo estão bastante secos. Eu não derramo sequer uma lágrima por nossa história ou por minha história. E eu já não sinto culpa e nem rejeição. Eu só vejo uma porção de coisas que as memórias não conseguem se desfazer. Eu vejo traição para todos os lados, onde você não quer ver. Eu vejo fuga de todos os sentimentos onde antes só havia carinho. E os carinhos que vejo que reconstrói são carinhos retomados de lugares que dizia serem inexistentes.
Eu sonhei com você e seu abraç no espelho não era falso e não era idiota e não era mentira. Eu sonhei e meu abraço em você, visto pelas lentes da minha aprendizagem, era um abraço de renovação. Você não me testava e eu não me entregava. Eu pedia o livro emprestado, e ia-me embora como um coração livre.
Ao acordar, lembrei que você tem os melhores cds de jazz que eu já pude escolher o repertório e que algumas músicas minhas estavam perdidas no seu armário.
Ao acordar, senti saudade, mas não vontade de ligar.
Eu tive ciúme de você. Hoje, vou ter ciúme de mim.
segunda-feira, julho 18, 2005
Vento no litoral
De tarde quero descansar
Chegar até a praia e ver
Se o vento ainda está forte
Vai ser bom subir nas pedras, sei
Que eu faço isso pra esquecer
Eu deixo a onda me acertar
E o vento vai levando tudo embora...
Agora está tão longe
Vê?
A linha do horizonte me distrai
Dos nosso planos é que tenho mais saudade
Quando olhávamos juntos, na mesma direção
Aonde está você agora, além de aqui, dentro de mim?
Agimos certo sem querer
Foi só o tempo que errou
Vai ser difícil sem você
Porque você está comigo o tempo todo
E quando vejo o mar
Existe algo diz
Que a vida continua
E se entregar é uma bobagem
Já que você não está aqui
O que posso fazer é cuidar de mim
Quero ser feliz, ao menos
Lembra que o plano era ficarmos bem?
Olha só o que eu achei:
Cavalos marinhos.
Sei que faço isso pra esquecer
Eu deixo a onda me acertar
E o vento vai levando tudo embora.
De tarde quero descansar
Chegar até a praia e ver
Se o vento ainda está forte
Vai ser bom subir nas pedras, sei
Que eu faço isso pra esquecer
Eu deixo a onda me acertar
E o vento vai levando tudo embora...
Agora está tão longe
Vê?
A linha do horizonte me distrai
Dos nosso planos é que tenho mais saudade
Quando olhávamos juntos, na mesma direção
Aonde está você agora, além de aqui, dentro de mim?
Agimos certo sem querer
Foi só o tempo que errou
Vai ser difícil sem você
Porque você está comigo o tempo todo
E quando vejo o mar
Existe algo diz
Que a vida continua
E se entregar é uma bobagem
Já que você não está aqui
O que posso fazer é cuidar de mim
Quero ser feliz, ao menos
Lembra que o plano era ficarmos bem?
Olha só o que eu achei:
Cavalos marinhos.
Sei que faço isso pra esquecer
Eu deixo a onda me acertar
E o vento vai levando tudo embora.
sábado, julho 16, 2005
quinta-feira, julho 14, 2005
quarta-feira, julho 13, 2005
segunda-feira, julho 11, 2005
A pior coisa que alguém pode ter de mim? Desgosto.
Quando eu desgosto não tem volta. Não há o que faça eu gostar de novo ou mudar de idéia. Mas eu só desgosto quando mentem. Ou me traem. Quando prometem e descumprem. Eu desgosto quando me enganam e me deixam no frio, no relento. Eu desgosto, e aí, já era.
Quando eu desgosto não tem volta. Não há o que faça eu gostar de novo ou mudar de idéia. Mas eu só desgosto quando mentem. Ou me traem. Quando prometem e descumprem. Eu desgosto quando me enganam e me deixam no frio, no relento. Eu desgosto, e aí, já era.
domingo, julho 10, 2005
Los Hermanos hoje. Estou doente e voltarei pior. Mas, o que importa? Só faço programas que me deixam doente mesmo. Quem quiser ver as fotos de eu ficando mais doente em cachoeiras: fotolog.
Cidade chata. Ao menos hoje teremos algo pra fazer.
Cidade chata. Ao menos hoje teremos algo pra fazer.
sexta-feira, julho 08, 2005
terça-feira, julho 05, 2005
segunda-feira, julho 04, 2005
sábado, julho 02, 2005
quinta-feira, junho 30, 2005
Minha poesia nunca é jogada fora
Mesmo que os papéis não existam mais.
A memória não é feita de bloquinhos rosas, ou de papéis banais. Minha memória é feita de cheiros que estão impregnados nos meus dedos, de cores que sei que não sairão de minhas roupas, de doses de bebidas quentes, de uma vida que passou e está cravada em mim. Agora, sei que não importa do que me desfaça, as lembranças sempre estarão presentes. Só me resta não acordar nas madrugadas com os olhos cheios de lágrimas, e conseguir levantar sem pensar. Resta não ficar angustiada ao ouvir nomes e vozes, ao ver passos e jeitos de andar. Porque esquecer, ah! esquecer, já desisti. Não importa quantas vezes eu remova as fotos dos meus arquivos, quantas vezes retire sua mão do meu ombro ou em quantas frestas eu não enxergue. O café da manhã na padaria, o filme bom no Cine Brasília, o vinho tinto, o parque, o aniversário, a Adélia, o caminho longo até minha casa nas manhãs de sexta, o copo d'água em cima da tevê, o origami, Porto Alegre, a rodoviária, o bar às 3 da tarde todos os dias... nada disso está guardado em papéis e blocos de anotação. Nada disto está cravado em árvores - vivas ou mortas. A minha memória não é jogada fora, pois as coisas já estão em mim.
Só me resta fazê-las não doer.
Mesmo que os papéis não existam mais.
A memória não é feita de bloquinhos rosas, ou de papéis banais. Minha memória é feita de cheiros que estão impregnados nos meus dedos, de cores que sei que não sairão de minhas roupas, de doses de bebidas quentes, de uma vida que passou e está cravada em mim. Agora, sei que não importa do que me desfaça, as lembranças sempre estarão presentes. Só me resta não acordar nas madrugadas com os olhos cheios de lágrimas, e conseguir levantar sem pensar. Resta não ficar angustiada ao ouvir nomes e vozes, ao ver passos e jeitos de andar. Porque esquecer, ah! esquecer, já desisti. Não importa quantas vezes eu remova as fotos dos meus arquivos, quantas vezes retire sua mão do meu ombro ou em quantas frestas eu não enxergue. O café da manhã na padaria, o filme bom no Cine Brasília, o vinho tinto, o parque, o aniversário, a Adélia, o caminho longo até minha casa nas manhãs de sexta, o copo d'água em cima da tevê, o origami, Porto Alegre, a rodoviária, o bar às 3 da tarde todos os dias... nada disso está guardado em papéis e blocos de anotação. Nada disto está cravado em árvores - vivas ou mortas. A minha memória não é jogada fora, pois as coisas já estão em mim.
Só me resta fazê-las não doer.
Sobre as pessoas e as dádivas
Traição é exatamente quando não reconhecemos um ser como pessoa. É não nos darmos o trabalho de não ferir, ou ao menos, pedir desculpas.
Traição é desconhecer moralmente um outro ser humano, destintuindo sua capacidade de ser respeitado.
Traição é desconhecer a capacidade de se reconhecer no outro.
Traição é exatamente quando não reconhecemos um ser como pessoa. É não nos darmos o trabalho de não ferir, ou ao menos, pedir desculpas.
Traição é desconhecer moralmente um outro ser humano, destintuindo sua capacidade de ser respeitado.
Traição é desconhecer a capacidade de se reconhecer no outro.
quarta-feira, junho 29, 2005
segunda-feira, junho 27, 2005
sábado, junho 25, 2005
Dos meus amores
João
João foi um amor estranho. Um amor que abandonei com certo medo. Um amor que eu fui embora, para não me machucar. Acho que eu tive até razão de ir-me embora. Mas não é isso que vem ao caso. Eu tenho péssima memória, mas lembro de boas coisas desse amor. Lembro de Truffaut e Lynch. História Real. Correr da chuva no parque. Meu mau humor ao estar embaixo da chuva. Ele me dizendo que ficava bem bonita com o cabelo molhado, embaixo do toldo do parquinho. Foi um amor tão rápido. Às vezes, mas só às vezes, acho que não deveria ter fugido. Mas o tempo passou, muito tempo. E hoje, a gente mal se esbarra em festinhas surreais em subsolos sujos na cidade. É uma pena que tenhamos nos perdido, mas, para falar a verdade, nem sinto tanta falta. João foi um amor gostoso, de pouco tempo. Singelo. Foi um poema bonito pendurado na minha parede.
Eduardo
Eduardo foi um amor longo. E complicado. Truncado, bem truncado, no começo. Uma história dentro de outra história. Por minha parte. Um amor bem triste, uma distância enorme entre seres. Porém, foi um amor duradouro. Um amor compartilhado. Um apoio atrás de outro. Conquistas mútuas. Foi um amor tranquilo, algumas vezes. Cinema, música, videogame. Coisa de gente caseira. Muitas lágrimas de cinema seguradas nos filmes de guerra. Programas leves, nada de muita poesia escrita. Foi um amor compartilhado pelo olhar e pelas mãos. O andar cada dia um passo. Até que tropeçamos e o tempo fez o trabalho de desgastar. Ainda tentamos nos reeguer, mas os tropeços foram só acontecendo cada vez mais próximos. Até que um de nós caiu, e não quis levantar. Foi um amor longo,bom, cheio de fases, cheio de altruísmo. E olhe que eu não sou nada altruísta. Foram anos de fotos de nós dois no meu mural.
Guilherme
Guilherme foi meu amor mais recente. Foi um amor relativamente curto no tempo, mas intenso no brilho. Foi pouco cinema, mas muita, muita música. Foi samba do mais triste ao mais alegre. Foi de Cartola à Dicró. Foi amor de centro urbano e de periferia. Foi amor de submundo e de torre de tevê. Foi amor de inteligências complementares, de risos soltos no meio da noite. Foi um amor que era para sempre, um amor Cecília, Clarice e Adélia. Guilherme foi um amor de Câmara dos Deputados. De Porto Alegre. De Ceilândia, Cruzeiro, Asa Norte e Asa Sul. Guilherme foi um amor flutuante, saudoso, espalhado para o mundo em gritos poéticos. Guilherme foi e-mails, telefonemas, mensagens, carinhos. Foi o não me conter em mim e transbordar. E ter meu transbordar amparado pelo carinho, e pelo espelho. Pelo chuveiro frio. Pelo pão com ovo mexido. Foi o vinho tinto em noite fria, absurdamente fria. Foi as pulseiras que retirou, os colares que eu usei. O meu pé machucado e olhar de dó ao vê-lo com todo aquele esparadrapo. Guilherme foi cerveja em dia de calor. Poesia declarada para todos os cantos do mundo.
João
João foi um amor estranho. Um amor que abandonei com certo medo. Um amor que eu fui embora, para não me machucar. Acho que eu tive até razão de ir-me embora. Mas não é isso que vem ao caso. Eu tenho péssima memória, mas lembro de boas coisas desse amor. Lembro de Truffaut e Lynch. História Real. Correr da chuva no parque. Meu mau humor ao estar embaixo da chuva. Ele me dizendo que ficava bem bonita com o cabelo molhado, embaixo do toldo do parquinho. Foi um amor tão rápido. Às vezes, mas só às vezes, acho que não deveria ter fugido. Mas o tempo passou, muito tempo. E hoje, a gente mal se esbarra em festinhas surreais em subsolos sujos na cidade. É uma pena que tenhamos nos perdido, mas, para falar a verdade, nem sinto tanta falta. João foi um amor gostoso, de pouco tempo. Singelo. Foi um poema bonito pendurado na minha parede.
Eduardo
Eduardo foi um amor longo. E complicado. Truncado, bem truncado, no começo. Uma história dentro de outra história. Por minha parte. Um amor bem triste, uma distância enorme entre seres. Porém, foi um amor duradouro. Um amor compartilhado. Um apoio atrás de outro. Conquistas mútuas. Foi um amor tranquilo, algumas vezes. Cinema, música, videogame. Coisa de gente caseira. Muitas lágrimas de cinema seguradas nos filmes de guerra. Programas leves, nada de muita poesia escrita. Foi um amor compartilhado pelo olhar e pelas mãos. O andar cada dia um passo. Até que tropeçamos e o tempo fez o trabalho de desgastar. Ainda tentamos nos reeguer, mas os tropeços foram só acontecendo cada vez mais próximos. Até que um de nós caiu, e não quis levantar. Foi um amor longo,bom, cheio de fases, cheio de altruísmo. E olhe que eu não sou nada altruísta. Foram anos de fotos de nós dois no meu mural.
Guilherme
Guilherme foi meu amor mais recente. Foi um amor relativamente curto no tempo, mas intenso no brilho. Foi pouco cinema, mas muita, muita música. Foi samba do mais triste ao mais alegre. Foi de Cartola à Dicró. Foi amor de centro urbano e de periferia. Foi amor de submundo e de torre de tevê. Foi amor de inteligências complementares, de risos soltos no meio da noite. Foi um amor que era para sempre, um amor Cecília, Clarice e Adélia. Guilherme foi um amor de Câmara dos Deputados. De Porto Alegre. De Ceilândia, Cruzeiro, Asa Norte e Asa Sul. Guilherme foi um amor flutuante, saudoso, espalhado para o mundo em gritos poéticos. Guilherme foi e-mails, telefonemas, mensagens, carinhos. Foi o não me conter em mim e transbordar. E ter meu transbordar amparado pelo carinho, e pelo espelho. Pelo chuveiro frio. Pelo pão com ovo mexido. Foi o vinho tinto em noite fria, absurdamente fria. Foi as pulseiras que retirou, os colares que eu usei. O meu pé machucado e olhar de dó ao vê-lo com todo aquele esparadrapo. Guilherme foi cerveja em dia de calor. Poesia declarada para todos os cantos do mundo.
terça-feira, junho 21, 2005
segunda-feira, junho 20, 2005
Cinema-não-ficção-III?
Janaína é uma menina dessas bem solitárias. Sempre foi. Ela não observa nada, sempre está completamente por fora dos detalhes. Não tem amigos, nem inimigos. Não consegue se aproximar das pessoas, e não gosta de segundas-feiras. Adora tomar café e ver filme, mas há muito não vai ao cinema, por medo de chorar de frio sozinha. Ela anda de casacos sempre, agora, embora sinta um calor danado. Janaína sabe cozinhar, mas anda tão triste que erra sempre a dose do sal.
Janaína fez um mural com o amor que sentia e foi obrigada a tirá-lo da parede assim que pendurou. E isso faz com que ela sinta dor. Eu sempre encontro Janaína com os olhos cheios de lágrimas e com o coração batendo forte. Ela é uma menina que eu diria ser sensacional, assim como Gabriela. Mas elas são tão diferentes. Gabriela tem alguém para confortá-la. Ah, sim, tem. Tem poruqe merece. Janaína também merece. Mas não quer outro alguém. Se nega a querer outro alguém. Janaína é dessas que tem o nome mais bonito e o olhar mais carinhoso, mas que muita gente tem medo de estar. Janaína deve ser uma idiota, mas eu não acho. Gosto dela, até.
Janaína pensa tanto sobre o amor que me cansa.
"veja bem além desses fatos vis, saiba traições são bem mais sutis. se te troquei, não foi por maldade, amor, veja bem, arranjei alguém chamado saudade."
Janaína é uma menina dessas bem solitárias. Sempre foi. Ela não observa nada, sempre está completamente por fora dos detalhes. Não tem amigos, nem inimigos. Não consegue se aproximar das pessoas, e não gosta de segundas-feiras. Adora tomar café e ver filme, mas há muito não vai ao cinema, por medo de chorar de frio sozinha. Ela anda de casacos sempre, agora, embora sinta um calor danado. Janaína sabe cozinhar, mas anda tão triste que erra sempre a dose do sal.
Janaína fez um mural com o amor que sentia e foi obrigada a tirá-lo da parede assim que pendurou. E isso faz com que ela sinta dor. Eu sempre encontro Janaína com os olhos cheios de lágrimas e com o coração batendo forte. Ela é uma menina que eu diria ser sensacional, assim como Gabriela. Mas elas são tão diferentes. Gabriela tem alguém para confortá-la. Ah, sim, tem. Tem poruqe merece. Janaína também merece. Mas não quer outro alguém. Se nega a querer outro alguém. Janaína é dessas que tem o nome mais bonito e o olhar mais carinhoso, mas que muita gente tem medo de estar. Janaína deve ser uma idiota, mas eu não acho. Gosto dela, até.
Janaína pensa tanto sobre o amor que me cansa.
"veja bem além desses fatos vis, saiba traições são bem mais sutis. se te troquei, não foi por maldade, amor, veja bem, arranjei alguém chamado saudade."
Cinema-não-ficção-II?
Paulo é um garoto estranho. É desses que entra fácil na vida dos outros, e quando sai leva pedaços enormes, mosntruosos junto com ele. Ele ama muita gente, muita mesmo. Mas, às vezes, negligencia as pessoas que ama. Paulo é assim. Bebe conhaque, mesmo sabendo que o gosto é péssimo e topa qualquer programa idiota, desde que em boa companhia. Come na frente do conic e bebe vinho em show de sindicato. Paulo mora numa casa bonita, com o jardim mais bem feito que já conheci. Ele que plantou todas as flores, e se orgulha de seu pinheiro que já deu seu primeiro pinho. Paulo rouba mudas de plantas que acha bonita de qualquer lugar. Desde o canteiro de sua cidade, até o canteiro da igreja mais bonita. Ele sabe que se deus existe, gosta de flores. O melhor presente que já ganhei de Paulo foi um origami. Ninguém nunca tinha entendido o que eram aquelas dobraduras tortuosas, mas eu vi, no primeiro instante que era uma vitória-régia. Eu adoro vitórias-régia. Paulo é outro que se perdeu de mim em um desencontro. Mas foi um desencontro mais ou menos criado. Paulo se foi, e eu me perdi. Mas quem nunca se perdeu? Paulo é um garoto estranho. Ama muito, muito mesmo. E é dono do amor mais bonito que já vi. Mas ele nunca se entrega. Talvez, tenha medo de se perder de novo, por um amor tão bonito quanto o seu.
Paulo é um garoto estranho. É desses que entra fácil na vida dos outros, e quando sai leva pedaços enormes, mosntruosos junto com ele. Ele ama muita gente, muita mesmo. Mas, às vezes, negligencia as pessoas que ama. Paulo é assim. Bebe conhaque, mesmo sabendo que o gosto é péssimo e topa qualquer programa idiota, desde que em boa companhia. Come na frente do conic e bebe vinho em show de sindicato. Paulo mora numa casa bonita, com o jardim mais bem feito que já conheci. Ele que plantou todas as flores, e se orgulha de seu pinheiro que já deu seu primeiro pinho. Paulo rouba mudas de plantas que acha bonita de qualquer lugar. Desde o canteiro de sua cidade, até o canteiro da igreja mais bonita. Ele sabe que se deus existe, gosta de flores. O melhor presente que já ganhei de Paulo foi um origami. Ninguém nunca tinha entendido o que eram aquelas dobraduras tortuosas, mas eu vi, no primeiro instante que era uma vitória-régia. Eu adoro vitórias-régia. Paulo é outro que se perdeu de mim em um desencontro. Mas foi um desencontro mais ou menos criado. Paulo se foi, e eu me perdi. Mas quem nunca se perdeu? Paulo é um garoto estranho. Ama muito, muito mesmo. E é dono do amor mais bonito que já vi. Mas ele nunca se entrega. Talvez, tenha medo de se perder de novo, por um amor tão bonito quanto o seu.
Cinema-não-ficção?
Gabriela é uma das meninas mais sensacionais que já conheci. Ela escreve os poemas mais bonitos, e tem os pensamentos mais filosóficos. Ela tem um quê de centro urbano, mas ao mesmo tempo de periferia que só ela tem. Gabriela não se perde em outros, porque, mesmo ao se deixar levar, reconstrói-se sempre. Ela levanta, e é por isso que é bela. Ela sempre levantou. Gabriela tem os olhos solitários, mas sabe que a solidão dela é coisa passageira. Pois ela fica feliz e comemora os aniversários da sua felicidade. Ela, ao contrário de mim, tem pouco medo de perder. Porque nunca, nunca, deixa de ter esse brilho nos olhos.
Eu e Gabriela nos perdemos nos desencontros da vida, e desaparecemos dos horizontes uma da outra. É uma pena mesmo. Já que Gabriela é uma das pessoas mais fenomenais que já conheci.
Gabriela é uma das meninas mais sensacionais que já conheci. Ela escreve os poemas mais bonitos, e tem os pensamentos mais filosóficos. Ela tem um quê de centro urbano, mas ao mesmo tempo de periferia que só ela tem. Gabriela não se perde em outros, porque, mesmo ao se deixar levar, reconstrói-se sempre. Ela levanta, e é por isso que é bela. Ela sempre levantou. Gabriela tem os olhos solitários, mas sabe que a solidão dela é coisa passageira. Pois ela fica feliz e comemora os aniversários da sua felicidade. Ela, ao contrário de mim, tem pouco medo de perder. Porque nunca, nunca, deixa de ter esse brilho nos olhos.
Eu e Gabriela nos perdemos nos desencontros da vida, e desaparecemos dos horizontes uma da outra. É uma pena mesmo. Já que Gabriela é uma das pessoas mais fenomenais que já conheci.
Após o médio abandono deste blog, eu retorno. Volto porque é minha casa, meu lar, meu ser aqui. É minha evolução e retrocesso, meu riso e minha dor. É aqui que cresci, que vivi, que amei, que odiei, que desandei. É para cá que retorno, pois este, e não aquele, é o lar da solidão.
Volto depois de muitos altos e baixos, depois de muitas mudanças. Vai demorar um pouco par ame reestabelecer, para deixar tudo em ordem por aqui, para colocar todos os móveis em seus devidos lugares, mas eu volto com o coração aberto para minha velha casa.
Volto depois de muitos altos e baixos, depois de muitas mudanças. Vai demorar um pouco par ame reestabelecer, para deixar tudo em ordem por aqui, para colocar todos os móveis em seus devidos lugares, mas eu volto com o coração aberto para minha velha casa.
segunda-feira, junho 13, 2005
terça-feira, abril 19, 2005
sábado, abril 09, 2005
sábado, março 19, 2005
sexta-feira, março 18, 2005
quarta-feira, março 16, 2005
terça-feira, março 15, 2005
segunda-feira, março 14, 2005
Hoje, só as palavras alheias são suficientes para dizer o que sinto. Não preciso de lágrimas, ou de um porto seguro. Não preciso de uma cama macia, nem dos braços da eternidade. Hoje, quem faz a eternidade sou eu! E a agonia? Ah!, a agonia... ela persiste. Mas por outras coisas... nada de amor mal amado, de dor por medo, de medo por dor. Nada de agonia por prisões imaginárias... Agonia? Mais do que angústia. Hoje, as palavras alheias são suficientes para recorrer... Não preciso dizer nada, não preciso ver nada. Só sinto. Sinto, sinto, sinto. Como diria Moska: poderia se chamar silêncio, porque a minha dor é calada e meu desejo é mudo.
Hoje, não preciso de gritos. Nada ecoa no recinto quebrantado de meu espírito torpe. Nada ecoa no recinto das minhas paredes desmoronadas. Porque eu me recuso a me prender.
Hoje, não preciso de gritos. Nada ecoa no recinto quebrantado de meu espírito torpe. Nada ecoa no recinto das minhas paredes desmoronadas. Porque eu me recuso a me prender.
Desventura
Cecília Meireles
Tu és como o orsto das rosas:
diferente em cada pétala.
Onde estava teu perfume? Ninguém soube.
Teu lábio sorriu para todos os ventos
e o mundo inteiro ficou feliz.
Eu, só eu, encontrei a gota de orvalho que te alimentava,
como um segredo que cai do sonho.
Depois, abri as mãos, - e perdeu-se.
Agora, creio que vou morrer.
Cecília Meireles
Tu és como o orsto das rosas:
diferente em cada pétala.
Onde estava teu perfume? Ninguém soube.
Teu lábio sorriu para todos os ventos
e o mundo inteiro ficou feliz.
Eu, só eu, encontrei a gota de orvalho que te alimentava,
como um segredo que cai do sonho.
Depois, abri as mãos, - e perdeu-se.
Agora, creio que vou morrer.
quinta-feira, março 10, 2005
quarta-feira, março 09, 2005
terça-feira, março 08, 2005
(respiro os ares de nossa construção coontínua...)
e te vejo no espelho, segurando meus ombos, com seu abraço
E me enlaço, me encaixo no seu colo
E me perco!
Perdida?
No labirinto da liberdade!
Abro as janelas
de meu peito
(e de minha casa)
assim como as portas
e qualquer pequeno buraco
para deixar os ventos de nós dois entrarem
E espadirem-se por todos os cantos!
Abro as janelas
e portas
e portões
de meus seios
Para que possa deitar-se;
e pelo tempo que for
descansarmos do mundo.
e te vejo no espelho, segurando meus ombos, com seu abraço
E me enlaço, me encaixo no seu colo
E me perco!
Perdida?
No labirinto da liberdade!
Abro as janelas
de meu peito
(e de minha casa)
assim como as portas
e qualquer pequeno buraco
para deixar os ventos de nós dois entrarem
E espadirem-se por todos os cantos!
Abro as janelas
e portas
e portões
de meus seios
Para que possa deitar-se;
e pelo tempo que for
descansarmos do mundo.
No Janela Sobre os Poemas
Sobre as dores, falsidades, ilusões e chateações
O ato de trair
é a falta de chão,
quando da crença
em nossas próprias
crenças.
O ato de trair
é deixar de ser
o que sou
por um outro qualquer.
é sentir-me acuada
com meus próprios pensamentos.
Para falar de amor,
digo 'eu te amo.'
Para falar de dor
não tenho mais palavras.
Transbordo!
O rosto,
há muito virou mar
de lágrimas
salgadas!
Para falar de dor
É ver-se açoitada
nas costas
pela inveja
se não, ciúme.
O ato de trair
É jorrar sangue
Por quem se esconde
E permanece
e fala
e falta
mas não conhece.
Sobre as falsidades?
Sobre a punhalada no peito.
Sobre as dores, falsidades, ilusões e chateações
O ato de trair
é a falta de chão,
quando da crença
em nossas próprias
crenças.
O ato de trair
é deixar de ser
o que sou
por um outro qualquer.
é sentir-me acuada
com meus próprios pensamentos.
Para falar de amor,
digo 'eu te amo.'
Para falar de dor
não tenho mais palavras.
Transbordo!
O rosto,
há muito virou mar
de lágrimas
salgadas!
Para falar de dor
É ver-se açoitada
nas costas
pela inveja
se não, ciúme.
O ato de trair
É jorrar sangue
Por quem se esconde
E permanece
e fala
e falta
mas não conhece.
Sobre as falsidades?
Sobre a punhalada no peito.
domingo, março 06, 2005
Diálogo sobre o amor
Encoste o seu ombro no meu
E entenda
Que meu amor
não é o mesmo do teu.
Encosto meu rosto
em seu peito
E sei,
que meu amor
nunca será o mesmo do teu
Não me cobre assim
Desse jeito, enfim
Qualquer coisa que seja
maior do que o que tenho
no coração: ritmo.
Não desejo fantasias,
meu bem,
O compartilhar das dores
não é pedir mais que a dança
Encoste seu ombro no meu,
meu amor
E chore todas as suas lágrimas
Desafogue o aperto do peito
Reerga o foco de sua vista
Passe os dias frios comigo
E deixe que eu seco suas lágrimas
nos dias quentes (se quiser, regados à cerveja)
Esqueça as más-línguas
E seja você mesmo.
Beije meus lábios de leve
E me acorde com um suspiro
Beije meus lábios com força
E segure minhas pernas
com suas pernas
ao dormir.
Leve-me como um sonho bom
Que eu torço para que nenhum de nós
acorde!
Encoste o seu ombro no meu
E entenda
Que meu amor
não é o mesmo do teu.
Encosto meu rosto
em seu peito
E sei,
que meu amor
nunca será o mesmo do teu
Não me cobre assim
Desse jeito, enfim
Qualquer coisa que seja
maior do que o que tenho
no coração: ritmo.
Não desejo fantasias,
meu bem,
O compartilhar das dores
não é pedir mais que a dança
Encoste seu ombro no meu,
meu amor
E chore todas as suas lágrimas
Desafogue o aperto do peito
Reerga o foco de sua vista
Passe os dias frios comigo
E deixe que eu seco suas lágrimas
nos dias quentes (se quiser, regados à cerveja)
Esqueça as más-línguas
E seja você mesmo.
Beije meus lábios de leve
E me acorde com um suspiro
Beije meus lábios com força
E segure minhas pernas
com suas pernas
ao dormir.
Leve-me como um sonho bom
Que eu torço para que nenhum de nós
acorde!
sexta-feira, março 04, 2005
quinta-feira, março 03, 2005
quarta-feira, março 02, 2005
sexta-feira, fevereiro 25, 2005
segunda-feira, fevereiro 21, 2005
Você me leva pra plantar uma Araucária, mesmo sendo proibido, e eu te conto histórias bobas e pequenas de minha adolescência.
Você me conta suas risadas, e eu te conto das minhas poesias, crises internas de ciúme.
Você me faz uma massagem nas costas, eu sorrio de leve, prenso os lábios com carinho, escrevo um samba de mansinho.
E a gente vai levando esse amor simplezinho...
Inventando línguas e códigos de nós dois.
Você me conta suas risadas, e eu te conto das minhas poesias, crises internas de ciúme.
Você me faz uma massagem nas costas, eu sorrio de leve, prenso os lábios com carinho, escrevo um samba de mansinho.
E a gente vai levando esse amor simplezinho...
Inventando línguas e códigos de nós dois.
domingo, fevereiro 20, 2005
sábado, fevereiro 19, 2005
declaração de amor by jamie cullum
Sure I know you’d like to have me
Talk about my future
And a million words or so to fill you in about my past
Have I sisters or a brother
When’s my birthday how’s my mother
Well my dear in time I’ll answer all those things you ask
But for now I’ll just say I love you
Nothing more seems important somehow
And tomorrow can wait come whatever
Let me love you forever but right now
Right now
Some fine day when we go walking
We’ll take time for idle talking
Sharing every feeling as we watch each other smile
I’ll hold your hand you’ll hold my hand
We’ll say things we never had planned
Then we’ll get to know each other in a little while
But for now let me say I love you
Later on there’ll be time for so much more
But for now meaning now and forever
Let me kiss you my darling then once more
Once more
But for now let me say I love you
Later on I must know much more of you
But for now here and now how I love you
As you are in my arms I love you
I love you
I love you
Sure I know you’d like to have me
Talk about my future
And a million words or so to fill you in about my past
Have I sisters or a brother
When’s my birthday how’s my mother
Well my dear in time I’ll answer all those things you ask
But for now I’ll just say I love you
Nothing more seems important somehow
And tomorrow can wait come whatever
Let me love you forever but right now
Right now
Some fine day when we go walking
We’ll take time for idle talking
Sharing every feeling as we watch each other smile
I’ll hold your hand you’ll hold my hand
We’ll say things we never had planned
Then we’ll get to know each other in a little while
But for now let me say I love you
Later on there’ll be time for so much more
But for now meaning now and forever
Let me kiss you my darling then once more
Once more
But for now let me say I love you
Later on I must know much more of you
But for now here and now how I love you
As you are in my arms I love you
I love you
I love you
sexta-feira, fevereiro 18, 2005
quinta-feira, fevereiro 17, 2005
segunda-feira, fevereiro 14, 2005
Quero uma casa pequenina, com as paredes verdes. Uma casa pequenina, um jardim, um cajuzeiro... uma casa de paredes verdes, e cortinas leves. Uma casa pequenina, que caiba nós dois, nossos cds e livros. Quase uma casa no campo, na voz de Elis.
Quero, para que quando a noite chegue, a gente se aprochegue.
(amo)
Quero, para que quando a noite chegue, a gente se aprochegue.
(amo)
saudade
o meu olhar (que suspira)
é quase olhar de santa.
não é falso,
nem engana.
meu olhar,
é um olhar baldio (quando longe)
e olhar sutil (quando perto).
meu olhar,
é uma hora, apaixonado
(e como Cecília)
na outra hora, também.
meu olhar (quando longe)
é resquício do sorriso
do prensar o lábio levemente
com os dentes.
meu olhar é quase
como santa...
mas se esbalda de beleza.
meu olhar é cheio de sentido, quando vejo seus olhos nos meus
o meu olhar (que suspira)
é quase olhar de santa.
não é falso,
nem engana.
meu olhar,
é um olhar baldio (quando longe)
e olhar sutil (quando perto).
meu olhar,
é uma hora, apaixonado
(e como Cecília)
na outra hora, também.
meu olhar (quando longe)
é resquício do sorriso
do prensar o lábio levemente
com os dentes.
meu olhar é quase
como santa...
mas se esbalda de beleza.
meu olhar é cheio de sentido, quando vejo seus olhos nos meus
quarta-feira, fevereiro 02, 2005
segunda-feira, janeiro 24, 2005
sábado, janeiro 22, 2005
sábado, janeiro 15, 2005
segunda-feira, janeiro 10, 2005
samba
decidi, há algum tempo
que o som de minha voz
seria o ritmo
de meu andar.
criei, então,
letras fáceis
de cantarolar,
para que, minha voz grossa
- e desafinada -
fosse capaz de acompanhar.
decidi,
há algum tempo
que seria batuque.
e seria som.
seria mais do que
minha dor no peito
mais que minha alma crua.
seria samba
do mais simples.
decidi, há algum tempo
que o som de minha voz
seria o ritmo
de meu andar.
criei, então,
letras fáceis
de cantarolar,
para que, minha voz grossa
- e desafinada -
fosse capaz de acompanhar.
decidi,
há algum tempo
que seria batuque.
e seria som.
seria mais do que
minha dor no peito
mais que minha alma crua.
seria samba
do mais simples.