sábado, dezembro 31, 2005

Que o ano que entra prometa muito mais serenidade do que o que passa. Que seja mais leve, mais amável e, quem sabe, também fugaz. Que o ano que entra prometa botecagens, viagens e amores, para todo mundo. Para mim, especialmente as viagens.

:]

sexta-feira, dezembro 30, 2005

rádio cabeça: jack johnson

quarta-feira, dezembro 28, 2005

Mas me diz quem é que entende essa loucura de estar e não estar, de ser e não ser, de viver e não acreditar?

Me explica que sensação é essa boa, de dormir com a tevê ligada, e acordar sem qualquer pessoa para desligá-la!?

Me explica, vai, me explica! Quem é essa que aparece no espelho que sorri demais da conta e não é mais pura olheira?

Me diz que som bom é esse, esse samba que me diz liberdade?
"nobody knows it, but you got a secret smile and you use it only for me..."

segunda-feira, dezembro 26, 2005

acho que estou morta e não sei onde deitar. algum dia pensei que fosse no seu colo. agora procuro o meu.

quarta-feira, dezembro 21, 2005

izolita e as dores do tempo

e as asas
batem
desesperadas.

somem, no horizonte
as cores.

não sobra nada:
nem som
nem visão
nem rastro.

no dorso do tempo
solta-se
desprende-se
desaparece.

[izolita olha
e entende:
a borboleta some de sua
vista
e aparece para si
mesma.
e é assim a liberdade]

domingo, dezembro 18, 2005

- Por que solidão, Isolda? Logo você, que nunca está sozinha...
- Porque os segundos se arrastam e eu penso mais no passado do que consigo levar. Eu olho para trás e não vejo mais a névoa. Enxergo a gama de possibilidades perdidas e a qualidade dos amores, palavras, gestos, que deixei. Me deixo encontrar num bordel todas as noites, e, me parece, me engano pela manhã lendo poemas de Cecília. Solidão? Queria mesmo era ser você ou Izolita, que são pura solidão. Porque nem para isso sirvo. Não grito, não corro, não derramo lágrimas. Não me perco, nem reclamo. Me encontro nos braços de quaisquer e no braço do amor intelectual. No fim, acho que queria mesmo era não só dividir fatos, como anda sendo minha vida com Marcelo. Creio que queira dividir felicidades e afetos. Minhas felicidades estão distantes das dele. Minha felicidade, muitas vezes, é só dirigir para casa quando ele tem ataques de cálculo renal. A dele seria ver o mundo outro, e me ver quem não sou. Sabe, Janaína, eu sou alguém inexlicável, embora sempre me considerem clareza. Meu nome é justiça, mas eu não faço juz ao meu nome. Eu deveria, ao menos hoje, ser solidão e gritar meu pranto.
- Isolda, você está gritando seu pranto. E, a meu ver, é justa. Por ser sincera.

sábado, dezembro 17, 2005

a agonia se instala.
hora após hora,
o martírio.
a espera.

sexta-feira, dezembro 09, 2005

Brasília é isto:
luzes amarelas que têm-se
embaçadas
pelas gotas pequenas e contínuas
nas noites de chuva.

Brasília é isto:
meus sapatos azuis
molhados
da água que reluz
com o brilho da cidade.

quinta-feira, dezembro 08, 2005

meu corpo não estremece
e é isso que me consome.
"i'm falling, i'm fading,
i have lost it all.

you know i don't mena to hurt you.'
Bastaria-me, talvez, ouvir novamente sua voz.
passions: prender meu cabelo
Você espalha sua dor
em batidas
musicais.

Eu, já não sinto
cansaço.

Vou e volto, mas nunca
retorno.

Você sempre faz
o que faz.

Eu, nunca estou no
mesmo:
lugar.
Paradoxo

A verdade é que toda verdade é uma grande mentira.

quinta-feira, dezembro 01, 2005

e pensar que meus olhos semi-cerrados enxergam, mesmo embaçado, a beleza dos dias nublados qeu cervam a cidade.

terça-feira, novembro 29, 2005

Essa minha mania de remexer passados...


Eu queria, agora, só alguém que entendesse minha certeza em falhar. E que não me dissesse que eu sou capaz de fazer diferente.

Eu queria que alguém ouvisse minha dor e não quisesse dividí-la.

Pois, dor não é algo que se divida.

sábado, novembro 26, 2005

Há dois minutos, eu fui Isolda: nada era tédio, solidão ou amargura. Tudo era possível, bonito, podia ser refeito ou desfeito. As cosias não eram ápices de dor, mas de liberdade.


Volto a ser Izolita. Me parece que Janaína pouco respira.
Brasília

Só é beleza assim:
preta, branca
e amarelada:
as luzes refletem nas gotas
que caem incessantemente,
como se quisessem dizer "repare!"
Brasília

É condensação:

gotículas minúsculas
embaçando as janelas.

À noite faz frio
e eu sorrio.

Na aurora,
as flores estarão molhadas
da noite anterior:
Brasília é
uma gota d'água
que demora a cair.

sexta-feira, novembro 25, 2005

Eu te amei, meu bem. Eu te amei. Não me satisfaz mais pensar neste pesar.
'Eu não gosto mais de segurar na mão' - disse Isolda. E completou: 'Acho que perdi o medo de cair.'

E caminhou com o sorriso no rosto e Marcelo ao lado.
Se eu fosse fazer uma lista dos meus amores e paixões, seria coisa infinita.

Olhando pela janela, sem a pressão do tempo, diria que o que me cativa é a visão bonita da cidade, vista do alto, à noite. E me basta.
A verdade é que eu ando rededscobrindo a mim mesma, todos os dias, no meu sofá. Eu olho para mim e falo comigo: não há ecos. Eu, hoje, pareço saber quem sou.
'we can't get away'
sempre chega no ponto do intransponível: meus gritos não me levam a lugar nenhum, e a pessoa que escuta, não sabe o porque de estar ali.

terça-feira, novembro 15, 2005

"and the shots of tekila, they say they need it, but what they really need is just a little room to breath"

A primeira música da noite, meu bem, é a que tende a levar todos para a pista.
rádio-cabeça:

"Hold on if you can
You're gonna sink faster
Than you can imagine so hold
Hold on if you can
You're gonna sink faster
Than you can imagine so hold

It's just time to swim ashore
If I drift long enough
I'll be home"

domingo, novembro 13, 2005

"But here comes the music!"
balanço da noite: los hermanos no centro comunitário só quando não houver área vip, um cd novo que não dê sono e eu voltar a ter paciência pro empurra-empurra.

sábado, novembro 12, 2005

melancolia.

sexta-feira, novembro 11, 2005

Ir ou não ir, eis a questão!


[los hermanos amanhã, no centro comunitário. preguiça, preguiça. querer matar o marcelo camelo com a tal morena que aparece em todas as letras dele]
Naquela cabeça só há espaço para música.

Ressonante, com timbres graves e agudos. Forma-se ritmo, beleza, música: logo, nesta cabeça, torna-se verso.

Nesta, só há espaço para as letras, que unidas, uma a uma, formam a intensidade da dor, da beleza, da locuura e, eventualmente, da solidão.
Sabe, meu bem:

"eu sei que é um doce te amar, o amargo é querer-te apra mim".

quinta-feira, novembro 10, 2005

Um machucado grande na perna.

sábado, novembro 05, 2005

De repente, me dei conta do porquê de tanta dor: os azuleijos do banheiro que não combinam com os do chão. Nada disso queria que permanecesse familiar. Tudo o que é igual, permanente, parecido, conhecido. Nada disso eu quero. Eu tenho tudo o que grande parte das pessoas queria ter. Só que nada disso me serve. Nada me cai como luva e nada preenche meu peito. Eu grito e o eco retorna sempre com uma palavra a menos. É isso! Nada acalenta. Sempre que vai, volta mais fraco. Sempre que me olho, vejo faltando um pedaço. Como se a imagem no espelho fosse se apagando aos poucos, e aos poucos, e aos poucos. O porquê? Não matarás, nas aulas, Decálogo 8 no cinema, A liberdade é azul e a cena da piscina. É uma constate de cenas que machucam os olhos com as lágrimas que me fazem querer morrer. Ainda, a vida de todos esses é fictícia. A minha: solidão. A dor existe porque olho o refil de xampu anti-caspas esquecido no meu banheiro e não faz sentido. Olho as minhas fotos, e em nenhuma pareço existir. Eu sou o reflexo de algo que não lembro o que foi. Não lembro das horas que se passaram, dos diálogos travados, das conversas inteligentes. Eu sou vista como alguém que não sou e não há música que me faça ser menos melancólica. Eu entro na vida das pessoas para ensiná-las a amar, disse-me Cecília, uma vez. Elas entram na minha vida para me fazerem compreender ainda mais o sentir-se só. Eu entro na vida das pessoas para olhar para a vida com menos rancor. Saio delas com punhaladas nas costas. Não adianta: tudo isso me entedia. E é essa a dor. A solidão, o tédio, o escrever mal, o não conseguir corresponder sentimentos, não saber o que quero fazer da minha vida, não ter um apoio que segure minhas lágrimas. O pior: não querer apoio algum para minhas lágrimas. Não quero beijos no ombro, nem piadas infames. Meu humor decaiu com a força de um temporal. De qualidade e capacidade de rir de mim mesma, acredito em Leland: há sempre a tristeza por trás das coisas e nos negamos a ver.

Há sempre uma lágrima entalada na minha garganta: todos se recusam a me olhar.

quinta-feira, novembro 03, 2005

Janaína abre a janela e grita forte:

- Meu Deus, me deixe sumir de mim!
Adoro balanços.

quarta-feira, novembro 02, 2005

Juliana é desse tipo que não transborda. Não se abre, não se entrega. Ela não é Janaína ou Virgínia.

Juliana é dessas garotas que não tem para quem se mostrar.

domingo, outubro 30, 2005

Ao som de jazz ela suspira seu próprio nome. Sentir solidão não significa sentir saudade. Ou vice e versa. Juliana é uma estranha em seu próprio corpo, mas não é vazio. Não grita o nome alheio. Só suspira, respira, agita-se: ela é ela mesma.

domingo, outubro 23, 2005

A letras refletidas
no tecido.

Os créditos que me mostram
a arte.

quarta-feira, outubro 19, 2005

VENDO meu ingrasso Claro que é róque, Rio de Janeiro, Meia-entrada! Vendo, vendo. 50 reais. Motivo: não poderei viajar na época.

izis.reis@gmail.com

domingo, outubro 16, 2005

e só a nostalgia
essa puta vontade de passado
e dor de presente
se emaranha em um futuro
incontrolável,
dizível
no indizível...
indivisível.
Sou romântica demais para a luxúria.

quarta-feira, outubro 12, 2005

pois quando olho no espelho e não vejo reflexo
é porque gosto de você
e já não te tenho em mim...


revendo, relendo. me.
eu olho no espelho e enxergo seu quarto, as estrelas, a lua e a bela paisagens que forma-se em sua janela.
Eu só queria me aconchegar em algum colo hoje, e ler uma poesia bonita.

Leria alguns pedaços do livro do Aníbal, e você ouviria atento os sons belos que saíriam de minha boca.
O problema, meu bem, não é que eu tenha sido negligente comigo. É que nunca fui negligente com você.
Todas as suas palavras retornam a mim como se eu fosse paredes e formasse eco.
Queria que você não fosse surda e não se fizesse de muda.

segunda-feira, outubro 10, 2005

Reflexo

Eu não sou poesia, ou silêncio.

Sou o complexo
[de édipo]
pulsão de morte.

Esse amor que me consome
é sem limites.

Eu sou a escrita
de trás para frente
e volta
e se refaz.

sábado, outubro 08, 2005

i am not the one to be loved. i am not the one to be hugged. but, baby, let's dance.



even if i were a fake: dance!
E só hoje, após aquela notie dolorida, tive coragem de reabrir o livro. Na segunda página tem uma dedicatória bonita, e queria que o sentimento ainda existisse.

Sei que nem eu, nem o que foi, existem.

"Espantosa a rapidez com que, ante a invasão vitoriosa de novas ilusões, se dissipam os efeitos da última decepção."

Aníbal M. Machado.

quinta-feira, outubro 06, 2005

Falar de amor é tão complexo. Eu não sei nunca explicar o que sinto. Sei qeu a memória bate sempre no mesmo ponto: você me acorda e diz 'eu te amo'. E eu suspiro.

quarta-feira, outubro 05, 2005

Porque minha memória não é feita de fatos
Mas de saudades de coisas que nunca aconteceram
De coisas que estão para acontecer
De coisas que eu nunca fiz
De coisas que me arrependo de fazer.
Sábado, Janeiro 04, 2003
meus baldes estão cheios, menina.
chore em outros potes.
acabe com sua dor em outros ombros.
não somos mais nós dois, somos nós sós.
Porque eu quero um pouco de paz para mim. Um pouco de silêncio.

neste grito.

segunda-feira, outubro 03, 2005

E o único pensamento era: por quê?


"It's never over, my kingdom for a kiss upon her shoulder
It's never over, all my riches for her smiles when i slept so soft against her
It's never over, all my blood for the sweetness of her laughter
It's never over, she's the tear that hangs inside my soul forever"
Inverno II
Coloquei-me em pequenas caixas
Vazias.
Preenchi comigo, solidões.
Quero gritar para que essas lágrimas escorram de mim de vez.

domingo, outubro 02, 2005

A cada minuto, a impressão que tenho é que a gente se perdeu à toa. E eu me perdi no meio disso.
Engraçado é que sinto saudade, mas não penso em você.
Ensaiei alguns passos de dança e escrevi um convite. Quando cheguei ao correio, lembrei: é domingo.
Queria um amor fácil e um pote de sorvete.
Te amo tanto que dói. Dói tanto que ressoa alto e faz eco nas paredes.
Beach boys. Cansaço. Beach boys. Saudade.

sábado, outubro 01, 2005

Janaína senta na frente da televisão. Coloca seu prato de miojo com shoyu e cogumelos no colo. Nova comida rápida. Recebe dois ou três telefonemas: não atende. Alguém manda uma mensagem: sinuca? Janaína só quer o aconchego de uma casa que não a acaricia. Responde: não, tenho preguiça. Come devagar o macarrão. Coloca em um filme qualquer. De repente escuta o nome dele em uma frase. A lágrima escorre. Enxuga rápido. Coloca o prato meio cheio em cima da sua pia. Bebe um copo d'água.

Janaína tenta ressurgir, mas ele ainda balança seu coração.

sexta-feira, setembro 30, 2005

Toca: Laboratório S.P.

['eu sei que o mundo é pequeno demais para você...
um corte nos pulsos para provar o meu amor. pelas flores mortas, no caminho qeu eu passei. agora os meus olhos já não dizem qeum eu sou. perdidos nessa névoa na falta de você.']
Eu fico bastante chocada quando vejo que as pessoas que eu achava que sabia quem eram, de repente, se transformam em monstros.

quinta-feira, setembro 29, 2005

é, começou a trovejar.
ideal match: scott speedman, pós transformação em meio lobisomem/meio vampiro em anjos da noite.

terça-feira, setembro 27, 2005

Mexo os ponteiros
do relógio
[para frente],
O tempo anda
para trás.
Meu pranto
é o tempo

parado.
Juliana é um grande espaço vazio. Um vácuo entre o espaço e o tempo. É a representação máxima da agonia de estar presa em algum lugar e em lugar algum. Juliana não é memória e não é fato. Juliana não tem olhos profundos, ou fundos. Juliana não tem cabelos que mudam de cor ou olhos que sejam castanhos. Juliana é pura angústia. Juliana é o vômito pela manhã. Juliana é vontade de sair daqui. Juliana é um grande espaço vazio que gostaria de ser algo em outro local. Juliana é a vontade de outra cidade, estado, país. Juliana não deseja nada. Sequer desejaria Gabriel de volta. Juliana desejaria Belho Horizonte, nunca Gabriel. Juliana não é saudade. Juliana é um vácuo de sentido. Juliana não sente nada além da dor, além da despedida de quem se vai. Juliana é um tchau na rodoviária. Juliana é aquilo que restou de estar e ser outras que não ela. Juliana é vontade. Mas morre a cada minuto.

segunda-feira, setembro 26, 2005

Eu visto-me Juliana, finjo-me Izolita, chamo-me de Isolda. No fim, acabo sempre Janaína.

[toca, repetidamente sade - is it a crime:

This may come, This may come as some surprise
but I miss you
I could see through all of your lies
but still I miss you
he takes her love, but it doesn't feel like mine
he tastes her kiss, her kisses are not wine, they're not mine

he takes, but surely she can't give what I'm feeling now
she takes, but surely she doesn't know how

Is it a crime
Is it a crime
that I still want you
and I want you to want me too

My love is wider, wider than Victoria Lake
My love is taller, taller than the empire state

It dives and it jumps and it ripples like the deepest ocean
I can't give you more than that, surely you want me back]

domingo, setembro 25, 2005

Nada cura minha tristeza de você.
O vento balançava as folhas bem verdes da árvore. De longe, um som bonito vinha: alguém treinava jazz num saxofone.
Algumas folhas caíram. As velhinhas se surpreenderam com o cheiro bom de grama e folhas molhadas. Uma criança tocou o orvalho. E a cena deveria ter sido gravada. O céu nublado, o vento frio, o cheiro de chuva, a nostalgia. Eu ouvia o jazz tocado. As árvores pareciam mais bonitas do que da última vez. Daqui uns dias darão flores brancas. E será primavera. Da parada de ônibus, com duas velhas ao meu lado, eu só pensava no ritmo. E a lágrima escorreu e ficou presa no aro do meu óculos. Embaçou minha vista. O som permaneceu límpido. Eu fiz meus dedos dançarem por cima da perna. Senti o gosto da nostalgia de que uma outra mão segurasse a minha. Era jazz. Jazz, dia nublado, folhas verdes. Tudo era nostalgia: e meus olhos cheios d'água. Não ouvia mais vozes de nenhuma companhia. Ali, existia eu, o saxofone, as árvores, o cheiro de chuva e a saudade de um tempo que nunca existiu. Restava eu e a nostalgia.

Cantarolei baixinho: "Is it a crime
Is it a crime
that I still want you
and I want you to want me too..."

E eu rememorava meus passos de solidão. Há muito não fitava aquelas barrigudas com copas grandes.

sábado, setembro 24, 2005

das minhas cartas com destino, mas que sempre retornam ao remetente

Acordei hoje e o céu estava nublado. Lembrou-me Belo Horizonte e sua parede cinza.
Levantei devagar, peguei minha lata de coca-cola. Sentei no sofá e vi que não devia notícias a você, embora esteja sempre anseiando falar-lhe algumas palavras pequenas e beijar-lhe a testa... passar a mão na barba por fazer. Hoje eu liguei a tevê e assisti a um filme bobo. Na minha memória, não consigo recordar seus gostos, além dos musicais. Dei umas risadas sem sentido, desejei um pão de queijo. A chuva fina caiu, mas ainda estava calor. É começo de primavera, e eu queria que as flores brancas já estivessem à mostra. Tiraria uma foto e mandaria para você, junto com o colar, o xampu e um anel feito de linha. Nada teria sentido, já que não enviaria cartas. O fato é que hoje o céu amanheceu nublado e o dia quente. E eu sentei em frente à tevê, tomei coca-cola e rememorei nossos momentos. Tomarei uma cerveja hoje, uma só, enquanto ouvirei meu discman tocar qualquer música saudosa. Mas, saiba que 2 rights make 1 wrong já não está na minha set list. Prefiro rememorar e não ter dores.

Porque, meu amor, você é ritmo, eu sou verso, os dois: uma fotografia prestes a ficar amarelada.
"we can pretend it all the time..."
Guardo em minhas palavras, seu silêncio.
Juliana, saudosa dos lugares que nunca conheceu, cantarolava baixinho, pensando em suas memórias:

"We're clever, but clueless. We're just human... but the truth is, all we got is questions. We'll never know."
A vida e os sonhos

No mundo da fantasia, Gabriel retirou o telefone do gancho e fez uma ligação de longa distância. Falou que sentia saudade e se deixou levar nas ondas do arrebatamento do sentir. Não teve medo, nem dúvidas. Não relutou, não sentiu-se confuso.
Do outro lado, em outro lugar, Juliana só pensava em sair daquela cidade. De repente, ao ouvir o celular tocar e ver um nome que há muito nele não aparecia, sentiu um conforto tamanho, e sorriu.
O alô foi singelo e sincero, o carinho: profundo. Gabriel avisava-a de uma visita e dizia palavras de amor. Chorava, pedia desculpas pela dor causada. Em prantos, dizia-se saudade. "Hoje eu sou saudade, meu bem."
Juliana, pensativa, dispôs-se a buscá-lo na rodoviária, falou que tipo de roupas trazer, como estava o clima, quais eram as novidades, disse estar surpresa pela ligação. Uma surpresa boa. Juliana sentiu-se ansiosa, mas o aperto no peito tinha ido. "Ele é um paradoxo" - lembrava, mas isso não importava.
Arrumou a cama que o aconchegaria, limpou a casa para que o pó não causasse alergia.
Gabriel chegou em seus sonhos e deu-lhe um beijo de leve nos lábios. "Sua boca pequenina, bem feita. Beijo-te no sono, sem acordar."

É sempre assim no mundo da fantasia. Quando Juliana fecha os olhos, sonha. E os sonhos são sempre bons. Tudo é perfeito. O amor não acaba, as pessoas retornam.
Juliana abre os olhos. Quase instantaneamente toca:

"love or leave and let me lonely. you won't believe me, but i love you only. regreting instead of forgetting with somebody else."

sexta-feira, setembro 23, 2005

De repente, o mundo é muito
Transborda solidão.

[releitura]
[Adriana é 'Banana Pancakes']

[Amanda é 'Sitting, Waiting, Wishing']


Juliana sentou no banco do parque, colocou sua bolsa em cima da mesinha de concreto, e aumentou o volume do discman. Pensava em Amanda e Adriana, personagens-fantasia para a noite que acabou em risos e um jogo bobo, com os amigos. Um jogo bobo, uma noite fria, como há muito não via. Um jogo bobo, risadas altas, madrugada que parecia não acabar. E a música tocava alta, estourando seus ouvidos. Não importava. Sentia-se como Amanda e Adriana, juntas. Emaranhadas. Vontade de uma amor bonito, de Adriana. Vontade de uam solidão imensa, como a de Amanda. E,de repente, notou o verso: 'there is no song to sing'. E a lágrima escorreu ao olhar o pôr-do-sol bonito que se colocava neste dia pós chuva. Juliana não era nenhuma das duas. Ou ambas. Juliana era a presença de que não tinha vontade de vida naquele lugar: não haveria bancos e mesas de concreto, pôres-do-sol, personagens-fantasias, Imagem e Ação, Amandas e Adrianas que diriam o que ela sentia. Ela não era Sitting, waiting, wishing, nem Banana pancakes, muito menos Better together. Ela não era verão, nem inverno. Ela era morna ali. Sem extremos ou sonhos. Sem vontades de amor, sem vontades de sonhar. Não sentia vontade das risadas, do bar ou da sinuca. Juliana não era solidão, tampouco completude. Pensou-se mediocridade. Juliana era um imenso vazio urbano. Ela não era nada a ser extravasado. Ali, ela não queria ser algo. Ela queria ser nada. Passar desapercebida pelas ruas. Ali, ela não qeuria paixões, combnações, vida. Ali, ela não queria ser Adriana ou Amanda. Muito menos Janaína. Juliana, com o discman alto e a música para terminar, queria escever um bilhete suicida, só por escrever. Queria morrer para o mundo e começar de novo. Em outro lugar.

quinta-feira, setembro 22, 2005

jorge.da.capadócia

Machuquei meus próprios pés
para que eu tenha inimigos
e não os alcance.
Você podia me levar
no ritmo das ondas.
Balançar-nos, para lá
e para cá
como num salão.
Secou a lágrima fina que lhe descia o rosto e sorriu.
["como pode alguém sonhar o que é impossível saber?"]
Frases memoráveis 150

Minha vida é um grande coma alcoólico.

[eu, me referindo a minha vida boêmia]
O que me dói mesmo, meu bem é que meu amor é sempre incondicional. Eu smpre fico sem comer, embora sinta fome. Eu sempre fico com olheiras imensas, pois não consigo dormir. Minha vida sempre é feita de releituras mórbidas sobre as vidas que vivi. Sempre são as noites vendo árvores roxas e vinhos gostosos à beira do lago que povoam meu peito. São sempre as mensagens inexistentes, os emails maleducados, os carinhos desfeitos... são sempre as memórias de doze horas de viagem atrás do amor que refazem minha perspectiva de vida. Eu vivo de uma passado, meu amor. Um passado futuro que se transforma em tristeza. Bruma, passado, neblima, releitura. Escorrer pelo chão e nunca se refazer. Chorar lágrimas vazias quando sequer lembro de você. O que dói é sempre ser incondicional. É ser festival de cinema. É ser expulsa de sua casa. É ter um emprego e não te contar. É olhar meus poemas antigos e não poder te falar. O que me dóin não é você não esatr aqui. Nunca foi. O que dói é eu ser pretérito imperfeito. No máximo, futuro do pretérito. É eu ser Sâo Paulo, Brasília, Belo Horizinonte ou Bélgica. É eu querer ser parte da parede cinza, é eu querer dar certo. Valer a pena. Quer entender o que sinto? É eu sentir falta do escuro. É eu acordar de madrugada e te ver. Pequeno, encolhido. É eu olhar para o lado, e te ver batucar em si mesmo. O que dói? nâo é o amor em si. É a incondicionalidade do meu amor. É eu morrer a cada amor. É eu morrer por você me menos de uma semana. É eu morrer por mim mesma. O que dói é não ter nada pra te odiar. O que dói é te entender. É você me entender. É eu ser ela. É eu ser ninguém. O que dói é a manhã mais bonita estar cravada na minha mente quando o que eu mais queria era ter dormido uma boa noite de sono. O que dói é seu abraço estar impregnado em mim. é 2 rights make 1 wrong. E olha qeu músicas instrumentais nem são boas. Dói não achar melhor chorar.Dói as conversas intermináveis. Dói o deitar no colo. O beijo esperado. Dói a memória. Eu sou pura memória. Eu ser eu, dói. Dói morrer toda vez. Dói você não me ver, não me olhar, não sorrir. Dói não se importar. Dói eu me importar. Dói, dói, dói. Dói não ser você, aqui, a comentar a cerveja, a sinuca, o trabalho, a vida. Dói você não secar as lágrimas que formam esses leitos profundos em minha face. Dói eu não poder chorar nso seus ombros. Dói eu não poder dividir minha dor. Minha falta. Dói, sabe? Dói! Mas quem disse que você quer saber?
'o rubro do [MEU] sangue aqui'
O colar dele permanece no meu pescço. Talvez seja avontade de que a dor não tivesse acontecido. Talvez, mas só talvez, seja a vontade de chorar toda vez ao olhaar no espelho, de desacreditar que o amor nunca existiu. Talvez, seja só a vontade de que ele olhe as fotos e que ache que somos bonitos. Talvez, seja só a votnade de ter o colar no meu pescoço. Talvez seja a promessa de não tirá-lo. Tlavez, seja a vontade de que haja volta. O colar permanece me meu pescoço. E o telefone permanece decorado na memória. Minha vida é uma grande releitura.

quarta-feira, setembro 21, 2005

E, ao passar meus dedos
suavamente
pelo seu queixo
seu ser impregnou-se
em mim.
"come and rest your bones with me..."
mãos pequenas, óculos vermelhos, cabelo curto, sapato verde, adidas, nick drake em things behind the sun, belle and sebastian em me and the major, ryan adams em dear chicago e nobody girl, seinfeld, mtv, desocupada, aspirante a mestranda em antropologia, sinuca, unhas brancas, unhas café, unhas pretas, pés descalços, caipiroscas, tequila e cerveja.

terça-feira, setembro 20, 2005

"i love the way that you're for real"
["às vezes é melhor calar e ressentir"]

hoje, meu amor, eu não queria cartas, amores, beijos, paixões. queria sentar na mesa do bar, olhar nos seus olhos e contar como vão meus dias. e você me contar como vão os seus. o emprego novo, a vida nova. os amores. como está você, se está triste ou feliz. hoje, eu não queria um chute no estômago. queria uma conversa amena de fim de tarde, dizer que tenho saudades e receber que se tem também. não remoer, não disfarçar. não queria amor. só queria nós dois, uma conversa, um copo de cerveja. seria simples, fácil, sem dor. sem questionamentos profundos, sem promessas mentirosas. eu não queria dizer eu te amo ou ouvir algo assim. não queria discutir coisas sérias ou viver coisas explosivas. queria um copo de cerveja, seu sorriso no seu rosto, um sorriso no meu. amizade, pura, bela e simples. eu não queria um email que acabasse com minha auto estima. a verdade é que hoje eu não queria entender nada e nem ser entendida. não se entende quem não se conversa. como iria ser entendida?
'às vezes é melhor chorar do que sorrir.'

só senti saudade. só.

segunda-feira, setembro 19, 2005

Janaína e os anúncios de jornal:

Procura-se um par perfeito que leia bulas de remédio.
A cidade toda tinha violetas roxas nas janelas das casas.
melhor assim:

["sinto falta do escuro quando preciso me enxergar. me tirem da tomada, começou a trovejar. às vezes é melhor chorar do que sorrir. às vezes é melhor calar e ressentir. o som, cada vez mais alto, e nem por isso ouvem mais. o som, cada vez mais alto, e nem por isso ouvem mais! não ouvem mais... melhor assim. alguém passou aqui transbordando solidão. secando minhas dores que escorrem pelo chão. às vezes é melhor sorrir do que chorar. se o quadr é em preto em branco, colorir é disfarçar. é tanta coisa nova, e é melhor nem relembrar. é tanta coisa nova, e é melhor nem relembrar! não relembrar, melhor assim."]
Saudade é uma palavra tão bonita.
Das frases memoráveis III

shooting.me.down diz:
porra... beijo, gata foi foda
shooting.me.down diz:
eu perdia o tesão na hora. nunca mais ia querer ver
I'm a loser diz:
eu tb
I'm a loser diz:
pense
I'm a loser diz:
terrível
shooting.me.down diz:
nóssa
shooting.me.down diz:
'beijo, gata!'
I'm a loser diz:
haiuahuiahauiaha
shooting.me.down diz:
parece vendedor da colcci falando com a gente

domingo, setembro 18, 2005

Frases memoráveis, by Patrícia

brasília num é um fosso. é uma fossa.
Sabe, meu amor, 'ela' já não faz sentido.

'cause i'm a nobody girl.
COmo sempre fui. Como sempre serei.
Você nunca foi apaixonado e suas palavras de 'eu te amo' na cabeceira da cama nunca fizeram sentido. Seu olhar ao me acordar nunca foi verdadeiro, e sua voz ao me deixar é a única coisa ressonante. É assim, meu amor. O seu 'eu te amo' vale tanto quanto nota de banco imobiliário. A sua dor é outra. Disse que queria compartilhar a minha, mas... é mentira. É sempre mentira. A dor que assola esse peito nunca deve ser compartilhada. É dor pra ser fardo. Meui fardo. Minha corcunda, minha dor nas costas. Meu eu te amo é verdade. Desde o primeiro dia, desde a primeira tentativa. E, embora eu não seja boa com as palavras, até minha voz parce pouco para você. i'm a broken glass.
Eu faço milhares de declarações de amor. Mas nenhuma adianta de nada. Meus braços não te alcançam. E seria mentira, como as outras, seria me iludir que se alcançassem, você estaria neles. Seria mentira. Assim como é mentira eu estar aqui. Eu sou só ilusão. Just a nobody girl. Alguém que, ao abraçar olhando no espelho, parece uma pessoa promissora. Alguém, meu bem, que vale a pena conquistar para gerar lágrimas. Porque confesso:minhas lágrimas são as mais bonitas. As minhas lágrimas são choradas sempre comigo mesma. Eu encho potes e potes. Você nunca os vê. Eu me lanço ao acaso e me reparto em mil. Sempre por você.

Amor, amor. Você me expulsou da sua vida. Quisera eu te expulsar da minha.
Eu te amo, e me cansa te amar. Me cansa amar qualquer pessoa. Me cansa ser eu mesma, e ter que me abandonar.
O que me cansa mesmo é eu ser eu mesma. E estar sempre a um passo do abismo.
Todo mundo despreza minha capacidade de sofrer. Eu só conheço a ela.

Você diz que não é capaz de amar.
Eu diria que sou incapaz de ser amada.

sábado, setembro 17, 2005

["they don't know you, anyway. they don't know you, they don't watch you walk away. just a nobody girl. with the radar to the sea. when the emptiness has found you, you found all the numbers you need. you say you follow your heart, but honey, you're just being lost. you're a nobody girl, you're a nobody girl. you're a nobody girl."]

ryan adams é onde tudo começou. é onde termina
msn

A gente é top do top da evolução mental.
Aquela foi a manhã mais bonita de Brasília. O céu insuportavelmente azul, pela primeira vez, me dizia que as coisas eram belas. E ele, ao meu lado no carro, fazia com que, às 7 da manhã, meu dia fosse perfeito.
Nem o calor, nem o sol, nem o sono foram capazes de arruinar a visão da BR limpa, clara, pronta para um novo dia.
"Cecília! Quer me namorar?"

"Não."

"Você tá perdendo a chance de ter 3 belíssimos filhos..."

"Deus é justo."
["got to be as boring as tomorrow"]

sexta-feira, setembro 16, 2005

Meu peito é pura ressaca moral.
das minhas frases memoráveis II

loser diz:
po. ninguém dá em cima de mim em lugar nenhum
loser diz:
ou sou feia ou tenho cara de lésbica.

quinta-feira, setembro 15, 2005

Eiii.. seu nome é Elisa?

Não. Por quê? O seu é?
Das minhas frases memoráveis:

Você pega urticária! E eu, que nem urticária pego?
Diria:

Sendo bonito, não me importa se som ou música. Sei mesmo é que é verso.
E é tudo
inesquecível.

quarta-feira, setembro 14, 2005

rádio-cabeça


"será mesmo realmente
amarelo, o sol
e azul, o céu
porque não
ser lilás, vermelho, ou quem sabe, seja apenas som?"
O que escorre,
meu bem,
é a saudade.
O tempo escorre
lento
pela ampulheta-
coração.

E se desgasta,
o tempo,
com essa dor
que abraça.

O tempo escorre.
É o peito
apertado
que escolhe
as areias que
irão passar para
o outro lado.
No clima Foo Fighters:

"I got another confession to make
I'm not fool."
Amar nunca é preciso. Mas, ela ama e ama e ama.

E acorda chorosa de saudade.

terça-feira, setembro 13, 2005

["sing a sad song
in a lonely place"]
Arrisco-me, com pequenas palavras, a escrever-lhe uma carta de amor. É bem simples, como seus olhos. Eu, como já notou, nunca consigo falar palavras bonitas. Eu só me deixo levar... é isso. Eu tento escrever uma carta de amor... queria saber dar-te todas as luas e estrelas! Estão longe demais dos meus braços e elas, de perto, não seriam tão bonitas. Queria a você somente o belo, o doce..

Penso nos seus cabelos, meu bem, e sinto seu cheiro de longe.

Queria te dar só o doce, porém, nas minhas mãos só sinto o gosto do amargo.

Que estejas bem, e que lembre-se, lembre-se, de meu amor.

Izolita

domingo, setembro 11, 2005

Izolita,

foi num instante qualquer, mergulhada no meu egoísmo profundo, que as palavras fizeram outro sentido.

Hoje eu choro, meu bem, porque elas não tinham sentido algum.

Janaína
Eu sou uma das pessoas mais normais que conheço.
Eu tou um poço de losersice hoje.

["i'm coming over in the wrong direction"


again and again and again]
E é ao som de "Things Behind the Sun" que Janaína, desesperada, escreve com giz de cera em suas paredes:

Hoje eu só queria eu mesma. Queria eu, meu colo. Queria querer só a mim. Espartar-te, espantar-te. Hoje, eu sou solidão.

E, ao terminar, ainda ouve:
... see the sunny day is done...

A música não acabou.

sábado, setembro 10, 2005

Desativado.


"I'm not you, and if I was, I wouldn't be so cruel
'cause waiting on love ain't so easy to do

I can't always be waiting, waiting on you
I can't always be playing, playing your fool."

sexta-feira, setembro 09, 2005

Crying Shame
[jack johnson]

...
By now
It's beginning to show
A number of people are numbers who aint coming home
I can close my eyes its still there
Close my mind be alone
Close my heart and not care
But gravity has got a hold on us all
Its a terrific price to pay
But in the true sense of the word
Are we using what we've learned?
In the true sense of the word
Are we losing what we were?
Its such a tired game
Will it ever stop?
Is not for me to say
And is it in our blood?
Or is it just our fate?
And how will this all play out
Upside out of my mouth
And who we gunna blame?
On and on
Its such a crying crying crying shame

quinta-feira, setembro 08, 2005

[revolta triste e ambulante, falta de sentido, falta de gostar. o que é que você está fazendo aqui? some, some, some... não me ouviu dizer que não quero essa lágrima que me traz? arrogância pura e plena, grosseria acima dos limites do tolerável, rosto marcado de choro, mãos trêmulas, estômago doendo. vontade de um vinho. vontade de sentir: isso, chega mais perto. fala que ama, vai, eu sei que é mentira. não, não. eu não sou essa menina meiga que as pessoas costumam achar. "it's such a tired game": é isso que ressoa em meu cérebro o tempo todo. vai embora! não, não! fica! fica mais um pouco! cinco minutos. escuta meu coração bater. é forte, é dor.

ah, sabe que eu sou um paradoxo.]
Eu não sou.
Sexta-feira, Julho 18, 2003

Porque, se algum dia houvesse o que dizer
Calaria, mórbida por entre meus sonhos
Para com essa vida.
Porque, se eu leio em alguma dia
Um poema frágil
E olho minhas cartas de amor
E são quase como
Palavras caladas
Descartadas em um bocado de papéis velhos
Cheios de poeira
Como nós...
Eus,
Sem conjugações.
E se meus por-quês-sei-lás
Se dizem para mim assim
Vozes sádicas de crianças perfuradas de libido
E eu me escondo de mim sem querer ouvir
Porque, se me olho no espelho e não vejo reflexo
É quando gosto de você e já não te seguro em mim.
E quando penso no passado e percebo, de repente,
Que o futuro não pode ser pra sempre o mesmo
E caio em mim
E me perco em brumas de solidões mil
Realizo meus desejos mais sórdidos.
Finjo que não amo
E não quero mais nos ver.
Voltei ao Jack Johnson:

'it's such a crying, crying shame'
Colo?
Eu, em Janeiro de 2004:
Ontem eu olhei para o céu, querido, e entendi o futuro do pretérito.
"you played boogie-oogie, i plyaed you love songs"
Eu gosto é do escracho:

"Pode-se deduzir que esta extrema preocupação com a área mental, equiparando-a à ação em si, além de manifestar a ingenuidade com que eram abordadas as ações que redundavam em crimes propriamente ditos, revela-se uma moeda de duas faces. A presença obsessiva do pecado-pensamento enquanto desejo é testemunho vivo de quanto os homens sentiam-se martirizados por ter que reprimir o sexo e, mais ainda, por ter que dominar as vozes da paixão."

Falou e disse, dona Ânegela, em O Gosto do Pecado. Casamento e Sexualidade nos Manuais de Confessores dos séculos XVI e XVII.

[por isso gosto das minhas matérias da antropologia]

quarta-feira, setembro 07, 2005

["só há eu, aqui"]
... e passaremos a primavera cortando flores de papel.
E a outra constatação é clara. Eu, para Pata:

A gente devia se dedicar aos blogs em tempo integral.
No clima Jack Johnson...

"always be playing, playing you fool..."
i wish i could dance this slow dance, huggin' you tight. i wish i could whisper somethin' nice, and you'd laugh.
Sozinha em casa, Janaína senta em frente aos seus cadernos e procura um poema antigo qualquer. Revira suas anotações, receitas, cadernos do segundo grau, desenhos mal feitos... revira papéis velhos e encontra exatamente o que queria. Em um papel pequeno, escrito em letras redondas, Janaína se encontra: Eu sou uma grande ilusão de mim mesma.

E é com iso, escrito várias vezes em um papel amarelado de café, que Janaína decide decorar seu quarto. É com a constatação de sua solidão imensa que Janaína vai dormir.

- Um café expresso, por favor. - diria ela, se estivesse em uma lanchonete qualquer.
Satisfaz-se com uma caneca de coca-cola. Deita em sua cama fria. Fecha os olhos. E torce para não acordar.
Sobre minha festa:

3 pessoas = bebida pra 25.

Da Pata, sobre minha festa:
A gente cresceu bastante da outra festa pra essa: menos pessoas e mais bebidas!

terça-feira, setembro 06, 2005

E balbuciou algumas palavras sem sentindo, dizendo-se parede.
De Izolita, em uma mensagem breve, para Pedro:

Sei que não freqüento seus bares ou suas fotos. Mas, a verdade, Pedro, é que meu colo parece sempre mais promissor que os alheios. Se você me ama? Não sei.

Sei que eu creio nunca ter te amado.

Sinceridade,

Izolita
Às vezes, tudo o que eu preciso é uma noite com caipiroscas, amigas e músicas boas.
pois, a constatação é clara:

só me meto com gente doida.

segunda-feira, setembro 05, 2005

Eu, para mim mesma:

Me apego fácil ao que me fascina.
O que me fascina é sempre o que me dói.
Eu, para Cecília e Cravo:

Se eu fosse católica viraria freira. Foda não crer em deus nessas horas. De vez em qd até arrisco umas rezas...mas, são tão descrentes, tão descrentes, que se deus existe fica com dó de mim.

E, para completar.

Cravo diz:
será que tem luz no fim do túnel?
Eu: Pô, espero que não. Senão tou fodida até no plano espiritual...
Quero falar
baixinho
no seu ouvido
sobre essas palvras
bonitas
que rondam
meus lábios.
Como disse a Lu, mais ou menos assim: 'estou seca de poemas'.
Estou a um passo de desativar este blog. Pois, ele está um grande muro de lamentações que sequer eu entendo. Hoje, eu sou Izolita. Amanhã, pode ser que seja Janaína. Mas eu queria mesmo era ser Isolda. E, como creio que amanhã serei Janaína, e ela consegue ser a mais melosa, deprimida, chorona, estou prestes a desativar a válvula de escape. Talvez, assim, a paixão que ela carrega no peito seja deslocada para outros lugares, para outras pessoas ou para si mesma.

Janaína, como Virgínia, ama sempre com as entranhas e não pensa nas conseqüências do fim. Janaína luta até o ápice da dor, até se deixar levar. Janaína morre todas as vezes. Pára de comer, beber, vestir, sentir. Janaína se deixa levar pelas lágrimas infinitas desses amores tão belos que a cativam. Tenho pena, porque ela nunca consegue mantê-los mais de uma semana. Janaína é tão amorosa, tão amorosa, que sufoca. Às vezes, a si mesma. Janaína não faz parte das belas estórias que o peixe grande conta. Não é musa, não é amor, não é adorada. Passa: e ninguém nota. Nunca vi alguém olhar nos olhos de Janaína e ser sincero. Nunca vi alguém pedí-la para ficar.
Os telefones noturnos que ela recebe são todos de contas a pagar. Se Virgínia queria ser como Izolita, que se refugia na falta inóspita, Janaína queria ser como Isolda, que é livre para amar a tudo, a todos e a si mesma. Isolda, sim, consegue tudo o que quer: amor estável, amor eterno, amor pequeno, amor finito. Amor que explode, amor que nasce a cada dia. Sexo selvagem, sexo com carinho. Isolda tem tudo o que quer: amor de homens, amor de mulheres, amor da vida. Isolda se confunde com Justiça. Eu a confundo com amor puro e pleno.

mas fugi do assunto. Estou tentada a desativar meu muro, minha janela sobre as dores. Estou tentada porque, se hoje eu não choro com a falta que me faz, ontem passei duas horas seguidas banhada em lágrimas. Ontem eu fui solidão sem querer ser. Hoje, eu sou falta porque quero. Mas, daqui duas horas sei que estará em casa, e nenhuma mensagem vai chegar no meu celular, e eu voltarei a ser Janaína: ciumenta, melodramática. Serei dor ao triplo: serei Izolita, Janaína e Virgínia - ao mesmo tempo.

domingo, setembro 04, 2005

'queria sempre achar explicações pro que eu sentia.'
É pedir demais?
Acredita em mim?
Eu ODEIO coca light.
posso atracar em seu porto?
'you left without living'
Vitória: indie FOLK! Isso sim é cult...

Eu: é porque eu sou do gueto indie... A elite.
[drama]

Eu me condeno a um sofrimento inútil [embora inevitável].

Ou melhor,
eu sou condenada a um sofrimento inútil, sobre o qual eu não posso escolher não sofrer. Não foi me dada a chance de dizer o que queria ou o que não queria.

Tudo o que eu desejaria, agora, seria um forte aperto de mão com a escolha, para que ela pudesse ser minha amiga. Eu nunca, nunca, sou permitida a fazer escolhas.

[/drama]
O colar fere meu pescoço... por dentro. Entala em minha garganta o grito de dor que se instala.
A verdade é que nessa pós-bebedeira, pós-sinuca, pós-beldades-da-noite, pós-vestido-de-bolinha-e-bolsa-vermelha... eu só queria dormir abraçada e ter um cheiro bom no meu travesseiro. Acordar com um beijo carinhoso e um 'bom dia' animado.

Nessa pós-bebedeira e, portanto, nessa depressão com a baixa de qualquer substância química, eu só queria o colo, o carinho, o não abandono.

Eu não queria o suicídio precoce e nem o derrame dos avós. Eu não queria o aborto, a falta, a solidão. Eu não queria o cansaço, eu não queria Ryan Adams. Não queria poemas ou contos ou livros. Eu não queria notícias e nem desculpas.

A verdade é que eu me senti viva, e agora, me sinto vazia.

[porque eu tenho saudade do que nunca foi e do que não pode ser. eu tenho saudade das coisas que acreditei e saudade das mãos que nunca me pertenceram. eu tenho saudade de você.

porque eu sou idiota e amo sempre quem me desama em uma semana.]

sábado, setembro 03, 2005

Vitória, se unindo aos motivos da infelicidade cármica:

Eu sei o que fiz de errado...
dancei pelada na Santa Ceia!!
O cansaço recorrente de as pessoas se preocuparem com o meu sofrimento.

Quando eu digo e repito que 'eu gosto é do estrago', é porque é fato. E que eu sei, assim, me cuidar.


Acho é um absurdo ter amores abortados.
"Assim que o teu cheiro forte e lento
fez casa no meus braços
e a ainda leve e forte e cego e tenso
fez saber
que ainda era muito
e muito pouco.

Faço nosso meu segredo mais sicnero
e desafio
o instinto dissonante
a insegurança não me ataca quando erro
e o teu momento passa a ser o meu instante
E o teu medo de ter medo de ter medo
Não faz da minha força, confusão
Teu corpo é meu espelho
em ti navego
Eu sei que a tua conrrenteza não tem direção.

Mas tão certo quanto o erro de ser barco a motor
e insistir em usar os remos
É o mal que a água quando se afoga
e o salva vidas não está lá
porque não temos."

Daniel na cova dos leões... fazendo declarações inóspitas.
E, em continuação:

Ela: pronfudíssima essa frase. tô atônita

E eu: eu tou atônita é com a minha capacidade de ser enrolada por clichês. ave maria.
se eu não fui vaca, devo ter sido padre. que enrolava todo mundo com bobeira...
agora, sou só enrolada.

Ela: eu pensava q tinha atirado pedra na cruz. mas acho q não. eu devo ter sido poncio pilatos. mandei matar jesus. por isso q agora vivo na merda.

Eu: ou então, vc grudou chiclete no cabelo de jesus. qd ele saiu da gruta

Ela: pode ser tbm. devo ter feito alguma sacanagem monstra. tomei todo o vinho dele, sei lá.

Eu: no dia que ele transformou água em vinho... tu que tinha roubado os galões de vinho da população. e trocado por água. ele ficou puto de ter que fazer milagre.
e agora tá aí, nessa bosta. pagando por dois milênios

Ela: tá vendo? sabia! vou fazer uma regressão espiritual pra descobrir a verdadeira origem dos meus karmas

Eu: eu devo ter alguma merda assim no meu currículo vital.

Ela: a gente devia fazer regressão espiritual. melhor do q tarot online

Eu: [note que currículo vital foi um trocadilho muito bom pra curriculum vitae]
...
po. eu perdi o link do tarô on line
deve ser por isso que minha vida tá indo tão mal.
Eu, para ela, sobre minha vida amorosa:

na minha vida passada eu devo ter sido uma vaca que não gostava de cagar. aí, agora, me presentearam com uma sucessão de bostas fétidas...

sexta-feira, setembro 02, 2005

eu queria conseguir um amor que me abrigasse mais de uma semana
Acontece, meu bem, que eu também sou um inesperado paradoxo.
[amo.]
Então, Janaína se dá conta que é a segunda despedida no ano que se dá com um livro e um 'eu te amo'.
i'm a perfect match fot that one who doesn't want me there.
A verdade é que
você me mata

com medo de se acostumar.
[e o único pensamento ressoante no sono de Janaína era:

como será a Pampulha?]

quinta-feira, setembro 01, 2005

E, enquanto Janaína voltava à cova e Izolita à casca, Isolda saía de casa para comprar um condicionador.
Izolita, nessa coisa de querer sair da casca, se deparou com o fato de o formato do amor não lhe caber tão bem quanto sua casa.

E foi aí que, desolada, chorou noites e noites e noites. Sem seu amor do lado.
Recuperando:

Se eu fosse amor
Não teria medo de fugir.
E é nessa história de vem-e-vai e volta e pega que o amor sempre me engana. Aí eu me entrego e ele, satisfeito, dá pra trás.

quarta-feira, agosto 31, 2005

Logo estarei de volta.
E no fim é sempre a mesma coisa, o mesmo retorno cego para o trancafiamento sufocante das quatro paredes de um quarto escuro.

E aí que Janaína vê-se triste, pois sempre o fim significa o retorno para um amor que nunca lhe pertenceu.

sábado, agosto 27, 2005

Te mato
para me preservar.
De todas as coisas mundanas
Eu só desejei a liberdade.
Quando nasci acorrentada em moldes
De pessoas
De sonhos
De compaixões
Só queria arrebentar cordas e corações.
Quando qualquer um
Ou todos
Queriam sorrir
Eu só almejei poder soluçar
E derramar todas as lágrimas.
Na voz de Nina Simone,
quis dizer
I shall be released.
De todos os sentimentos
Que se confudem em dores
E pensamentos foscos [porque nunca soube os colocar em palavras
Eu só não quis o cativeiro da vida humana.
Falou ela que nasceu na família perfeita e nunca quis ser perfeita
Digo eu que quis a perfeição da arte
E cresci com os talentos errados.
Sei ler e escrever, e interpretar vidas que não são eu
E com caras com as quais digo adeus
Penso que queria sentir.
Porque só queria
Ser livre pra sair daqui.
Se eu fosse livre
Não teria medo de fugir.
Terça-feira, Maio 20, 2003
Disorder Rating
Paranoid: High
Schizoid: Moderate
Schizotypal: High
Antisocial: Low
Borderline: Moderate
Histrionic: High
Narcissistic: Moderate
Avoidant: High
Dependent: Moderate
Obsessive-Compulsive: Moderate

sexta-feira, agosto 26, 2005

De Cecília Meireles:

Pus meu sonho num navio
e o navio em cima do mar
depois abri o mar com as mãos,
para o meu sonho naufragar.

Minhas mãos ainda estão molhadas
do azul das ondas entreabertas,
e a cor que escorre de meus dedos
colore as areias desertas.

O vento vem vindo de longe,
a noite se curva de frio;
debaixo da água vai morrendo
meu sonho, dentro de um navio.

Chorarei o quanto for preciso,
para fazer com que o mar cresça
e o meu navio chegue ao fundo
e o meu sonho desapareça.

Depois, tudo estará perfeito:
praia lisa, águas ordenadas,
meus olhos secos como pedras
e as minhas duas mãos quebradas.
"another way back in to me"
E se todas as palavras fossem uma, seriam solidão.
["hoje só há eu o cinza


e o rubro do seu sangue aqui"]
and I see you through the mirror.

and I pray: you could hold your hands behind my back.


[and let us dance.]
Acreditarei em Deus assim que for num show do Angra:
e a luz acabar na metade do show.
Ele batuca no próprio corpo o tempo todo e range os dentes ao dormir. E é exatamente toda essa simplicidade que faz com que Izolita o olhe nos olhos e o chame pelo nome. E é o sorriso disfarçado, e o olhar semi-apaixonado que que a fazem repensar a si mesma - pois, a cada 'mensagem recebida' há um pulo inexplicável no pieto que parece dizer 'quero mais'.
E é assim que Izolita ama a distância e mistura calor com ilusão.
A melancolia escorre
em meu peito
[começoa crer qeu só escolho
a saudade]
De tanta falta que faz.
E, se há sorte:
passou.
No momento em
que
com a golada
engoli essa angústia
E plantei-a no seio.
Pois é, menino...
A melancolia escorre
pelo meu peito
e segue por minhas veias,
para baixo e para cima
Entala-se, agora,
em minha boca. Aberta:
porém, que já não sabe falar
[nem eu te amos]
E se só resta a saudade, morena
è porque assim foi dito
à minha vida
para ser.

quinta-feira, agosto 25, 2005

E por mais perto que as coisas estejam, elas sempre estarão longe.

Porque se eu gosto é do incerto é culpa desta minha dificuldade de fazer escolhas que não sejam eu.

E, por mais que eu me pode, e me esforce e me seja alheia a mim, não é só o incerto que me cativa, mas a distância, a solidão, a saudade e o sofrimento. Pois, eu tenho três alter egos [alter egos?]: Janaína, Izolita e Isolda. Mas, o que predomina é Izolita. Porque as escolhas difíceis são sempre as melhores de se fazer.

Pois, somente com elas consigo construir caminhos que nunca foram feitos e criar rotas novas, fora do meu caminho gasto, devastado pelas inúmeras vezes em que passei, indo - e regredindo.

E por mais perto que as coisas estejam, acho que eu quero mesmo é o estrago.
['cause i'm a rider']

terça-feira, agosto 23, 2005

['i'm am rider, rider of fictions!']
pois, é aqui que sou livre de minhas amarras:
e meu pesar pode expandir-se por onde for.
que permanecerei eu, sem julgar-me.
and now, i feel...
this is my, and only mine, shelter.
['and if you don't love me, let me go.']

segunda-feira, agosto 22, 2005

Porque é a poesia que faz o sangue manter-se quente.
Minhas mãos
deslizam pela coberta
imaginária.

Escrevo com as letras
de meu nome
no ar
algum poema sem sentido.

E me surpreendo com a
sonoridade:
parece minha mão
ao tocar minha nuca.

domingo, agosto 21, 2005

E no reflexo
do vidro do
porta-retratos
enxergo meus olhos:
olheiras e duas pupilas
dilatadas.

A lágrima escorreu.
A cena se explicita:
Janaína cai na armadilha de não querer mais seu estado imóvel em seu túmulo bonito, e volta ao mundo. Machucada, de tanto debater-se de medo de encará-lo.
[Além da dor nas juntas]

Quisera eu
conseguir fazer
parar
esses apertos
que sufocam.
Noto que: quando a lua está assim, baixa, a noite parece mais fria, embora iluminada.

Talvez seja mais um dos paradoxos da existência.
[in]evitar III

inevitável
é esta dor
no peito
que me aflige.

insônia?
dia Staind:

"could it be that
i never had a chance to grow inside?

could it be that i'm only being me?"
would you wait me on the ground?
"yesterday
a boy and already afraid
locked deep inside
my place to hide
to hide from how u make me feel"
"would you listen even if i told you
what the fuck am i to say
u're too busy with the lies they sold you"

sábado, agosto 20, 2005

[embora
a escrita me permita
criar um novo mundo
acho que está certo:
eu sou culpada de mim
e morrerei triste
de covardia]
Acho que minha dificuldade de ir embora passa pelo fato de sentir a UnB como minha casa.
Quero mais
é ver o chão lavado
pela chuva.

E ver o sol sair
tímido
por detrás das nuvens.

E, nas minhas córneas
forma-se a imagem:
um arco-íris
sobre o asfalto molhado.

E o cheiro,
ah!, o cheiro,
desse mundo novo
que surge a cada gota.
[In]evitar II

Inevitável é
se deixar levar
pelos braços
do imaginar
[uma nova vida]

Por isso, talvez,
a escrita.
No meu jardim
florescem flores
amarelas.

Amarelas e roxas
nascem as pétalas
pequenas,
miúdas
das flores.

Dizem que, como as
flores
nunca se rendem
às dores
renascem do pó
ao aguá-las com
a vontade de vê-las floridas.

quinta-feira, agosto 18, 2005

Refazendo:
Quisera eu poder
roubar uma flor
do jardim:
alheio.
vem me balangar, dona rosa.
Quisera eu fosse
uma flor
roubada do jardim:
alheio.
Podíamos encabeçar
uma nova rota
para um novo lar.
Pudera eu
Despir minha face
destas gotas de
sangue
que me estragam

o rosto.

quarta-feira, agosto 17, 2005

Poesia:
é ser pesquisadora
disciplinada e criativa.

domingo, agosto 14, 2005

O sangue escorre pelo corte
mínimo:
um corte feito de papel
alumínio.

O sangue escorre
no ritmo da dor
aguda
que atravessa meu dedo
mindinho.
Do BRMC:

I've been blind
I tore out my eyes
I gotta feel no more
Poesia

Poesia era essa menina
sem preocupação com a vida.

sábado, agosto 13, 2005

Pois,
todos os meus desejos nesta noite
resumem-se, a uma garrafa de vinho.

quinta-feira, agosto 11, 2005

Minhas mãos têm farpas
afiadas.

Passo-as em meu rosto,
para secar o suor.
Me espanto:
não saem lágrimas.
She stared at me with those mirror eyes and I shivered.
Dear Chicago,
You'll never guess
You know the girl you said I'd meet someday?
Well I got something to confess...
She picked me up on Friday,
Asked me if she reminded me of you?
I just laughed and lit a cigarette,
Said That's impossible to do.
Life's gotten simple since
and it fluctuates so much,
Happy and sad and back again
I'm not crying now too much.
I think about you all the time,
It's strange and hard to deal
I think about you lying there,
and those blanket's lie so still.
Nothing breathes here in the cold,
Nothing moves or even smiles,
I've been thinking some of suicide,
but there's bars out here for miles.
Sorry about the every kiss;
Every kiss you wasted bad.
I think the thing you said was true
I'm gonna die alone and sad.
The wind's feelin' real these days,
yeah and baby it hurts me some...
Never thought I'd feel so blue,
New York City you're almost gone.
I think that I've fallen out of love,
I think I've fallen out of love,
I think I've fallen out of love...with you.

quarta-feira, agosto 10, 2005

Queria o cd do Jack Johnson.
O telefone tocou. Janaína, despida, atendeu com calma o telefone que há muito não tocava. Era Izolita.

Dei-me conta hoje, Janaína, que meu nome e minha vida são, de fato, sinônimos. Minha mãe escolheu o nome certo. Ambos são solidão.
E você, como anda?

Sabe, Izolita, eu já não tenho certeza. Há meia hora, antes de entrar no banho, tive certeza de que tudo que queria na minha vida era estabilidade, um amor tranquilo, uma companhia para apaziguar minha dor. Agora, nesse exato momento, ao ouvir sua voz, a única coisa que me consolaria seria sentar em um bar, com uma pessoa desconhecida e ter uma conversa legal. Uma conversa na qual nem meu corpo, nem meu rosto, nem meu cabelo, nem minha idade, ou anos de estudo, ou qualquer coisa relacionada ao meu desemprego, apareceriam. Seria só eu, a pessoa desconhecida e poesia. E passaríamos uma noite agradável, e quando terminasse, seríamos só amigos. Não haveria beijo, nem nada. Uma mensagem no outro dia, um bom dia, como vai. Coisa de gente que se importa. Ouvindo sua voz, Izolita, notei que a minha cabeça pode parar de tocar essas vozes de pessoas que mal me conhecem e me ignoram nas mesas de bar. Sabe, querida, queria uma noite amena, mas não tem ninguém desconhecido para conhecer.

E a solidão?

Não há solidão, Izolita. Não há. Nem vazio, nem solidão, nem vontade, nem lágrima ou riso. Um tipo de garden state.

segunda-feira, agosto 08, 2005

'I got so much
love to give.'

dEUS
E por ti me atirei.

domingo, agosto 07, 2005

Por trás da minha retina
esbranquiçada
parece-me que estou fadada
sempre,
ao fim.
E uma dor invade meu peito.


E essa dor
não é de infarto.
Eu não sou uma má menina. Não, não mesmo. Sou até razoavelmente boazinha.
'burn this city'
Brasília é a cidade
cheia de lógicas
insensíveis
e incompletas.

Para não dizer pessoas.
E o renascimento das coisas é sempre mais difícil que a morte.

sábado, agosto 06, 2005

Há muito

Eu:
Desculpe a insistência das palavras: elas giram e giram. Fazem a volta e retornam para mim
Brasília é um lago
curto
e artificial.
Brasília...
tem cheiro
de lentidão.

Em Brasília
a vida ralenta.
A vida, de Brasília,
é lenta.

Brasília
beira à preguiça.

sexta-feira, agosto 05, 2005

Eu

sou só tentativas frustradas de fazer com que sejamos dois.
and sometimes i must wait

to find

a little

love.
E eu olho para as minhas paredes, e elas são desmemoriadas. As únicas lembranças são um mural ganhado, um calendário feminista e e um quadro por terminar. Assim como eu, minhas paredes são desistências, ícones do amor descampado, desenfreado, escondido por mim. Minhas paredes são reflexo da dor que sinto pelos meus erros. Eu sou o reflexo da dor que sinto pelos meus erros. Trash does not compete with class. Eu, definitivamente, não sou class. Eu sou uma pesssoa grossa que se deixa levar pelos beijos e pelas palavras sentimentais. Eu quero me matar a cada segundo, e, pela opinião pública, já deveria ter me matado. Mas, a opinião pública lê este blog. E eu não seria tão péssima escritora se não sofresse por amor. As pessoas são escrotas. Assim como eu. Entretanto, no final, eu sou a única que sofre por amor de seu amor.


Eu deveria me enterrar numa bolha fétida e ser feliz.

quarta-feira, agosto 03, 2005

E tudo transforma-se exatamento no que estava previsto para ser:
Janaína morta.
Izolita só.

E Isolda, a bela Isolda, amando como haveria de amar.
I kind of...

over reacted.

terça-feira, agosto 02, 2005

O problema é que meu gostar não é sempre o suficiente, já diria a Psicologia.
Deus está morto?
Só se algum dia já esteve vivo.
E eu chorava enquanto a música tocava na vitrola velha.

E eu chorava porque já não a reconhecia.

segunda-feira, agosto 01, 2005

Izolita, com o livro de nomes de bebê em suas mãos, se deu conta, de repente, de que sua mãe tinha lhe dado o nome mais correto de todos os nomes. Viu que, talvez, sua vida e seu nome fossem idênticos.
Sentou na beirada da cama, enxugou suas lágrimas, pegou um dos presentes de Pedro, e sorriu.

Deu-se conta, Izolita, de que seu nome e sua vida significam solidão.

quarta-feira, julho 27, 2005

she's completely in love.
i'm completely insane.
Izolita,
não me manda mais essas suas cartas, contos, poemas. Sei que nenhum deles é para mim, nunca foi para mim. Estou cansado de receber seus elogios fúteis e suas cantaas inúteis. No meu coração te cabia inteira, mas você escolheu se esconder de mim. Chega de e-mails, poesias em blogs. Já disse, já disse, saia da minha vida. Você resoncstrói carinhos tão culpados quanto você mesma e se rende às ironias do mundo como sempre disse que não iria fazer. Você, Izolita, é solidão porque quer, e depois chora pelos cantos que quer mesmo é um colo bom. Você disse que teve os melhores colos, os melhores olhos, os melhores amores... quem os deixou foi você. Izolita, querida, você já não faz parte das minhas paredes e nem das minhas fotos. Você não aparece mais nos bares que frequento e sua vida já não me interessa.

Se eu te amo? Amo. Porém, você já não é digna de meu amor.
de jeff buckley, na voz de jamie cullum


Looking out the door I see the rain fall upon the funeral mourners
Parading in a wake of sad relations as their shoes fill up with water
Maybe I'm too young to keep good love from going wrong
But tonight you're on my mind so you never know
I'm broken down and hungry for your love with no way to feed it
Where are you tonight, you know how much I need it
Too young to hold on and too old to break free and run
Sometimes a man he gets carried away, when he feels like he should be having his fun
And he's much too blind to see the damage he's done
Cause sometimes a man must awake to find that really he has no one
So I'll wait for you and I'll burn
Will I ever see your sweet return
Oh will I ever learn
Oh lover, you should've come over
'Cause it's not too late
Lonely is the room, the bed is made, the open window lets the rain in
Burning in the corner is the only one who dreams he had you with him
My body turns and yearns for a sleep that will never come
Sometimes a man he gets carried away, when he feels like he should be having his fun
And he's much too blind to see the damage he's done
Cause sometimes a man must awake to find that really he has no one
So I'll wait for you and I'll burn
Will I ever see your sweet return
Oh will I ever learn
Oh lover, you should've come over
'Cause it's not too late
'Cause it's not too late

terça-feira, julho 26, 2005

segunda-feira, julho 25, 2005

Janaína, enquanto dedicava trovas, sonetos e sambas-canção, descobriu que o condenado não tinha coração. E mais: soube que a memória é seletiva. E cruel. Janaína, por muito tempo, permaneceu acabando na mesma cama que o garoto da rodoviuária, só para dizer seu amor com todo o pulmão. Depois notou que já não havia amor. Nem trovas. Os poemas, então, ficaram esquecidos em pedaços de papel guardados em uma lata de metal.
Depois disso, Janaína viu que essa vida é feita de pura ironia. E por alguns dias, se esgotou em poesia.

sábado, julho 23, 2005

Sonhei com você e me doeu.
Sonhei que a lágrima já tinha secado e que seu abraço no espelho voltava a existir. E sonhei com Kundera, mas não com Karenin. Sonhei com empréstimos e devoluções, com desculpas e saudações. Sonhei que não era mais falsidade e hipocrisia tudo isso, e que eu conseguia esquecer o mundo, mesmo longe de tudo isto. E eu parava de gritar 'i'm sick and tired', pois já não era uma frase verdadeira. Eu já não sentia um presídio em minhas próprias memória e tudo se tornava leve. Ou seja, sonhei e o sonho foi bom. E exatamente o fato de ser bom é o que causa a dor. Embora não sinta mais angústia e meu estômago não se espatife a cada pensamento de você, a dor veio e devastou meu sono. Eu tenho olheiras maiores hoje e os leitos do rio de lágrimas de minha face há um tempo estão bastante secos. Eu não derramo sequer uma lágrima por nossa história ou por minha história. E eu já não sinto culpa e nem rejeição. Eu só vejo uma porção de coisas que as memórias não conseguem se desfazer. Eu vejo traição para todos os lados, onde você não quer ver. Eu vejo fuga de todos os sentimentos onde antes só havia carinho. E os carinhos que vejo que reconstrói são carinhos retomados de lugares que dizia serem inexistentes.
Eu sonhei com você e seu abraç no espelho não era falso e não era idiota e não era mentira. Eu sonhei e meu abraço em você, visto pelas lentes da minha aprendizagem, era um abraço de renovação. Você não me testava e eu não me entregava. Eu pedia o livro emprestado, e ia-me embora como um coração livre.
Ao acordar, lembrei que você tem os melhores cds de jazz que eu já pude escolher o repertório e que algumas músicas minhas estavam perdidas no seu armário.
Ao acordar, senti saudade, mas não vontade de ligar.
Eu tive ciúme de você. Hoje, vou ter ciúme de mim.
'cause i'm sick and tired of all this.

segunda-feira, julho 18, 2005

Neste exato momento:

tudo o que eu queria era fazer isso sumir.
Grande Cecília
"Chorarei quanto for preciso,
para fazer com que o mar cresça,
e o meu navio chegue ao fundo
e o meu sonho desapareça."
Vento no litoral

De tarde quero descansar
Chegar até a praia e ver
Se o vento ainda está forte
Vai ser bom subir nas pedras, sei
Que eu faço isso pra esquecer
Eu deixo a onda me acertar
E o vento vai levando tudo embora...
Agora está tão longe
Vê?
A linha do horizonte me distrai
Dos nosso planos é que tenho mais saudade
Quando olhávamos juntos, na mesma direção
Aonde está você agora, além de aqui, dentro de mim?
Agimos certo sem querer
Foi só o tempo que errou
Vai ser difícil sem você
Porque você está comigo o tempo todo
E quando vejo o mar
Existe algo diz
Que a vida continua
E se entregar é uma bobagem
Já que você não está aqui
O que posso fazer é cuidar de mim
Quero ser feliz, ao menos
Lembra que o plano era ficarmos bem?
Olha só o que eu achei:
Cavalos marinhos.
Sei que faço isso pra esquecer
Eu deixo a onda me acertar
E o vento vai levando tudo embora.
Lembraram-me, Joaquim e Manoel, que essa coisa de corações livres é pura utopia. Utopia magnânima de quem tem medo de se entregar de corpo e alma à liberdade de sentir-se flutuar.

Lembram-me, Joaquim e Manoel, de que tudo isto pode ser uma grande farsa.

sábado, julho 16, 2005

Revirando e-mails...

Pra quem nunca quis me ouvir
Se queres se aventurar
no meu destino
Estendo-lhe a mão. Apresento meu mundo.
(Pois sinto...
que meus olhos escuros
e minhas mãos
e sorrisos
estão para ti.)
Assim, suspiro baixinho
Deixando o amor a quem quiser ver.

quinta-feira, julho 14, 2005

quarta-feira, julho 13, 2005

E tudo o que eu pedi foi que meus olhos permanecessem enxarcados de lágrimas doces e beijos suaves.
Mas Deus não ouve minhas preces.
Prefere que eu sinta frio ao dormir.
A taste of blood in my mouth.

And I cannot scream to the walls all the pain inside me, inside my head.


*a rush of blood. 'till death.

segunda-feira, julho 11, 2005

E, de repente, Janaína percebeu que outros garotos bonitos existem no mundo... e que só é pouquinho difícil aprochegar-se. Aos poucos Janaína livra-se do espectro do passado e envereda-se pela sorte do amor futuro.
A pior coisa que alguém pode ter de mim? Desgosto.
Quando eu desgosto não tem volta. Não há o que faça eu gostar de novo ou mudar de idéia. Mas eu só desgosto quando mentem. Ou me traem. Quando prometem e descumprem. Eu desgosto quando me enganam e me deixam no frio, no relento. Eu desgosto, e aí, já era.

domingo, julho 10, 2005

Los Hermanos hoje. Estou doente e voltarei pior. Mas, o que importa? Só faço programas que me deixam doente mesmo. Quem quiser ver as fotos de eu ficando mais doente em cachoeiras: fotolog.

Cidade chata. Ao menos hoje teremos algo pra fazer.

sexta-feira, julho 08, 2005

Absolutamente bucólica.
Saudade mesmo é de São Jorge, das conversas intermináveis até cinco da madrugada, da pinga de arnica e do rio dos couros.
Preciso fazer meu curso de corte e costura e me mudar pra cidade do interior menos interiorana existente.

terça-feira, julho 05, 2005

Sinto mesmo é falta de um cobertor quentinho.
Sentirei sua falta e da urbanidade.

Ainda bem que não sei em que floresta aconteceu o fato. Assim, não posso culpar as águas pelo fim do amor.

segunda-feira, julho 04, 2005

Não me desfaço de mim,
porque eu mesma
sou pura lembrança.
Eu, que um dia amei
Sou uma casca vazia.

Sou tons de verde e
cinza
rabiscados nas paredes
do meu quarto.
Sou lembranças fugidias
na mente alheia.
Sou uma música bonita,
esquecida na radiola.
E eu toco, toco
e ninguém me ouve.
Pois, eu
já não sou jazz.
Sou blues,
descolorido.
"how long before i know what it feels like?"
Doente. Doente. Doente. Doente. Doente.

sábado, julho 02, 2005

"Chora pelo amor da columbina
e é sua sina chorar a ilusão."
Sua voz
já não
persegue
esse coração
perdido.
Amo
mesmo
é
esse silêncio
ressoante
em meus ouvidos.
Saudade...

"Não dá mais pra fingir que ainda não vi as cicatrizes que ela fez, se dessa vez, ela é senhora desse amor."

quinta-feira, junho 30, 2005

Minha poesia nunca é jogada fora
Mesmo que os papéis não existam mais.

A memória não é feita de bloquinhos rosas, ou de papéis banais. Minha memória é feita de cheiros que estão impregnados nos meus dedos, de cores que sei que não sairão de minhas roupas, de doses de bebidas quentes, de uma vida que passou e está cravada em mim. Agora, sei que não importa do que me desfaça, as lembranças sempre estarão presentes. Só me resta não acordar nas madrugadas com os olhos cheios de lágrimas, e conseguir levantar sem pensar. Resta não ficar angustiada ao ouvir nomes e vozes, ao ver passos e jeitos de andar. Porque esquecer, ah! esquecer, já desisti. Não importa quantas vezes eu remova as fotos dos meus arquivos, quantas vezes retire sua mão do meu ombro ou em quantas frestas eu não enxergue. O café da manhã na padaria, o filme bom no Cine Brasília, o vinho tinto, o parque, o aniversário, a Adélia, o caminho longo até minha casa nas manhãs de sexta, o copo d'água em cima da tevê, o origami, Porto Alegre, a rodoviária, o bar às 3 da tarde todos os dias... nada disso está guardado em papéis e blocos de anotação. Nada disto está cravado em árvores - vivas ou mortas. A minha memória não é jogada fora, pois as coisas já estão em mim.

Só me resta fazê-las não doer.
E agora que tou me formando e não tenho emprego?
Disseram-me que ando abatida.

Com olheiras mais fortes
e bem magra.

No final, devo estar mesmo.
Sobre as pessoas e as dádivas

Traição é exatamente quando não reconhecemos um ser como pessoa. É não nos darmos o trabalho de não ferir, ou ao menos, pedir desculpas.
Traição é desconhecer moralmente um outro ser humano, destintuindo sua capacidade de ser respeitado.
Traição é desconhecer a capacidade de se reconhecer no outro.

quarta-feira, junho 29, 2005

Precisa-se:

de um cérebro novo.

segunda-feira, junho 27, 2005

Eu sou um risco na parede.

sábado, junho 25, 2005

Meu amor é a mordida na mão
e a lambida no dedo.
Dos meus amores

João

João foi um amor estranho. Um amor que abandonei com certo medo. Um amor que eu fui embora, para não me machucar. Acho que eu tive até razão de ir-me embora. Mas não é isso que vem ao caso. Eu tenho péssima memória, mas lembro de boas coisas desse amor. Lembro de Truffaut e Lynch. História Real. Correr da chuva no parque. Meu mau humor ao estar embaixo da chuva. Ele me dizendo que ficava bem bonita com o cabelo molhado, embaixo do toldo do parquinho. Foi um amor tão rápido. Às vezes, mas só às vezes, acho que não deveria ter fugido. Mas o tempo passou, muito tempo. E hoje, a gente mal se esbarra em festinhas surreais em subsolos sujos na cidade. É uma pena que tenhamos nos perdido, mas, para falar a verdade, nem sinto tanta falta. João foi um amor gostoso, de pouco tempo. Singelo. Foi um poema bonito pendurado na minha parede.


Eduardo

Eduardo foi um amor longo. E complicado. Truncado, bem truncado, no começo. Uma história dentro de outra história. Por minha parte. Um amor bem triste, uma distância enorme entre seres. Porém, foi um amor duradouro. Um amor compartilhado. Um apoio atrás de outro. Conquistas mútuas. Foi um amor tranquilo, algumas vezes. Cinema, música, videogame. Coisa de gente caseira. Muitas lágrimas de cinema seguradas nos filmes de guerra. Programas leves, nada de muita poesia escrita. Foi um amor compartilhado pelo olhar e pelas mãos. O andar cada dia um passo. Até que tropeçamos e o tempo fez o trabalho de desgastar. Ainda tentamos nos reeguer, mas os tropeços foram só acontecendo cada vez mais próximos. Até que um de nós caiu, e não quis levantar. Foi um amor longo,bom, cheio de fases, cheio de altruísmo. E olhe que eu não sou nada altruísta. Foram anos de fotos de nós dois no meu mural.


Guilherme

Guilherme foi meu amor mais recente. Foi um amor relativamente curto no tempo, mas intenso no brilho. Foi pouco cinema, mas muita, muita música. Foi samba do mais triste ao mais alegre. Foi de Cartola à Dicró. Foi amor de centro urbano e de periferia. Foi amor de submundo e de torre de tevê. Foi amor de inteligências complementares, de risos soltos no meio da noite. Foi um amor que era para sempre, um amor Cecília, Clarice e Adélia. Guilherme foi um amor de Câmara dos Deputados. De Porto Alegre. De Ceilândia, Cruzeiro, Asa Norte e Asa Sul. Guilherme foi um amor flutuante, saudoso, espalhado para o mundo em gritos poéticos. Guilherme foi e-mails, telefonemas, mensagens, carinhos. Foi o não me conter em mim e transbordar. E ter meu transbordar amparado pelo carinho, e pelo espelho. Pelo chuveiro frio. Pelo pão com ovo mexido. Foi o vinho tinto em noite fria, absurdamente fria. Foi as pulseiras que retirou, os colares que eu usei. O meu pé machucado e olhar de dó ao vê-lo com todo aquele esparadrapo. Guilherme foi cerveja em dia de calor. Poesia declarada para todos os cantos do mundo.

terça-feira, junho 21, 2005

segunda-feira, junho 20, 2005

Cinema-não-ficção-III?

Janaína é uma menina dessas bem solitárias. Sempre foi. Ela não observa nada, sempre está completamente por fora dos detalhes. Não tem amigos, nem inimigos. Não consegue se aproximar das pessoas, e não gosta de segundas-feiras. Adora tomar café e ver filme, mas há muito não vai ao cinema, por medo de chorar de frio sozinha. Ela anda de casacos sempre, agora, embora sinta um calor danado. Janaína sabe cozinhar, mas anda tão triste que erra sempre a dose do sal.
Janaína fez um mural com o amor que sentia e foi obrigada a tirá-lo da parede assim que pendurou. E isso faz com que ela sinta dor. Eu sempre encontro Janaína com os olhos cheios de lágrimas e com o coração batendo forte. Ela é uma menina que eu diria ser sensacional, assim como Gabriela. Mas elas são tão diferentes. Gabriela tem alguém para confortá-la. Ah, sim, tem. Tem poruqe merece. Janaína também merece. Mas não quer outro alguém. Se nega a querer outro alguém. Janaína é dessas que tem o nome mais bonito e o olhar mais carinhoso, mas que muita gente tem medo de estar. Janaína deve ser uma idiota, mas eu não acho. Gosto dela, até.

Janaína pensa tanto sobre o amor que me cansa.

"veja bem além desses fatos vis, saiba traições são bem mais sutis. se te troquei, não foi por maldade, amor, veja bem, arranjei alguém chamado saudade."
Cinema-não-ficção-II?

Paulo é um garoto estranho. É desses que entra fácil na vida dos outros, e quando sai leva pedaços enormes, mosntruosos junto com ele. Ele ama muita gente, muita mesmo. Mas, às vezes, negligencia as pessoas que ama. Paulo é assim. Bebe conhaque, mesmo sabendo que o gosto é péssimo e topa qualquer programa idiota, desde que em boa companhia. Come na frente do conic e bebe vinho em show de sindicato. Paulo mora numa casa bonita, com o jardim mais bem feito que já conheci. Ele que plantou todas as flores, e se orgulha de seu pinheiro que já deu seu primeiro pinho. Paulo rouba mudas de plantas que acha bonita de qualquer lugar. Desde o canteiro de sua cidade, até o canteiro da igreja mais bonita. Ele sabe que se deus existe, gosta de flores. O melhor presente que já ganhei de Paulo foi um origami. Ninguém nunca tinha entendido o que eram aquelas dobraduras tortuosas, mas eu vi, no primeiro instante que era uma vitória-régia. Eu adoro vitórias-régia. Paulo é outro que se perdeu de mim em um desencontro. Mas foi um desencontro mais ou menos criado. Paulo se foi, e eu me perdi. Mas quem nunca se perdeu? Paulo é um garoto estranho. Ama muito, muito mesmo. E é dono do amor mais bonito que já vi. Mas ele nunca se entrega. Talvez, tenha medo de se perder de novo, por um amor tão bonito quanto o seu.
Cinema-não-ficção?

Gabriela é uma das meninas mais sensacionais que já conheci. Ela escreve os poemas mais bonitos, e tem os pensamentos mais filosóficos. Ela tem um quê de centro urbano, mas ao mesmo tempo de periferia que só ela tem. Gabriela não se perde em outros, porque, mesmo ao se deixar levar, reconstrói-se sempre. Ela levanta, e é por isso que é bela. Ela sempre levantou. Gabriela tem os olhos solitários, mas sabe que a solidão dela é coisa passageira. Pois ela fica feliz e comemora os aniversários da sua felicidade. Ela, ao contrário de mim, tem pouco medo de perder. Porque nunca, nunca, deixa de ter esse brilho nos olhos.

Eu e Gabriela nos perdemos nos desencontros da vida, e desaparecemos dos horizontes uma da outra. É uma pena mesmo. Já que Gabriela é uma das pessoas mais fenomenais que já conheci.
Após o médio abandono deste blog, eu retorno. Volto porque é minha casa, meu lar, meu ser aqui. É minha evolução e retrocesso, meu riso e minha dor. É aqui que cresci, que vivi, que amei, que odiei, que desandei. É para cá que retorno, pois este, e não aquele, é o lar da solidão.

Volto depois de muitos altos e baixos, depois de muitas mudanças. Vai demorar um pouco par ame reestabelecer, para deixar tudo em ordem por aqui, para colocar todos os móveis em seus devidos lugares, mas eu volto com o coração aberto para minha velha casa.

segunda-feira, junho 13, 2005

"O que te sobra além das coisas casuais?"
O que faço
quando vejo-me perdida
sem um abraço?

terça-feira, abril 19, 2005

Dispo-me do meu rancor.

sábado, abril 09, 2005

"meu amor, o que você faria
se só te restasse esse dia?
se o mundo fosse acabar
me diz o que você faria?
...
roubava uma academia
pra se esquecer que não dá tempo,
pro tempo que já não existia."

moska

sábado, março 19, 2005

Este blog acabou. Terminou. Fechou. Foi tragado por um buraco negro (que nem minha cabeça dolorida).

Este blog acabou!
burro? é pouco.
Tudo mentira. Adoeci de novo.

sexta-feira, março 18, 2005

Chega né, de drama?

Depois de (três!) duas injeções na bunda, eu tinha que melhorar!

quarta-feira, março 16, 2005

Agito, de leve,
minah mão.
Não é um oi, nem tchau.

Agito, de leve, minha mão,
como num ato esperançoso
de indiferença.
Quero mesmo é sonhar de novo, ao invés de me entregar à realidade crua que é acordar cedo todos os dias.
Quero sonhar, porque tenho dor, cansaço, e já não consigo dormir.

podia pedir para tentar dormir nos seus braços, mas você nem vai me ouvir
dor, dor, dor, dor... e ninguém cuida de mim...

(drama mesmo, e?)
deixou-o entrar como tempestade no quarto. agora, não quer mais que saia.

terça-feira, março 15, 2005

Então, que o mundo se exploda porque eu tou doente pra caramba, quase morrendo, indo daqui a dois segundos ser enterrada.


*e eu faço drama mesmo*
=p

segunda-feira, março 14, 2005

Hoje, só as palavras alheias são suficientes para dizer o que sinto. Não preciso de lágrimas, ou de um porto seguro. Não preciso de uma cama macia, nem dos braços da eternidade. Hoje, quem faz a eternidade sou eu! E a agonia? Ah!, a agonia... ela persiste. Mas por outras coisas... nada de amor mal amado, de dor por medo, de medo por dor. Nada de agonia por prisões imaginárias... Agonia? Mais do que angústia. Hoje, as palavras alheias são suficientes para recorrer... Não preciso dizer nada, não preciso ver nada. Só sinto. Sinto, sinto, sinto. Como diria Moska: poderia se chamar silêncio, porque a minha dor é calada e meu desejo é mudo.
Hoje, não preciso de gritos. Nada ecoa no recinto quebrantado de meu espírito torpe. Nada ecoa no recinto das minhas paredes desmoronadas. Porque eu me recuso a me prender.
Desventura
Cecília Meireles

Tu és como o orsto das rosas:
diferente em cada pétala.

Onde estava teu perfume? Ninguém soube.
Teu lábio sorriu para todos os ventos
e o mundo inteiro ficou feliz.

Eu, só eu, encontrei a gota de orvalho que te alimentava,
como um segredo que cai do sonho.

Depois, abri as mãos, - e perdeu-se.

Agora, creio que vou morrer.

quinta-feira, março 10, 2005

pô, esqueci o que ia postar.

quarta-feira, março 09, 2005

Funciona, vai?
Em algum dia de 2004:

se eu fosse falar de mim,
aberta ao público
não teria o que dizer.
o que sou eu, senhorita
serei digna de sangria?

terça-feira, março 08, 2005

(respiro os ares de nossa construção coontínua...)

e te vejo no espelho, segurando meus ombos, com seu abraço
E me enlaço, me encaixo no seu colo
E me perco!

Perdida?
No labirinto da liberdade!


Abro as janelas
de meu peito
(e de minha casa)
assim como as portas
e qualquer pequeno buraco
para deixar os ventos de nós dois entrarem
E espadirem-se por todos os cantos!

Abro as janelas
e portas
e portões
de meus seios
Para que possa deitar-se;
e pelo tempo que for
descansarmos do mundo.
No Janela Sobre os Poemas

Sobre as dores, falsidades, ilusões e chateações

O ato de trair
é a falta de chão,
quando da crença
em nossas próprias
crenças.

O ato de trair
é deixar de ser
o que sou
por um outro qualquer.

é sentir-me acuada
com meus próprios pensamentos.

Para falar de amor,
digo 'eu te amo.'

Para falar de dor
não tenho mais palavras.
Transbordo!

O rosto,
há muito virou mar

de lágrimas
salgadas!

Para falar de dor
É ver-se açoitada
nas costas
pela inveja
se não, ciúme.

O ato de trair
É jorrar sangue
Por quem se esconde
E permanece
e fala
e falta

mas não conhece.

Sobre as falsidades?
Sobre a punhalada no peito.
Alguém gostou?

domingo, março 06, 2005

Diálogo sobre o amor

Encoste o seu ombro no meu
E entenda
Que meu amor
não é o mesmo do teu.

Encosto meu rosto
em seu peito
E sei,
que meu amor
nunca será o mesmo do teu


Não me cobre assim
Desse jeito, enfim
Qualquer coisa que seja
maior do que o que tenho
no coração: ritmo.

Não desejo fantasias,
meu bem,
O compartilhar das dores
não é pedir mais que a dança


Encoste seu ombro no meu,
meu amor
E chore todas as suas lágrimas
Desafogue o aperto do peito
Reerga o foco de sua vista

Passe os dias frios comigo
E deixe que eu seco suas lágrimas
nos dias quentes (se quiser, regados à cerveja)


Esqueça as más-línguas
E seja você mesmo.

Beije meus lábios de leve
E me acorde com um suspiro


Beije meus lábios com força
E segure minhas pernas
com suas pernas
ao dormir.

Leve-me como um sonho bom
Que eu torço para que nenhum de nós
acorde!
Ainda construindo. Portanto, permaneçam pacientes.

sexta-feira, março 04, 2005

tou mudando o template. então, paciência!

quinta-feira, março 03, 2005

E é assim que eu quero viver.

Sem nenhuma dor, sem angústia, com saudade.

quarta-feira, março 02, 2005

Acho que eu vou fazer um blog Los Hermanos, agora...

"veja bem, além
desses fatos vis
saiba, traições
são bem mais sutis,
se eu te troquei
não foi por maldade
amor, veja bem, arranjei alguém
chamado saudade."
dos los hermanos.

ai, ai, ai, ai, ai...

la, ai, ai, ai, ai
feito pra mim, bom pra você
deixa mudar e confundir
deixa de lado o que se diz
tem no mercado
é só pedir
me faz chorar, é feito pra rir

sexta-feira, fevereiro 25, 2005

republish izis

(pra não ser inércia
nem dor
nem aperto na garganta.
pra não gaguejar
pra não soltar lágrimas em cima de livros
pra não me entregar assim
pra não doer em mim a dor
alheia.
pra não ser eu.
pra não ser mais ninguém.
pra ter vontade de sair
*e, eventualmente,
de viver*)
queria me atualizar.
transformação


hoje,
não sou grito, riso
ou lágrima.
Não escorro por entre os dedos do mundo
Não sonho,
nem degrado.
Hoje,
sou inércia.

quinta-feira, fevereiro 24, 2005

ai, ai, ai.
A flor pensante
pensa.
Repensa
Inventa
Reinventa.

Reestabelece a dor.
Sei de nada.

segunda-feira, fevereiro 21, 2005

cinema-ficção II

é falar com seu amigo de são paulo, ao mesmo tempo que grita pro mundo seu amor (não sendo o amor a mesma pessoa que o amigo).
cinema-ficção

É sentir tristeza quando a vida não é sua, mas tá na tela grande.

(e chorar desesperada, e sorrir desenfreada com as cenas)
Los Hermanos é uma banda bem legal mesmo, né?
Você me leva pra plantar uma Araucária, mesmo sendo proibido, e eu te conto histórias bobas e pequenas de minha adolescência.

Você me conta suas risadas, e eu te conto das minhas poesias, crises internas de ciúme.

Você me faz uma massagem nas costas, eu sorrio de leve, prenso os lábios com carinho, escrevo um samba de mansinho.

E a gente vai levando esse amor simplezinho...

Inventando línguas e códigos de nós dois.

domingo, fevereiro 20, 2005

increve-se em mim
como a tatuagem
(que nunca fui fazer)

inscreve-se
e não parte
não vai.

inscreve-se
com o peito aberto,
escreve.
Brincando com palavras

Entrego minh'alma
e Soul mais dançante.

sábado, fevereiro 19, 2005

ainda, Jamie Cullum:

I remember you and I start to smile...
declaração de amor by jamie cullum

Sure I know you’d like to have me
Talk about my future
And a million words or so to fill you in about my past
Have I sisters or a brother
When’s my birthday how’s my mother
Well my dear in time I’ll answer all those things you ask

But for now I’ll just say I love you
Nothing more seems important somehow
And tomorrow can wait come whatever
Let me love you forever but right now
Right now

Some fine day when we go walking
We’ll take time for idle talking
Sharing every feeling as we watch each other smile
I’ll hold your hand you’ll hold my hand
We’ll say things we never had planned
Then we’ll get to know each other in a little while

But for now let me say I love you
Later on there’ll be time for so much more
But for now meaning now and forever
Let me kiss you my darling then once more
Once more

But for now let me say I love you
Later on I must know much more of you
But for now here and now how I love you
As you are in my arms I love you
I love you
I love you

sexta-feira, fevereiro 18, 2005

mudança

se teço-me
em poesia

é porque, agora
entendo meu nome.

*que clama, bem baixinho
pelo seu*

quinta-feira, fevereiro 17, 2005

Reedição

Queria que fosse tudo bom, como um sonho, flutuando nas nuvens. Aí, lembro de Nuvoleta.

quarta-feira, fevereiro 16, 2005

Pois então. Voltei pro branco. Sou muito mais branco.

segunda-feira, fevereiro 14, 2005

Quero uma casa pequenina, com as paredes verdes. Uma casa pequenina, um jardim, um cajuzeiro... uma casa de paredes verdes, e cortinas leves. Uma casa pequenina, que caiba nós dois, nossos cds e livros. Quase uma casa no campo, na voz de Elis.

Quero, para que quando a noite chegue, a gente se aprochegue.

(amo)
saudade

o meu olhar (que suspira)
é quase olhar de santa.
não é falso,
nem engana.

meu olhar,
é um olhar baldio (quando longe)
e olhar sutil (quando perto).

meu olhar,
é uma hora, apaixonado
(e como Cecília)
na outra hora, também.

meu olhar (quando longe)
é resquício do sorriso
do prensar o lábio levemente
com os dentes.

meu olhar é quase
como santa...
mas se esbalda de beleza.

meu olhar é cheio de sentido, quando vejo seus olhos nos meus

quarta-feira, fevereiro 02, 2005

Voltei de Porto Alegre.

A cidade é feia, mas é legal. =D

e tudo foi bastante divertido...

segunda-feira, janeiro 24, 2005

Nós

E se pichamos de
açúcar
os muros de nossa prisão
Não permito à chuva
lavar o trabalho
de nossas mãos!

sábado, janeiro 22, 2005

desejo II

Quero que
como num sonho bom
possa me perder
e me achar
quando encontrar a ti.

Quero sentir
os batuques de meu coração
e ter rima
em nossa poesia
que se constróe
a todo momento.

Quero deitar
numa noite fria
e saber
ter certeza
de que o que virá
será nós dois

Flutuando no acaso
do mundo.
Então, tou indo viajar segunda-feira e volto dia 2/2. até lá, acostumem-se com a poesia ruim já escrita. =*

sábado, janeiro 15, 2005

dúvida

ciborgue
ou robô?

humano
ou dor?

segunda-feira, janeiro 10, 2005

Faço, nas margens dos meus caderninhos de poemas, uma coletânea

de nós dois.

De um diálogo infinito.
samba

decidi, há algum tempo
que o som de minha voz
seria o ritmo
de meu andar.

criei, então,
letras fáceis
de cantarolar,
para que, minha voz grossa
- e desafinada -
fosse capaz de acompanhar.

decidi,
há algum tempo
que seria batuque.
e seria som.

seria mais do que
minha dor no peito
mais que minha alma crua.

seria samba
do mais simples.

domingo, janeiro 02, 2005

sinto todos os cheiros que nos marcaram, e todas as flores que se desmancharam... mas vivo, e vivo as lágrimas que fazem leito em minha face, como um rio.
e ouço todos os discos, agora quebrados...